Por: Diario de Pernambuco
quarta-feira, 2 de junho de 2021
Após exoneração de Vanildo Maranhão, PMPE tem novo comandante
Em todo o País, panelaços são registrados durante fala de Bolsonaro
Presidente vive o momento de mais baixa aprovação por parte da população
Por Folhapress e Portal Folha de Pernambuco Presidente da República, Jair Bolsonaro - Foto: Evaristo Sá/AFP
Quatro dias após manifestações de rua pelo País, o presidente Jair Bolsonaro foi alvo de panelaços em capitais na noite desta quarta-feira (2), durante pronunciamento em rede nacional de rádio e TV.
No Recife, foram registrados panelaços nos bairros de Boa Viagem e Setúbal, na Zona Sul, além da região central da Capital e áreas das zonas Norte e Oeste.
Esse tipo de protesto contra o presidente tem ocorrido desde março de 2020, quando foi declarada a pandemia do coronavírus, principalmente em ocasiões em que Bolsonaro faz declarações na TV.
A gestão da crise sanitária pelo governo e a demora na aquisição de vacinas contra a Covid-19 têm sido a principal motivação para os panelaços. Nesta quarta, o País atingiu a marca de 467 mil mortes pela doença.
Pesquisa do Datafolha, feita entre os dias 11 e 12 de maio, mostrou que Bolsonaro está com a sua mais baixa taxa de apoio no mandato - 24%.
Questionados sobre a corrida eleitoral de 2022, 54% dos entrevistados pelo instituto disseram que não votarão no atual presidente de jeito nenhum.
Bolsonaro tem sido pressionado também pela CPI da Covid, que apura falhas de sua administração na resposta à pandemia.
No último sábado (29), grupos de oposição decidiram ir às ruas, mesmo com o risco de disseminação da doença, para protestar contra o presidente. Houve manifestações em todas as capitais estaduais, e novos atos já estão sendo convocados para o dia 19 deste mês.
Nesta semana, o presidente voltou a provocar críticas da oposição ao articular a realização no Brasil da Copa América, que iria ser sediada na Argentina e na Colômbia nas próximas semanas.
Após reabertura do matadouro de Petrolina, Vigilância Sanitária vai apreender carnes sem selo de inspeção
O diretor-presidente da Agência Municipal de Vigilância Sanitária (AMVS), Marcelo Gama, reuniu-se com o diretor de feiras de Petrolina, Tony Galvão. O encontro teve como finalidade o alinhamento das fiscalizações dos estabelecimentos e feiras livres que comercializam carnes no município. Com a programação para reabertura do matadouro, as fiscalizações sanitárias serão intensificadas para combater os abates clandestinos.
De acordo com Marcelo Gama, durante as fiscalizações serão exigidos os documentos que comprovem a procedência de abate do animal. “Através da direção de feiras do município, a Vigilância Sanitária terá a quantidade de animais a serem abatidos para cada feira. Para comprovação da procedência das carnes, será exigido o Selo de Inspeção Municipal, além da nota fiscal que é fornecida pelo abatedouro. Se houver a constatação de não procedência do abatedouro, as carnes serão apreendidas”, explicou.
As fiscalizações nos mercados, supermercados, frigoríficos, açougues e demais estabelecimentos que comercializem carnes, seguirá os mesmos padrões de documentação. “Além dos documentos para comprovação de certificação da carne, serão inspecionados, os locais de acondicionamento das mesmas, ambiente de armazenamento e exposição. Tudo com o objetivo de certificar e atestar à população consumidora final da carne, que o produto está em perfeitas condições para o consumo humano”, completou o diretor da Vigilância Sanitária, Marcelo Gama.
STF autoriza abertura de inquérito contra Salles por suspeita de favorecimento de madeireiros ilegais
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia autorizou nesta quarta-feira (2) a abertura de inquérito contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, suspeito de favorecer madeireiros que atuam ilegalmente na Amazônia.
O pedido partiu da Procuradoria-Geral da República (PGR) após uma notícia-crime apresentada pelo ex-superintendente da Polícia Federal do Amazonas, Alexandre Saraiva.
Saraiva acusa Salles de tentar atrapalhar a Operação Handroanthus, que investiga um esquema de desmatamento ilegal na região.
A ministra também determinou que prestem depoimento os proprietários rurais envolvidos nos fatos citados e os agentes de fiscalização do Ibama e da própria PF.
Ela ainda autorizou a requisição de cópia dos procedimentos de fiscalização ambiental e a tomada de depoimento de Salles.
As diligências precisam ser cumpridas em até 30 dias, segundo decisão da magistrada.
Esta é a segunda investigação contra Salles no STF. A primeira está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que resultou até em operação de busca e apreensão contra o ministro do Meio Ambiente e foi batizada de Operação Akuanduba. Brasil247.
O PREFEITO MIGUEL INAUGURA NOVA ILUMINAÇÃO EM LED NA AVENIDA CLEMENTINO COELHO
Via:Ricardo Banana
Mais um corredor de grande fluxo de trânsito em Petrolina está com iluminação nova. O prefeito Miguel Coelho inaugurou, nesta quarta (02), uma rede com 180 luminárias com LED na avenida Clementino Coelho. A obra integra as ações do programa Mais Luz e recebeu investimento de R$ 1,1 milhão.
Os novos equipamentos permitem uma maior luminosidade e são menos poluentes que as lâmpadas antigas. Ao todo, além das 180 luminárias de 200 watts, foram instalados 170 postes com aço galvanizado, abrangendo desde o trecho na altura da rotatória da Gontijo até a Faculdade Maurício de Nassau.
A iluminação mais potente e eficiente complementa o projeto de reestruturação da Clementino Coelho. O corredor já havia sido duplicado e beneficiado com uma pista para ciclistas. “Essa obra oferece um maior conforto para os motoristas, ciclistas e pedestres. É uma das ações mais impactantes na mobilidade de Petrolina nas últimas décadas. Com a iluminação em LED, o projeto acrescenta ainda o fator segurança para quem passa por aqui. É um trabalho que traz benefícios imediatos e olha ainda para o futuro”, justifica o prefeito Miguel Coelho.
Secretário de Saúde de Pernambuco critica falta de apoio do Ministério da Saúde
Enfrentando uma nova aceleração de casos, a gestão estadual pediu suporte à pasta nacional
Em entrevista concedida de forma remota, nesta quarta-feira (2), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, cobrou medidas práticas do Ministério da Saúde para ajudar no Estado, que enfrenta um momento delicado com o aumento de novos casos da Covid-19, sobretudo em municípios do Interior.
Na última semana, Longo disse haver a suspeita de que uma nova variante do coronavírus Sars-CoV-2 possa estar ligada ao cenário de nova aceleração na transmissão.
Por isso, em reunião com o Ministério da Saúde, solicitou ajuda para acelerar o sequenciamento genético de amostras coletadas em pacientes do Agreste pernambucano.
Também foram pedidos ao Ministério da Saúde, segundo o titular da SES-PE, 200 mil testes de antígeno, que identificam o vírus ativo e têm maior rapidez no resultado do que os testes do tipo RT-PCR.
Por conta do aumento no número de pacientes com quadros graves, também está havendo uma dificuldade maior com relação ao suprimento de oxigênio, tendo sido solicitado 500 concentrados de oxigênio e mil cilindros do gás.
Segundo Longo, o ministro Marcelo Queiroga esteve no Estado recentemente para prestar solidariedade à gestão local. No entanto, criticou a falta de ações práticas que, de fato, ajudem no enfrentamento desta fase.
"Pedimos o envio de 500 concentradores de oxigênio. Temos o anúncio (do envio) de 148, dos quais só chegaram nove para Caruaru. Os demais estão vindo por vias terrestres, com previsão de chegar entre os dias 6 e 10. Pedimos mil cilindros de oxigênio, mas ainda não temos resposta sobre isso”, disse Longo, revelando que também não houve resposta positiva ao pedido dos testes de antígeno.
"Precisamos ampliar a nossa capacidade de testagem para realizar bloqueios, como aconteceu em outros estados que tiveram variantes detectadas. Foram 600 mil testes de antígeno enviados para o Maranhão (na ocasião do surgimento da variante P.1). Para Pernambuco, estão previstos 84 mil testes”, destacou.
"O ministro da saúde esteve aqui, mas, infelizmente, não anunciou nada de muito concreto para ajudar a entender o que acontece no Agreste. A gente admira o gesto de solidariedade do ministro ter vindo, mas a gente precisa de medidas mais concertas para com a nossa população”, completou o secretario.
Longo disse ainda que os laboratórios Aggeu Magalhães, ligado à Fiocruz Pernambuco, e Lika, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), estão colaborando com o sequenciamento genético para identificar a presença de possíveis novas variantes no interior do Estado. Além disso, a Prefeitura de Caruaru também anunciou uma parceria com a UFPE para atuar aumentar a força-tarefa nessa área.
"Se encontrarmos uma nova variante, Pernambuco deve ter um tratamento por parte do Ministério da Saúde pelo menos igual ao realizado em outros estados. Pedimos a vigilância gnômica, mas, até agora, não temos nada de concreto. A Fiocruz/PE está nos ajudando, então podemos considerar como um apoio do Ministério da Saúde. Mas, se comprovada a presença de uma nova variante, precisamos de mais vacinas. O Maranhão recebeu 300 mil doses de vacinas a mais do que o previsto”, disse.
Em Pernambuco, 36 municípios estão em surto de arboviroses; entenda mais sobre as doenças
Aumentaram os relatos de sintomas de dengue, zika e chikungunya nas unidades de saúde
O intervalo entre as Semanas Epidemiológicas (SE) 1 e 26, que se estende de janeiro a junho, é considerado a época de sazonalidade das arboviroses. Ou seja, o período de maior incidência de casos. Isso acontece por serem meses de maior volume de chuva, mas também de temperaturas elevadas em grande parte do Brasil.
Transmissão
Apenas as fêmeas do Aedes aegypti podem transmitir as arboviroses, por necessitarem de sangue humano para o amadurecimento dos ovos, que são depositados separadamente nas paredes internas de objetos próximos a superfícies de água - os machos se alimentam da seiva de plantas.
Ao picar uma pessoa doente, a fêmea do mosquito se infecta com o vírus e, depois disso, se torna vetor de transmissão. A viremia - período que uma pessoa tem o vírus circulando e pode infectar o mosquito - começa um dia antes do aparecimento dos sintomas e vai até o sexto dia.
Após picar um doente, o mosquito leva entre oito e 12 dias para começar a transmitir o vírus. E se manterá como transmissor até o final da sua vida, que tem duração estimada entre seis a oito semanas.
Uma pessoa saudável, ao ser picada por um mosquito infectado, pode levar de 3 até 15 dias para apresentar sintomas. Mas, em média, as manifestações começam a partir cinco dias.
Sintomas
As medicações, contudo, devem ser administradas com supervisão médica, até porque algumas substâncias não são apropriadas para os casos de arboviroses e podem causar complicações.
"A gente recomenda muito líquido para ajudar a minimizar as formas graves. No caso da dengue, quando diminui a febre, podem aparecer alguns sinais de alarme, como vômitos, dores abdominais, pele fria e pegajosa, além de apatia. E aí tem que voltar à unidade de saúde”, pontua Claudenice Pontes.
"Principalmente as pessoas que têm comorbidade devem passar por avaliação clínica. Além disso, o caso só vai ser notificado se a pessoa procurar atendimento. E só assim o município vai ter conhecimento do que está ocorrendo em termos de cenário epidemiológico”, completa.
Em pessoas que nunca tiveram contato com o vírus, ela pode causar algo como “amplificação da doença causada por anticorpos”, propiciando a apresentação de quadros graves em quem for infectado após receber o imunizante.
“Outra coisa é que ainda não se sabe qual a porcentagem de defesa. Seria algo em torno de 50%, o que ainda é pouco em termos de cobertura. Também não se sabe quantos sorotipos ela pega, já que são quatro”, ressalta Evônio Campelo.
Há, no entanto, um imunizante em processo de avaliação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele foi desenvolvido pela farmacêutica Takeda e apresentou mais de 80% de eficácia em seus testes clínicos, realizado ao longo dos últimos anos.
Ao contrário da vacina disponível no Brasil hoje, essa poderia ser usada por quem nunca teve a doença. Não há registros de imunizantes para a zika ou chikungunya.
"Costuma ser a arbovirose que mais tempo afasta a pessoa das atividades por conta das dores nas articulações. É, por vezes, debilitante, de forma que a pessoa não consegue nem segurar uma caneta”, destaca Evônio Campelo.
Em algumas áreas onde houve registro de surto de zika, nos últimos anos, foi observado também um aumento de casos da síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune que acontece em decorrência de alguma infecção.
Segundo eles, áreas em situação de surto têm uma predisposição maior a esses casos, dada a circulação sustentada dos vírus. Na pesquisa, ficou comprovado que, se estiver contaminado com mais de um vírus, o Aedes aegypti pode os transmitir simultaneamente em uma única picada.
É tanto que Claudenice Pontes frisa que a maioria dos criadouros está nas residências, sobretudo naquelas em áreas onde há deficiência no abastecimento de água e as famílias precisam armazenar.
No entanto, o risco também pode estar em pequenos objetos que, por vezes, passam despercebidos. E isso vai além dos constantemente falados vasos de plantas com pratos.
Calhas entupidas, baldes expostos em áreas externas e bandejas de ar-condicionado são outros exemplos. Existem, ainda, modelos de geladeira que acumulam água atrás, assim como geláguas que deixam água empoçada na área onde se coloca o copo.
Outro destaque vai para as vasilhas dos animais domésticos, que devem ser higienizadas e não apenas ter a água renovada. "A vistoria tem que ser diária. Mas a limpeza de manutenção dos possíveis criadouros pode ser uma vez por semana”, diz Claudenice.
Os ovos são bem pequenos (cerca de 0,4 mm) e brancos, difíceis de serem observados. Mas não demora para escurecem e se tornarem pretos e brilhantes.
Aproximadamente 15 horas após serem depositados, adquirem capacidade de resistir a longos períodos de baixa umidade. Podem ficar até 450 dias no seco.
População convoca panelaços para 20h30, durante pronunciamento de Bolsonaro
Assim como ocorreu em outros pronunciamentos em rede nacional de Jair Bolsonaro, a população sairá às janelas às 20h30 desta quarta-feira (2) batendo panelas para protestar.
A fala oficial do presidente - que terá duração de até cinco minutos - foi anunciada no início da noite, logo após o encerramento da sessão da CPI da Covid, na qual depôs a médica e pesquisadora Luana Araújo.
A manifestação pode ser a maior até hoje, dados os atos do último sábado (29) contra o governo e em defesa da vacina. Nesta quarta, partidos e movimentos sociais anunciaram um novo ato nacional contra o governo, para 19 de junho.
Bolsonaro fala ao País num contexto de pressão por conta da CPI da Covid e da piora da pandemia, que já registra mais de 465 mil mortos, em que ele é sistematicamente cobrado pela vacinação. Nesta quarta, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seu adversário político, anunciou que vacinará toda a população do estado até 31 de outubro.
Contra Bolsonaro contam ainda as pesquisas de opinião, que apontam cada vez mais rejeição ao seu governo e avanço da liderança do ex-presidente Lula, além de outros escândalos, como o chamado ‘orçamento paralelo’ e a investigação contra seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Brasil247.
'A gente não pode insistir em algo que não é resolutivo', diz Luana para senador na CPI da Covid
A ex-secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Luana Araújo, rebateu os argumentos do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), principal defensor da hidroxicloroquina na CPI da Covid, e afirmou que não se pode insistir em algo que não é resolutivo.
"Eu discordo veementemente que essa adoção [da hidroxicloroquina] tenha qualquer tipo de impacto [no enfrentamento da pandemia]. Lamento", afirmou a médica durante depoimento, nesta quarta-feira (2).
Luana questionou o senador sobre qual o motivo de nenhuma entidade médica internacional ter recomendado a hidroxicloroquina se há evidências robustas, segundo o senador. Heinze tentou rebater afirmando que 28 países já têm protocolo para o medicamentos.
"São mais de 200 países, senador. E os outros não usam", rebateu.
A médica afirma que são importantes estudos que apontam eficácia da hidroxicloroquina, mas que estudos têm falhas e que por isso se considera uma análise com volume maior de evidências, antes de se adotarem procedimentos
"Não sou contra evidências, quanto mais houver melhor. Mas o volume de evidências que a gente tem não indica o uso desses fármacos", afirmou
Luana Araújo também lembrou que o virologista francês Didier Raoult -citado em todas as sessões por Heinze- já se retratou em algumas conclusões.
ÚNICA INFECTOLOGISTA
Araújo afirmou ainda que era a única infectologista no Ministério da Saúde no período em que atuou na pasta.
"Eu desconheço o histórico anterior à minha presença, mas, no momento em que eu estava lá, eu não conheci outro colega infectologista que estivesse por ali", afirmou.
Luana Araújo deixou o cargo apenas 10 dias após sua indicação. No depoimento, ela afirmou desconhecer os motivos que levaram ao seu desligamento, mas disse ter sido informada que seu nome "não passou na Casa Civil".
Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China
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