sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Jaboatão adia para abril retomada das aulas presenciais na rede municipal

EDUCAÇÃO

Foto: Chico Bezerra/ PMJG.

A Secretaria de Educação da Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes divulgou, nesta sexta-feira (28) a decisão de adiar, para o próximo mês de abril, o retorno das aulas presenciais na rede municipal de ensino. A abertura do ano letivo vai ser realizada na próxima quarta-feira (02), e o início das aulas remotas na segunda-feira (07) posterior, com suporte aos alunos por meio da TV Escola Jaboatão, em rede aberta de televisão, e dos cadernos de atividades que serão enviados aos estudantes. A medida foi adotada a partir da observação do aumento no número de casos positivos para a Covid-19, em decorrência da nova variante Ômicron.

Durante o período de confirmação de matrículas, entre 31 de janeiro e 1º de fevereiro, as unidades de ensino irão funcionar como pontos extras para cadastramento de crianças de cinco a 11 anos para vacinação contra a Covid-19. A iniciativa vem ao encontro da estratégia montada em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, que pretende, até o próximo mês de abril, conseguir imunizar a totalidade desse público-alvo, mais um pilar do protocolo de segurança no combate à pandemia estruturado pela gestão municipal, que prevê, ainda, a adoção de unidades de ensino como polos de aplicação de doses.

Nos meses de fevereiro e março, a prefeitura irá garantir a entrega de kits de alimentos às famílias dos estudantes matriculados na rede municipal. (DP).

Lava Jato tentou fabricar escândalo para impedir vitória de Dilma contra Aécio em 2014

Mas Dilma, com 51,6% dos votos, acabou vencendo a disputa com Aécio Neves, para o desgosto de quem tanto trabalhou no sentido contrário


Por Márcio Chaer, no Conjur - A imprensa brasileira sempre teve importância fundamental em grandes momentos históricos do país. Um exemplo foi a capa da revista Veja do dia 23 de outubro de 2014, três dias antes da eleição presidencial daquele ano.

O segundo turno caiu num domingo. Na véspera, a notícia bombástica, espalhada em outdoors erguidos em todo o país, informava que "o doleiro Alberto Youssef, caixa do esquema de corrupção na Petrobras, revelou à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, na terça-feira passada (dia 21), que Lula e Dilma Rousseff tinham conhecimento das tenebrosas transações na estatal". "Eles sabiam de tudo", explodia a manchete.

Mas Dilma, com 51,6% dos votos, acabou vencendo a disputa com Aécio Neves, para o desgosto de quem tanto trabalhou no sentido contrário. O grande feito jornalístico, contudo, ganha outras cores quando se passa em revista a participação de Sergio Moro, da PF, do MPF e dos jornalistas nesse episódio clamoroso.

Até agora, a manobra era criticada pelo seu vazamento. Agora se sabe que as quatro linhas do "depoimento" — na verdade, um "adendo" de uma delação que ainda não existia — foram fabricadas apenas para viabilizar a reportagem. A prova está em vídeo (clique aqui para ouvir).

O próprio Moro comandou a audiência preliminar, quando o caso já estava a cargo do Supremo. Ele, claramente, dirige o trabalho que deveria ser da polícia e do MPF. Para garantir o adendo de Youssef, prometeu: se Teori Zavascki não homologasse a delação, ele, Moro, concederia os benefícios nos autos — como já fizera outras vezes em negociações semelhantes. Teori homologaria a delação em dezembro.

A produção desse momento da "lava jato" foi protagonizada pelo delegado da PF Márcio Anselmo e pelos procuradores Diogo Castor de Mattos e Roberto Pozzobom, sob a direção de Sergio Moro e Rodrigo Janot.

Alberto Youssef, preso havia mais de sete meses, estava com problemas de saúde — o que o levou a ser hospitalizado, mas só depois de concordar com o depoimento contra o PT. A própria revista reproduziu o "adendo" com que o doleiro comprou sua alforria:

"Perguntado sobre o nível de comprometimento de autoridades no esquema de corrupção na Petrobras, o doleiro foi taxativo:

– O Planalto sabia de tudo!

– Mas quem no Planalto? ...

– Lula e Dilma, respondeu o doleiro".

A fabricação do depoimento extraído a fórceps irritou os advogados. Sérgio Moro não tinha alçada sobre a delação de Youssef, mas foi quem articulou o depoimento, em contato com os advogados, com a polícia e com o MPF. Foi por pressão do juiz que o doleiro foi levado a depor.

As "discrepâncias" do depoimento quando ainda não havia delação foram registradas nas impugnações feitas pelos advogados. Mas o domínio lavajatista escolhia as verdades que queria. O gerente da Petrobras, Pedro Barusco, sempre declarou que recebia propinas na empresa desde a década de 90. Mas, obedecendo os procuradores, só lançou nas planilhas as propinas recebidas a partir de 2003, porque foi orientado no sentido de que a "lava jato" não cobria os períodos anteriores. Ou seja, o objeto do processo eram os governos do PT. Mais ainda: ele foi proibido de citar autoridades com foro em Brasília para que a delação não escapasse de Curitiba.

Youssef jamais admitiu a seus advogados saber qualquer coisa sobre o Palácio do Planalto. O que ele sempre informou foi que as conversas sobre dinheiro com o PT se davam por meio do ex-deputado José Janene, que, por sua vez, relacionava-se com Paulo Roberto da Costa. Jamais disse uma palavra sobre Dilma ou Lula.


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CHUVA - Parte de teto de shopping desaba em Caruaru após chuvas; veja vídeo

 

Imagens mostram o momento que parte do teto da praça de alimentação do Caruaru Shopping cede


                                  Por Portal Folha de Pernambuco

Em meio às chuvas que atingem Caruaru, no Agreste de Pernambuco, parte do teto do Caruaru Shopping não resistiu e desabou, na tarde desta sexta-feira (28). Vídeos foram publicados nas redes sociais mostrando o momento do incidente, que aconteceu na praça de alimentação do shopping.

Além do desabamento de parte do teto, também foram registrados alagamentos em corredores do shopping. Apesar do susto, não houve feridos.

A reportagem entrou em contato com o Caruaru Shopping, que apenas informou a manutenção do funcionamento normal, com interdição apenas no local do incidente

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Superior Tribunal de Justiça (STJ) autoriza realização de concurso para Ibama no próximo domingo


Ministro da Corte acolheu recurso da União pela manutenção da prova

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Jorge Mussi, autorizou a realização do concurso do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), cujas provas objetivas e discursivas estão marcadas para o próximo domingo (30).

Mussi acolheu recurso da União, após a aplicação da prova ter sido suspensa pelo Tribunal Regional da 1ª Região (TRF1). O ministro considerou que a suspensão a poucos dias do concurso causaria “grande prejuízo à sociedade”. Ele também considerou “precária” a decisão que impedia a realização do certame.

O TRF1 havia suspendido o concurso após pedido do Ministério Público Federal (MPF), feito na segunda-feira (24). O órgão alegou irregularidades nas exigências do edital para participação de candidatos com deficiência.

Divulgado no ano passado, o concurso do Ibama oferece 568 vagas, entre oportunidades de nível médio e superior, com rendimentos iniciais de R$ 4.036,34 e R$ 8.547,64, respectivamente. Mais de 150 mil participantes se inscreveram no edital.

No recurso ao STJ, a União argumentou que o Ibama possui déficit de 60% em seu quadro de pessoal, e que a suspensão do concurso causaria “grande prejuízo ao Estado e à sociedade”.

As provas do concurso do Ibama são realizadas pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) e estão marcadas para as 8h (nível superior) e 15h (nível médio) em todas as capitais do país. (Por Agência Brasil - Brasília).

Edição: Denise Griesinger



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Criança é atacada por tubarão em praia de Fernando de Noronha na manhã de hoje

                      Por: Diario de Pernambuco

Rui Brito/Flickr/Divulgação

Mais uma pessoa foi vítima de um tubarão em Pernambuco. Dessa vez, o caso aconteceu com uma menina de cerca de 10 anos, que foi atacada na Praia da Baía do Sueste, no Arquipélago de Fernando de Noronha, na manhã desta sexta-feira (28). De acordo com informações iniciais da Assessoria de Imprensa da Administração de Fernando de Noronha (PE), a vítima aguarda remoção, ou seja, o transporte para um hospital do Recife.

A criança teria sido transferida para o Hospital São Lucas, na Ilha, que faz parte da rede hospitalar da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE). Procurada, a diretoria do hospital, que é subordinada à Superintendência de Saúde da Ilha e à SES-PE, informou que não poderia dar informações.

O Corpo de Bombeiros informou ao Diario que oficialmente não recebeu nenhum posicionamento sobre o caso. Questionado sobre o estado de saúde da vítima "ser estável", a assessoria disse que não teria como dar veracidade às informações que não partiram do Órgão.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que segundo informações preliminares teria realizado os resgate inicial, assim como a Secretaria de Defesa Social (SDS), questionada se o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) foi acionado para apurar sobre esse caso, também não responderam aos nossos contatos até a publicação desta matéria.


Lula celebra fim do caso do triplex do Guarujá: "quem era herói está virando bandido e quem era bandido está virando herói"

Ex-presidente concede entrevista nesta sexta-feira na qual fala também sobre o cenário eleitoral: "o povo vai ter uma chance de dizer que Brasil que ele deseja"

Deltan Dallagnol, Sérgio Moro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação)

O ex-presidente Lula (PT), em entrevista à Rádio Liberal FM, do Pará,  nesta sexta-feira (28) comentou a decisão da 12ª Vara Federal de Brasília que encerrou o caso do triplex do Guarujá contra ele.

Lula afirmou que o processo era uma "mentira" promovida por seus "algozes", em referência ao ex-juiz parcial Sergio Moro (Podemos) e ao ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos). "As mentiras foram contadas contra mim, ontem a Justiça matou definitivamente esse processo. Sempre acreditei que a verdade viria à tona".

"Desde o golpe da Dilma até minha prisão, foi uma coisa planejada. Era preciso tirar o Lula da disputa presidencial porque se tiver eleição para presidente o Lula vai ganhar. Essa tramóia que foi feita, essa combinação, essa tramóia espúria que foi feita por uma parte do Ministério Público, mais o juiz, mais a Polícia Federal, mais a imprensa fez com que eu, durante muito tempo, fosse achincalhado nos meios de comunicação como jamais alguém foi na história. Como eu sempre acreditei na verdade e acho que quem tem fé e consciência limpa vai sempre vencer, eu hoje estou em uma posição de muita tranquilidade vendo a verdade aparecer a cada dia, a cada hora, a cada movimentação. Ou seja, quem era herói está virando bandido e quem era bandido está virando herói", complementou.

Perguntado sobre o cenário eleitoral, Lula disse que ainda é preciso mais tempo para fazer melhores avaliações, visto que as alianças regionais e nacionais ainda não estão definidas. "Vamos ter que ter um pouco mais de paciência para ver como vai ficar o quadro político para que a gente possa ter uma definição de quem vai disputar de verdade e eleição".

O petista afirmou que o povo "vai ter uma chance de dizer que Brasil que ele deseja" em 2022 e que não se pode repetir o discurso antipolítico. 247.




PF diz que Bolsonaro cometeu crime em divulgação de documentos sigilosos; militar é indiciado

 INVESTIGAÇÃO

Delegada escreveu que depoimento do presidente é 'medida necessária' para finalizar investigação


                           Por Agência O Globo

Polícia Federal afirmou que o presidente Jair Bolsonaro teve "atuação direta, voluntária e consciente" na prática do crime de violação de sigilo funcional, que é a divulgação de documentos sigilosos aos quais teve acesso em razão de seu cargo, em conjunto com o deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR).

"Os elementos colhidos apontam também para a atuação direta,voluntária e consciente de FILIPE BARROS BAPTISTA DE TOLEDORIBEIRO e de JAIR MESSIAS BOLSONARO na prática do crime previstono artigo 325, §2°, c/c 327, §2°, do Código Penal brasileiro, considerandoque, na condição de funcionários públicos, revelaram conteúdo deinquérito policial que deveria permanecer em segredo até o fim dasdiligências, ao qual tiveram acesso em razão docargo de deputado federal relator de uma comissão no CongressoNacional e de presidente da república, respectivamente, conformehipótese criminal até aqui corroborada", escreveu a delegada Denisse Dias Ribeiro.

O relatório parcial foi enviado pela delegada em novembro ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, no qual a PF pediu autorização para tomar o depoimento do presidente.  

Esse depoimento ocorreria nesta sexta-feira, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, mas Bolsonaro não compareceu ao ato marcado.

Além disso, a PF determinou o indiciamento do ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, pelo mesmo crime.

"Determino:a) O indiciamento de MAURO CESAR BARBOSA CID pela prática docrime previsto no artigo 325, §2°, c/c 327, §2°, do Código Penalbrasileiro, considerando que, na condição de funcionário público,revelou conteúdo de inquérito policial que deveria permanecer emsegredo até o fim das diligências (...), ao qual teveacesso em razão do cargo de Chefe Militar da Ajudância de Ordem daPresidência da República, conforme hipótese criminal até aquicorroborada", escreveu a PF.

A delegada escreveu que não indiciou Bolsonaro nem Filipe Barros apenas porque o STF impede o indiciamento de autoridades com foro privilegiado.

A conclusão do inquérito, diz a PF, dependeria apenas do depoimento do presidente, que ainda não ocorreu. "Resta pendente, entretanto, oportunizar a exposição do ponto de vista doSr. Presidente da República em relação aos fatos e aos elementos atéaqui obtidos, medida necessária para prosseguir no processo defustigação da hipótese criminal", escreveu a delegada.

De acordo com a investigação, o deputado Filipe Barros pediu à PF cópia do inquérito sobre o ataque hacker na condição de relator de uma Proposta de Emenda à Constituição sobre voto impresso. Mas, em vez de utilizar o material apenas para este fim, vazou o material para Jair Bolsonaro "a fim de municiá-lo na narrativa de que o sistema eleitoral brasileiro, devotação eletrônica, era vulnerável e permitiria fraudar as eleições, emborao escopo do inquérito policial no 1361 fosse uma suposta invasão a outrosistema do Tribunal Superior Eleitoral, não guardando relação com osistema de votação alvo dos ataques".

"Ato sequente, o Senhor Presidente da República promoveu, em conjuntocom FILIPE BARROS e com o auxílio do TC EB MAURO CID e outraspessoas, uma tive no dia 04 de agosto de 2021, onde revelaram dadoscontidos no inquérito, apresentando-o como prova da vulnerabilidade dosistema eleitoral e prova de que ele permite manipulação de votos. Alémdisso, por determinação do Sr. Presidente da República, MAURO CIDpromoveu a divulgação do conteúdo da investigação na rede mundial doscomputadores, utilizando seu irmão para disponibilizar um link de acessoque foi publicado na conta pessoal de JAIR MESSIAS BOLSONARO. Taisações permitiram que a cópia integral do inquérito fosse divulgada pordiversas mídias", apontou a PF.

Em manifestação de defesa apresentada ao Supremo, a Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou que o inquérito não estava protegido por sigilo, por isso não haveria crime na divulgação desses documentos. A AGU citou depoimento do delegado Victor Campos, responsável pelo caso, que apresentou a mesma versão.

No relatório parcial apresentado ao ministro Alexandre de Moraes, entretanto, a delegada Denisse Dias Ribeiro escreveu que o inquérito policial era sigiloso.


Brasil registra 228,9 mil casos de Covid e bate novo recorde de contaminações

O registro anterior havia sido registrado na véspera, com 224.567 casos. País tem mais 672 mortes pela doença


(Foto: REUTERS/Kacper Pempel)

O Brasil2 registrou nesta quinta-feira um novo registro de casos de coronavírus em 24 horas, com 24.954 novos registros, elevando o total de registros confirmados no país para 24.764.838, informados o Ministério da Saúde.

O registro anterior havia sido registrado na véspera, com 224.567 casos.

Também nesta quinta foram contabilizadas 672 novas mortes por Covid-19, o que elevou o total de vítimas fatais da doença no país a 625.085, disse o ministério.

O Brasil tem registrado uma disparada nos casos confirmados de Covid-19 nos últimos dias devido ao avanço da variação Ômicron pelo país.

No entanto, com o aumento ainda da idade da pandemia.

Mas a taxa de ocupação de leitos de UTIs para tratamento da Covid-19 - registrou uma piora no país em meio ao avanço da Ômicron, segundo boletim de acompanhamento da pandemia no país divulgado na quartafeira por pesquisadores da Fundação Oso Cruz (Fiocruz). (Reuters) 


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Ministro do STF Alexandre de Moraes manda Bolsonaro prestar depoimento pessoalmente na PF nesta sexta (28)

 POLÍCIA FEDERAL

A decisão do ministro foi em resposta a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU)


                          Por Agência O Globo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o presidente Jair Bolsonaro compareça pessoalmente à Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal na sexta-feira, às 14h, para prestar depoimento sobre suspeita de vazamento de documentos sigilosos de uma investigação da PF.

A decisão do ministro foi em resposta a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que Bolsonaro não comparecesse ao depoimento, cujo prazo venceria nesta sexta-feira, dia 28. O presidente teria a prerrogativa de escolher data, horário e local para o interrogatório, mas a AGU apenas apresentou, na véspera do fim do prazo, um pedido de dispensa. Por isso, Moraes negou o pedido e determinou o comparecimento pessoal à PF para o depoimento.

"Em momento algum, a imprescindibilidade do absoluto respeito ao direito ao silêncio e ao privilégio da não autoincrimnação constitui obstáculo intransponível à obrigatoriedade de participação dos investigados nos legítimos atos de persecução penal estatal ou mesmo uma autorização para que possam ditar a realização de atos procedimentais ou o encerramento da investigação, sem o respeito ao devido processo legal", escreveu Moraes.

Prosseguiu o ministro: "Em uma República, o investigado - qualquer que seja ele - está normalmente sujeito ao alcance dos poderes compulsórios do Estado necessários para assegurar a confiabilidade da evidência, podendo, se preciso, submeter-se à busca de sua pessoa ou propriedade, dar suas impressões digitais quando autorizado em lei e ser intimado para interrogatório".

Segundo Moraes, embora a lei preveja que caberá ao investigado escolher o "direito de falar no momento adequado" ou o "direito ao silêncio parcial ou total", "não é o investigado que decidirá prévia e genericamente pela possibilidade ou não da realização de atos procedimentais ou processuais durante a investigação criminal ou a instrução processual penal".

Esse inquérito foi aberto para apurar a suspeita de vazamento de documentos sigilosos de uma investigação da PF a respeito de ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O inquérito foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e tramita sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Bolsonaro divulgou os documentos em sua rede social e também durante uma transmissão ao vivo na qual divulgou informações falsas a respeito da confiabilidade das urnas eletrônicas. O presidente, então, mostrou documentos de uma investigação da PF sobre ataque ao TSE, mas que não tinha nenhuma relação com as urnas eletrônicas. O deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR), que participou da live, também é investigado.

A divulgação de documentos sigilosos constitui crime, por isso o STF abriu inquérito para apurar a conduta do presidente. O depoimento de Bolsonaro é uma das últimas diligências pendentes para a PF concluir a investigação.

Em novembro, Bolsonaro prestou depoimento em um outro inquérito, sobre suspeita de interferência indevida na Polícia Federal. Neste caso, ele foi ouvido no próprio Palácio do Planalto pela equipe da corporação. Inicialmente, Bolsonaro também tentou ser dispensado do depoimento, mas mudou de posicionamento e concordou em ser ouvido pela PF.


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Bolsonaro, Doria e Moro têm a maior rejeição dentre todos os candidatos, mostra pesquisa Ipespe

Lula e Ciro Gomes têm os menores índices de rejeição dentre o pelotão principal dos candidatos ao Palácio do Planalto

(Foto: Reuters)

Pesquisa Ipespe, contratada pela XP Investimentos e divulgada nesta quinta-feira (27), mostra que Jair Bolsonaro (PL), João Doria (PSDB) e o ex-juiz parcial Sergio Moro (Podemos) são os candidatos com maior rejeição do eleitorado na corrida à Presidência da República .

O instituto provocou os entrevistados com o seguinte pedido: "para cada um desses nomes diga se com certeza votaria nele para Presidente, se poderia votar, se não votaria de jeito nenhum ou se não o conhece o suficiente para avaliar".

>>> Pesquisa Ipespe: Lula segue na liderança, perto de vencer no 1º turno, e Bolsonaro segue caindo

Bolsonaro encabeça o ranking dos mais rejeitados. De acordo com a pesquisa, 64% afirmam que não votariam nele "de jeito nenhum". Na sequência aparecem João Doria (57%) e Sergio Moro (53%). 

O ex-presidente Lula (PT) registrou uma rejeição de 43% e Ciro Gomes de 42%.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), tem 43% de rejeição, Felipe D’Ávila (Novo) aparece com 37% e Simone Tebet (MDB) e Alessandro Vieira (Cidadania) estão empatados com 35%. Tebet, Pacheco, Vieira e D'Ávila, porém, são amplamente desconhecidos da população, mostram os dados.

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O levantamento, realizado entre os dias 24 e 25 de janeiro, ouviu 1.000 pessoas por telefone por meio do sistema CATI IPESPE. A margem de erro é 3.2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança de 95,5%. A pesquisa está registrada nos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-06408/2022. 247




Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

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