segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Anderson Torres se sente abandonado e pode entregar Bolsonaro em depoimento

Aumentam as chances de possível delação em depoimento do ex-ministro bolsonarista à Polícia Federal

Anderson Torres e Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O ex-ministro bolsonarista Anderson Torres, preso no sábado (14) em Brasília, está se sentindo abandonado por Jair Bolsonaro (PL) e isso "aumentaria as chances de uma possível delação" em seu depoimento à Polícia Federal - ainda sem data definidia. A informação é do comentarista Gerson Camarotti, da Globo.

"A preocupação maior desse núcleo mais próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro é que já há recados de que Anderson Torres está se sentindo abandonado. Então ninguém sabe ao certo já nesse primeiro momento como vai ser o comportamento de Torres", diz o comentarista.

>>> Preso em Brasília, Anderson Torres voltou para o Brasil sem o celular

Além de ser acusado de omissão em relação aos atos terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília no dia 8 de janeiro (quando ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal), também foi encontrada na casa de Torres, pela Polícia Federal, uma minuta golpista que decretaria estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral para alterar o resultado da eleição presidencial de 2022. 247.




BLOG DO BILL NOTICIAS

Atos antidemocráticos: PF prende bombeiro e ativista no RJ

 

Operação foi deflagrada em Campos dos Goytacazes

Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Operação Ulysses, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã de hoje (16) em Campos dos Goytacazes (RJ), resultou nas prisões de dois suspeitos de envolvimento em atos antidemocráticos. Um deles é o subtenente do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Roberto Henrique de Souza Júnior. O outro é o ativista Carlos Victor Carvalho, responsável por administrar perfis nas redes sociais que dão apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Desde o fim do ano passado, grupos que não aceitaram a vitória eleitoral do presidente Luís Inácio Lula da Silva realizaram bloqueios de rodovias e organizaram acampamentos em frente a edifícios do Exército em diversos estados do país para reivindicar uma intervenção militar. O inconformismo com a não reeleição de Bolsonaro também resultou em um violento ataque em Brasília no dia 8 de janeiro, quando houve invasão e depredação de instalações do Palácio do Planalto e das sedes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Como as investigações ocorrem em sigilo, a PF não especificou qual seria a participação de cada um dos dois presos nos atos antidemocráticos. Roberto Henrique de Souza Júnior é bombeiro há 33 anos e atua em Guarus, subdistrito de Campos dos Goytacazes. Em 2018, candidatou-se a deputado federal com o nome de Júnior Bombeiro, mas não foi eleito.

Ele será encaminhado ao Grupamento Especial Prisional (GEP) do Corpo de Bombeiros, na zona norte da capital fluminense e ficará à disposição da Justiça. Em nota, a corporação informou que "acompanha de perto a operação da Polícia Federal e segue a dispor das autoridades para colaborar nas investigações".

Já Carlos Victor Carvalho se apresenta nas redes sociais como fundador da Associação Direita Campos. Seu perfil pessoal no Facebook possui mais de 50 mil seguidores. Entre suas postagens há manifestações de apoio a Jair Bolsonaro, críticas ao presidente Lula e algumas mensagens com informações falsas. Em 2020, ele foi candidato a vereador em Campos dos Goytacazes, mas também não obteve sucesso.

Mais cedo, a PF havia informado que a operação havia sido deflagrada para cumprir mandados de busca e apreensão e de prisão temporária de lideranças que bloquearam rodovias na região e que participaram de ocupações em frente a quartéis do Exército. Foram apreendidos celulares, computadores e documentos diversos. O nome dado a operação é uma homenagem a Ulysses Guimarães, deputado que presidiu a Assembleia Nacional responsável por aprovar a Constituição de 1988 e inaugurar uma nova ordem democrática após 21 anos de ditadura militar.

De acordo com a PF, os delitos investigados incluem associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais. A Agência Brasil não conseguiu localizar a defesa dos dois presos.

* Colaborou Francisco Eduardo Ferreira, estagiário da Agência Brasil ( Por Léo Rodrigues – Repórter da Agência Brasil * - Rio de Janeiro).

Edição: Fábio Massalli



BLOG DO BILL NOTICIAS

Ausente no ato bolsonarista, Musk comenta nas redes e volta a atacar Moraes

O bilionário disse que não existia uma manifestação pró Alexandre de Moraes “porque ele é contra a vontade do povo" Elon Musk e Alexand...