quarta-feira, 9 de março de 2022

Putin diz que Europa será levada à guerra se Ucrânia entrar à força na Crimeia como membro da Otan

 Putin ressaltou que a Rússia "não permitirá" eventual tentativa como esta na Crimeia

01/02/2022 Yuri Kochetkov/Pool via REUTERS (Foto: POOL)


Se a Ucrânia se juntar à Otan e tentar recuperar a Crimeia por meios militares, os países europeus serão arrastados para uma guerra contra a Rússia na qual não haverá vencedores, disse o presidente russo, Vladimir Putin, nesta segunda-feira (7), em entrevista coletiva após reunião presencial com o presidente francês, Emmanuel Macron, em Moscou.

Apesar da preocupação, Putin afirmou que deseja fazer o possível para encontrar meios de reduzir as tensões.

"Eu quero enfatizar isso novamente. Eu afirmei, mas realmente gostaria que você finalmente me ouvisse e transmitisse isso para leitores, telespectadores e internautas. Você entende ou não que se a Ucrânia se juntar à Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e tentar recuperar a Crimeia por meios militares, os países europeus serão automaticamente arrastados para um conflito militar com a Rússia?", questionou o presidente ao seu homólogo francês.

Na sequência, Putin ressaltou que a Rússia "não permitirá" eventual tentativa como esta na Crimeia.

Embora tenha afirmado que o potencial militar da Otan é incomparável com o de seu país, o presidente lembrou que a Rússia "é uma das principais potências nucleares" e está "à frente de muitas nações" atualmente.

"Não haverá vencedores. E você se verá arrastado para o conflito contra a sua vontade. Você nem terá tempo para piscar. O senhor presidente [da França], é claro, não quer esse desenrolar. E eu também não quero. É por isso que ele está aqui e me atormentou por seis horas com perguntas, garantias e opções de soluções", disse Putin.

O presidente russo ainda destacou que a Otan tentou ditar regras para a Rússia após cercar as fronteiras do território com armamentos enviados à Ucrânia.

"Depois de mover sua infraestrutura militar para perto de nossas fronteiras, a Otan e seus Estados-membros se consideram no direito de nos mandar uma mensagem sobre onde e como colocar nossas forças armadas e acreditam ser possível exigir a não realização de exercícios e manobras planejadas", disse ele.

Segundo Putin, o movimento das tropas russas em seu próprio território é apresentado pelo Ocidente como uma ameaça de invasão à Ucrânia. Porém, ele recordou que os membros da Otan continuam a reforçar a Ucrânia com armas.

"Os países membros da Otan continuam a encher a Ucrânia com tipos modernos de armas, alocando recursos financeiros significativos para a modernização do exército ucraniano e enviando especialistas e instrutores militares", apontou. Sputnik.


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Dilma faz apelo por maior participação feminina na política: "só as mulheres podem assegurar conquistas para si mesmas"

No Dia Internacional da Mulher, a ex-presidente defendeu que as mulheres 'tenham representação política' e 'busquem o poder'

Ex-presidenta Dilma Rousseff (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

No Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta terça-feira (8), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) participou de uma live promovida pelo Instituto Lula e fez um apelo por mais participação feminina na política.

Segundo ela, ainda que homens possam ser aliados do movimento feminista, "só as mulheres podem assegurar conquistas para si mesmas". Ela afirmou que a maior ocupação de mulheres no campo político é o segundo passo do que foi a conquista do voto feminino, em 1932. 

A ex-presidente destacou que a exclusão das mulheres acontece em todos os espaços, mas se torna mais grave na política, que é o instrumento de mudança da sociedade. "Quando a mulher sai do espaço privado, que é o espaço que o patriarcalismo destinou a ela, e vai para o espaço público, ela tem que estar subordinada, tem de estar qualitativamente mais destituída. Não lhe dão os melhores trabalhos e nem tem acesso aos melhores trabalhos. Quando se trata da política isso é mais grave ainda, porque a política mexe com todos os nós de uma sociedade. Vai mexer com os processos de transformação que estão sendo garantidos por uma estrutura de poder, e é aí que vem a misoginia, vem o ataque sistemático às mulheres que ousam contrariar as normas".

"Elas são tachadas de burras, de vagabundas, desonestas, muito duras ou histéricas. E a misoginia não recai sobre todas as mulheres, é fundamentalmente uma forma pela qual se reprime, se impede que as mulheres ampliem sua participação. Só as mulheres podem assegurar para si mesmas conquistas. Óbvios que homens podem nos ajudar, mas o protagonismo é da nossa luta. Ela [mulher] tem de ter representação política, buscar o poder. Essa é a parte mais delicada dessa luta. Em todos os lugares em que isso se ampliou, em que a paridade foi adotada, a luta feminista teve um papel fundamental. Sem as mulheres não tem jeito", declarou. 247


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"Sanções contra Rússia foram extremamente pesadas", diz Mourão

Vice-presidente ponderou, entretanto, que as sanções são a reação que o Ocidente pode ter sem escalar o conflito

Presidentes Joe Biden (EUA), Vladimir Putin (Rússia), petróleo e gasolina (Foto: REUTERS | Sputnik | Divulgação)

Na entrevista que concedeu à coluna nessa terça-feira (8/3), o vice-presidente Hamilton Mourão também fez comentários sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia e suas consequências para o Brasil e o mundo.

O general avaliou que as sanções econômicas impostas aos russos por outros países até agora foram “extremamente pesadas”, mas ponderou que são as reações que o Ocidente pode ter “sem escalar o conflito”.

O militar também disse não ver dualidade na posição do Brasil, que condena oficialmente a invasão no Conselho de Segurança da ONU, enquanto o presidente Jair Bolsonaro evita adotar uma posição pessoal mais dura contra os russos. Por Igor Gadelha, Metrópoles.

Leia a íntegra no Metrópoles.


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Dilma Rousseff: "Bolsonaro deixou as mulheres ao relento. Mas isso vai mudar"

"Ficou e fica cada vez mais claro o descompromisso do governo com a questão da mulher e isso nos leva ao que é mais terrível: o absoluto desprezo pela vida", diz a ex-presidente

Dilma Rousseff (Foto: ricardo stuckert)

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) tem uma percepção muito aguda sobre os desafios que se impõem ao país para sair do poço de regressão na luta emancipatória e do abismo social. Ela diz que, apesar das promessas e das verbas do governo Jair Bolsonaro (PL), dificilmente ele conseguirá enganar a população, principalmente as mulheres, alvo de toda sorte de ataques e da visão misógina do chefe do governo federal.

O machismo e o patriarcalismo são marcas que moldaram a sociedade brasileira ao longo dos séculos. Romper com essa lógica é um desafio que depende em grande parte da militância e da participação das mulheres na política. Essa é a opinião de Dilma Rousseff, a primeira mulher presidente da República do Brasil.

A análise se encaixa perfeitamente com as características brasileiras. De acordo com o IBGE, as mulheres são 51,8% da população brasileira, mas a representatividade na política ainda é muito baixa. Elas ocupam apenas 12% dos cargos eletivos de prefeitas e apenas 16% das cadeiras legislativas municipais. A porcentagem de líderes eleitas para os legislativos estaduais e para o Congresso é semelhante. 

Economista de formação, militante do movimento feminista desde os anos 70, Dilma considera que o combate à violência contra a mulher é fundamental e precisa ser ampliado. E lembra que foi a luta das mulheres que impulsionaou a aprovação das leis Maria da Penha e do Feminicídio, apontadas pela ex-presidenta como importantes para libertar as mulheres, sempre tratadas como objetos dentro da esfera familiar.

“O marido ou o pai sempre tiveram direito sobre a vida e a morte das mulheres”, denuncia. As leis mencionadas foram aprovadas há menos de 20 anos. Dilma diz que o caminho é longo, mas precisa da política para evoluir.

Nesta entrevista, Dilma detalha o quanto o ex-presidente Michel Temer e Bolsonaro provocaram prejuízos para as mulheres brasileiras, paralisando ou desmontando políticas públicas que garantiam direitos e acesso a oportunidades. 

Focus Brasil — A gente vive num país profundamente marcado pela cultura machista e pela misoginia. A senhora foi a primeira presidenta brasileira e um dos fundamentos do Golpe de 2016 foram essas marcas dessa cultura tóxica. Existe caminho para a transformação do Brasil?

Dilma Rousseff —  Vou começar por uma questão mais teórica. Eu acredito que o patriarcalismo, com tudo o que ele implica, de divisão sexual, social ou de gênero social do trabalho, perpassa todas as formações sociais. O patriarcalismo vem desde antes da descoberta do Brasil e aparece junto com as diferentes formas de exploração geral da sociedade. Com a escravidão, você tinha também um forte enraizamento do patriarcalismo. A questão racial era estrutural numa sociedade escravista onde uma parte das pessoas era transformada em coisa e a justificativa era a diferença: as pessoas têm a pele escura. Mas junto com a questão racial que integra a escravidão você tem uma outra questão: como se encarava os escravos.

— A violência de todo o tipo…

— O escravo negro era objeto de uma violência absolutamente inimaginável, nessa violência que se explica pelo fato de existirem os donos dos corpos, usados como força de trabalho dentro das plantações, das atividades na área do café, na extração do ouro, na produção de açúcar e etc. As mulheres nestas circunstâncias, além de estarem submetidas a essa exploração tinha ainda um componente marcadamente sexual na sua opressão. E as mulheres brancas também. Elas não tinham o mesmo nível de violência porque não eram coisas, mas de um ponto de vista muito particular, eram coisas na vida privada. Porque o marido ou o pai tinham direito de vida ou de morte sobre elas.

O que eu quero mostrar é que você tem um modelo patriarcal dentro do escravismo colonial no Brasil. E é a mesma coisa no Primeiro e no Segundo Império, na Primeira República e agora quando você está na fase financeirizada, oligopolizada, do capitalismo, o patriarcalismo também se relaciona com as formas diferentes de exploração. E isso se manifesta em vários campos. Por exemplo, a mulher hoje ganha muito menos — [enfatizando] muito menos — pelo mesmo trabalho e está geralmente nas profissões menos valorizadas, predominantemente, dentro do grupo que ganha até dois salários mínimos. Ao mesmo tempo, ela sofre o ódio por ser mulher.

— A violência contra a mulher é pior…

— Numa sociedade muito violenta contra negros, contra homens, temos uma violência específica contra as mulheres, pelo fato de ela ser mulher. Daí vem os crimes de honra, o feminicídio. Eu acredito que tem razão o Jessé [de Souza, sociólogo]. Mesmo no capitalismo neoliberal você tem os ecos da escravidão e os ecos da escravidão no nosso país são muito fortes. Eles significam a diminuição dos pobres, dos negros e também a diminuição da mulher.

— A senhora foi vítima.

— O conceito que mais se aproxima de um instrumento clarificador da situação da mulher é o de misoginia. Misoginia não é uma violência contra a mulher generalizadamente, é uma violência contra a mulher que sai da órbita doméstica e disputa poder na esfera pública. A misoginia afeta mulheres com algum nível de poder.

Aí você pode me perguntar assim: o golpe foi dado só porque você era mulher? Não. O golpe foi dado porque eu representava um projeto. Eu representava uma visão de crescimento da sociedade brasileira, de desenvolvimento, do reconhecimento dos direitos do povo trabalhador deste país e das suas classes desprotegidas. O golpe representou uma cunha contra um projeto de desenvolvimento social, sustentável, soberano e autônomo do nosso país.

— Os ataques em palavras…

— A misoginia no golpe é o uso de uma sintaxe golpista que transforma a mulher nos padrões clássicos. Então, eu sou julgada e condenada por ser mulher. Como? Na criação do ambiente cultural, vamos dizer do caldo de cultura, para dar o golpe. Então, a gente lembra do seguinte: as acusações de “anta”, as acusações de “incompetente”, das mais variadas de desconstrução da mulher. Eles utilizaram processos semelhantes contra o presidente Lula, só que no caso do Lula era por ele ser trabalhador. Então, todo o preconceito que existe contra um trabalhador... antes de o Lula se projetar nacional e internacionalmente, consideravam o Lula incapaz… Depois, passaram a lhe atribuir outras falhas, passaram a usar outra sintaxe. Como, por exemplo, a da Lava Jato.

— Ainda houve o papel da mídia.

— A misoginia correu forte no golpe e há estudos disso. Tem um intelectual holandês, Teun Van Dijk, que faz uma análise sobre a imprensa, assim como a Letícia Sallorenzo. Ambos fazem análises sobre como houve uma construção misógina para se chegar a um Golpe de Estado. E isso é algo importante de se entender porque você vê isso sendo construído também com relação a lideranças femininas, como Bolsonaro fez com a Maria do Rosário. Disse que não era digna nem de ser estuprada.

— Ocorreu com vereadoras negras.

— A mulher negra fazendo política é objeto de um nível de violência misógina que ultrapassa todos os limites. E por que isso? No Brasil, a desigualdade tem um componente estrutural que é a grande maioria da sociedade, aqueles que são pobres, destituídos, essa multidão que ganha até dois salários mínimos. Segundo, é negro e negra. É só a gente lembrar da juventude negra que sofre um nível de violência, de assassinato e extermínio que é absolutamente inaceitável. É mulher, negra e pobre. Não que os homens negros e pobres ou os brancos e pobres ou as mulheres brancas... mas você tem indícios muitos fortes. A PNAD, se eu não me engano, do 3º trimestre de 2020 ou 2021 mostra que dado um rendimento médio, as mulheres indígenas ganham pior. As mulheres pretas e pardas ganham até 70% do rendimento médio. Esses dados são recentes, já da transformação produzida pelos governos Temer e Bolsonaro. Isso é pós-golpe. É o reflexo mais terrível.

— Sua luta ajudou a jogar luz sobre a misoginia. A rejeição ao Bolsonaro é maior entre as mulheres. Outro dia num supermercado, uma senhora falou não dá para comprar carne. E lembrou: era só tirar a Dilma e a coisa iria melhorar. E piorou.

— Está no imaginário coletivo [a misoginia] porque a minha condição de mulher foi muito usada para tentar atingir as nossas políticas. Por exemplo, na questão dos preços dos combustíveis. Diziam: “Ela está completamente louca e errada porque quer que os preços dos combustíveis fiquem estáveis”. Era assim que se tratava a questão na mídia. Deram o golpe, e no dia seguinte, criaram a política de paridade de preços de importação. Órgãos de imprensa como a Globo faziam uma pressão fortíssima para que atrelássemos o preço dos combustíveis ao mercado internacional de petróleo. Por que isso? Porque queriam, apesar de o governo brasileiro ser dono da maior parte da Petrobrás, de 80% do preço dos combustíveis serem formados no Brasil, apesar de tudo isso, queriam atrelar o preço. Bolsonaro e Temer deixaram claro a catástrofe que é colocar o preço do gás natural em R$ 120. E, agora, a partir da guerra na Ucrânia, vai ocorrer uma elevação do patamar de preços. Isso significa que vai explodir o preço da gasolina e do gás de cozinha. Ora, esse foi um dos motivos do golpe, colocar uma parte da Petrobrás nas mãos dos interesses dos mercados financeiros internacionais. Isso foi um dos álibis do golpe.

— São retrocessos variados.

— O que conquistamos não foi pouco. Desde o governo Lula, conseguimos sair do Mapa da Fome da ONU. As Nações Unidas reconheceram essa conquista alcançada por nós, junto com a China e a Indonésia. Antes, 14,8% da nossa população passava fome. Chegamos a ficar abaixo de 1%. Hoje, temos 19 milhões de pessoas passando fome. Esse é um processo que tem a ver também com as mulheres porque se você olhar os dados de quem faz a pesquisa da fome verá que mulher, pobre e desempregada é, fundamentalmente, a chefe de família que tem a sua família em situação de fome.

— Há um desprezo do governo com as mulheres.

— Ficou e fica cada vez mais claro o descompromisso do governo com a questão da mulher e isso nos leva ao que é mais terrível: o absoluto desprezo pela vida por parte desse governo. Ele levou a mais de 650 mil mortes. Esse é um processo que nós não podemos esquecer e nem normalizar. Também atingiu as mulheres e elas estavam na linha de frente, as enfermeiras ou cuidadoras, as caixas dos supermercados, as atendentes de farmácia, é o tipo da ocupação que tornou a mulher muito vulnerável. Fora a inflação.

— As mulheres sentem a carestia.

— É. A questão da inflação a mulher sente muito. Geralmente, é ela a responsável pelas compras diárias para alimentar a família. Essa senhora que falou isso no supermercado, que você mencionou, mostra a visão de que não tem mais como comer carne todos os dias. É uma situação humilhante para qualquer um que tenha compromisso com a cidadania e a nacionalidade: as filas por ossos, por carcaças, nos açougues. Há um clima no Brasil de grande consciência a respeito do que está acontecendo.

— Apesar de todas as marcas deixadas pelo período em que o golpe foi construído, o atual governo tenta mascarar a precarização e diminuir a rejeição. A máquina pública tem esse poder?

— Estamos em março e a eleição é em outubro. Então, temos sete, oito meses para que um programa desses ocorra e modifique a mente das pessoas. Mas há dois problemas: primeiro, há uma suposição de que brasileiros e brasileiras sejam manipuláveis a esse ponto. Ou seja, ao longo do governo, ele nada fez. Está tudo pior. Vamos falar do crédito. Durante o pior momento, o fechamento de tudo provocado pela Covid, ele olhou placidamente para os pequenos e microempreendedores, dos quais a grande maioria são mulheres. Ele as deixou ao relento. E interrompeu um programa muito importante: o Crescer, microcrédito produtivo orientado. Nós disponibilizamos ao longo do nosso governo R$ 16,8 bilhões em crédito. O empréstimo médio era de R$ 1.350. Pode parecer pouco, mas era a diferença entre investir no negócio ou não. Os juros eram de 5% ao ano, ou 0,4% ao mês. Nesse processo, em torno de 62% das operações de crédito foram por mulheres. Repito: 62%. Eles acabaram com isso. Como vão explicar que nos últimos seis anos um programa que estava em andamento foi interrompido?

— Tem o Minha Casa, Minha Vida.

— Entre os titulares, donos das moradias, 54,2% eram mulheres. O programa foi transformado durante um período em “Minha Mansão, Minha Vida”. Ou seja, não emprestavam para os mais pobres.  A população de renda mais baixa atendida pelo programa, em que 92,2% eram mulheres, não teve acesso a financiamento para a casa própria. Eles interromperam tudo e agora todos os programas duram até a eleição. Esse é um problema. Vão dizer para as pessoas: “olha, eu te garanto até a eleição. Depois você se vire. Se endivide e se vire”.

— As crianças também foram vítimas do descaso.

— Entregamos 3.088 creches. Não éramos nós que fazíamos, tínhamos uma visão importantíssima de parceria com os municípios. Passávamos os recursos aos municípios, respeitamos o pacto federativo. Essas 3.088 creches foram concluídas até 2015. E aprovamos e destinamos dinheiro para 8.688 unidades. O que aconteceu com elas? Foram interrompidas. Não se deu continuidade a esse programa. Tem toda uma série de atividades que vimos serem reduzidas. Por exemplo, o Pronatec. Ele tinha o objetivo de assegurar que as pessoas tivessem alternativa para ter um trabalho mais bem remunerado, mais especializado. Eles acabaram com o programa. Mas sabe quantas das pessoas que procuraram o Pronatec eram mulheres? 59%. E ainda teve o caso do acesso às universidades. Eles não conseguiram fazer girar as dívidas do Fies, um processo que em todo o mundo ocorre quando se trata de crédito educacional. Pois bem, 58% dos contratos de financiamento para a pessoa estudar em faculdades pagas eram de mulheres. E vou falar do caso que mais me dói, que é a Proposta de Emenda Constitucional que nós aprovamos das empregadas domésticas. Elas eram o único segmento das profissões e atividades do Brasil não contempladas com a CLT. Incluímos as domésticas na CLT. Passaram a ter previdência, formalização do trabalho e direitos básicos, como 13º, férias, horas extras, respeito a uma certa jornada de trabalho. Aprovamos, foi muito difícil. Quero até mencionar a importância da Benedita da Silva, ex-governadora e deputada federal, nesse processo. Nós conquistamos, mas o que aconteceu? Vem o Temer e faz a reforma trabalhista. Ele provoca uma volta atrás sistêmica.

— Um retrocesso enorme.

— Tínhamos avançado incluindo os últimos que não estavam e eles vêm e retiram esses direitos e instauram a precariedade do trabalho. Estamos vendo que isso fez proliferar a desocupação, a subocupação, a informalidade e, pra não dizer, a ilegalidade no mercado de trabalho. Isso afeta também, fundamentalmente, as domésticas. No meu período, em torno de 33% das trabalhadoras domésticas tinham sido formalizadas, representavam empregos formais no mercado de trabalho. Hoje, isso caiu para um nível estarrecedor que não chega a 25%. Então, há todo um quadro de desmonte que leva, sem sombra de duvidas, a um processo que eu acho que há que se fazer um debate. Essa tentativa, se houver, do governo Bolsonaro de manipular as mulheres, principalmente, procurando reverter um quadro de rejeição e postura crítica, não acredito que as mulheres se deixarão enganar.

— Elas têm noção dos retrocessos.

— Sim. Veja esse processo de idas e vindas que eles fazem tanto no Bolsa-Família quanto no Auxílio Brasil. Tudo tem prazo datado. É igual a remédio que tem data de vencimento. O vencimento é no dia da eleição. Então, não acredito que as pessoas sejam passíveis de manipulação nesse nível depois de tudo o que sofreram. Eu acredito na política também. Acho que vai ter debate, viveremos um processo democrático, acho que é muito importante os Comitês Populares de Luta porque eles vão ter essa capacidade.

— Por quê?

— Uma vez eu vi uma avaliação que é muito importante: o que é se organizar? Os Comitês Populares de Luta são uma forma de organização durante um processo eleitoral. Organizar é poder agir estrategicamente. Organizar é para que a gente possa entender o que está em andamento e agir de acordo no sentido de romper aquilo que se considera desigual, aquilo que se considera opressivo e aquilo que se considera indigno. Essa é uma manipulação indigna.

— Tendo em vista o processo político, o país acabou produzindo divisões e fragmentações na sociedade. Existem parcelas que não se conversam e não se toleram. Há possibilidade da formação de um Congresso com mais mulheres, um pouco mais progressista? Ou vamos acabar com a formação de um Congresso mais conservador?

— Uma das questões mais graves que existem na nossa sociedade quanto à violência e o ódio é aquelas que recaem sobre a mulher pelo fato de ela ser mulher. Duas legislações foram um grande avanço, ambas refletiam não só a decisão do governo, mas o acúmulo dos movimentos de mulheres, das feministas. A primeira a qual me refiro é a Lei Maria da Penha, que é de 2006.  A lei tipificou como crime a violência contra a mulher. Rompeu com toda a ideologia de crime de honra que uniu governo, movimentos sociais e Parlamento. Essa foi uma das leis mais avançadas sobre violência contra a mulher. E aconteceu durante o governo Lula. Posteriormente, já no meu governo, fizemos a Lei do Feminicídio, que tornava crime hediondo aquele contra a mulher pelo fato de ela ser mulher, que é o crime de ódio, o mais usual contra a mulher. A violência contra a mulher vai num crescente. Começa com um bullying, depois tem as vozes altas, daí vem os tapas e é seguido por violência maior: estupro e assassinato. A lei foi importante. As mulheres hoje têm um nível de consciência de que para romper com tudo isso, com as questões relativas à violência de gênero, é preciso ter presença nos parlamentos. Eu comecei a resposta pelas duas leis que mencionei porque apesar da sua importância, elas não bastam, mas são essenciais para o avanço.

— E qual é a importância da política para as mulheres?

— Ela é crucial, é estratégica. Ou seja, ou as mulheres aumentam a sua participação... e isso eu acho que é uma consciência das mulheres, agora, não será algo fácil de romper. Veja, foi possível eleger uma presidenta, mas às vezes é muito difícil se eleger uma vereadora. Isso porque no Brasil, desde o Segundo Império o plano federal era mais avançado do que os regionais e estaduais por causa do controle oligárquico que existia em todas as províncias. Até recentemente, o Brasil tinha oligarquias controlando os estados. Vamos lembrar do velho ACM controlando a Bahia… As mulheres então estão muito mais cerceadas para romper esse espaço de militância política e que é fundamental. Não só eu acho que agora começou a aumentar a quantidade de vereadoras mulheres e negras, vereadoras em geral, mas é insuficientíssimo. Temos um déficit de representação. Espero muito que haja uma modificação este ano. Veja, poucas prefeitas foram eleitas na última eleição e quero aqui me lembrar de duas delas de Minas Gerais, que são fantásticas: em Juiz de Fora, a Margarida Salomão; e em Contagem, Marília Campos. Ambas são mulheres que se formaram na luta política. Quero dizer é que é fundamental ter as mulheres atuando para também governarem. É importante que elas governem. 247 com FPA


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Boicote dos EUA ao petróleo russo deve aumentar ainda mais preços dos combustíveis no Brasil

O valor dos combustíveis voltou a subir no Brasil e pode aumentar ainda mais com a decisão dos EUA de suspender importação do petróleo russo

Presidentes Joe Biden (EUA), Vladimir Putin (Rússia), petróleo e gasolina (Foto: REUTERS | Sputnik | Divulgação)

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de suspender as importações do petróleo russo deve aumentar ainda mais o preço da gasolina no Brasil e em outros setores que usam o petróleo como matéria-prima, a exemplo dos transportes. A Rússia é uma das principais exportadoras de petróleo, com cerca de 7 milhões de barris por dia. Após cinco semanas seguidas de queda, o preço da gasolina voltou a subir nos postos brasileiros. O produto foi vendido na semana passada a um preço médio de R$ 6,577 por litro, alta de 0,26% na comparação com o valor verificado na semana anterior, de acordo com pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

As ações militares russas na Ucrânia deixaram o valor do barril de petróleo acima dos US$ 130 nesta terça. De acordo com o analista Cláudio Frischtak, diretor da consultoria Inter B, "por mais que o conflito terminasse imediatamente, o impacto demoraria, no mínimo, dois trimestres para ser atenuado". "Barril do petróleo a US$ 150 é um choque de primeira grandeza na economia global", disse. A entrevista foi concedida ao portal G1

"Há ainda um próximo passo: depois do início da guerra e das sanções ao petróleo, a Rússia poderia ainda retaliar os países da Otan e interromper totalmente a oferta de petróleo e gás. Seria um processo extraordinário, que não aconteceu nas crises dos anos 70", complementou.

O governo brasileiro discute liberar um subsídio de R$ 27 bilhões para segurar o preço dos combustíveis por três meses. A ideia apresentada seria de um subsídio levando em consideração o preço de US$ 95 o barril de petróleo. Acima desse valor, o executivo arcaria com R$ 300 milhões por ponto percentual de defasagem.

O valor da gasolina aumentou cerca de 46% em 2021, o etanol, 58% e o diesel, 45%. Os valores podem impactar, por exemplo, a área de transporte. Esse setor e os de de habitação, e alimentação e bebidas responderam por cerca de 79% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 247.


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"Totalmente desproposital", diz Mourão sobre militares não aceitarem a volta de Lula

"Fomos, ao longo de anos, governados pela esquerda, pelo PT, sem problema nenhum", destacou o vice-presidente, lembrando da boa relação de Lula e Dilma com as Forças Armadas

(Foto: © Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil | Ricardo Stuckert)

O vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), em entrevista a Igor Gadelha, do Metrópoles, classificou como "totalmente desproposital" os rumores de que as Forças Armadas não aceitariam a possível vitória do ex-presidente Lula (PT) nas eleições presidenciais deste ano.

Ele afirmou que os militares têm agido dentro de seus deveres constitucionais e destacou que as Forças Armadas tiveram boa relação com Lula e com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) nos últimos anos. "Isso é algo totalmente desproposital. As Forças Armadas têm se mantido dentro dos limites dos deveres constitucionais dela, têm agido dessa forma ao longo de todo esse período, desde o término do período de presidentes militares. As Forças Armadas não se meteram em nenhum processo eleitoral. Fomos aí, ao longo de 12 anos, 13 anos, governados pela esquerda, pelo PT, sem problema nenhum".

Perguntado sobre quem será o candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL), ele confirmou a expectativa pelo nome do ministro da Defesa, general Walter Braga Netto. "Os indícios mais fortes são que o candidato a vice junto do presidente Jair Bolsonaro seria o Braga Netto".

Sobre sua relação com Bolsonaro neste último ano de mandato, ele definiu como "protocolar". "Uma relação, vamos dizer assim, protocolar. Nossa relação é protocolar. Ele é presidente, eu sou vice-presidente. Procuro executar as tarefas que ele me dá, como essa tarefa que ele me deu de ir ao Chile (para a posse do novo presidente eleito, Gabriel Boric, nesta semana). Ele tem meu apoio no projeto de reeleição dele, e eu também espero contar com o apoio dele no meu projeto de ser eleito senador". Brasil247.


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Informação foi divulgada por agências de notícia russas


REUTERS/Garanich


A Rússia propôs o estabelecimento de corredores humanitários para permitir que civis deixem cinco cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev, a partir das 9h (horário local) de terça-feira, dependendo da concordância da Ucrânia, informaram agências de notícias russas. Mas a maioria dos corredores seria para a Rússia ou para Belarus, algo que as autoridades ucranianas rejeitaram.

Civis deixando as cidades de Kiev, Chernigov e Kharkiv viajariam para a Rússia, alguns via Belarus, informou a agência de notícias Interfax, citando comunicado de um comitê russo encarregado da coordenação humanitária na Ucrânia.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, rejeitou propostas anteriores para a saída de cidadãos ucranianos para o que ele descreveu como "território ocupado" na Rússia e em Belarus.

As pessoas que deixassem a cidade de Sumy e Mariupol teriam, no entanto, a possibilidade de escolher entre a Rússia ou as cidades ucranianas de Poltava e Zaporizhia, respectivamente, de acordo com o comunicado mencionado pela Interfax.

A Ucrânia recebeu até as 3 da manhã (horário de Moscou) para concordar com os termos, disse a Interfax.

O embaixador ucraniano na ONU, Sergiy Kyslytsya, disse nesta segunda durante reunião do Conselho de Segurança da ONU que a Rússia havia "minado os arranjos" dos corredores humanitários ao insistir que todas as rotas passem pela Rússia ou por Belarus. (Por Reuters - Dublin (Irlanda).


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Morre nos EUA primeiro paciente que recebeu transplante de coração de porco

 EUA 

A equipe responsável pela cirurgia mantém seu otimismo sobre o êxito desse procedimento no futuro


                       Por AFP

A primeira pessoa a receber um transplante de coração de porco morreu dois meses após o procedimento histórico nos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira (9) o hospital que realizou a cirurgia.

David Bennett, de 57 anos, que morreu em 8 de março, recebeu seu transplante em 7 de janeiro, informou a Universidade de Maryland, situada no estado de mesmo nome no leste dos Estados Unidos, em comunicado.

"Sua condição começou a se deteriorar há vários dias", diz a nota.

O transplante inédito gerou expectativas de que o uso de órgãos de outras espécies seria a solução no futuro para resolver a escassez crônica de órgãos humanos para doação.

Por sua vez, a equipe responsável pela cirurgia mantém seu otimismo sobre o êxito desse procedimento no futuro.

"Depois que ficou claro que ele não se recuperaria, ele recebeu cuidados paliativos compassivos. Ele conseguiu se comunicar com sua família durante suas últimas horas", diz o comunicado.

Após a cirurgia, o coração transplantado funcionou muito bem por algumas semanas, sem sinais de rejeição, indicou a universidade.

Bennett passou algum tempo com sua família, fez sessões de fisioterapia, assistiu ao Super Bowl - a final da liga de futebol americano NFL - e sempre falava sobre o seu desejo de voltar para casa para ver seu cachorro Lucky.

"Ele mostrou ser um paciente corajoso e nobre, que lutou até o fim. Expressamos nossas mais sinceras condolências à família", comentou Bartley Griffith, o cirurgião que conduziu o procedimento.

Em outubro de 2021, Bennett deu entrada no hospital da Universidade de Maryland. Estava deitado em uma cama e conectado a uma máquina de suporte vital de emergência. Foi considerado não elegível para um transplante humano, o que acontece quando o receptor tem problemas de saúde subjacentes.

"Obtivemos aprendizados inestimáveis sobre como o coração de porco geneticamente modificado pode funcionar bem dentro do corpo humano enquanto o sistema imunológico se comporta adequadamente", afirmou Muhammad Mohiuddin, diretor do programa de xenotransplante cardíaco da universidade americana.

"Seguimos otimistas e planejamos continuar com nosso trabalho em futuros ensaios clínicos", ressaltou.

Veículos de comunicação dos Estados Unidos revelaram que Bennett tinha sido condenado por esfaquear um homem várias vezes em 1988, o que deixou a vítima paralítica antes de morrer em 2005.

Os especialistas em ética médica, por sua vez, afirmam que os antecedentes criminais de uma pessoa não deveriam influenciar em seu futuro tratamento de saúde.


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Mesmo sem condenar invasão, China envia ajuda humanitária para Ucrânia

DOAÇÃO 

                           Por: AFP

Foto: ALEXEY NIKOLSKY

A China, que não condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia, enviou US$ 790 mil em ajuda humanitária ao país nesta quarta-feira (9) - informaram diplomatas chineses.

Próxima do regime do presidente russo, Vladimir Putin, Pequim se recusou a usar a palavra "invasão" desde a intervenção militar em 24 de fevereiro e atribui o conflito ao Ocidente e à "expansão" da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Em uma reunião na terça-feira com os líderes francês, Emmanuel Macron, e alemão, Olaf Scholz, o presidente chinês, Xi Jinping, pediu "contenção máxima" na Ucrânia e anunciou o envio de ajuda humanitária.

O porta-voz diplomático chinês, Zhao Lijian, disse hoje à imprensa que a ajuda, enviada pela Cruz Vermelha chinesa, foi avaliada em 5 milhões de iuanes. Enviada nesta quarta, a remessa inclui alimentos e outras itens de uso diário, completou Zhao.


Turquia reunirá Rússia e Ucrânia em mais uma rodada de negociações

 GUERRA NA UCRÂNIA 

Os dois países concordaram nesta quarta-feira com um cessar-fogo de 12 horas priorizando uma série de corredores humanitários para evacuar civis


                          Por AFP

A Turquia receberá na quinta-feira (10) os ministros das Relações Exteriores da Rússia e da Ucrânia, que terão seu primeiro contato pessoal desde o início da ofensiva russa na Ucrânia.

Serguei Lavrov e o seu homólogo ucraniano Dmytro Kuleba serão recebidos pelo ministro turco Mevlut Cavusoglu em Antália (Sul), uma região balnear muito agradável aos russos.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que multiplicou os esforços de mediação desde o início da crise, afirmou nesta quarta-feira que "a Turquia pode conversar com a Rússia e a Ucrânia ao mesmo tempo".

"Estamos trabalhando para evitar que a crise se transforme em tragédia", insistiu.

Os dois países concordaram nesta quarta-feira com um cessar-fogo de 12 horas priorizando uma série de corredores humanitários para evacuar civis.

Nesta quarta-feira, Kuleba garantiu em um vídeo no Facebook que faria de tudo para que as "conversas fossem as mais efetivas possíveis", embora admitisse "expectativas limitadas".

"Tudo vai depender das instruções que Lavrov recebeu antes dessas negociações", completou. Ambos os ministros devem chegar à Turquia nesta quarta-feira.

No entanto, o clima corre o risco de ficar tenso. O ministro ucraniano recentemente chamou Lavrov de "Ribbentrop contemporâneo" na CNN, em alusão ao ministro de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.

Esta viagem a Antália constitui na primeira viagem de Lavrov fora da Rússia, um país cada vez mais isolado por sanções internacionais, desde o início da invasão da vizinha Ucrânia em 24 de fevereiro.

A Turquia, membro da Otan, é aliada da Ucrânia, país para o qual fornece drones de combate. Mas, ao mesmo tempo, preserva suas relações com a Rússia, da qual depende fortemente de seus suprimentos de energia e trigo, bem como para o turismo.

Erdogan pode ter o prazer de organizar este encontro "em território neutro", diz Soner Cagaptay, pesquisador do Instituto Washington. Porém, ele se declararia "realmente surpreso" caso a reunião em Antália levasse a um acordo.


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Ausente no ato bolsonarista, Musk comenta nas redes e volta a atacar Moraes

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