domingo, 8 de dezembro de 2024

Histórico acordo UE-Mercosul: um marco para o Brasil e o multilateralismo

 

Num momento em que o mundo flerta com o protecionismo, Lula une mercados de 700 milhões de pessoas e PIB de US$ 22 trilhões


Nesta semana, em Montevidéu, a história foi feita. Após 25 anos de negociações marcadas por avanços tímidos, retrocessos e, nos últimos anos, completa estagnação, finalmente foi concluído o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desponta como a figura-chave que destravou um processo paralisado durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, recuperando a credibilidade diplomática brasileira e conduzindo o país à mesa de negociações de maneira decisiva.

A conclusão deste acordo, o primeiro entre dois blocos regionais de tamanha magnitude, simboliza um compromisso com o multilateralismo em tempos marcados por tensões protecionistas e desglobalização. Unindo mercados que representam 700 milhões de pessoas e um PIB combinado de US$ 22 trilhões, o pacto tem potencial para transformar a dinâmica econômica de ambas as regiões.

Para o Brasil, o acordo abre portas estratégicas. Ele permitirá a ampliação das exportações agropecuárias para o mercado europeu, com novas cotas para carnes, grãos, açúcar e etanol. Mesmo que ainda enfrentem restrições tarifárias, como as cotas de carne bovina limitadas a cerca de 115 mil toneladas, setores como o de frango e carne suína terão isenção tarifária em volumes significativos. Estima-se que o Brasil absorva até 80% dessas cotas, consolidando sua posição como líder no fornecimento de proteínas animais para a UE.

Além disso, aproximadamente 97% das exportações industriais brasileiras para o mercado europeu estarão isentas de tarifas assim que o acordo entrar em vigor. Esse estímulo à indústria nacional é visto pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) como uma oportunidade para reindustrializar o Brasil, diversificar exportações e fortalecer a competitividade global. A CNI destacou que o pacto pode reverter o processo de re-primarização da pauta exportadora, impulsionar o emprego e promover a modernização industrial com maior acesso a insumos e tecnologias avançadas.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) reforçou essa perspectiva, celebrando o tratado como uma resposta à onda de protecionismo global, que deve se radicalizar com a volta de Donald Trump à Casa Branca. Além de abrir mercados, o acordo reconhece as práticas sustentáveis da indústria brasileira e protege o Mercosul contra legislações restritivas da UE, como a Lei Antidesmatamento. Para a Fiesp, o pacto oferece uma oportunidade única para o fortalecimento das cadeias produtivas e para o diálogo econômico em bases justas e sustentáveis.

Os impactos não se limitam ao comércio de bens. O tratado também cria um espaço institucional para cooperação estratégica em áreas como proteção ambiental, economia digital e combate ao crime organizado, alinhando os dois blocos a uma agenda global de crescimento sustentável.

A implementação do acordo exigirá esforços coordenados, principalmente em setores que precisam de maior adaptação para enfrentar a concorrência europeia. Contudo, o apoio recebido de amplos setores econômicos brasileiros – do agronegócio à indústria – demonstra a expectativa de que o pacto traga benefícios de longo prazo, como mais empregos, inovação e maior integração ao mercado global.

Esse é um passo essencial para reverter o isolamento econômico do Brasil e do Mercosul. A abertura comercial, a modernização produtiva e a integração econômica são desafios pendentes, e o acordo UE-Mercosul deve ser encarado como o início de uma nova jornada, não como seu ponto final.

A partir de agora, o foco recai sobre a ratificação pelos parlamentos dos dois blocos, o que exigirá articulação diplomática e comunicação estratégica. Contudo, o simbolismo do anúncio de ontem é inegável: ele marca o início de uma nova era para o Brasil, que retoma seu protagonismo global, e para o Mercosul, que finalmente ganha uma chance real de ser mais do que um projeto inacabado.

Que este seja o primeiro passo de um caminho promissor, no qual o Brasil e o Mercosul se reinventem para ocupar o espaço que lhes cabe no cenário global. A história cobrará coragem e visão – atributos que, ao menos por ora, parecem ter reencontrado seu lugar sob a égide do governo do presidente Lula. - 247.

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Trump diz que Assad caiu porque perdeu a proteção de Putin

 

Presidente eleito dos EUA para segundo mandato afirma que mudança na postura da Rússia foi decisiva para a queda de Assad

                    
Trump e Putin (Foto: Sputnik)

O presidente eleito dos Estados Unidos para um segundo mandato, Donald Trump, declarou neste domingo que Bashar al-Assad “fugiu” da Síria após perder o apoio estratégico da Rússia. A afirmação foi feita em sua plataforma Truth Social, onde Trump destacou a mudança de postura de Vladimir Putin como o principal fator para o colapso do regime sírio.

“Assad se foi,” afirmou Trump. “Seu protetor, a Rússia, Rússia, Rússia, liderada por Vladimir Putin, não estava mais interessado em protegê-lo.”

As palavras do presidente eleito vêm à tona enquanto a Reuters confirmou que Assad deixou Damasco rumo a um destino desconhecido, em meio às comemorações populares e à tomada do poder pelos rebeldes sírios. O colapso do regime, que governava o país há 50 anos, foi resultado de uma ofensiva rápida liderada pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham, marcando um ponto de virada na história do Oriente Médio.

Mudança no equilíbrio geopolítico

A declaração de Trump ressalta a importância do apoio russo ao regime de Assad ao longo de mais de 13 anos de guerra civil. A decisão de Moscou de não intervir para salvar o presidente sírio é vista como um golpe para o eixo formado por Rússia, Irã e Hezbollah. Analistas sugerem que Putin teria redirecionado seu foco para outras crises, deixando Assad vulnerável.

“Assad dependia de Putin para sobreviver politicamente e militarmente,” comentou um especialista em Oriente Médio à Reuters. “Sem esse apoio, seu regime estava condenado.”

Novos desafios para a região

A queda de Assad traz incertezas sobre o futuro político da Síria, agora sob controle de forças rebeldes. A transição de poder será um teste crucial, especialmente considerando o envolvimento de grupos como o Hayat Tahrir al-Sham, que já enfrentam resistência interna e externa devido a seu histórico como afiliados da Al-Qaeda.

Trump, que assumirá a presidência em janeiro, promete monitorar de perto os desdobramentos na Síria. Fontes ligadas à sua equipe indicam que ele priorizará a estabilidade regional e o combate ao extremismo. Enquanto isso, líderes de todo o mundo acompanham com apreensão os eventos que podem redesenhar o equilíbrio de poder no Oriente Médio. - 247.

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Pernambuco promulga lei que garante distribuição de medicamentos á base de canabidiol no SUS

 

Secretaria Estadual de Saúde tem até 120 dias para iniciar fornecimento



Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) - Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) promulgou a lei que garante a distribuição de medicamentos à base de canabidiol na rede pública de saúde do Estado. A lei 18.757 de 5 de dezembro de 2024 foi publicada pelo presidente da Casa, o deputado estadual Álvaro Porto (PSDB).

Com a medida, pacientes que fazem uso dos medicamentos para tratamento de epilepsias refratárias, por exemplo, terão acesso gratuito garantido. A partir da promulgação da lei, a Secretaria Estadual de Saúde tem o prazo de 120 dias para regulamentar e implementar as ações necessárias para a disponibilização dos medicamentos à população.

O autor da lei, deputado estadual Luciano Duque (SD), comemorou a promulgação e agradeceu ao presidente da Alepe por garantir a concretização da proposta.

“Essa lei é um marco para Pernambuco e uma vitória para tantas famílias que lutam por acesso a tratamentos dignos e eficazes. Agradeço ao deputado Álvaro Porto por compreender a importância dessa iniciativa para a saúde e para a qualidade de vida dos pernambucanos”, destacou.


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Campeonato Brasileiro: Botafogo conquista Brasileirão após 29 anos; Athletico-PR é o último rebaixado para 2025

 

Fogão venceu o São Paulo por 2x1, neste domingo, no Nilton Santos, e ficou com a taça


                                     Por Ayrton Niño
Savarino fez o primeiro gol do Botafogo no jogo do título - Foto: Vítor Silva/BFR

Botafogo colocou um ponto final no jejum de títulos do Campeonato Brasileiro. Neste domingo (08), a vitória por 2x1 diante do São Paulo, no Nilton Santos, consagrou a campanha do Fogão, que conquistou seu terceiro título. No outro lado da tabela, o Bragantino goleou o Criciúma por 5x1 e ultrapassou o Athletico-PR, que foi derrotado pelo Atlético-MG por 1x0, sendo o último rebaixado em 2024. 

O Botafogo soube fazer o seu dever de casa. Diante de um São Paulo com uma escalação mista, mas que deu muitas dificuldades em campo, a Estrela Solitária venceu por 2x1, com gols de Savarino e Gregore. William Gomes marcou para o Tricolor paulista.

Correndo por fora na briga pelo título, o Palmeiras tropeçou em casa. O Porco precisava vencer e contar com um tropeço do Botafogo, mas foi derrotado pelo Fluminense, por 1x0, em plena Allianz Arena, e permaneceu com a vice-liderança. 

No outro lado da tabela de classificação, houve uma mudança na 17ª colocação, primeira dentro do Z4. O Bragantino, na última rodada, conseguiu escapar após golear o Criciúma, dentro de casa, por 5x1. Quem acabou sendo castigado foi o Athletico-PR, que no ano de seu centenário, foi rebaixado. O Furacão acabou sendo derrotado por 1x0 pelo Atlético-MG, em Belo Horizonte, e volta a disputar a Série B após 12 anos. 


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Trump anuncia fim da guerra na Ucrânia e diz que Zelensky aceitará acordo de paz

Presidente eleito dos Estados Unidos exige "um cessar-fogo imediato" e afirma que "a China pode ajudar" nas negociações entre Rússia e Ucrânia

Volodymyr Zelensky e Donald Trump (Foto: Reuters/Shannon Stapleton)


O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a Ucrânia está disposta a negociar um acordo de paz com a Rússia, pedindo "um cessar-fogo imediato" e o início de conversas diplomáticas entre os dois países, informa a agência TASS. A declaração foi feita por meio de sua conta na plataforma Truth Social, destacando a urgência de uma solução negociada para evitar uma escalada ainda mais grave do conflito.

Segundo Trump, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "gostaria de fazer um acordo [com a Rússia] e parar a loucura". O presidente eleito também ressaltou que "deve haver um cessar-fogo imediato e as negociações devem começar", sinalizando que "a China pode ajudar" nas conversas de paz.

A declaração ocorre em meio a uma guerra que já se arrasta há quase três anos, com milhares de vítimas e graves impactos geopolíticos e econômicos. Trump alertou que, se as hostilidades continuarem, "pode se transformar em algo muito maior e muito pior", reforçando a necessidade de ação diplomática imediata.

O governo ucraniano tem reiterado que só aceitará conversas de paz se houver uma retirada completa das tropas russas de seu território, incluindo a Crimeia e regiões ocupadas no leste do país. - 247. 



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Lula lança programa de identificação e proteção de cães e gatos

  Tutores já podem cadastrar seus pets e emitir o RG Animal Janja e Lula - 17/04/2025 (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil) Andrei...