terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Caixa encerra hoje etapa de pagamentos do auxílio emergencial

 

Banco faz o último crédito a beneficiários nascidos em dezembro


Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal encerra hoje (29) a etapa de pagamento do auxílio emergencial com a liberação do crédito para 3,2 milhões de brasileiros nascidos em dezembro, no ciclo 6 de pagamentos do programa. Serão depositados R$ 1,2 bilhão nas contas digitais dos beneficiários, que não fazem parte do Bolsa Família. Os pertencentes ao Bolsa Família já receberam o último benefício de acordo com o calendário e critérios do programa social.

Do total, 50,3 mil pessoas receberão R$ 62,2 milhões da parcela do auxílio emergencial regular, no valor de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães chefes de família). Os demais, 3,2 milhões de beneficiários, serão contemplados com parcela do auxílio emergencial extensão de R$ 300 (R$ 600 para mães chefes de família), num total de R$ 1,1 bilhão.

Os recursos estarão disponíveis na poupança social digital e poderão ser movimentados pelo aplicativo Caixa Tem. Com ele é possível fazer compras na internet e nas maquininhas em diversos estabelecimentos comerciais, por meio do cartão de débito virtual e QR Code. O beneficiário também pode pagar boletos e contas, como água e telefone, pelo próprio aplicativo ou nas casas lotéricas.

Calendário

O calendário de pagamentos do auxílio emergencial é organizado em ciclos de crédito em conta poupança social digital e de saque em espécie. Os beneficiários recebem a parcela a que têm direito no período, de acordo com o mês de nascimento.

Saques e transferências para quem recebe o crédito nesta sexta-feira serão liberados a partir do dia 27 de janeiro de 2021. A partir dessa data, o beneficiário poderá retirar o auxílio emergencial no caixa eletrônico, nas agências da Caixa ou lotéricas ou usar o aplicativo Caixa Tem para transferir o dinheiro da poupança digital para contas em outros bancos, sem o pagamento de tarifas.

O auxílio emergencial - criado em abril pelo governo federal -, pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil, foi estendido até 31 de dezembro, por meio da Medida Provisória 1000. O auxílio emergencial extensão foi pago em até quatro parcelas de R$ 300 cada; no caso das mães chefes de família monoparental, o valor foi de R$ 600. Somente aqueles que já foram beneficiados e se enquadram nos novos requisitos estabelecidos na MP receberam o benefício.

Cerca de 1,2 milhão de beneficiários que têm direito apenas à parcela de dezembro do auxílio extensão receberam os R$ 300 ou R$ 600 desde o dia 21 de dezembro. São pessoas que foram contempladas com a primeira remessa do auxílio emergencial em julho.

Com o pagamento de hoje, a Caixa completa o crédito dos recursos para esse público. Os saques em espécie e transferências por meio do Caixa Tem também estão disponíveis desde dia 21 para nascidos em janeiro e fevereiro. Para os demais beneficiários, segue o calendário de liberação dos ciclos 5 e 6, a partir de 4 de janeiro. (Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Valéria Aguiar



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Inflação se espalha e IGP-M dispara 23,14% em 2020, a maior alta em doze anos

 

(Foto: ABR | Reuters)

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) encerrou 2020 com alta acumulada de 23,14%, no resultado mais elevado para um ano em 12 anos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

A alta em 12 meses ficou bem acima da taxa de 7,30% com que o IGP-M terminou 2019, e é a mais forte desde 2002, quando o IGP-M subiu no ano 25,31%.

A meta central de inflação do governo para os preços ao consumidor este ano é de 4%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

Em dezembro apenas, o IGP-M desacelerou a alta a 0,96% de 3,28% no mês anterior, ficando abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters para o dado mensal de uma alta de 1,13%.

No mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 0,90%, de 4,26% em novembro, acumulando em 12 meses avanço de 31,63%.

O destaque em 2020 ficou para o avanço de 59,96% das Matérias-Primas Brutas, embora tenham passado a cair 0,74% em dezembro depois de alta de 5,60% em novembro.

“O grupo que exerceu maior pressão inflacionária no índice ao produtor por estágios de processamento cedeu no último mês de 2020. As principais contribuições para este movimento partiram das commodities: soja (11,91% para -8,93%), bovinos (7,40% para -0,58%) e milho (21,85% para -2,17%)”, explicou o coordenador dos índices de preços, André Braz.

“Os preços da soja e do milho seguem em alta em bolsas internacionais e tal movimento pode limitar a magnitude das quedas nas próximas apurações”, completou.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% sobre o índice geral, acelerou a alta a 1,21% no último mês do ano, de 0,72% em novembro, chegando a 4,81% no acumulado do ano.

No IPC, a maior alta acumulada em 12 meses foi registrada por Alimentação, de 12,69%. Por outro lado os custos de Vestuário tiveram no ano queda de 1,32%.

O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, registrou alta de 0,88% em dezembro, de 1,29% em novembro, e terminou o ano com alta de 8,66%.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis. SÃO PAULO (Reuters).


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Haddad diz que a saída para o Brasil é Lula presidente em 2022

 

Fernando Haddad e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

Ex-prefeito e candidato a presidência da República em 2018, apontado como um dos principais nomes do PT também para 2022, Fernando Haddad afirmou pelo Twitter nesta terça-feira (29) que o ex-presidente Lula é a saída para o Brasil.

Haddad utilizou a hashtag #LulaPresidente2022 para reforçar o nome do companheiro para próxima campanha presidencial. "Depois de tanta infâmia, tanta violência, tanta mentira, os caminhos para o Brasil podem se reabrir: #LulaPresidente2022", escreveu.

Na segunda-feira, a defesa do ex-presidente Lula conquistou no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de acessar mensagens de procuradores da Lava Jato de Curitiba obtidas por hackers, o que pode se tornar uma arma poderosa para provar no Supremo a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro nos processos contra o ex-presidente.

Segundo a Veja, o ministro do STF Gilmar Mendes pretende pautar o julgamento sobre a suspeição de Moro no Supremo em fevereiro. (247).


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Secretaria de Saúde de Pernambuco abre seleção para médicos plantonistas com salários de R$ 9,9 mil

 

Em portaria publicada na edição desta terça-feira (29) do Diário Oficial do Estado, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) abriu inscrições para processo seletivo com 60 vagas temporárias para médicos plantonistas. Os salários são de até R$ 9.886,16.

Entre as vagas, 44 são para médicos intensivista adulto plantonista e 16 para médicos intensivista pediátrico plantonista. Do total, 5% são destinadas a pessoas com deficiência. 

Segundo a portaria, os profissionais serão alocados em unidades de saúde voltadas para o tratamento de pacientes com Covid-19.

Os interessados devem preencher formulário no site da SES-PE até 4 de janeiro de 2021. No documento, devem informar RG, CPF, comprovante de residência, certificado de reservista (candidatos do sexo masculino), documento de comprovação da formação profissional.

O processo seletivo terá uma etapa de análise profissional e de títulos. As vagas da seleção têm validade de 12 meses e podem ser prorrogadas por mais 12 meses.

Candidatos com mais de 60 anos de idades, gestantes, puérperas ou do grupo de risco não terão a participação no processo seletiva permitida em face da finalidade das contratações.

Os resultados preliminares deverão ser divulgados em 8 de janeiro de 2021. O resultado final deverá ser informado em 13 de janeiro de 2021.

A íntegra do edital está disponível no Diário Oficial do Estado.(Por Blog dos Concursos e Empregos ).


'Não tem dimensão humana', diz Maia sobre Bolsonaro após ataque a Dilma

 

Rodrigo Maia, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro (Foto: ABr)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou Jair Bolsonaro pelo Twitter nesta terça-feira (29) após o ataque do chefe do Executivo à ex-presidente Dilma Rousseff.

"Bolsonaro não tem dimensão humana. Tortura é debochar da dor do outro. Falo isso porque sou filho de um ex-exilado e torturado pela ditadura. Minha solidariedade a ex-presidente Dilma. Tenho diferenças com a ex-presidente, mas tenho a dimensão do respeito e da dignidade humana", escreveu Maia.

Na segunda-feira (28), Bolsonaro ironizou a tortura sofrida por Dilma e demais vítimas da ditadura militar brasileira. A ex-presidente respondeu. (247).


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Argentina inicia campanha de vacinação contra Covid-19 com a Sputnik V

 

Foto: ESTEBAN COLLAZO / Assessoria de Imprensa da Presidência da Argentina / AFP

A Argentina iniciou uma campanha de vacinação contra a Covid-19 com a aplicação da Sputnik V e se tornou o primeiro país da América Latina a inocular sua população com o imunizante do laboratório russo Gamaleya.

A campanha começou de forma simultânea em todo o país e tem como prioridade a vacinação voluntária dos profissionais da saúde em uma primeira etapa.(Por: AFP).




Desemprego cresce 2,7% em um ano, enquanto aumenta a informalidade

 

Desemprego (Foto: Roberto Parizotti/FotosPublicas)

A taxa de desemprego no Brasil, no trimestre de agosto a outubro deste ano, foi para 14,3% e atingiu 14,1 milhões de pessoas, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 29, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em relação ao mesmo trimestre de 2019, são 2,7% de aumento. Na época, o desemprego estava em 11,6%.

Ao mesmo tempo, o número de empregados sem carteira assinada no setor privado aumentou 9% em relação ao trimestre anterior e chegou a 9,5 milhões, enquanto o contingente dos trabalhadores por conta própria sem CNPJ cresceu em 918 mil no trimestre encerrado em outubro.

A taxa de informalidade chegou a 38,8% da população ocupada - 32,7 milhões de trabalhadores informais no país. Já o desalento - pessoas que pararam de buscar trabalho - está em 5,8 milhões. Em comparação com o mesmo trimestre de 2019, houve aumento de 25%. (247).


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Secretário de Educação da Bahia pede adiamento do Enem 2020 por alta dos casos de Covid

 Jerônimo Rodrigues defende que não fala em cancelamento das provas, mas em adiar

O secretário de Educação da Bahia, Jerônimo Rodrigues, solicitou ao Ministério da Educação, nessa segunda-feira (28), o adiamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 em razão do recrudescimento da pandemia de Covid-19 no País.

"Entendemos que não é razoável expor milhões de estudantes ao risco de aglomeração e contaminação quando o adiamento das provas terá impactos financeiros e logísticos administráveis e plenamente justificáveis face ao valor incalculável de tantas vidas", afirmou o secretário.

Jerônimo ainda defende que não fala em cancelamento das provas, mas em adiar.

As provas do Enem 2020 foram remarcadas para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa), 31 de janeiro e 7 de fevereiro (versão digital) e 24 e 25 de fevereiro (reaplicação). 

O MEC e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não se posicionaram sobre o pedido do secretário baiano até o momento. (Por Portal Folha de Pernambuco).


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Bolívia: Arce estabelece imposto sobre grandes fortunas

 

Presidente eleito da Bolívia, Luis Arce, concede entrevista à Reuters em La Paz. 20/10/2020 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente da Bolívia, Luis Arce, promulgou na segunda-feira, 28, um imposto sobre as fortunas superiores a 30 milhões de pesos bolivianos (cerca de R$ 23 milhões). No Twitter, Arce escreveu que a medida é “para a redistribuição da riqueza na Bolívia”. “O benefício chegará a milhares de famílias bolivianas”, destacou.

A lei, aprovada pelo Congresso, onde o MAS, partido de Arce e Evo Morales, é maioria, estabelece porcentagens graduais para o pagamento da alíquota - 1,4% para pessoas com riqueza de 30 milhões a 40 milhões de pesos bolivianos; 1,9%, de 40 milhões a 50 milhões; e 2,4% para fortunas maiores.

O imposto será anual e permanente para todos que viverem na Bolívia, incluindo estrangeiros. A medida se aplica a pessoas naturais residentes no país que tiveram uma permanência na Bolívia por mais de 183 dias nos últimos 12 meses. (247).


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Covas defende aumento no próprio salário e diz que teto do funcionalismo está 'defasado'

 

                                                  Bruno Covas, prefeito de São Paulo - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), defendeu nesta segunda-feira (28) o aumento de 47% em seu próprio salário a partir de 2022 e afirmou que o teto do funcionalismo municipal está "defasado". As declarações foram dadas em entrevista à GloboNews.

O reajuste foi aprovado em duas votações na Câmara Municipal e sancionado no último dia 24, véspera de Natal. O aumento também atinge o vice-prefeito e os secretários municipais. Com a medida, o salário do prefeito passa de R$ 24 mil para R$ 35,4 mil. A oposição entrou na Justiça para tentar barrar o aumento.

"O salário do prefeito é o teto do funcionalismo. O teto do funcionalismo está congelado desde 2013, quando nós tivemos o último reajuste. Durante esse período de oito anos, a inflação foi algo em torno de 60 a 100%, dependendo do valor que é considerado. O salário mínimo aumentou nesse período 68%. O valor dos salários dos professores na rede municipal aumentou 80%", comparou Covas.

Segundo o prefeito, a defasagem é ruim para a cidade porque algumas carreiras do funcionalismo municipal, como os auditores fiscais, recebem pelo teto. Sem o reajuste, diz, Covas, esses profissionais começam a "se preparar para concursos para ir trabalhar no governo federal ou em outros governos municipais e estaduais". "E nós vamos perdendo esses servidores", acrescentou.

O tucano disse ainda que o projeto aprovado é somente "autorizativo", e, segundo ele, "não amplia de forma automática o salário do prefeito, do vice e dos secretários". "Nós só vamos fazer isso em 2022, caso a pandemia já tenha passado", assegurou.

Covas disse ainda que, caso o reajuste não fosse aprovado agora, só poderia ser votado após quatro anos, já que esse tipo de projeto só pode ser sancionado para o exercício seguinte. "Então, nós ficaríamos 12 anos com esse valor defasado."

Na entrevista à GloboNews, o prefeito não deu uma data para o reinício das aulas na rede municipal de ensino de São Paulo. "Enquanto a Vigilância Sanitária não apontar que é o momento adequado para o retorno às aulas, nós não vamos autorizar", afirmou.

Covas informou que já está sendo aplicada na cidade uma prova para verificar se o conteúdo passado nas aulas a distância está sendo absorvido pelos alunos da rede. Ele disse ainda que, no ano que vem, após a autorização da volta presencial das aulas, os estudantes terão no contraturno aulas para reforçar o que foi passado no ano letivo de 2020.

O prefeito criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela inexistência de um plano de vacinação contra a Covid-19. "Mais de 40 países já iniciaram a vacinação e o presidente com uma declaração de que as empresas que precisam procurar o Brasil para poder ofertar a vacina."

"Eu lamento que, mais uma vez, a gente vê o presidente que partidarizou, politizou o vírus, também partidarizando e politizando a vacinação. Esse é um tema técnico, deveria estar sendo conduzido pelo Ministério da Saúde para poder orientar os governos estaduais e municipais" acrescentou Covas.

Por fim, o prefeito disse que a capital "está pronta" para a vacinação. "Nós já compramos os insumos, já temos mapeados 3 mil pontos que podem ser utilizados na cidade de São Paulo como pontos de vacinação. Já coordenamos isso com a Guarda Civil Metropolitana e com os profissionais da área da saúde", garantiu.(Por Folhapress ).


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Amazônia perdeu área equivalente a 2 territórios do Rio de Janeiro em 2020

 

Queimadas na Amazônia (Foto: Bruno Kelly/Reuters)

A Amazônia brasileira perdeu 87.762 km² para desmatamento ou queimadas ao longo dos 11 primeiros meses de 2020, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A área equivale a duas vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro (43.696 km²), ou 15 vezes o Distrito Federal, como mostra reportagem do Poder360.

Do total divulgado pelo Inpe, a maioria se originou dos incêndios no bioma, que foram responsáveis por 76.674 km² da perda de janeiro a novembro de 2020. Os 11.088 km² restantes correspondem ao desmatamento na Amazônia Legal.


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Veja o que Bolsonaro fez para minar medidas de combate ao coronavírus

 

O presidente já usou as palavras histeria e fantasia para classificar a reação da população e da mídia à doença


Bolsonaro no lançamento do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 - Foto: Isac Nóbrega/PR

Desde o início da disseminação do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem falado e agido em confronto com as medidas de proteção, em especial a política de isolamento da população.

O presidente já usou as palavras histeria e fantasia para classificar a reação da população e da mídia à doença.

Além dos discursos, o presidente assinou decretos para driblar decisões estaduais e municipais, manteve contato com pessoas na rua e vetou o uso obrigatório de máscaras em escolas, igrejas e presídios –medida que acabou derrubada pelo Congresso.

Mais recentemente, entrou em uma "guerra da vacina" com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Em outubro, desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que havia anunciado acordo com o estado de São Paulo para a compra de 46 milhões de doses da Coronavac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac que será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo paulista.

Ao responder ao comentário de um internauta que pediu que a vacina não fosse comprada porque ele tem 17 anos e disse querer ter "um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa", Bolsonaro negou a compra.

"NÃO SERÁ COMPRADA", escreveu em letras maiúsculas.

Agora, no entanto, a vacina é apontada como peça fundamental no programa de imunização brasileiro.

Protestos de março

Contradizendo o que ele mesmo havia falado em pronunciamento, Bolsonaro participou de protestos pró-governo no dia 15 de março, quando o Brasil tinha 200 casos confirmados de pessoas com Covid-19 e 1.917 suspeitos.

Naquele dia, o presidente primeiro incentivou os protestos com postagens em suas redes sociais. Depois, sem máscara, participou das manifestações em Brasília, tocando simpatizantes e manuseando o celular de alguns apoiadores para fazer selfies. "Isso não tem preço", disse, durante transmissão ao vivo.

Pronunciamento

Em pronunciamento do dia 24 de março, Bolsonaro atacou governadores, culpou a imprensa pelo agravamento da crise de saúde e criticou o fechamento de escolas.

"O que se passa no mundo mostra que o grupo de risco é de pessoas acima de 60 anos. Então, por que fechar escolas?", questionou o presidente. "Raros são os casos fatais, de pessoas sãs, com menos de 40 anos de idade."

Bolsonaro concluiu dizendo que, se ele fosse infectado, por seu "histórico de atleta", não deveria temer a doença.

Atividades religiosas

No dia 26 de março, Bolsonaro atualizou decreto que lista atividades essenciais que não podem ser interrompidas durante os esforços de combate ao novo coronavírus. Ele acrescentou atividades religiosas e casas lotéricas.

"Muita gente, para dar satisfação ao seu eleitorado, toma providências absurdas. Fechando shopping, tem gente que quer fechar igreja, [que] é o último refúgio das pessoas", afirmou o presidente.

Um dia depois da atualização, a Justiça Federal suspendeu a validade do decreto e proibiu o governo de adotar medidas contrárias ao isolamento social.

'Isolamento vertical'

Bolsonaro defendeu o que chama de "isolamento vertical", que consistiria em isolar apenas aqueles que estiverem em grupos de risco, como idosos e portadores de doenças como hipertensão e diabetes sem controle.

Em reuniões com secretários, porém, os presentes relataram que a medida foi apresentada como um princípio e que nenhum estudo técnico embasou a proposta.

Campanha oficial

Um vídeo de divulgação institucional da Presidência da República resumiu e comunicou oficialmente as propostas do governo para a pandemia. O compartilhamento da peça ficou por conta do filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), e logo tomou as redes bolsonaristas.

O vídeo, divulgado no dia 27 de março, mostrava categorias como a dos autônomos e mesmo a dos profissionais da saúde como desejosas de voltar ao regime normal de trabalho.

"O Brasil não pode parar", encerrava cada trecho do vídeo, inclusive para os "brasileiros contaminados pelo coronavírus".

No dia 28 de março, a Justiça Federal no Rio de Janeiro impediu a divulgação da campanha por rádio, TV, jornais, revistas, sites ou qualquer outro meio, físico ou digital.

Tuíte da carreata

No mesmo dia em que Flávio Bolsonaro divulgou a peça de campanha #BrasilNaoPodeParar, do Palácio do Planalto, o próprio presidente postou em sua conta em rede social o vídeo de uma carreata realizada em Balneário Camboriú (SC). A manifestação pedia a volta do comércio e era contrária ao isolamento social recomendado pela OMS e pela maioria dos governos que lidam com a pandemia.

Saidinha pelas ruas

Em 29 de março, o presidente saiu pelas ruas de Brasília defendendo a volta da população ao trabalho.

O giro ocorreu um dia depois de o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmar que o chamado "isolamento vertical" (restrito a grupos de risco) estava descartado como forma de enfrentar o vírus. Em 9 de abril, Bolsonaro voltou a circular, dessa vez para ir a uma padaria. No dia seguinte, visitou o Hospital das Forças Armadas, e foi a uma farmácia no Sudoeste, em Brasília.

Decreto

Em 30 de março, Bolsonaro disse que estava pensando em editar um decreto para a população poder trabalhar.

A fala ocorreu após semana em que oscilaram embates e aparentes entendimentos em reuniões com governadores. Aliados afirmaram que Bolsonaro ficou irritado por ter saído da conversa como se tivesse sido domado pelos ministros.

No dia 2 de abril, Bolsonaro voltou a dizer que poderia tomar a decisão em uma canetada. "Se tiver que chegar a esse momento [de determinar a volta], eu vou assinar essa medida provisória (...)". Em 15 de abril, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu por unanimidade que estados e municípios têm autonomia para determinar o isolamento social em meio à pandemia.

Também em abril, antes da decisão do Supremo, a AGU (Advocacia-Geral da União) divulgou nota afirmando que, diante das medidas restritivas "de direitos fundamentais" adotadas pelas outras esferas de governo, pretendia ajuizar ações contra elas para "garantir a ordem democrática e a uniformidade das medidas de prevenção à Covid-19".

Aglomeração e obra atrasada

Em 11 de abril, ao visitar obra de um hospital de campanha em Águas Lindas de Goiás (GO), Bolsonaro voltou a provocar aglomerações, o que se repetiria ao longo do ano. O espaço foi inaugurado em 5 de junho, após sofrer com a burocracia imposta pelo próprio governo federal.

Assim que desceu do helicóptero, o presidente subiu em um barranco e foi até um grupo próximo a um cordão de isolamento. Em seguida, aproximou-se do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e brincou com o político, que estendeu um pote de álcool em gel ao presidente.

Depois da visita, à qual a imprensa não teve acesso, Bolsonaro foi até outros focos de aglomeração e retirou a máscara enquanto cumprimentava os simpatizantes.

Guerra política

No início de maio, o presidente conclamou um grupo de empresários de peso a pressionar governadores pela reabertura do comércio. Ele disse que "é guerra" e que o setor empresarial precisa "jogar pesado" com os chefes de governo nos estados.

Contrário ao isolamento, Bolsonaro criticava, principamente, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o hoje governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC). O presidente se queixou, em diversas ocasiões, de que os governadores ignoravam um decreto presidencial que ampliou o número de atividades consideradas essenciais. Para Bolsonaro, tratava-se de um ato de "desobediência civil".

Em outro momento de fortes ataques aos chefes de Executivo nos estados, o presidente afirmou que, ao que parece, existe no Brasil uma "questão política", com o objetivo de "quebrar a economia para atingir o governo".

Dados maquiados

No dia 6 de junho, o governo restringiu a divulgação de dados sobre o impacto do novo coronavírus no país. O portal do Ministério da Saúde com as informações consolidadas havia saído do ar na noite anterior e retornou mostrando somente os números registrados no último dia.

Na segunda-feira (8) seguinte, a pasta recuou e anunciou que manteria disponíveis os números acumulados de mortes e de casos confirmados de Covid-19. No entanto, a Saúde confirmou que promoveria uma mudança na divulgação, dando destaque para os dados efetivamente registrados nas últimas 24 horas.

A pasta informou que adotaria um modelo de divulgação com dados com base na data de ocorrência dos óbitos –e não pela data de notificação, como vinha acontecendo desde o início da pandemia. Esse último formato é usado por praticamente todos os países.

Com o método, os números de mortes ficam menos impactantes. Isso porque o compilado dos óbitos pela data da notificação considerava não apenas os casos das últimas 24 horas, mas também as mortes anteriores, mas que ainda aguardavam a confirmação da infecção pelo novo coronavírus.

Em resposta à decisão do governo de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de Covid-19, os veículos O Estado de S. Paulo, Extra, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e UOL decidiram formar uma parceria e trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.

Invasão a hospitais

Em 11 de junho, Bolsonaro pediu aos seus seguidores nas redes sociais que filmassem o interior de hospitais públicos e de campanha para averiguar se os leitos de emergência estavam livres ou ocupados.

Em live nas redes sociais, o presidente defendeu que, caso as imagens demonstrassem alguma anormalidade, fossem enviadas ao governo federal, que as repassaria para a Polícia Federal ou para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para que fossem investigadas. A entrada em unidades de saúde sem autorização não é permitida.

"[Se] Tem hospital de campanha perto de você, hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente está fazendo isso e mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados ou não. Se os gastos são compatíveis ou não. Isso nos ajuda", disse o presidente.

No dia seguinte, o ministro Gilmar Mendes, do STF, disse, no Twitter, que estimular a invasão de hospitais é crime e afirmou que o Ministério Público deveria atuar contra quem defende essa prática.

"Invadir hospitais é crime –estimular também. O Ministério Público (a PGR e os MPs Estaduais) devem atuar imediatamente. É vergonhoso –para não dizer ridículo– que agentes públicos se prestem a alimentar teorias da conspiração, colocando em risco a saúde pública", escreveu.

Investidas contra vacinas

A Coronavac tem sido alvo de atrito entre o governo estadual paulista e a gestão Bolsonaro. O presidente já minimizou o imunizante feito pela chinesa Sinovac, dizendo que não gerava confiança por causa do seu país de origem, e esvaziou o plano de aquisição futura das doses feito em outubro por Pazuello, chefe da Saúde.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acabou envolvida na disputa entre Bolsonaro e Doria. No começo de novembro, a agência pausou os testes com a Coronavac após a morte de um voluntário da fase 3 do estudo da vacina. A causa do óbito, porém, foi suicídio. No dia seguinte, após fortes críticas do governo paulista à ação, os testes foram liberados de novo.

Neste mês, o presidente mudou diversas vezes o tom sobre vacinas de um modo geral. No dia 19, por exemplo, apesar de recente alta de casos e mortes, disse: "(...) Pressa para a vacina não se justifica, porque você mexe com a vida das pessoas". O Brasil contabiliza mais de 190 mil óbitos.

Já neste domingo (27) escreveu em uma rede social que o governo tem "pressa para obter uma vacina segura, eficaz e com qualidade (...)". (Por Folhapress).


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