Por: Correio Braziliense/
Por: Darcianne Diogo /Por: Luana Patriolino
Por: Correio Braziliense/
Por: Darcianne Diogo /Por: Luana Patriolino
Ministro foi a Paquetá para dia de vacinação em massa
Por Agência Brasil
O ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse, neste domingo (20), que o Programa Nacional de Imunização (PNI) é a esperança de por fim à pandemia de Covid-19 no país. Em participação da vacinação em massa da ilha de Paquetá, bairro da capital Rio de Janeiro, o ministro disse que o PNI tem capacidade de vacinar até 2,4 milhões de brasileiros por dia.
O ministro disse que o Ministério da Saúde adquiriu mais de 630 milhões de doses de vacinas e que, desse total, mais de 110 milhões de doses foram distribuídas. Segundo Queiroga, o Brasil se encontra entre os cinco países que mais distribuíram doses de vacinas para a sua população.
Na quinta-feira (17), o trabalho começou a ser realizado com a coleta de amostras de sangue para testes sorológicos em moradores de Paquetá que se apresentaram como voluntários. Entre os objetivos, o estudo quer monitorar a "soroconversão", isto é, quem era soronegativo (não tinha anticorpos) e passou a ser soropositivo (com anticorpos).
Mais de 750 mil pessoas saíram às ruas em cidades por todo o país, e também no exterior, neste sábado (19) em mais uma grande manifestação contra Bolsonaro organizada pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, centrais sindicais e partidos políticos. Foram 427 atos nas 27 unidades da federação em mais de 400 municípios daqui e outros 17 de fora, em um coro contra a gestão genocida do presidente da República. No mesmo dia, o país alcançou a sombria marca de 500 mil mortes pela covid-19, doença cuja vacina foi oferecida e recusada por Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Teve cartaz culpando Bolsonaro pela morte de parentes.
Nos atos, sobraram faixas, bandeiras, cartazes, flâmulas, pinturas e gritos pela Vacina no Braço e Comida no Prato. Exigindo auxílio emergencial de R$ 600 até o final da crise sanitária. Reivindica-se atenção aos pequenos e médios produtores e comerciantes, respeito à soberania nacional, ao serviço a ao patrimônio público. Teve passeata, intervenção artística, bicicletada, carreata, plenária e até ato virtual. Houve muita preocupação com a segurança sanitária, máscara, álcool, evitando proximidade e toque.
A manifestação contra Bolsonaro começou bem cedo, as primeiras notícias vieram de pequenos municípios. Logo cresceu e tomou Brasília, Recife, capitais e grandes cidades do Norte e Nordeste, Sul, Centro-Oeste. Depois Rio, Belo Horizonte e São Paulo. A Presidente Vargas e a Paulista fecharam, com direito à presença de Chico Buarque, Fernando Haddad e muitas outras personalidades. O tema pautou também as redes sociais.
Chico Buarque, por sinal, completou 77 anos. “Na ditadura, nós não teríamos um programa como esse, não estaríamos falando disso aqui. E o que este governo quer, evidentemente, é a volta da ditadura, no sentido da censura, da proibição da difusão de ideias, de maneira que o programa da Regina não possa mais ir ao ar, os sites de esquerda, de oposição ao governo seriam banidos”, disse.
Brasília abrigou uma das maiores mobilizações do dia. O ato contou com a participação de estudantes, servidores públicos, indígenas, integrantes LGBTQIA+ e lideranças políticas de partidos de oposição. Começou por volta das 9h em frente à Biblioteca Nacional. As dezenas de milhares de manifestantes fecharam o Eixo Monumental e, após passarem pela Esplanada dos Ministérios, seguiram até o Congresso Nacional. A mobilização contou com os indígenas do Levante pela Terra, que estão na capital federal há 11 dias em resistência a projeto sobre demarcações.
No Rio, uma multidão de manifestantes tomou as ruas do centro e fez um minuto de silêncio em nome das 500 mil vítimas da covid-19. Militantes de movimentos sociais, partidos políticos e população em geral fecharam a Avenida Presidente Vargas, tradicional reduto de manifestações na capital fluminense. Em frente à Igreja da Candelária, um boneco representando Bolsonaro foi queimado. Passaram também pelo Monumento Zumbi dos Palmares. Já no Recife, ao contrário do ocorrido no 29M, quando policiais atacaram os manifestantes, o clima foi de tranquilidade. Poucos policiais acompanham à distância e agentes de conciliação foram escalados para conter eventuais abusos. O Batalhão de Choque não foi mobilizado.
Mais para o final da tarde ocorreu a manifestação em São Paulo. Como de costume, concentrou-se na Avenida Paulista, com a presença de diversas representações da sociedade. Logo os quarteirões começaram a ser preenchidos e a multidão foi formada, fechando toda a via. Os cartazes, faixas e dizeres foram todos na mesma linha do visto em todas as outras capitais e localidades. Revolta contra o governo federal. Lembrara, também, os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), co-responsáveis de Bolsonaro no nefasto atraso da compra de vacinas. Paulo Guedes, da Economia, foi outro criticado na manifestação contra Bolsonaro pela falta de política para o auxílio emergencial de R$ 600 enquanto durar a pandemia.
Da Rede Brasil Atual .
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Por Diana Yukari, Leonardo Diegues e Fábio Takahashi (Folhapress)
Idade avançada e cidades grandes eram as variáveis que mais concentravam óbitos no início da Covid-19 no Brasil. Quinze meses depois do início da pandemia e com a marca de 500 mil mortos atingida, a doença está espalhada por outras faixas, atingindo agora especialmente pessoas na casa entre 50 e 59 anos e cidades pequenas e médias.
A alteração no perfil de idade dos óbitos acompanhou o ritmo de vacinação, que começou em janeiro com a proteção dos mais velhos e que apenas mais recentemente começou a chegar à faixa dos 50 anos.
A mudança geográfica parece confirmar o temor de especialistas apresentado no início da pandemia de que equipamentos hospitalares mais escassos e precários fora dos grandes centros seriam um ponto crucial no combate ao vírus.
Também parece confirmar a preocupação dos epidemiologistas com a falta de barreiras de circulação de pessoas no país, que permitiram que o vírus se espalhasse facilmente a partir dos grandes centros (onde chegam voos internacionais, importante porta de entrada da doença, que foi identificada na China e atingiu a Europa na primeira etapa da pandemia).
Atualmente, 42% dos óbitos registrados são de pessoas que moram em cidades pequenas (de até 100 mil habitantes). Há um ano eram 21%. À época, o país tinha apenas 30 mil mortes oficiais pela Covid.
As cidades grandes, com mais de 1 milhão de moradores, passaram de 40% para 21% na participação dos óbitos no mesmo período.
Das variáveis analisadas pela reportagem sobre o perfil das vítimas (idade, sexo, cor da pele, tipo de hospital de atendimento, tamanho da cidade e região do país), a faixa etária também contou com grande alteração ao longo da pandemia.
Em junho do ano passado, pessoas com mais de 70 anos representavam 56% do total de óbitos. No patamar acima de 80 anos, o percentual era de 28% (a maior faixa, considerando agrupamento a cada dez anos de idade).
Agora, as vítimas acima de 70 anos representam a metade do registrado em junho do ano passado. A faixa acima dos 80 anos passou a representar apenas 14% dos óbitos.
Considerando o agrupamento de dez em dez anos, a faixa em que há mais vítimas atualmente é a entre 50 e 59 (26% das mortes).
A campanha de vacinação contra a Covid começou em janeiro, justamente pelos mais idosos. Atualmente, mais de 95% das pessoas acima dos 70 anos tomaram ao menos a primeira dose no país.
E menos de 10% daqueles entre 50 e 59 anos já receberam ao menos uma dose do imunizante –o percentual fica menor quanto mais jovem é a faixa etária.
A baixa cobertura vacinal de adultos mais jovens contrasta com o aumento de circulação de pessoas no país, o que facilita a circulação do vírus.
Segundo dados monitorados pelo Google, o movimento em locais de lazer e de compras hoje está 18% menor do que antes da pandemia. Esse percentual já foi de 76% de redução, em abril de 2020. A empresa de tecnologia monitora o deslocamento de aparelhos como celulares e tablets.
Se considerados os óbitos nas regiões do país, é possível notar uma grande variação ao longo da pandemia.
O Sudeste concentra hoje cerca de 50% das mortes pelo vírus. É a pior área, mas esse percentual ficou na casa dos 70% nos primeiros meses da pandemia. O
Nordeste tem atualmente 17% dos óbitos, mas chegou próximo a 40% em maio do ano passado.
O Norte, que tem hoje perto de 4%, foi a mais de 20% no começo deste ano, quando eclodiu a crise no Amazonas, onde faltou oxigênio para pacientes internados.
O Sul teve dois picos de óbitos, em novembro de 2020 e março deste ano, quando concentrou mais de 25% das vítimas do país. Atualmente, o percentual ainda está próximo desses máximos, com 20%.
No Centro-Oeste, agosto e setembro do ano passado foi o pior período na região, quando 17% das mortes do país estavam nessa área. Hoje são 9%.
Os dados utilizados pela reportagem para essa análise são do Ministério da Saúde, referentes ao período até o último dia 30 de maio (os dados posteriores a essa data ainda estão sujeitos a grandes mudanças).
Por Larissa Garcia (Folhapress)
Conta de energia -
Foto: Arquivo/Folha de Pernambuco
O agravamento da crise hídrica encareceu a conta de luz do brasileiro e muitos podem não conseguir honrar seus compromissos nos próximos meses. De acordo com a Serasa, a inadimplência em contas básicas, como energia, água e gás, representava 22,3% do total de débitos em maio, e a tendência é de crescimento com os sucessivos reajustes nos preços desses serviços.
Ao todo, são 36,9 milhões de faturas atrasadas no segmento. A alta no valor do gás de cozinha também tem pressionado a renda das famílias.
"O aumento no valor das contas de luz e gás pode impactar o orçamento dos brasileiros e resultar no atraso do pagamento", diz Nathalia Dirani, gerente da Serasa.
Em dezembro, os calotes em serviços básicos bateram recorde -o percentual foi de 23,6%, maior valor de toda a série histórica iniciada em janeiro de 2018.
A inadimplência nessas contas cresceu mês a mês desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020, mas caiu em janeiro deste ano e ficou entre 22,2% e 22,7% nos meses seguintes. O número de maio é 0,4 ponto percentual menor que o de abril.
Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a bandeira vermelha, a mais cara cobrada sobre a conta de luz, deverá subir mais de 20% em razão do baixo nível dos reservatórios de água.
Em meio à escassez de chuvas, usinas térmicas são acionadas, e a bandeira tarifária cobrada sobre o serviço de energia fica mais cara. Em junho, já está vigente a bandeira vermelha nível 2, a mais cara, que cobra R$ 6,24 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. Esse valor será elevado para aproximadamente R$ 7,50.
Na semana passada, a Petrobras anunciou aumento de 5,9% no preço do gás de cozinha, décima quarta alta consecutiva no preço do produto. De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), no Brasil, o botijão de 13 kg custava em média R$ 85 em abril, último dado disponível. Em janeiro, o valor era de R$ 76,86.
Mesmo com o aumento nos atrasos no pagamento de serviços básicos em relação a períodos anteriores à crise sanitária, as dívidas com bancos ainda são maioria entre os negativados. Em maio, eram 49,1 milhões de faturas de crédito e outros produtos financeiros cadastradas no banco de dados da Serasa, o equivalente a 29,7% do total, aumento de 0,9 ponto percentual em relação ao mês anterior.
Ao longo do ano passado, com o pagamento do auxílio emergencial e com o adiamento de parcelas promovido pelos maiores bancos, esse percentual variou entre 27,3% e 27,8%, mas voltou a subir no início deste ano.
Segundo Dirani, o brasileiro prioriza o pagamento de serviços essenciais.
"De acordo com a pesquisa 'O Bolso dos Brasileiros', da Serasa, 86% dos brasileiros consideram as contas básicas as mais importantes e entre aqueles que atrasaram o pagamento de alguma conta durante a pandemia, as contas básicas, como água, luz e gás são as principais prioridades caso tivessem que optar por apenas um pagamento em dia", conta a gerente.
O aumento na conta de energia e do gás pesam ainda mais entre as famílias mais pobres.
"O aumento no valor das contas básicas afeta a toda a população brasileira, mas as pessoas com menor renda podem sentir mais esse impacto, já que, normalmente, essas são as contas priorizadas no orçamento familiar, que já vem sofrendo com a alta de produtos e serviços. Ou seja, algumas pessoas podem ter de fazer escolhas", afirma Dirani.
Essa desigualdade pode ser percebida no recorte por região. No Norte, por exemplo, os atrasos em pagamentos de contas básicas representam 29,7% do total de débitos e ultrapassam as dívidas com bancos (22%), que lideram o ranking nacional. No Nordeste, o índice chega a 25,40%.
No Sul, a fatia da inadimplência nesses serviços é de 8,4%, a menor do país. No Centro-Oeste o percentual é de 19,9% e no Sudeste, de 23,6%.
Em maio, segundo dados da Serasa, 62,5 milhões de pessoas estavam com o nome sujo, 2,3 milhões a menos que em março, quando o coronavírus chegou ao país. Apesar da queda, isso significa que quase 30% de toda a população brasileira tem dívida em atraso.
O jornalista Breno Altman analisou em suas redes sociais neste domingo (20) os atos pelo Fora Bolsonaro deste sábado (19) e considerou que “a esquerda está retomando o controle das ruas”.
“A esquerda está retomando o controle das ruas. A frente popular nasce no chão das cidades e vai consolidando sua hegemonia sobre a oposição contra Bolsonaro. Os ventos estão mudando. Essa onda precisa ser maior e mais potente, mas estamos a caminho. O povo entrou em movimento”, avaliou.
Mais de 750 mil pessoas saíram às ruas em cidades por todo o país, e também no exterior, neste sábado (19) em mais uma grande manifestação contra Bolsonaro organizada pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, centrais sindicais e partidos políticos.
Foram 427 atos nas 27 unidades da federação em mais de 400 municípios daqui e outros 17 de fora, em um coro contra a gestão genocida do presidente da República.
No mesmo dia, o país alcançou a sombria marca de 500 mil mortes pela covid-19, doença cuja vacina foi oferecida e recusada por Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Teve cartaz culpando Bolsonaro pela morte de parentes. Brasil247.
Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...