sábado, 6 de novembro de 2021

STF protegeu a Constituição ao acabar com orçamento secreto, diz Flávio Dino

 

Flávio Dino (Foto: Marcos Corrêa/PR)

"Mais uma vez o STF protege a Constituição ao determinar o fim do 'orçamento secreto'. Bilhões em dinheiro público não podem permanecer em caminhos duvidosos, esquisitos ou escandalosos", postou o governador do Maranhão, Flávio Dino, ao comentar a decisão tomada pela ministra Rosa Weber, de suspender o orçamento secreto, que vinha sendo usado por Jair Bolsonaro pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, para pagamento de emendas. Saiba mais:
BRASÍLIA (Reuters) - A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta sexta-feira suspender a execução orçamentária das emendas de relator, instrumento de distribuição de recursos que ficou convencionado chamar de "orçamento secreto" diante da dificuldade de rastrear os beneficiários dos repasses.

"Quanto ao Orçamento do exercício de 2021, que seja suspensa integral e imediatamente a execução dos recursos orçamentários oriundos do identificador de resultado primário nº 9 (RP 9), até final julgamento de mérito desta arguição de descumprimento", determinou.

A ministra do STF atendeu a um pedido liminar em ação movida pelo PSOL. A liminar de Rosa Weber vai passar por confirmação em julgamento pelo plenário do Supremo.

A decisão de Rosa Weber ocorre em meio às negociações para a votação na próxima terça-feira do segundo turno da proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera as regras de pagamento dos precatórios e faz alterações no teto de gastos e é encarada como prioritária pelo governo por permitir a abertura de espaço fiscal de mais de 80 bilhões de reais.

O governo Jair Bolsonaro espera a aprovação dessa PEC pelo Congresso para viabilizar o Auxílio Brasil, programa social que substitui o Bolsa Família que, somado a benefício temporário, permitirá que sejam oferecidos ao menos 400 reais a famílias de baixa renda.

Lideranças de oposição acusam o governo de se valer do empenho --compromisso de pagar-- dessas emendas de relator para garantir votos, inclusive entre os próprios oposicionistas, para aprovar a PEC.

Em sua decisão, Rosa Weber disse que há um "caráter obscuro" no pagamento das emendas de relator porque oculta a identidade dos efetivos beneficiários desses repasses.

"Por essas razões, tenho para mim que o modelo vigente de execução financeira e orçamentária das despesas decorrentes de emendas do relator viola o princípio republicano e transgride os postulados informadores do regime de transparência no uso dos recursos financeiros do Estado", considerou ela.

O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), concordou em parte com a decisão da ministra do Supremo, mas considerou que a medida avançou na autonomia dos Poderes.

"A decisão da ministra Rosa Weber sobre RP9 é correta ao determinar a publicidade das emendas, mas avança na autonomia dos Poderes quando suspende novos pagamentos. O STF não pode ser instância recursal para quem perde votação. Se está errado, é o Parlamento que deve corrigir", publicou o parlamentar em seu perfil no Twitter.

Já o líder da Oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), comemorou a decisão, por considerar que os recursos das emendas de relator não podem ser utilizadas para interferir no resultado de votações da Casa.

"A liminar concedida pela ministra Rosa Weber vem para confirmar o que sempre dissemos: as emendas de relator promovem sigilo sobre o Orçamento, dificultando seu acompanhamento e fiscalização. Além disso, esta decisão é extremamente importante para a proteção da democracia e do funcionamento do Congresso Nacional. O Orçamento público não pode ser usado para influenciar no resultado de votações no Parlamento, e nem ser manipulado secretamente", disse o líder. (Brasil247).


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Bancada do PT celebra fim do orçamento secreto, que Bolsonaro usava para comprar apoio parlamentar

 

Bohn Gass (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Em nota divulgada na noite desta sexta-feira (5), a Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara saúda a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, por decisão liminar da ministra Rosa Weber, suspendeu a execução de emendas de relator ao Orçamento da União, “uma artimanha usada pelo presidente Jair Bolsonaro para angariar votos a seus projetos contra os interesses nacionais e populares”.

A bancada destaca que a decisão da ministra é também importante porque determina ainda que o governo e o Congresso adotem medidas de transparência para execução dos recursos de modo a assegurar amplo acesso público a todas as demandas de parlamentares relacionadas à distribuição das emendas de relator. (247).

Leia a íntegra da nota:

NOTA DA BANCADA DO PT NA CÂMARA

A Bancada do PT na Câmara saúda a decisão do Supremo Tribunal Federal que, por decisão liminar da ministra Rosa Weber, suspendeu a execução de emendas de relator ao Orçamento da União, uma artimanha usada pelo presidente Jair Bolsonaro para angariar votos a seus projetos contra os interesses nacionais e populares.

É uma decisão importantíssima que merece ser comemorada, já que acaba com o “orçamento secreto”. Ainda esta semana, no plenário, durante votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 23), também conhecida como PEC do Calote, a bancada defendeu o fim dessa prática obscura, que tem servido para barganha política a fim de beneficiar o governo Bolsonaro e sua base aliada no Congresso.

A decisão da ministra é também importante porque determina ainda que o governo e o Congresso adotem medidas de transparência para execução dos recursos de modo a assegurar amplo acesso público a todas as demandas de parlamentares relacionadas à distribuição das emendas de relator.

Brasília, 5 de novembro de 2021.

Deputado Elvino Bohn Gass (RS), líder do PT na Câmara dos Deputados


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Há 16 anos, Lula encerrava a Área de Livre Comércio das Américas (vídeo)

 

Lula (Foto: Reprodução/Youtube)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou um vídeo, no dia de ontem, para celebrar os 16 anos do fim da Área de Livre Comércio das Américas e para celebrar o processo de integração sul-americana. "Na prática, a Alca subordinava a América Latina aos interesses de Washington", avalia o ex-presidente. Assista: (Brasil247).


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Velório de Marília Mendonça nesta tarde deve receber 100 mil pessoas

 

Goiânia Arena será aberto ao público entre 13h e 16h

Reauters/Bang Showbiz

O velório de Marília Mendonça deve receber na tarde de hoje (6) 100 mil pessoas segundo estimativa do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Para atender a esse volume de fãs, foi cedido o Goiânia Arena, um ginásio ao lado do estádio Serra Dourada. Segundo informou a assessoria da artista, o espaço será aberto ao público entre 13h e 16h. O sepultamento, às 17h30, contará com a presença apenas de familiares.

Também será velado no Goiânia Arena o corpo de Abicieli Silveira Dias Filho, seu tio e assessor. Eles sofreram um acidente de avião ontem (4), quando se deslocavam para a cidade de Caratinga (MG) onde a cantora faria um show à noite. Todos os cinco tripulantes morreram. Além da artista e de seu tio, estavam na aeronave seu produtor Henrique Ribeiro, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o co-piloto Tarciso Pessoa Viana.

"Peço calma e respeito à sinalização para que todos possam dar o seu adeus. Previsão inicial de até 100 mil pessoas passando pelo local", postou nas redes sociais o governador Ronaldo Caiado.

Nascida na cidade de Cristianópolis (GO) e criada em Goiânia, Marília Mendonça começou a compor aos 12 anos e é autora de canções que foram gravadas por diversas duplas sertanejas famosas como Henrique e Juliano, Jorge e Mateus, Maiara e Maraísa e César Menotti e Fabiano. Em 2015, aos 20 anos, ela decidiu seguir a carreira de cantora e seu sucesso foi meteórico: Devido às músicas abordarem temas como amor, traição e dor de cotovelo, ela foi coroada pelo público como a “Rainha da Sofrência”.

Em 2019, Marília Mendonça recebeu o prêmio de melhor álbum de música sertaneja no Grammy Latino. No Instagram, são quase 40 milhões de seguidores. Na plataforma Spotify, é a artista brasileira mais seguida e ocupa a 41ª posição mundial: mais de 18,5 milhões de fãs acompanham sua conta. Ela supera referências internacionais como Beatles, Katy Perry e Michael Jackson.

Sua morte comoveu a comunidade de artistas e também diversas autoridades brasileiras, que deixaram mensagens de pesar nas redes sociais. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, decretou luto oficial de três dias. A cantora deixa seu filho Léo, que fará dois anos no próximo mês. Ele é fruto de seu relacionamento com o cantor Murilo Huff, de quem se separou em setembro deste ano. “Eu ainda não tenho palavras que consigam expressar a dor que eu sinto no peito agora, mas passo aqui para agradecer à todas as mensagens de apoio e preocupação comigo e com o Léo”, escreveu Huff, nas redes sociais.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão do Comando da Aeronáutica, foi acionado para investigar as causas do acidente e uma equipe saiu do Rio de Janeiro para periciar o local da queda. O avião bimotor de pequeno porte, do modelo Beech Aircraft, caiu nas pedras de uma cachoeira no distrito de Piedade de Caratinga, no município de Caratinga. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 15h30 para atender a ocorrência. Já a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a aeronave estava em situação regular e tinha autorização para fazer táxi aéreo

Hoje, pouco antes das 9h, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que estava fazendo a escolta dos corpos de Marília Mendonça, Abicieli e Henrique até o aeroporto de Ubaporanga, cidade vizinha à Caratinga. "Dois seguem para Goiânia e o terceiro para Salvador", informou a instituição. Já às 11h, a Polícia Civil anunciou que o Instituto Médico Legal (IML) liberou os corpos do piloto e do copiloto. Eles estão sendo escoltados até o aeroporto para que prossigam até Brasília.

O policial civil e delegado regional de Caratinga, Ivan Sales, disse que um inquérito foi instaurado nesta manhã e as investigações prosseguirão com a oitiva de testemunhas e a juntada dos laudos. "A equipe da Cenipa já chegou em Caratinga. Uma equipe da Polícia Civil, composta por um delegado e um perito, vai acompanhá-la. Eu e o inspetor vamos no deslocar ao local do acidente para dar continuidade às investigações."

Na noite de ontem (5), a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), estatal mineira responsável pela transmissão e distribuição de energia no estado, divulgou uma nota com informações sobre o acidente e manifestando solidariedade aos familiares das vítimas. “A Cemig informa que o avião bimotor que transportava a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas atingiu um cabo de uma torre de distribuição da companhia no município de Caratinga”, diz o texto.

Questionado sobre essa informação, o delegado Sales pontuou que, morando há 28 anos em Caratinga, não tem conhecimento de reclamações sobre problemas com a fiação elétrica. "Nunca ouvi nenhum comentário de piloto amigo ou de proprietário de avião nesse sentido. O que eu sei e podemos afirmar é que o aeroporto não é balizar, então por isso não opera em horário noturno e com condições climáticas não favoráveis." (Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).

Edição: Maria Claudia



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STF: Rosa Weber suspende pagamentos do orçamento secreto até julgamento pela Corte

 

Rosa Weber (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)


A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu os pagamentos do governo de Jair Bolsonaro feitos por meio do orçamento secreto até que o plenário da Corte se manifeste sobre o tema, segundo reportagem do jornal Estado de S.Paulo. A decisão é com base em ação de autoria do PSOL.

A decisão foi liminar, nesta sexta-feira, 5, quando foi revelado a distribuição de R$ 1,2 bilhão a deputados na véspera da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios.

A ministra do Supremo também determinou que seja dada ampla publicidade às indicações feitas pelos parlamentares com esse tipo de emenda diante da falta de transparência. Ela pediu inclusão imediata na pauta de julgamentos virtuais do STF.

“Reputa-se violado o princípio republicano em face de comportamentos institucionais incompatíveis com os princípios da publicidade e da impessoalidade dos atos da Administração Pública e com o regime de transparência no uso dos recursos financeiros do Estado”, escreveu a ministra Rosa Weber na decisão.


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Oposição vê novo cenário para PEC dos Precatórios após suspensão de emendas por Rosa Weber

 

(Foto: Pablo Valadares - Câmara)

Líderes da oposição na Câmara dos Deputados acreditam que a decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a execução do orçamento secreto, usado por Jair Bolsonaro para corromper deputados, muda o cenário relacionado à aprovação da PEC dos Precatórios, informa o Painel da Folha de S.Paulo.

A decisão foi liminar, nesta sexta-feira, 5, quando foi revelado a distribuição de R$ 1,2 bilhão a deputados na véspera da votação da Proposta de Emenda à Constituição que dá calote nos Precatórios.

"Trata-se certamente de uma das decisões mais importantes do Supremo Tribunal Federal nos últimos anos. É importante para proteger a democracia brasileira e o bom funcionamento do Congresso nacional. As emendas de relator, do chamado orçamento secreto, violam princípios constitucionais, como o princípio republicano da transparência, entre outros. A decisão é de extrema relevância para o país, para o Congresso e pela democracia", disse Alessandro Molon (PSB), líder da oposição na Câmara.

"Essa decisão impede que partidos sejam corroídos por dentro por promessas de emendas, seus membros desarticulando as lideranças, as direções partidárias. As emendas estavam corroendo a democracia, os líderes estavam perdendo controle de suas bancadas".

O deputado Bohn Gass, líder do PT, que tem a maior bancada da oposição na Câmara, disse que "a RP-9 [emendas] não é transparente, não é democrática. É o desvirtuamento da política da República brasileira. Tem dois tipos de parlamentares, um deles é o dos deputados que ganham recursos por votar nas maldades do governo, contra o povo".

"Com certeza muda o cenário de votação da PEC. O deputado que vota com o governo Bolsonaro é agraciado com emendas de relator. Muito boa decisão da ministra", completa. Brasil247.


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Governo ofereceu R$ 15 milhões em emendas por cada voto favorável à PEC dos Precatórios, diz deputado

 

Celso Maldaner (MDB-SC) (Foto: Divulgação)


O deputado Celso Maldaner (MDB-SC) afirmou que a aprovação da PEC dos Precatórios pela Câmara dos Deputados foi possível somente após a liberação de emendas a quem votasse a favor da proposta. Segundo ele, o valor discutido entre vice-líderes do governo foi de R$ 15 milhões por parlamentar. 

Maldaner, que votou contra a proposta, não revelou quais vice-líderes do governo estariam envolvidos

O único integrante do MDB entre os vice-líderes do governo é o deputado Lúcio Mosquini (MDB-RO). Ele negou ter tratado sobre liberação de emendas. "Zero vezes zero vezes zero. Eu garanto para você que você não acha um ofício meu (indicando recursos)”, disse o parlamentar, que apoiou a PEC. 

Segundo Maldaner, a prevalência das emendas parlamentares inviabiliza a oposição na Câmara. "Na prática, o deputado que acerta com o líder leva benefício para atender a sua região. Com as emendas de relator hoje em dia, se o deputado vai no ministério, eles dizem que não têm dotação orçamentária para atender. O ministro hoje não está tendo nada, manda falar com o presidente da Câmara, do Senado, porque a Comissão Mista do Orçamento é quem tem o recurso. Quem distribui (as emendas) é por aqui, na Câmara. Infelizmente, essa é a realidade. Aí, se você é oposição, vai fazer o quê? Não leva nada. Vota contra", disse. (Com informações do Estadão). 




MISSÃO ESPACIAL - Nasa desviará asteroide em missão de 'defesa planetária'

Mesmo que por enquanto não se conheça nenhum grande asteroide que esteja em rota de colisão, a ideia é se preparar para esta possibilidade

                                    Por AFP

A missão, nomeada de DART (Double Asteroid Redirection Test), vai decolar da Califórnia no dia 23 de novembro - Foto: HANDOUT / NASA / AFP

Em menos de um ano, uma nave espacial da Nasa vai colidir deliberadamente contra um asteroide para desviar sua trajetória. Descrita como uma "defesa planetária", essa missão deveria preparar a humanidade em caso de ameaça de impacto. 

O cenário lembra o filme "Armageddom", no qual Bruce Willis e Ben Affleck salvam o planeta de um grande asteroide que se projeta em direção à Terra. 

No entanto, a agência espacial americana está desenvolvendo um experimento nada ficcional. Mesmo que por enquanto não se conheça nenhum grande asteroide que esteja em rota de colisão, a ideia é se preparar para esta possibilidade. 

"Não queremos estar em uma posição na qual um asteroide se dirige para a Terra; devemos testar essa técnica", disse Lindley Johnson, do Departamento de Defesa Planetária da Nasa, na quinta-feira (4).

A missão, nomeada de DART (Double Asteroid Redirection Test), vai decolar da Califórnia a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9 em 23 de novembro às 22h20 no horário local.

Dez meses depois, a nave alcançará seu alvo, que estará a 11 milhões de quilômetros da Terra. É o mais perto que chegará do planeta azul. 

Objetivo duplo

Na verdade, é um objetivo duplo. O principal é o grande asteroide Didymos, de 780 metros de diâmetro, duas vezes a altura da torre Eiffel. Em sua órbita há uma lua, Dimorphos, de 160 metros de diâmetro e mais alta que a Estátua da Liberdade.

É nessa lua onde a nave vai pousar, cerca de 100 vezes menor que ela, projetada a uma velocidade de 24 mil km/h. O impacto lançará toneladas e toneladas de material. 

Mas "não vai destruir o asteroide, só lhe dará uma pequena sacudida", disse Nancy Chabot, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, que lidera a missão em colaboração com a Nasa. 

Como resultado, a órbita do asteroide menor ao redor do maior se reduzirá somente "por volta de 1%", explicou.  

A partir das observações realizadas por telescópios na Terra há décadas, sabe-se que Dimorphos orbita atualmente ao redor de Didymos em exatamente 11 horas e 55 minutos.  

Usando os mesmos telescópios, este período será medido novamente depois da colisão. Nesse caso, talvez sejam "11 horas e 45 minutos, ou algo assim", disse o pesquisador. 

Mas quanto exatamente? Os cientistas não sabem e é justamente isso o que querem investigar. 

Há muitos fatores que entram em jogo, como o ângulo do impacto, o aspecto da superfície do asteroide, sua composição e sua massa exata, todos eles desconhecidos até o momento.  

Deste modo, "se um dia descobrirmos um asteroide em rota de colisão com a Terra (...), teremos uma ideia da força que precisaremos para que esse asteroide não toque a Terra", explicou Andy Cheng, da Universidade Johns Hopkins.  

A órbita ao redor do sol de Didymos, o grande asteroide, também mudará levemente, devido à relação gravitacional com sua lua, disse Cheng. Mas essa mudança será "pequena demais para ser medida".

Caixa de ferramentas

Um pequeno satélite também estará na viagem. Se desacoplará da nave principal 10 dias antes do impacto e usará seu sistema de propulsão para desviar levemente sua própria trajetória.  

Três minutos depois da colisão, sobrevoará Dimorphos, para observar o efeito do impacto e possivelmente a cratera na superfície.  

O custo total da missão é de 330 milhões de dólares. Se o experimento for bem-sucedido, "acreditamos que essa técnica poderia fazer parte de uma caixa de ferramentas, que estamos começando a criar, para desviar um asteroide", explicou Lindley Johnson. 

"A estratégia é encontrar esses objetos não só anos antes, mas décadas antes de qualquer risco de colisão com a Terra", disse. 

Atualmente são conhecidos 27 mil asteroides próximos ao planeta azul.



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