Artigo da leitora: Yolande Caffé Lima
Dom Malan, com sua alma peregrina, corre por entre braços e pernas tentando equilibrar o sonho com o peso da realidade.
As pedras da incompreensão são obstáculos na vida daqueles que não sabem o que é a fé, o amor e a caridade.
Ele transformou as suas pedras em um templo de luz e de renovação, para mostrar ao seu povo que a maneira de olhar é que constrói a realidade de cada um.
Padre Cícero não entende de opulência, pois fez votos de pobreza; não compreende o feio porque sua missão é amenizar a dor, confortar aqueles que sempre acreditaram que a promessa será alcançada. No alto da sua fé, observa e guarda a todos que o cercam.
Mas, no soar das horas, o ontem e o hoje estão em desalinho; não há uma combinação dentro e fora do conhecimento, do sentimento e da compreensão. Os olhos que investigam os detalhes não enxergam o encontro das almas, que procuram acordar a sensibilidade perdida.
A simetria não combina com a realidade seca, estéril, quase sem vida. Tem muito coração aumentando a sombra, tem muito pensamento desorganizando o foco e tem muita fé aumentando as proporções.
Eles são grandes demais para passarem despercebidos. Seus ideais ultrapassam a compreensão, pois não vieram com o compromisso pequeno de fazer figuração: são personagens principais nas histórias de cidades e famílias, contribuindo para transformar mentes e corações.
Eles são grandes demais para deixar passar em branco a oportunidade de evangelizar, de dizer ao povo que ama a importância de ser melhor e de perceber que a beleza está na alma que canta e na humildade que dignifica.
A simetria de Deus corresponde ao tamanho que o sorriso tem para curar, à largura que os braços podem abraçar e à dimensão que a fé pode alcançar
Os peregrinos do amor voltaram para mostrar que “o grande” comunga com o por do sol e a beleza de um novo dia; que as diferenças são apenas letras que obedecem a uma sequencia de conveniência ditada pelo professor oportuno, e que o lugar mais seguro é aquele que tem o tamanho que o coração almeja.
Yolande Caffé Lima