Depois
de empregar a namorada e a sogra na prefeitura e Câmara de Campina
Grande, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) conseguiu mais um “serviço”
para a família
Após conseguir vitória em Campina Grande
elegendo Romero Rodrigues (PSDB) para prefeito, o senador tucano Cássio
Cunha Lima embarcou numa encruzilhada pouco discreta de agrados a
pessoas muito próximas e queridas.
Primeiro, emplacou a sogra, Iolanda
Alves de Azevedo, como assessora especial do gabinete do prefeito de
Campina Grande. A nomeação de Iolanda aconteceu no dia primeiro de maio,
um feriado, e data em que se comemora o “Dia do Trabalhador”. O salário
de Iolanda é de R$ 3,5 mil.
A namorada do senador, Jacilene Azevedo, também ganhou emprego. Ela ocupa um cargo na Câmara de Vereadores de Campina Grande.
Agora, o senador empregou seu cunhado,
Jackson Azevedo, no cargo de supervisor da UPA (Unidade de Pronto
Atendimento), da cidade de Campina Grande.
Cássio, conhecido por falar grosso no
plenário do Senado Federal, tem bastante influência na mídia local e
goza de excelente relação com os barões da imprensa do estado da
Paraíba.
Veja abaixo a nomeação da sogra:
Blindado no estado, mas com telhado de vidro
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) foi cassado
pelo TSE quando era governador do Estado da Paraíba pela prática de
abuso de poder político e econômico nas eleições de 2006. O atual
senador foi condenado, à época, por distribuir 35 mil cheques a cidadãos
carentes durante a campanha eleitoral daquele ano.
Apesar de uma carreira política instável
e manchada por uma cassação de mandato na instância máxima da justiça
eleitoral, Cássio goza de idolatria na Paraíba e mantém firme seus
currais eleitorais, a exemplo de outros quadros, como Fernando Collor,
José Sarney e Jader Barbalho, também Senadores da República.
Pensão vitalícia como ex-governador
Mesmo com o mandato de governador
cassado, Cássio figura na lista dos oito ex-governadores que recebem
aposentadoria vitalícia do Estado. Além dele, seis ex-primeiras-dama
também recebem o benefício. O pagamento não é ilegal, de acordo com as
leis estaduais, mas mostra o quanto as pensões são controversas.
A Ordem dos Advogados do Brasil da
Paraíba (OAB-PB), seguindo recomendação da entidade nacional, afirma que
o benefício contraria a Constituição de 1988. Segundo a OAB, o
pagamento das pensões fere principalmente os princípios constitucionais
de moralidade e da isonomia. (Pragmatismo Politico, com Diario do
Sertao)
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