Senador percorre Sertão do Pajeú e diz que hora agora é de apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff
Após percorrer cerca de 130 municípios
do Estado desde que assumiu o mandato, o senador Armando Monteiro (PTB)
encerrou neste domingo mais uma maratona de reuniões de trabalho em dez
municípios do Sertão do Pajeú. Esteve em Afogados da Ingazeira,
Ingazeira, Carnaíba, Tabira, São José do Egito, Santa Terezinha,
Brejinho, Itapetim, Tuparetama e Iguaracy, onde reuniu-se com dezenas de
prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, lideranças políticas de diversos
partidos e representantes de entidades da sociedade civil. Nas
reuniões, discutiu o apoio a projetos de interesse dos municípios.
Durante entrevistas a dezenas de rádios e
blogs da região, Armando Monteiro falou também de política, sobretudo
do apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff e de sua
pré-candidatura ao governo de Pernambuco. Sobre isso, deixou claro que
já cumpriu seus compromissos com o governador Eduardo Campos, ao apoiar
sua eleição e reeleição. E que agora, no pós-Eduardo, abre-se no Estado
um ciclo novo na política pernambucana.
“Esse projeto novo não é contra ninguém. É um novo momento”
Armando Monteiro – “Nós
temos muito entusiasmo para assumir essa responsabilidade e essa
missão, para discutirmos um novo projeto para Pernambuco. E esse projeto
novo não é contra ninguém, não é contra o governador, mas nós temos que
dizer que o governador já pode em dois mandatos… o povo de Pernambuco
já permitiu que ele trabalhasse. Agora, ao final desses dois mandatos,
abre-se um novo momento na vida política de Pernambuco”.
“Pernambuco tem que ser um Estado mais equilibrado”
Armando Monteiro – “E
nessas preocupações que nós vamos levar para a praça pública tem um
ponto central: a constatação de que Pernambuco tem que ser um Estado
mais equilibrado e menos desigual. Isso significa que não é justo que o
pernambucano do Sertão tenha um terço da renda do pernambucano da área
metropolitana, nós precisamos encurtar as distâncias sociais que ainda
existem em Pernambuco. E para isso o Estado precisa exercer um papel
fundamental, uma ação firme, uma ação indutora do desenvolvimento, que
crie novos polos de desenvolvimento nas regiões mais interiorizadas de
Pernambuco, ampliando os investimentos em infraestrutura, ampliando os
programas de formação e qualificação profissionais, porque não há outro
caminho para promover o desenvolvimento senão investindo nas pessoas,
melhorando o sistema educacional de Pernambuco, que hoje infelizmente
ainda temos uma avaliação que não é das melhores no Ideb. Nós temos que
avançar, melhorar os resultados no ensino fundamental, fazer um forte
investimento no ensino médio e técnico-profissional, juntar o ensino
médio ao ensino técnico-profissional”.
“Seria justo abandonar Dilma no meio do caminho?”
Armando Monteiro – “Então,
meus amigos, diante de tudo isso (todos os investimentos que têm sido
feitos em Pernambuco), eu pergunto: seria justo nós abandonarmos a
presidente Dilma no meio do caminho, quando a legislação permite que ela
se candidate à reeleição? Será que não seria de nossa parte uma
manifestação de ingratidão pelo muito que a presidente vem fazendo por
Pernambuco? Então, o nosso entendimento, o entendimento do meu partido, é
que não devemos abandonar a presidente no meio do caminho, nós temos
que apostar no sentido de somarmos e cerramos fileiras para apoiar a
reeleição da presidente. E nesse palanque nós estaremos. Estivemos há
pouco tempo com o ex-presidente Lula, com a presidente Dilma, e ouvimos
dos dois o seguinte: ‘Nós vamos fazer em Pernambuco uma grande campanha,
nós vamos estar juntos sustentando a defesa do nosso projeto. E nós
vamos precisar lá fazer um palanque forte’”.
“Teremos palanques fortes em todos os municípios”
Armando Monteiro – “Não
tenham a menor dúvida de que nos 185 municípios de Pernambuco nós
teremos palanques fortes. Teremos palanques fortes em todas as regiões.
Se o palanque estará representado pelo prefeito, pela oposição no
município, ou se ambos, no futuro saberemos. Mas que nós teremos
palanques eu não tenho a menor sombra de dúvida disso. Considero o apoio
dos prefeitos muito importante, mas eleição majoritária não é definida
pelo número de prefeitos que se aliam às candidaturas, porque se isso
fosse verdade nem Eduardo teria sido eleito em 2006, nem Dr. Arraes
teria perdido para Jarbas em 1998. Porque, na época, Dr. Arraes contava
com a maioria esmagadora dos prefeitos e, em 2006, a aliança que Jarbas
liderava, que apresentou a candidatura de Mendonça, tinha também o maior
número de prefeitos. Eleição majoritária não é definida pelo número de
prefeitos, embora, volto a dizer, os prefeitos são muito importantes.
Eleição majoritária é definida por uma corrente de opinião que vai se
formando, é o povo que forma esse opinião. E a liderança política às
vezes tem que ir a reboque”.
“Precisamos investir na interiorização do desenvolvimento”
Armando Monteiro - “Primeiro,
devemos reforçar a infraestrutura, a infraestrutura hídrica, o sistema
viário. Sem isso, você não pode atrair investimento privado, não pode
trazer fábricas. E precisamos investir na capacitação, na qualificação
das pessoas. Isso é fundamental. Tem que haver uma ação mais focada
nessa questão da interiorização do desenvolvimento de Pernambuco. Então,
são essas as preocupações, são esses os pontos que constituem o núcleo
das nossas preocupações e do que amanhã nós vamos poder discutir em
praça pública com o povo de Pernambuco. E esperamos fazer um debate de
alto nível, porque o povo de Pernambuco exige que essa eleição se paute
pelo debate dos temas de interesse de Pernambuco”
Blog do Bill Art´s