quarta-feira, 26 de março de 2025

Elogio de Trump ao sistema eleitoral brasileiro é citado por ministros do STF em julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe

 

Durante julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe, ministros destacaram decreto de Trump que aponta Brasil como exemplo de identificação de eleitores

Alexandre de Moraes (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)



Durante sessão no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (27), os ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia destacaram um decreto assinado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que menciona o Brasil como exemplo positivo de identificação de eleitores. As falas ocorreram durante o julgamento da denúncia contra o Jair Bolsonaro (PL) e outros sete investigados por tentativa de golpe de Estado.

Ao abordar o envolvimento do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em ações para desacreditar as urnas eletrônicas, Moraes fez referência direta ao elogio feito por Trump ao sistema eleitoral brasileiro. Cármen Lúcia, por sua vez, também destacou a citação feita por Trump ao modelo brasileiro de votação. “ Ontem foi reconhecido nos Estados Unidos o mérito do sistema brasileiro “, afirmou a ministra.

Em complemento, Alexandre de Moraes reforçou a contradição entre o reconhecimento internacional e os ataques internos promovidos contra o sistema eleitoral, feitos reiteradamente por Jair Bolsonaro e seus aliados e apoiadores. “O Brasil citado expressamente como um modelo de sucesso pelo presidente norte-americano Donald Trump. Enquanto aqui no Brasil houve toda essa preparação para se colocar em dúvida as urnas eletrônicas “, disse Moraes. .

A medida a que os ministros se referem é uma ordem executiva assinada por Trump, na qual determina a exigência de comprovação de cidadania americana em formulários eleitorais. No texto da medida, o presidente dos EUA cita iniciativas adotadas por outros países com o objetivo de proteger a integridade dos processos eleitorais, entre eles Brasil e Índia, que utilizam a biometria na identificação dos eleitores. - 247.


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Horrores da ditadura: exposição sobre o Dops e a violência de Estado chega a Niterói

 

Exposição marca os 61 anos do golpe militar


(Foto: Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro)


Para manter viva a memória da luta pela democracia no Brasil, a Secretaria Municipal das Culturas (SMC) promove, pela primeira vez em Niterói, a exposição "Rua da Relação, 40: testemunho material da violência de Estado". A mostra reúne réplicas de arquivos históricos e documentos sobre prisões e torturas ocorridas no antigo prédio do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) do Rio de Janeiro. A instalação será inaugurada no dia 31 de março, às 18h, no Centro de Artes UFF, e ficará aberta ao público até 30 de abril, das 9h às 21h, com entrada gratuita.

"Niterói foi a primeira cidade do Brasil a criar uma Comissão Municipal da Verdade, logo após a criação da Comissão Nacional. A cidade sempre demonstrou grande resistência à ditadura militar. É fundamental que a cultura seja uma fonte de informação sobre os fatos, e é por isso que trazemos essa exposição. Vamos realizá-la no dia 31 de março, em descomemoração ao golpe, para que todos conheçam o que foi esse período triste da nossa história, para que nunca se esqueça, para que nunca mais aconteça!", destacou o secretário das Culturas, Leonardo Giordano.

A exposição marca os 61 anos do golpe militar no Brasil, que resultou na tomada do poder, subvertendo a ordem política, atacando a democracia e os direitos humanos e dando início à ditadura militar no país. Os visitantes poderão conhecer a história do Palácio da Polícia, sede do DOPS da Guanabara, onde foram realizadas operações de repressão, perseguição política e tortura, especialmente durante a ditadura civil-militar. O edifício, construído no início do século XX, também abrigou órgãos policiais que promoveram perseguições a terreiros de religiões afro-brasileiras.

"Esse lugar acumula histórias e memórias sobre a violência de Estado em diferentes períodos e contra distintos alvos, e tem o potencial de ser um memorial e espaço de cultura e educação para a democracia", ressaltou a curadora, Fernanda Pradal.

Além da mostra, a programação inclui a exibição de filmes que aprofundam a reflexão sobre memória e direitos humanos. No dia 31, no Cine UFF, serão exibidos "Trilha Sonora para um Golpe de Estado", às 14h, "Ainda Estou Aqui", às 17h10, e "Eunice, Clarice, Thereza", às 20h, com a presença do diretor Joatan Vilela Berbel. Os ingressos custam R$ 5, a última sessão é gratuita.

"Para esta exposição, criamos um painel específico para mostrar a relação entre o prédio do DOPS e os espaços de prisão e tortura que haviam em Niterói, como a Fortaleza de Santa Cruz, o Centro de Armamento da Marinha, o Estádio Caio Martins, além do prédio do DOPS de Niterói", destacou Vera Schroeder, diretora da Fulô Cultural, co-realizadora da exposição, em parceria com o Coletivo RJ Memória, Verdade, Justiça e Reparação.

A exposição apresenta fotografias, recortes de jornal, vídeos e documentos oficiais que revelam diferentes faces da violência de Estado ao longo da história brasileira. Entre os materiais expostos, há registros sobre a prática racista das prisões por vadiagem no pós-abolição, a repressão a organizadores de bailes soul nos anos 1970, relatos sobre o uso de uma jiboia para torturar presos políticos e comuns já em plena redemocratização, entre outras arbitrariedades cometidas contra os direitos humanos.

A exposição é uma realização da Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria Municipal das Culturas, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), com produção da Fulô Cultural. - 247.


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Polícia Civil desmantela grupo criminoso que aplicava golpes em idosos

O grupo investigado fraudava contratos de empréstimos, utilizando os dados pessoais de idosos de forma indevida e sem autorização

     Por: Diario de Pernambuco                   

PM/Divulgação


Na manhã desta quarta-feira, 26 de março, a Polícia Civil de Pernambuco deflagrou a Operação Miragem, que resultou na prisão de quatro indivíduos envolvidos em um esquema criminoso que tinha como alvo principal idosos. A operação foi conduzida pela Delegacia de Goiana, sob a coordenação do delegado Felipe Pinheiro, e contou com a colaboração de outras unidades da polícia, como a 11ª DESEC e o Núcleo de Inteligência da Zona da Mata (NIZN/DINTEL).

O grupo investigado fraudava contratos de empréstimos, utilizando os dados pessoais de idosos de forma indevida e sem autorização. As informações dos idosos eram utilizadas para realizar empréstimos fraudulentos, e os valores eram desviados para contas bancárias em nome de terceiros, sem que as vítimas tivessem conhecimento ou consentimento.

O que chamou atenção das autoridades é que dois dos detidos já haviam sido presos na Operação Mendazes, deflagrada no ano passado, em 2024, o que indica a reincidência do grupo no cometimento de crimes de fraude. A ação dessa quarta-feira, portanto, não só desarticulou uma rede criminosa ativa, como também demonstrou a persistência dos criminosos em aplicar golpes em pessoas vulneráveis.

Durante a operação, a polícia apreendeu celulares e documentos que serviram de prova material para comprovar a participação dos acusados nas fraudes. A Delegacia de Goiana segue com as investigações, buscando mais informações sobre a extensão do esquema e possíveis outros envolvidos.

O delegado Felipe Pinheiro reforçou a importância da colaboração da comunidade no combate a esse tipo de crime. "Nosso foco é proteger os idosos, um público que muitas vezes não tem o conhecimento necessário para identificar golpes financeiros. A colaboração de familiares e vizinhos é essencial para garantir a segurança dos nossos cidadãos mais vulneráveis", destacou.

Além das prisões e apreensões, a Polícia Civil fez um apelo para que familiares fiquem atentos a qualquer movimentação financeira suspeita envolvendo idosos. “É importante que os familiares estejam sempre alertas a possíveis alterações nas contas bancárias de seus entes queridos e reportem imediatamente à polícia caso identifiquem algo fora do normal”, alertou o delegado.



STF remarca para 20 de maio julgamento do núcleo 3 da trama golpista

Grupo é formado por 11 militares do Exército e um policial federal

                                    André Richter - Repórter da Agência Brasil                                                                          Fellipe Sampaio /STF

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) remarcou para os dias 20 e 21 de maio o início do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que envolve o núcleo 3 da acusação da trama golpista durante governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O julgamento do caso estava previsto para os dias 8 e 9 de abril, mas a data foi reagendada pelo presidente do colegiado, ministro Cristiano Zanin.

De acordo a PGR, os denunciados deste núcleo são acusados de planejar "ações táticas" para efetivar o plano golpista. O grupo é formado por 11 militares do Exército e um policial federal.

Fazem parte deste núcleo os seguintes investigados:

  • Bernardo Romão Correa Netto (coronel);
  • Cleverson Ney Magalhães (tenente-coronel);
  • Estevam  Theophilo (general);
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
  • Hélio Ferreira (tenente-coronel);
  • Márcio Nunes De Resende Júnior (coronel);
  • Nilton Diniz Rodrigues (general);
  • Rafael Martins De Oliveira (tenente-coronel);
  • Rodrigo Bezerra De Azevedo (tenente-coronel);
  • Ronald Ferreira De Araújo Júnior (tenente-coronel);
  • Sérgio Ricardo Cavaliere De Medeiros (tenente-coronel);
  • Wladimir Matos Soares (policial federal).

Julgamento

O processo será julgado pela Primeira Turma do Supremo. O colegiado é composto pelo relator da denúncia, Alexandre de Moraes, e pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Pelo regimento interno da Corte, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais. Como o relator faz parte da Primeira Turma, a acusação será julgada pelo colegiado.

Se maioria dos ministros aceitar a denúncia, os acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF.

Núcleos

Até o momento, somente a denúncia contra o núcleo 1 foi julgada. Na manhã de hoje, por unanimidade, o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados viraram réus.

núcleo 2 será julgado nos dias 29 e 30 de abril.  O grupo é composto por seis denunciados, que são acusados de organizar ações para “sustentar a permanência ilegítima” de Bolsonaro no poder, em 2022.

O núcleo 4 será julgado nos dias 6 e 7 de maio. De acordo com a PGR, os acusados desse núcleo organizaram ações de desinformação para propagar notícias falsas sobre o processo eleitoral e ataques virtuais a instituições e autoridades. 


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Brasil se mobiliza pela prisão de Bolsonaro e contra anistia a golpistas. Veja os locais com atos marcados para o fim de semana

 

O ex-mandatário e sete aliados se tornaram réus após decisão unânime dos cinco ministros da Primeira Turma do STF

Mobilização nacional de lutas pela democracia e contra anistia a golpistas, organizada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, Largo São Francisco (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

No próximo domingo (30), as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizarão manifestações pelo país contra a anistia aos presos pelo 8 de janeiro e pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Com o desenvolvimento do julgamento desta semana, do núcleo articulador da tentativa de golpe de 8 de janeiro e Bolsonaro no banco do réu, esperamos que essa pauta tome ainda mais fôlego e que a gente consiga avançar tanto na disputa ideológica na sociedade quanto na pressão do judiciário para que Justiça seja feita”, afirma Daiane Araújo, a vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), que integra as frentes.

Nesta quarta-feira (26), o ex-mandatário e sete aliados se tornaram réus por tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de direito por decisão unânime dos cinco ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

Com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) aceita, uma ação penal será aberta, com coleta de depoimentos e outras provas. Posteriormente, um julgamento decidirá se o ex-presidente deve ser condenado ou absolvido.

No total, os crimes pelos quais Bolsonaro é acusado podem somar até 43 anos de prisão: dano qualificado com uso de violência e grave ameaça (6 meses a 3 anos), deterioração de patrimônio tombado (1 a 3 anos), tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito (4 a 8 anos), tentativa de golpe de Estado (4 a 12 anos) e organização criminosa (3 a 8 anos, que pode chegar a 17 anos a depender dos agravantes).

Confira os locais que terão manifestação

29/03

BA – Feira de Santana | Praça do Nordestino | 9h

MS – Campo Grande | Praça do Rádio | 9h

30/03

CE – Fortaleza | Estátua de Iracema (Praia de Iracema) | 16h

MA – São Luís | Praça Benedito Leite (Feirinha) | 9h

MG – Belo Horizonte | Praça Independência | 9h

PA – Belém | Praça da República (Em frente ao Teatro da Paz) | 8h30

PE – Recife | Parque Treze de Maio até Ginásio Pernambucano | 9h

PR – Curitiba | Praça João Cândido Largo da Ordem | 9h30

SP – São Paulo | Praça Oswaldo Cruz (até DOI-Codi) | 13h

SP – São Paulo | Masp | 15h (Geração 68)

RJ – Niterói | Reitoria da UFF | 18h

RJ – Rio de Janeiro | Aterro do Flamengo | 10h30

RJ – Rio de Janeiro | Feira da Glória | 10h30

RJ – Rio de Janeiro | República | 10h30

RJ – Volta Redonda | Feira da Vila Sta Cecília | 9h

31/03

CE – Fortaleza | Roda de Conversa Sede PT Ceará | 18h30

01/04

PB – João Pessoa | Caminhada do Silêncio – Prédio da OAB/PB

RJ – Rio de Janeiro | Dops/AIB | 15h - Brasil de Fato.

Cortes 247


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Lula derrota todos os adversários também nos cenários de segundo turno

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