terça-feira, 19 de outubro de 2021

Petrobrás avisa que não atenderá toda a demanda de combustíveis em novembro e pode faltar gasolina no país

 

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)

Reuters -A Petrobras confirmou que não poderá atender todos os pedidos de fornecimento de combustíveis para novembro, que teriam vindo acima de sua capacidade de produção, acendendo um alerta para distribuidoras, que apontaram para risco de desabastecimento no país.

Em comunicado na véspera, a petroleira afirmou que recebeu uma "demanda atípica" de pedidos de fornecimento de combustíveis para o próximo mês, muito acima dos meses anteriores e de sua capacidade de produção, e que apenas com muita antecedência conseguiria se programar para atendê-los.

A confirmação vem após a Associação das Distribuidoras de Combustíveis Brasilcom - que representa mais de 40 distribuidoras regionais de combustíveis - ter afirmado na semana passada que a petroleira teria avisado diversas associadas sobre "uma série de cortes unilaterais nos pedidos feitos para fornecimento de gasolina e óleo diesel" para novembro.

Para a associação, "as reduções promovidas pela Petrobras, em alguns casos chegando a mais de 50% do volume solicitado para compra, colocam o país em situação de potencial desabastecimento".

Isso porque, segundo a Brasilcom, as empresas não estão conseguindo comprar combustíveis no mercado externo, pois os preços do mercado internacional "estão em patamares bem superiores aos praticados no Brasil".

A Petrobras e o governo federal vêm sofrendo pressões de diversos segmentos da sociedade devido a um avanço expressivo dos preços dos combustíveis no país neste ano, que têm refletido cotações internacionais. Nesse contexto, a petroleira tem reajustado os preços em intervalos maiores nos últimos meses, evitando repassar volatilidades externas.

O Brasil não produz o volume de combustíveis necessário para abastecer o país e depende de importações. A Petrobras, nos últimos anos, vem buscando praticar preços de mercado, para garantir que as compras externas não tragam prejuízos.

PARQUE DE REFINO

A petroleira destacou, no comunicado na noite de segunda-feira, que está operando seu parque de refino com fator de utilização de 90% no acumulado de outubro, contra 79% no primeiro semestre do ano.

Em 2020, o fator de utilização das refinarias também ficou em cerca de 79%, superior ao registrado em 2019 (77%) e 2018 (76%), mesmo considerando paradas programadas nas refinarias Reduc, RPBC, Regap, Rlam, Repar e Revap, que foram postergadas de 2020 para 2021 em função da pandemia.

"Nos últimos anos, o mercado brasileiro de diesel foi abastecido tanto por sua produção, quanto por importações realizadas por distribuidoras, terceiros e pela companhia, que garantiram o atendimento integral da demanda doméstica", disse a Petrobras.

"Para o mês de novembro, a Petrobras recebeu pedidos muito acima dos meses anteriores e de sua capacidade de produção. Apenas com muita antecedência, a Petrobras conseguiria se programar para atender essa demanda atípica", informou.

"Na comparação com novembro de 2019, a demanda dos distribuidores por diesel aumentou 20% e a por gasolina 10%, representando mais de 100% do mercado brasileiro", destacou a petroleira.

A Petrobras frisou ainda, no entanto, que segue atendendo os contratos com as distribuidoras, de acordo com os termos, prazos vigentes e sua capacidade. Além disso, a companhia está maximizando sua produção e entregas, operando com elevada utilização de suas refinarias, afirmou.

SEGURANÇA PARA INVESTIR

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) reiterou em nota nesta terça-feira sua defesa pelo alinhamento de preços ao mercado internacional e sinalizou que uma clareza sobre o tema é necessária para atrair o investimento de agentes econômicos para a ampliação do parque de refino brasileiro.

"O Brasil é um importador líquido de derivados, quadro que não deve se alterar na próxima década", disse o instituto, que tem em seu quadro de associados as maiores distribuidoras do país Vibra Energia (Ex-BR); Ipiranga, do grupo Ultra; e Raízen, joint venture de Shell com Cosan.

"Sem a percepção clara por parte dos agentes econômicos de que os preços variarão segundo regras de mercado, como ocorre com todas as demais commodities, não há segurança para a ampliação do parque de refino nacional", destacou.

O IBP frisou ainda que o mercado de combustíveis é mundialmente integrado "e é o alinhamento de preços ao mercado internacional, adotado no Brasil desde 2016, que garante a transparência quanto aos preços relativos e dá a sinalização correta aos agentes econômicos para que estes invistam no aumento da oferta e no aprimoramento da logística de distribuição, garantindo o abastecimento nacional".

O consumo de combustíveis, disse o IBP, tem crescido ao longo de 2021 e já alcança patamares pré-pandemia. De janeiro a agosto de 2021, 26% do volume de diesel e 8% da gasolina foram adquiridos no mercado externo, afirmou. (Reuters).


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Mais uma vitória de Lula: Justiça arquiva inquérito que o acusava de sonegar impostos de reformas em sítio e tríplex

 

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Tayze/Comunicação Brisa Bracchi/Reprodução/Facebook)

O juiz Sócrates Leão Vieira, da 1a Vara Federal de São Bernardo do Campo (SP), arquivou, nessa segunda-feira (18), mais um inquérito contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da extinta operação Lava-Jato. Na ação, o petista era acusado de não ter pago impostos decorrentes de reformas realizadas no sítio de Atibaia e no triplex do Guarujá, ambos no estado de São Paulo. Agora são 20 os processos de investigação instaurados contra Lula com base em acusações da Lava Jato que foram arquivados.

"Uma vez reconhecida a ilicitude dos elementos de convicção amealhados nas ações penais originárias que evidenciaram o recebimento de rendimentos tributáveis, resta prejudicada a caracterização do delito de sonegação", escreveu a procuradora da República Fabiana Bortz. O relato foi publicado pela coluna de Bela Megale

O advogado de Lula, Cristiano Zanin, alegou que a base do inquérito era o material da Lava Jato de Curitiba declarado nulo pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O Ministério Público Federal acolheu a tese da defesa do ex-presidente. (247).


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CHUVAS - Inundações e deslizamentos matam 41 pessoas na Índia

                  Por: AFP

Foto: AFP


Pelo menos 41 pessoas morreram no norte da Índia devido a enchentes e deslizamentos de terra causados por dias de chuvas torrenciais, de acordo com um novo balanço anunciado pelas autoridades nesta terça-feira (19).

Os serviços meteorológicos indianos prorrogaram nesta terça o alerta e preveem chuvas "fortes" a "muito fortes" na região nos próximos dois dias.

Em alguns lugares, mais de 400 mm de água caíram na segunda-feira. 

As autoridades do estado de Uttarakhand, no Himalaia, anunciaram que os deslizamentos mataram 35 pessoas, além das seis que morreram no dia anterior.

Pelo menos 30 morreram na manhã desta terça em sete incidentes separados no distrito de Nainital, o mais atingido, após deslizamentos de terra e desabamentos de infraestruturas.

"Trinta pessoas morreram e muitas outras estão desaparecidas", disse à AFP Ashok Kumar Joshi, um alto funcionário do distrito de Nainital, no estado de Uttarakhand.

Cinco membros de uma família ficaram soterrados em sua casa, disse o funcionário local Pradeep Jain.

Outras cinco vítimas morreram em um deslizamento de terra no distrito de Almora, no norte de Uttarakhand, que destruiu uma casa. 

Devido aos alertas meteorológicos, as autoridades ordenaram o fechamento das escolas e proibiram as atividades religiosas ou turísticas no estado.

Em imagens transmitidas pela televisão e que circulam nas redes sociais, habitantes tentam abrir passagem na água que chega até seus joelhos, perto do ponto turístico do lago Nainital. O Ganges também transbordou na cidade de Rishikesh.

Mais de cem turistas ficaram ilhados na estação de Ramgarh devido ao transbordamento do rio Kosi, que inundou várias cidades.

O norte da Índia geralmente é afetado por deslizamentos de terra, mas há um tempo esses incidentes aumentaram. Segundo os especialistas, os motivos seriam o aquecimento global, o derretimento de geleiras, a construção de hidrelétricas e o desmatamento.

De acordo com as previsões meteorológicas, nos próximos dias o estado de Kerala (sul) deve esperar chuvas fortes. As inundações já causaram mais de 27 mortes desde sexta-feira nesse estado.

Muitas barragens neste estado turístico estão perto do nível de alerta, os rios transbordaram e as autoridades retiraram milhares de pessoas. A chuva diminuiu um pouco nesta terça-feira, mas são esperadas chuvas intensas nos próximos dois dias.


Comitê da Câmara dos EUA aprova acusação de desacato contra Steve Bannon, guru do clã Bolsonaro

 

(Foto: Reuters)


Um comitê do Congresso dos EUA que investigava o ataque mortal de 6 de janeiro ao Capitólio aprovou nesta terça-feira (19) por unanimidade a acusação de desacato ao Congresso contra Steve Bannon, ex-assessor do ex-presidente Donald Trump e guru do clã Jair Bolsonaro. 

Os sete membros democratas e dois republicanos do Comitê Selecionado da Câmara dos Representantes aprovaram um relatório recomendando a acusação criminal por uma votação unânime de 9-0, chamando de "chocante" que Bannon se recusou a cumprir as intimações que buscavam documentos e depoimentos.

A aprovação do relatório abriu o caminho para que toda a Câmara votasse sobre a recomendação de acusações de desacato. Se a Câmara aprovar o encaminhamento, o Departamento de Justiça decidirá se deve prosseguir com um processo criminal.

"É uma pena que Bannon nos tenha colocado nesta posição. Mas não aceitaremos um 'não' como resposta", disse o deputado Bennie Thompson, presidente do painel, em seu discurso de abertura.

Antes de deixar o cargo em janeiro, Trump perdoou Bannon das acusações de ter enganado os partidários do presidente republicano. Trump instou ex-assessores intimados pelo painel a rejeitar seus pedidos, alegando o direito de reter informações por causa do privilégio executivo, um princípio legal que protege muitas comunicações da Casa Branca. Reuters com 247




Bolsonaro provoca o caos e diz: "ache um cara melhor"

 

Bolsonaro fala com apoiadores em frente ao Palácio do Planalto (Foto: Reprodução)


Jair Bolsonaro, cuja condução da pandemia já resultou em mais de 600 mil mortes, negou nesta terça-feira (19) qualquer responsabilidade pela crise econômica do País. Em conversa com apoiadores no Palácio do Planalto, Bolsonaro reagiu com ironia ao falar sobre o assunto.  “O tempo todo eu sou o responsável por tudo, se é assim, ache um cara melhor, sem problema nenhum. Tem muita gente boa candidata por aí”, afirmou. “Vou cumprir meu mandato, sem problema nenhum, fazer o que é possível”, acrescentou.

Como de costume, Bolsonaro voltou a jogar a crise nas medidas restritivas adotadas por governadores e prefeitos para conter o novo coronavírus – chamadas por ele de “política do ‘fique em casa'”. “Os problemas existem, o que é duro é a incompreensão”, disse hoje. “Muitos de vocês apoiaram ficar em casa, agora a conta chegou. E não chegou toda a conta, ainda, vai chegar mais. Combustível, energia elétrica, alimentação. Agora, a pior coisa que tem é desesperar, é achar uma pessoa responsável por seu insucesso. Responsável é quem adotou essa política”, disse. (247).


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OBRA - Bolsonaro vem a Pernambuco inaugurar obra incompleta

                    Por: Diario de Pernambuco

Foto: Produção/ MDR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) programou para quinta-feira (21) a inauguração do Ramal do Agreste, uma iniciativa que tinha como promessa resolver a falta d’água crônica em 23 cidades do interior de Pernambuco. Mas, de acordo com o Governo de Pernambuco, a conclusão do ramal não terá efetividade, uma vez que as adutoras projetadas para abastecer os municípios não ficaram prontas, tendo apenas 87% de sua estrutura finalizada.

Segundo o governo do estado, estavam previstos R$ 161 milhões para a execução das obras, mas, até o momento, o montante não foi liberado pelo governo federal. "Em todo o ano de 2021, nenhum único centavo foi repassado ao Governo de Pernambuco para o andamento das adutoras, contrariando inclusive dois acórdãos do Tribunal de Contas da União que determinavam que a realização das obras do Ramal do Sistema Adutor deveria ocorrer simultaneamente", disse por meio de nota a Secretaria de Infraestrutura e Recursos de Pernambuco (Seinfra).

Mesmo contemplado pela Lei Orçamentária Anual 2021 e pelo Termo de Pré-Acordo, assinado em conjunto com o ministro do Desenvolvimento Regional (MDR), Rogério Marinho, o Governo de Pernambuco alegou que a iniciativa foi vetada pelo presidente, através da Mensagem nº 156, de 22 de abril de 2021, sob a justificativa de "contrariedade ao interesse público, cancelando os valores estimados para 2021 de R$ 161 milhões".

Ainda de acordo com o governo estadual, em consequência do não repasse financeiro este ano, e da incerteza na disponibilidade do recurso por parte do governo federal, as obras da Adutora do Agreste diminuíram de ritmo.


Em contato com a reportagem, a Seinfra disse que, mesmo sem as obras das adutoras terem sido concluídas, não houve qualquer contato do Ministério da Infraestrutura para justificar o motivo da inauguração do Ramal na próxima quinta-feira. Além disso, ainda segundo a secretaria, também não há qualquer previsão de recursos para a finalização dos serviços. “A não conclusão das obras da Adutora do Agreste vai impossibilitar a chegada da água disponibilizada através do Ramal do Agreste (4 m³/s) aos 23 municípios pernambucanos”, afirmou a secretaria.

Entramos em contato com o Ministério do Desenvolvimento Regional, mas não obtivemos retorno até o fechamento desta edição.

Fases da obra
Coordenada pelo estado, as obras da Adutora são divididas em duas fases. A primeira, já conveniada com o MDR e em andamento pela Compesa, possui o valor estimado de R$ 1,4 bilhão, e vai beneficiar 23 municípios, impactando mais de um milhão de pessoas com o abastecimento de água. De acordo com o governo do estado, foram executados 675 quilômetros, o que corresponde a 87% de execução do empreendimento. Do valor total de obras, já foram investidos R$ 1.171 milhões, recursos do governo federal, com contrapartida do governo do estado.

A segunda etapa da Adutora ainda não está conveniada, mas se trata de um compromisso pactuado em 2005 para apoiar a Transposição do São Francisco. Essa fase prevê beneficiar 45 cidades com águas da Transposição do Rio São Francisco, impactando diretamente 800 mil pessoas. O investimento previsto é de R$ 1,8 bilhão.

O Sistema Adutor do Agreste foi projetado inicialmente para receber as águas da transposição no reservatório de Ipojuca – Arcoverde, ponto final do Ramal do Agreste, a partir do qual tem início um complexo de tubulações com mais de 1.500 quilômetros de extensão, que atenderá dois milhões de habitantes do Agreste do estado, e prevê beneficiar 68 sedes municipais, 80 localidades urbanas e comunidades rurais.

Obras complementares
O Governo de Pernambuco explicou que planejou uma série de obras complementares com o objetivo de antecipar o uso das tubulações assentadas da Adutora do Agreste antes da conclusão do Ramal do Agreste. No final de 2015, tomou-se a decisão de construir o Sistema Adutor do Moxotó entre o Reservatório do Moxotó, construído junto ao Eixo Leste da Transposição e o Trecho 1A do Lote 02 da Adutora do Agreste em Arcoverde, antecipando a operação parcial da 1ª Etapa da Adutora do Agreste nos lotes 1 e 2.

Segundo o governo estadual, a Adutora do Moxotó se encontra em operação desde setembro de 2018, introduzindo no Sistema Adutor do Agreste 450 l/s e beneficiando atualmente diretamente os municípios de Arcoverde, Pesqueira, Belo Jardim, Sanharó, Alagoinha, São Bento do Una e Tacaimbó.

Além dessa Adutora, o governo local em conjunto com a Compesa, pontuou que desenvolveu alternativas para dar funcionalidade e maior flexibilidade operacional às tubulações implantadas, como a Adutora de Pirangí, Adutora do Alto Capibaribe e a Adutora de Serra Azul (BID).


Após quatro meses, Petrolina volta a registrar mais de 100 casos de Covid-19 em 24 horas

Segundo o boletim divulgado nesta terça (19), foram confirmados mais 116 casos da doença e uma morte. Taxa de ocupação dos leitos de UTI subiu para 20%.


O município de Petrolina, no sertão de Pernambuco, registrou 116 novos casos de Covid-19, segundo boletim divulgado na manhã desta terça-feira (19), pela Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com o professor João Ricardo Lima, coordenador de uma pesquisa realizada pela Facape sobre a pandemia, este é o maior número de casos registrados desde o último dia 18 de junho, quando foram confirmados 117 casos da doença.

Entre os infectados, 56 são do sexo masculino, com idades de um a 64 anos, e 60 pessoas do sexo feminino, com idades entre um e 71 anos. Dos resultados, 92 foram obtidos por meio de testes realizados pela Prefeitura de Petrolina, e 24 por exames laboratoriais.

Com o novo boletim, Petrolina passa a registrar 32.279 pessoas já infectadas pelo novo coronavírus. Desse total, 31.431 já estão recuperadas da doença, isso representa 97,4% de cura clínica.

O município também registrou um novo óbito por Covid-19. A vítima era uma mulher de 58 anos, portadora de enfisema pulmonar e insuficiência renal. A paciente estava internada em um hospital público da região, e morreu nesta segunda-feira (18). Nesse momento, o município passa a registrar 567 mortes ocasionadas pela doença.

Ao todo, 902 pessoas estão sendo monitoradas, com possibilidade de estarem infectadas com o novo coronavírus e o número de casos ativos em Petrolina é de 281. (G1 – Petrolina).


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Lula fala em congresso do PSOE e pede solidariedade na luta contra o fascismo

 

(Foto: Reprodução)

O ex-presidente Lula (PT) enviou declaração ao 40º Congresso do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), organização centenária da esquerda espanhola e que atualmente está no governo da Espanha.

Segundo Lula, o partido é o que “mais contribuiu para o surgimento da Espanha atual: extraordinária, democrática e desenvolvida, que surpreendeu a Europa e o mundo após décadas de ditadura”. Entre 1939 e 1975, a Espanha foi dominada pelo franquismo (fascismo espanhol), que atualmente continua a ameaçar o país europeu.

Por isso, o ex-presidente brasileiro reforçou a necessidade atual de luta contra a extrema direita , que explora o “ódio” e “dissemina mentiras nas redes sociais” no mundo inteiro.

“Líderes reacionários ameaçam diariamente a democracia, tentam a todo o custo criminalizar a política, destroem os direitos dos trabalhadores, agridem o meio ambiente, fazem crescer a desigualdade, geram desemprego e fome”, destacou

No entanto, comemorou que, recentemente, partidos progressistas têm tido resultados positivos na Europa, como na Alemanha, nos países nórdicos e nas eleições municipais da Itália.

“Eu tenho certeza que o Brasil sairá fortalecido das eleições de 2022. Pronto, para de novo surpreender o mundo, com nossas políticas de inclusão social e nossa luta pela paz entre os povos”, acrescentou.

“Precisamos, mais do que nunca, reanimar a política e proteger a democracia dos saudosos do fascismo. É hora de enfrentar os desafios do nosso tempo. As pandemias, as migrações forçadas, a fome que afeta centenas de milhões de pessoas pelo mundo, a geração de emprego e a implementação de uma economia verde e sustentável”, disse.

“Espero que renovemos os laços de solidariedade internacional nesse tempo em que o mundo precisa de solidariedade, fraternidade e muita paz”, concluiu.

PSOE e PT

Em sua fala, que foi ouvida pelos delegados do partido espanhol, o ex-presidente Lula também agradeceu a “solidariedade” do PSOE e do movimento sindical da Espanha “com os brasileiros e brasileiras”, porque ela “nunca nos faltou, sobretudo no atual momento de retrocessos em série”.

De acordo com Lula, o PT e o PSOE são “mais do que parceiros”, “são irmãos”, pois “ambos nasceram da organização da classe trabalhadora e da necessidade de lutar contra todas as formas de desigualdade”. “Nascemos do sonho da construção de um mundo melhor, provamos que outro mundo é possível porque fomos capazes de construí-lo”, destacou. (247).

Confira: vídeo 


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Pesquisa revela que Lula é mais honesto que Bolsonaro e ambos mais honestos que Moro - e Antagonista se revolta

 

Ex-presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

Levantamento feito por telefone pelo Centro Integrado de Pesquisa e Comunicação (Cipec), na última semana, apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o presidenciável mais honesto. 

A pesquisa, cujos números foram divulgados pelo site O Antagonista, perguntou aos entrevistados quem era o mais honesto: se Lula, Jair Bolsonaro ou Sergio Moro. Quase 50% dos entrevistados(49,4%) responderam que Lula; 26,4% disseram que era Jair Bolsonaro; 24,2% afirmaram que era o ex-juiz Sérgio Moro, condenado por parcialidade pelo Supremo Tribunal Federal. 

Ao noticiar o levantamento, o jornalista Mario Sabino, editor do Antagonista, não escondeu sua decepção. "Os brasileiros achamos que somos muito espertos, mas, na verdade, somos terrivelmente idiotas", escreveu Sabino sobre a pesquisa. "Nunca nos indignamos realmente com nada. Estúpidos", acrescentou.

Na mesma linha, a pesquisa realizada pela Consultoria Quaest, divulgada no dia 5 de outubro, apontou que o ex-presidente Lula é o nome preferido dos eleitores brasileiros para combater a corrupção no país. De acordo com o levantamento, realizado entre os dias 30 de setembro e 3 de outubro, o candidato petista é o nome ideal para solucionar o problema para 28% dos entrevistados. Na sequência aparece o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, com 24% da preferência do eleitorado, seguido pelo nome do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, com 14% das menções. 

Levantamento feito por telefone pelo Centro Integrado de Pesquisa e Comunicação (Cipec), na última semana, apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o presidenciável mais honesto. 

A pesquisa, cujos números foram divulgados pelo site O Antagonista, perguntou aos entrevistados quem era o mais honesto: se Lula, Jair Bolsonaro ou Sergio Moro. Quase 50% dos entrevistados(49,4%) responderam que Lula; 26,4% disseram que era Jair Bolsonaro; 24,2% afirmaram que era o ex-juiz Sérgio Moro, condenado por parcialidade pelo Supremo Tribunal Federal. 

Ao noticiar o levantamento, o jornalista Mario Sabino, editor do Antagonista, não escondeu sua decepção. "Os brasileiros achamos que somos muito espertos, mas, na verdade, somos terrivelmente idiotas", escreveu Sabino sobre a pesquisa. "Nunca nos indignamos realmente com nada. Estúpidos", acrescentou.

Na mesma linha, a pesquisa realizada pela Consultoria Quaest, divulgada no dia 5 de outubro, apontou que o ex-presidente Lula é o nome preferido dos eleitores brasileiros para combater a corrupção no país. De acordo com o levantamento, realizado entre os dias 30 de setembro e 3 de outubro, o candidato petista é o nome ideal para solucionar o problema para 28% dos entrevistados. Na sequência aparece o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, com 24% da preferência do eleitorado, seguido pelo nome do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, com 14% das menções.(247).

Petrobrás, a verdade que a mídia esconde

 

Advogado concursado da Petrobrás de 1990 a 2021. Foi presidente do Conselho de Administração da Termomacaé Ltda., conselheiro da UEG ARAUCÁRIA e diretor financeiro da Baixada Santista Energia SA. É especialista em direito ambiental e LL.M. em direito corporativo

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)

Integrei o quadro de advogados da Petrobrás, mediante concurso público, de 1990 até março deste ano, 2021.

Não conheci pessoalmente, mas a fama do engenheiro naval Julio Faerman é notória entre os mais antigos. 

Ele foi tirado a peso de ouro da Petrobrás nos idos de 1974 pela maior fabricante mundial de plataformas, a holandesa SBM, e instalado em Londres para articular seus interesses perante a estatal, não só como fabricante, mas inclusive no bilionário ramo do afretamento de barcos. Outro engenheiro naval, o famoso Barusco, notório por devolver 100 milhões auferidos na forma de propina, confessou que recebia propina do cartel de empreiteiras desde 1997, em plena era FHC, sem que Dallagnol e os filhos de Januário se interessassem por investigar o aliado que não se pode melindrar, segundo Sergio Moro. 

Cerveró falou das estripulias do filho de FHC no abominável Plano Prioritário Termelétricas PPT, no qual El Paso, Eletrobolt, EDF, Enron e congêneres recebiam o gás para suas termelétricas, subsidiado pela Petrobrás que depois era obrigada a comprar a eletricidade superfaturada, mesmo que ela não existisse !!! Nesta farra da rentabilidade garantida também se lambuzou o Gregorio Marin Preciado,  aparentado de Serra (que prometeu desfazer o marco regulatório do pré-sal à CHEVRON, no consulado dos EUA, durante a campanha de 2010). Até Eike Batista se locupletou na farra do PPT com a famosa TERMOLUMA. 

Tudo isso conduzido com mão de ferro pelo czar do apagão, Pedro Parente, ao ensejo de obviar o apagão que os tucanos arquitetaram, ao sucatear a Eletrobrás e, sobretudo, sabotar o planejamento Brasil 2014, que vinha do regime militar, prevendo a construção de grandes hidrelétricas, as quais, só nos governos petistas, vieram a ser construídas, com todo o cuidado ambiental que os militares não cogitavam. Mas parte delas foi feita nos governos Lula e Dilma, como Santo Antônio, Jirau (aquelas em que se fazia escada para os peixes subirem na piracema, assim disse Lula) e Belo Monte, onde houve mais de 5 bilhões de reais em compensação ambiental. 

O czar do apagão, Pedro Parente, presidiu o Conselho de Administração de 1999 a 2003, quando foi vendida a maioria das ações preferenciais (PETR4) da Petrobrás na bolsa de New York por meros 5 bilhões, implicando a submissão da estatal à lei dos EUA daí em diante. A União só não perdeu o controle acionário por causa das ações ordinárias (PETR3) que, apesar de em menor número na estrutura societária, são as únicas que têm direito a voto na Assembleia Geral. Na década seguinte, o aumento de capital conduzido pelo presidente José Sergio Gabrielli elevaria a participação da União no bloco de controle e alcançaria o maior valor de mercado da Petrobras, até hoje registrado: 275 bilhões, naquele que foi o maior aumento de capital da história do capitalismo mundial. Ao fim da era FHC, a Petrobrás valia míseros 15 bilhões, era decadente em reservas provadas e um ícone dos desastres ambientais. Pedro Parente comprou 49% do grupo argentino Perez Companc por U$ 1,2 bilhão, quando a própria Perez Companc havia declarado um rombo de U$ 1,4 bilhão. Segundo depoimentos de Cerveró à Lava Jato, foram pagos 100 milhões de dólares para que essa compra fosse feita. Uma vez mais, escaparam incólumes os tucanos de alta plumagem aos seletivos investigadores da república de Curitiba.

Pedro Parente comandou uma troca de ativos da Petrobrás no valor de U$ 3.052.000.000,00 com a Repsol norte-americana, lá na Argentina, no valor de U$750.000.000,00, exatamente quando Menen e subsequentes governos neoliberais já haviam conseguido quebrar aquele país aplicando à risca o receituário neoliberal e entreguista. Pedro Parente, quando presidiu o Conselho de Administração  da Petrobrás, na era FHC, entregou metade da Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, e do campo gigante de Albacora Leste, na bacia de Campos, além de centenas de postos da BR distribuidora, tendo como contrapartida micos da Repsol na Argentina, que valiam bem menos. Essa troca de ativos foi perpetrada quando lá na Argentina se teve 3 presidentes em uma só semana e todos os empresários e os capitais empreendiam fuga da Argentina desesperadamente. Tal troca de ativos é objeto de uma ação popular impetrada por Cesar Antonio PRZYGODZINSKI e outros filiados ao SINDIPETRO de Canoas e chegou até o STJ, com a Apelação Cível 2001.71.12.002583-5/RS mas tornou ao primeiro grau para realização de perícia. Apesar dessa controvertida vida pregressa, Pedro Parente foi guindado à presidência da Petrobrás por Temer, inaugurando a cruel política de preços de paridade internacional - PPI que é o custo em dólar do derivado lá nos EUA mais frete marítimo, seguro da carga, custos tributários de internação da mercadoria e adicional de frete marítimo. Enquanto nossas refinarias operam a meia carga, abrindo espaço para importadores e, mais grave ainda, tornando interessante a compra dessas refinarias encampadas por João Goulart no  célebre discurso da Central do Brasil, quando também se estendeu o monopólio da Petrobrás para o segmento de transporte de óleo e gás. Tornando às agruras do presente, o hediondo PPI eleva opreço dos  combustíveis e gás de cozinha à estratosfera compelindo o povo trabalhador à uma escolha de Sofia. Ou compra o gás ou compra a mistura e vai cozinhar com lenha, em pleno século XXI. 

Enquanto isso se vende variada gama de ativos ativos geradores de caixa da Petrobrás, por preço irrisório, como a NTS e TAG, malhas de gasodutos do Sudeste e Nordeste, imediatamente alugados pelos felizardos para a própria Petrobrás,  o que permite aos compradores recuperar o preço pago à Petrobras em menos de 4 anos. Esses ativos em mãos privadas, sobremaneira, as refinarias, darão lugar a monopólios privados em cada região do Brasil, agravando enormemente a pauperização dos brasileiros.

Pedro Parente vendeu o campo de Carcará, no pré-sal, cujo preço do barril de petróleo foi mais barato do que uma lata de refrigerante. Vendeu a Petroquímica de Suape, única produtora de poliestireno da América Latina, pelo equivalente ao faturamento de uma semana daquela petroquímica. Vendeu e arrendou, por preços irrisórios, Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados. Já sob a gestão Castello Branco, fechou-se a FAFEN ARAUCÁRIA que produzia fertilizantes a partir de resíduos asfálticos (engenhosa solução ambiental) e que também poderia ser convertida para a produção de oxigênio, crucial para salvar vidas em Manaus. 

A Fábrica de Fertilizantes em construção na cidade de 3 Lagoas (MS) foi abandonada com mais de 86% de conclusão. Moro e Dalagnol emitiram ordens para que a Petrobrás não pagasse mais os créditos de todas empreiteiras nacionais sem que elas nem ao menos fossem declaradas inidôneas, mediante o devido processo legal, com o direito ao contraditório e a mais ampla defesa, perante o órgão competente que é a CGU ou o TCU, não a Petrobrás sumariamente.

A cúpula do jurídico da Petrobrás acatou essa sentença de morte contra a engenharia nacional e, pressurosamente, criou a figura do bloqueio cautelar para eximir-se de pagar os serviços já executados e medidos. Em consequência, surgiram cidades fantasmas pelo Brasil afora, como em Rio Grande e Itaboraí com milhares de desempregados da noite para o dia, vagando com suas famílias ao relento. Tudo sob o pretexto de combater a corrupção e  reduzir a dívida da Petrobrás que sempre foi  compatível com os investimentos necessários para produzir no pré-sal, com gigantesco volume de óleo leve de alto valor. A dívida contraída pela Petrobrás não discrepa dos níveis de endividamento de suas congêneres, as majors do petróleo. É uma dívida maior pela singela razão de que nenhuma outra empresa de petróleo tinha um projeto de tamanha envergadura e tão promissor. A redução da dívida implementada nestes moldes e o cruel PPI permitiram a distribuição de dividendos em escala sideral, como acaba de acontecer neste último trimestre (42 bilhões de reais) mas compromete, irremediavelmente, a geração de caixa a médio e longo prazo. Privar a Petrobrás de suas reservas de óleo e gás é o melhor caminho para que, em dado momento, ela fique só com a dívida e sem condições de honrar a própria dívida contraída para produzir plataformas e navios necessários para explorar o pré-sal a 300 km da costa e 7 mil metros de profundidade. 

Tanto é verdade que tal dívida não era ameaça alguma para  a Petrobrás,  que ela lançou bônus de  dívida para resgate em 100 anos, os CENTURY BONDS. Tal emissão de dívida se deu em  1º de junho de 2015, no auge do linchamento midiático, como se lê na página A3 do JORNAL DO COMMERCIO que circulou em 02/06/2015, o que prova sobejamente a confiança dos investidores internacionais na solvência da Petrobrás. A emissão desses bônus de dívida para resgate em 100 anos,  no valor de 2,5 bilhões de dólares, teve uma procura 4 vezes maior do que a emissão da Petrobrás. 

Portanto, não subsiste o argumento ad terrorem de que a Petrobrás teria que vender seus ativos a toque de caixa, abaixo do valor de mercado, como vem sendo desde Temer e, já agora, sob o curioso regime do fascismo antinacional. A venda da Refinaria Landulfo Alves, na Bahia, se deu abaixo da estimativa feita pela XP Investimentos, entusiasta da Lava Jato e de Paulo Guedes.

Ainda no ano de 2015, a Petrobrás recebeu pela terceira vez o maior prêmio da indústria de óleo e gás, o OTC, em Houston EUA. Também naquele mesmo ano de 2015, a Petrobrás superou a Exxon Mobil em geração de caixa livre, tornando-se a primeira do mundo neste quesito dentre outras petroleiras internacionais de capital aberto. Enquanto isso, a Globo satanizava a Petrobrás, com a divulgação permanente daqueles dutos enferrujados jorrando dinheiro, enquanto glorificava Moro, Dallagnol e os filhos de Januário.  

A Refinaria de Manaus, doada à ATEM, sonegadora de impostos federais, assim como o restante das 37% de ações da BR Distribuidora pelo equivalente ao preço do Copacabana Palace, não fazem sentido por qualquer prisma que se possa examinar. Embora seja comum a prática do farm in e farm out entre as petroleiras, por razões de melhor alocação de capital, o que se vê na Petrobrás desde 2016 é um esquartejamento frenético sem nenhuma responsabilidade com a perenidade da empresa e o interesse nacional.

A própria decisão do Pedro Parente de pagar aos fundos abutres 3 bilhões de dólares em uma class action nos EUA sem que houvesse, ao menos, uma decisão de primeiro grau, que ainda seria passível de recurso, revela que nunca houve problemas de caixa a reclamar a venda do almoço pra comprar a janta, como propalam os arautos do mercado encastelados na Globo, Estadão, Veja e Folha, que são aríetes assestados permanentemente contra a Petrobrás.

Todas as gestões da Petrobrás posteriores ao golpe permanente que se iniciou com as pedaladas imaginárias adotaram a praxe de adiantar pagamento aos bancos internacionais e nacionais, antes mesmo do respectivo vencimento, inclusive 10 bilhões de reais ao BNDES, este último sem, ao menos, haver a justificativa de que se queria trocar por dívida mais barata.

Também foi o caso do pré-pagamento, sem nenhuma necessidade, do empréstimo feito pela China, através da SINOPEC, para ser  pago, não em dinheiro, mas apenas em  exportações de óleo, o loan for oil. A China fez essa operação no momento em que todos queriam levar a Petrobrás à insolvência, a começar pelo auditor independente, PWC, que nunca detectou nenhuma irregularidade nas décadas anteriores, mas  exigiu uma baixa contábil, totalmente artificial, de 88 bilhões, sob pena de não assinar o balanço patrimonial de 2015, o que, aí sim, levaria ao vencimento antecipado de toda a dívida da Petrobrás (covenants).

Apesar de todas as evidências de que a dívida da Petrobrás era adequada aos projetos de exploração do pré-sal, a mídia hegemônica criou o senso comum de que era necessário cortar não só a gordura mas a própria carne e até no osso (catabolismo total) e, nesse clima de terror, o STF decidiu por 9 a 2 que a Petrobrás podia vender ativos e subsidiárias sem licitação e sem prévia autorização do Congresso Nacional, com as honrosas exceções de Lewandowski e Fachin. 

Até mesmo a Assembleia Geral da Petrobrás foi escanteada pois tais alienações a preço de banana são aprovadas pela diretoria executiva, sem o escrutínio do órgão máximo de uma sociedade anônima que é a Assembleia Geral de acionistas. Assim foi com Pedro Parente, foi com Castello Branco, e é agora com o general Luna e Silva. Um fast track do desmanche.

Tudo isso sob o pretexto de reduzir a dívida e, aproveitando a cortina de fumaça propiciada pela campanha insidiosa e implacável desencadeada pela mídia  em conúbio espúrio com a lava jato que danificou, profundamente, a imagem da Petrobrás perante a população. 

Entoa-se ad nauseam a cantilena de que houve 6 bilhões de reais de superfaturamento nas obras no período de 2004 a 2014, o que, do ponto de vista das regras internacionais de contabilidade, é imaterial se comparado ao faturamento da Petrobrás,  de 2 trilhões e 400 bilhões de reais,  nesse mesmo período.

O circo dos horrores se abateu sobre o corpo técnico da Petrobrás que passou a ser investigado em verdadeiros tribunais de exceção por escritórios de advocacia norte-americanos, como o Gotlieb (ganhador de fortunas na Petrobrás e no BNDES para a natimorta investigação da caixa preta que custou a cabeça de Levy). Outro escritório de advocacia norte-americano, o Baker & Mackenzie está no epicentro do Pandora Papers, em companhia de Paulo Guedes, do presidente do Banco Central, Globo et caterva. São escritórios  indicados pela CIA e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos que deram uma gorjeta de 2,5 bilhões para a república de Curitiba criar seu fundo partidário, em boa hora anulado pelo STF.

Tais escritórios foram contratados, mediante honorários exorbitantes, não para defender a Petrobrás em processos nos EUA ou escrever um parecer sobre direito norte-americano. Foram contratados para conduzir o compliance da Petrobrás, que a  é  indústria da moda a que se dedicam próceres da lava jato, como o Carlos Alberto Lima e Sergio Moro na Alvarez & Marsal (gestora dos escombros da Odebrecht), ambos veteranos do escândalo do BANESTADO, assim como o doleiro Alberto Youssef que, por haver descumprido obrigações anteriores daquele caso, envolvendo as contas CC5, não poderia ser beneficiado pela delação premiada na lava jato.

Os escritórios de advocacia norte-americanos, verdadeiros biombos para a CIA, chegaram a apreender celulares e notebooks de cerca de 2 mil empregados da Petrobrás para as suas investigações ironicamente denominadas CIAS, ao fim das quais nada se apurou de relevante. Tanto que o ex-presidente Roberto Castelo Branco se viu compelido a pedir desculpas públicas aos empregados, na intranet da Petrobrás, após serem  espionados ao longo de meses pelas famigeradas CIAS que ainda contaram com o auxílio luxuoso do escritório da respeitável ex ministra do STF Ellen Gracie Northfleet.   

Há muito mais a dizer, mas deixo para outro momento. Certo é que há muito mais do que meros aviões de carreira no ar. É a tal da guerra híbrida. (

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.


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