quarta-feira, 2 de março de 2022

Pernambuco é o segundo Estado com a menor taxa de mortalidade por Covid-19, segundo Opas/OMS

 

Durante coletiva de imprensa, o secretário estadual de Saúde, André Longo, atribuiu a diminuição das mortes ao avanço da vacinação no Estado


                                  Por Eduarda Barbosa e Tarsila Castro
Na foto os secretários Alexandre Rebelo (Planejamento e Gestão), André Longo (Saúde) e Rodrigo Novaes (Turismo e Lazer) durante coletiva de imprensa - Foto: Élida Freitas/ Folha de Pernambuco

Devido ao avanço da vacinação contra a Covid-19, Pernambuco registra a segunda menor taxa de mortalidade pela doença no início deste ano, com 6,1 mortes a cada 100 mil habitantes, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS). Os dados, colhidos até o dia 24 de fevereiro, mostram que a média do Estado é 55% menor que a média brasileira (13,5). Pernambuco fica atrás do Maranhão, que tem média de 5,3.

Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (2), o secretário estadual de Saúde, André Longo, atribuiu a diminuição das mortes ao avanço da vacinação.

“Este resultado, que significa vidas salvas, só foi possível graças ao intenso trabalho para avançar com a vacinação que vem contando com a colaboração da maioria da população pernambucana e com os esforços do Governo do Estado e das prefeituras”, destacou.

Ele ressalta que é fundamental a vacinação continuar avançando. “Para continuarmos colhendo resultados positivos nessa luta contra a doença, e também para continuarmos avançando no relaxamento das medidas de contenção do vírus, o caminho é ampliar ainda mais a vacinação”. 

Em 2021, Pernambuco também registrou a segunda menor taxa de mortalidade do País, com 112,9 óbitos por 100 mil habitantes. No acumulado entre 2020 e 2022, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Estado está entre as cinco menores taxas de mortalidade por Covid-19 do País.

Redução dos indicadores

Ainda de acordo com Longo, os números da 8ª Semana Epidemiológica consolidam o cenário de redução de todos os indicadores da Covid-19 em Pernambuco. “Com esse cenário, nós temos segurança para progressões no nosso Plano de Convivência”, ressaltou.

A positividade geral das amostras analisadas no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PE), que oscilou entre 52% e 47% entre a última semana de janeiro e a primeira de fevereiro, está atualmente em 9,5%.

Segundo o secretário estadual de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebelo, os indicadores da saúde mostram que as medidas restritivas foram fundamentais para o resultado positivo. “A vacinação, os reforços no sistema de saúde e as medidas de cuidado adotadas conseguiram trazer uma boa situação para o nosso Estado”, destacou.

Plano de Convivência

Com a redução nos números da Covid-19, o governo liberou novas flexibilizações para atividades em setores econômicos e sociais. Até o dia 15 de março está autorizada a realização de eventos sociais para até 3 mil pessoas em ambientes abertos e até 1,5 mil pessoas em locais fechados, ou até 70% da capacidade do local em ambos os ambientes. Para museus, teatros e circos estão liberadas até 1,5 mil pessoas.

Os jogos de futebol se assemelham às regras de lugares abertos, ou seja, até 3 mil pessoas. Os eventos corporativos também podem acontecer para até 3 mil pessoas.

Continua sendo obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação. Nos casos de eventos para mais de 500 pessoas, é necessário apresentar teste negativo de Covid-19.

De acordo com o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes, há perspectiva de mais flexibilizações nos próximos 15 dias, se os números da saúde continuarem em queda. “É possível novas progressões para os próximos 15 dias e no mês de abril. A Semana Santa, por exemplo, é um evento importante para o turismo de Pernambuco, então estamos confiantes que isso deverá acontecer”, avaliou o secretário.

Mais vacinas contra a Influenza

Ainda durante a coletiva, André Longo afirmou que o Governo de Pernambuco vai solicitar ao Ministério da Saúde o envio de vacinas contra a Influenza produzidas pelo Instituto Butantan. A urgência se dá devido ao período de sazonalidade das doenças respiratórias que acontece em março no Estado.

Na última sexta-feira (25), um primeiro lote foi entregue ao Programa Nacional de Imunizações. Já na segunda-feira (28), um segundo lote foi entregue, totalizando cerca de sete milhões de doses. Porém, até o momento, nada foi encaminhado aos estados.

Rússia anuncia tomada de Kherson no sul da Ucrâna e há combates em Kharkov

                      Por: AFP

Foto: Genya Sanilov/AFP


Tropas russas reivindicaram nesta quarta-feira (2) a tomada da cidade portuária de Kherson no sul da Ucrânia e o ataque a várias outras cidades no sétimo dia de uma invasão que, segundo o presidente ucraniano, busca "apagar" o país.
 
A Rússia também lançou unidades de paraquedistas em Kharkov, a segunda maior cidade do país, onde as forças ucranianas reportaram confrontos nas ruas.

Esta cidade de 1,4 milhão de habitantes e próxima à fronteira com a Rússia também sofreu um bombardeio que deixou ao menos quatro mortos e nove feridos, segundo os serviços de socorro.

Um jornalista da AFP relatou danos provocados por bombardeios contra prédios dos serviços de segurança e uma universidade.
"Eles têm a ordem de apagar a nossa história, apagar o nosso país, apagar todos nós", denunciou o presidente ucraniano Volodimir Zelenski em um vídeo.

Após o ataque que deixou cinco mortos contra a torre de televisão de Kiev, próxima ao local onde 30.000 pessoas foram massacradas durante a Segunda Guerra Mundial, a maioria delas judias, Zelenski fez um apelo a essa comunidade para "não permanecer em silêncio".

"O nazismo nasce do silêncio. Então, comecem a gritar sobre os assassinatos de civis. Gritem sobre os assassinatos de ucranianos", afirmou o presidente, um ex-comediante de 44 anos e judeu.
 
"Crimes de guerra"
 
A Ucrânia contabilizou 350 civis mortos - incluindo 14 crianças - desde o início do conflito, que levou Kiev a pedir uma audiência na Corte Internacinal de Justiça de Haia para denunciar crimes de guerra.

Na mesma abordagem, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson afirmou nesta quarta-feira que o presidente russo Vladimir Putin é culpado por "crimes de guerra". No dia anterior, durante o discurso do Estado da União, o presidente americano Joe Biden o chamou de "ditador".

Segundo a ONU, cerca de 874.000 refugiados saíram da Ucrânia desde o início da invasão, um número que cresce rapidamente.

"Deixamos tudo para trás quando eles chegaram e arruinaram nossas vidas", disse Svitlana Mostepanenko, que pediu asilo na República Tcheca.

Os russos estão até bombardeando "casas onde há crianças, crianças pequenas, há crianças morrendo agora", lamentou.

Imagens de satélite mostram que as forças russas continuam concentrando artilharia e blindados na direção de Kiev, aumentando o temor de um ataque à capital.

"O inimigo está movendo suas forças para mais perto da capital", disse o prefeito Vitali Klitschko. "Kiev resiste e vai resistir. Vamos lutar", prometeu o carismático ex-boxeador.

Em meio à guerra psicológica de ambos os lados, o exército ucraniano anunciou que entregará soldados russos capturados no front de batalha para suas mães.

"Ao contrário dos fascistas de Putin, nós ucranianos não estamos travando uma guerra contra as mães e seus filhos capturados", disse o Ministério da Defesa ucraniano.

Delegação russa pronta para negociar
 
O porta-voz do Kremlin disse na quarta-feira que há uma delegação de negociadores russos pronta para continuar o diálogo com a Ucrânia, após o fracasso de uma primeira rodada, nossa delegação estará no local (das discussões). Vamos esperar pelos negociadores ucranianos", disse Dmitri Peskov à imprensa.
Putin explicou que a invasão visa a "desmilitarização" e "desnazificação" da Ucrânia, que busca se aproximar do Ocidente, da OTAN e da UE.

O presidente russo também exigiu garantias de que a OTAN não continuará se expandindo para o leste e que a entrada da Ucrânia na aliança militar será vetada.

À medida que o número de civis mortos pelo conflito aumenta, a oposição à guerra cresce na Rússia, onde milhares são detidos por protestos pela paz.
Nesta quarta-feira, o opositor Alexei Navalni - que está preso e enfrentando julgamento - pediu aos seus compatriotas que "saiam às ruas e lutem pela paz".

Petróleo dispara
 
Após a onda de sanções, boicotes diplomáticos e vetos à participação em eventos esportivos e culturais, os Estados Unidos anunciaram hoje que fecharam seu espaço aéreo para aviões russos.

Biden afirmou que Putin "está mais isolado do mundo do que nunca", mas insistiu que não enviará tropas para o terreno.
 
Devido à enxurrada de sanções ocidentais, o principal banco da Rússia, Sberbank, anunciou sua saída do mercado europeu, dizendo que suas subsidiárias enfrentam "saídas irregulares de fundos e ameaças à segurança de seus funcionários e filiais".

A crise provocou uma escalada dos preços do petróleo e a decisão do cartel dos 23 países produtores da OPEP+ - grupo que inclui a Rússia - de manter a oferta quase intacta, sustentou os preços que ultrapassam os 110 dólares por barril, valores sem precedentes em mais de sete anos.
 
O preço do petróleo é preocupante em um momento de alta inflação mundial devido à recuperação após a pandemia. O Federal Reserve dos Estados Unidos alertou que as consequências econômicas da guerra na Ucrânia são "altamente incertas".



Os princípios editoriais que norteiam a cobertura do Brasil 247 e da TV 247 na guerra da Ucrânia

Pela paz, pelo cessar-fogo, pelo diálogo, pela neutralidade do Brasil e contra as sanções econômicas que penalizam sobretudo as populações mais vulneráveis

(Foto: Jcomp - Freepik.com | Brasil247)

A guerra entre Rússia, Ucrânia e países da OTAN, que completa sua primeira semana nesta quarta-feira, já produziu uma das maiores crises humanitárias da história, com mais de 660 mil refugiados e colocou o mundo à beira da catástrofe nuclear. Como grupo de comunicação responsável, expressamos aqui os princípios editoriais que norteiam a cobertura de nossos dois veículos: o site de notícias Brasil 247 e a TV 247.

1 – Somos contra a guerra e defendemos o cessar-fogo imediato, assim como a busca de uma saída diplomática.

2 – A construção de uma saída negociada para a guerra pressupõe que todas as partes sejam ouvidas em suas legítimas preocupações relativas ao tema da segurança.

3 – Defendemos um mundo multipolar, com maior equilíbrio entre os países, para que todos possam atingir plenamente seus potenciais de desenvolvimento.

4 – Somos contra a censura e buscamos informações de todas as fontes que produzem jornalismo profissional para oferecer aos leitores e telespectadores um panorama amplo e confiável de notícias. 

5 – Rechaçamos narrativas unilaterais, bem como qualquer tipo de propaganda e desinformação midiática, como é comum em tempos de guerra.

6 – Defendemos que o Brasil persiga uma política externa independente e neutra, que atenda aos interesses do povo brasileiro.

7 – Somos contra as sanções econômicas, que desorganizam a economia mundial e causam desabastecimento e inflação, penalizando sobretudo as populações mais vulneráveis.

8 – O espectro de opiniões deve ser amplo, deixando claro que a opinião de cada comentarista ou colunista não se confunde com a dos veículos de comunicação.

9 – A paz deve começar dentro dos nossos próprios meios de comunicação. Aceitamos a crítica, mas fazemos um apelo aos leitores e telespectadores para que não ocorram ataques pessoais nas seções de comentários.

10 – Em cada artigo escrito, em cada vídeo, em cada transmissão ao vivo, temos a obrigação de sermos sempre transmissores da paz. 247.


BLOG DO BILL NOTICIAS

Banco Mundial anuncia suspensão dos programas de ajuda em Belarus e Rússia

GUERRA NA UCRÂNIA

Interrupção dos programas tem efeito imediato, diz empresa


                               Por AFP



Banco Mundial anunciou nesta quarta-feira a suspensão imediata de todos os seus programas de ajuda na Rússia e em Belarus, em resposta à invasão à Ucrânia

"Após a invasão à Ucrânia e as hostilidades contra o povo ucraniano, o grupo do Banco Mundial interrompeu todos os seus programas na Rússia e em Belarus, com efeito imediato", anunciou a instituição.

Em Belarus, o Banco Mundial estava envolvido em 11 projetos, que totalizavam US$ 1,15 bilhão, enquanto na Rússia tinha quatro projetos, que somavam US$ 370 milhões, de acordo com seu site.

A instituição ressaltou no documento que não havia aprovado "nenhum novo empréstimo ou investimento na Rússia desde 2014", quando ocorreu a anexação russa da Crimeia. "Tampouco há novos empréstimos aprovados em favor de Belarus desde meados de 2020", afirmou.

BLOG DO BILL NOTICIAS

Resolução que condena "agressão russa" não se traduz em apoio a sanções indiscriminadas, diz embaixador do Brasil na ONU


Ronaldo Costa Filho reafirmou a posição do Brasil a favor de um cessar-fogo imediato, e que sanções "não levam à reconstrução de um diálogo diplomático"

Ronaldo Costa Filho (Foto: REUTERS/Carlo Allegri/File Photo)

O embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, reafirmou nesta quarta-feira, 2, a posição do país a favor de um cessar-fogo imediato na Ucrânia, mas disse que a aplicação indiscriminada de sanções à Rússia não leva à reconstrução do diálogo.

Ele fez sua declaração minutos depois que a Assembleia Geral da ONU votou para repreender a Rússia pela ação militar na Ucrânia e exigiu que Moscou parasse de lutar e retirasse suas forças militares.

>>> Com voto do Brasil, Assembleia Geral da ONU aprova resolução que condena "agressão russa" na Ucrânia

"A resolução não pode ser vista como algo que permite a aplicação indiscriminada de sanções. Essas iniciativas não levam à reconstrução de um diálogo diplomático e traz consequências que vão além da situação atual", disse.

Na terça-feira, 1, o presidente Jair Bolsonaro, que visitou o presidente russo Vladimir Putin em Moscou antes da ação militar, disse que o Brasil permanecerá neutro no conflito, citando fertilizantes russos que são cruciais para o gigante setor de agronegócio do país. 247, com Reuters.

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