domingo, 15 de setembro de 2024

Militares do Exército começam a combater incêndios no Tocantins

 

Brigadistas de outras unidades de conservação foram remanejados


Marcelo Camargo/Agência Brasil


O combate aos incêndios florestais no Tocantins ganhou o reforço das Forças Armadas. O Exército enviou 190 militares para ajudar o Corpo de Bombeiros, os brigadistas, a Defesa Civil e os órgãos estaduais de meio ambiente na contenção das chamas.

A equipe chegou no sábado (14) e começou a trabalhar neste domingo (15). Os integrantes do Exército estão distribuídos da seguinte forma: em relação aos militares especializados no combate a incêndios, 60 foram para a Ilha do Bananal, principal foco de incêndio no estado; 60 trabalham na região metropolitana da capital, Palmas; e 40 formam um contingente de reserva para reforçar as equipes. Além da equipe especializada, 30 militares dão suporte logístico à operação.

A força-tarefa de combate aos incêndios florestais no estado se reuniu no sábado no 22° Batalhão de Infantaria Mecanizado do Exército, em Palmas. O governo estadual participou do encontro por meio do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil Estadual, do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e de outros órgãos envolvidos nos trabalhos.

Neste ano, o fogo consumiu cerca de 250 mil hectares na Ilha do Bananal, reserva da biosfera e uma das áreas de maior biodiversidade do país por ficar numa zona de confluência entre o Cerrado e a Floresta Amazônica. Os ventos fortes e que mudam de direção dificultam o controle das chamas.

A maior preocupação da força-tarefa na Ilha do Bananal neste momento é a Mata do Mamão, habitat de povos indígenas isolados, onde 8 mil hectares foram devastados. A Ilha do Bananal abriga três etnias indígenas.

Outros pontos turísticos do Tocantins foram afetados por incêndios recentes. No período de 4 a 7 de setembro, o Parque Estadual do Jalapão, que abriga as famosas Dunas do Jalapão, ficou fechado por causa do fogo que atingiu cerca de 10 mil hectares na Serra do Espírito Santo. Um dos portais de entrada do parque, a Lagoa da Serra, teve quiosques destruídos pelo fogo, o que forçou a evacuação às pressas de um grupo de turistas de São Paulo. - (Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Graça Adjuto





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Democracia restaurada: obras vandalizadas no 8/1 são recuperadas

Parceria entre Iphan e UFPel devolve patrimônio público e cultural


                              Por Agência Brasil


Era tarde de domingo quando o celular de Andréa Lacerda Bachettini começou a ser inundado por mensagens e vídeos postados nas redes sociais mostrando, quase em tempo real, os atos de vandalismo e destruição promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro na Praça dos Três Poderes, em Brasília, naquele 8 de janeiro de 2023, quando tentaram depor o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, empossado exatamente uma semana antes. 

Professora e pesquisadora do Departamento de Museologia, Conservação e Restauro da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, Andréa conta a dor que sentiu ao ver as imagens das pessoas rasgando, quebrando e arremessando obras de arte e mobiliário de valor inestimável dentro do Palácio do Planalto.

Atos golpistasBrasilia 07/02/2023 - Manifestantes arrastam grades que ficam na frente do Palácio do Planalto - Foto Joédson Alves/Agência Brasil

"Meus colegas e eu, ligados à área patrimônio cultural da universidade, estávamos em Pelotas horrorizados, assistindo pelas redes sociais. Foi muito triste e revoltante ver aquilo. A gente se questionava: 'temos que fazer alguma coisa!'. Foi um choque muito grande. Lembro que logo redigimos um documento e encaminhamos para a nossa reitora [Isabela Fernandes Andrade], que é arquiteta e muito sensível ao tema do patrimônio. Na carta, que ela reencaminhou em nome da universidade, a gente colocou o nosso departamento todo à disposição do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional], do governo", relata à Agência Brasil.

No contato inicial, o Iphan respondeu que ainda estava fazendo o levantamento dos danos aos prédios e no interior dos palácios da República, todos eles tombados como Patrimônio Mundial da Humanidade. Mas a semente foi plantada ali. Alguns meses depois, a UFPel foi procurada pelo Iphan, que propôs a parceria.

"Em um primeiro momento, a gente imaginava que era possível contratar uma empresa, mas no segundo momento a gente lembrou dos nossos parceiros, que são as universidades públicas, os laboratórios de conservação. Nós temos alguns na Bahia, em Minas Gerais e tem o da UFPel, que é um dos melhores do país e está atrelado ao curso de conservação, tem pós-graduação, e aí propusemos essa parceria", relata o presidente do Iphan, Leandro Grass. A parceria foi firmada por meio de Termo de Execução Descentralizada (TED), em que o instituto repassou R$ 2,2 milhões à UFPel, para a aquisição de equipamentos, contratação de bolsistas e gastos logísticos.

Brasília - Presidente do Iphan, Leandro Grass, mostra processos de restauração das obras vandalizadas nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Foto Valter Campanato/Agência BrasilBrasília - Presidente do Iphan, Leandro Grass, mostra processos de restauração das obras vandalizadas nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Foto Valter Campanato/Agência Brasil

Uma inédita estrutura laboratorial de restauração foi montada no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, por meio da Diretoria Curatorial dos Palácios Presidenciais e da Coordenação-Geral de Administração das Residências Oficiais. Ao todo, cerca de 30 pessoas, entre professores, pesquisadores, estudantes e servidores estão trabalhando no projeto, cujo principal objetivo é a restauração completa das 20 obras de arte (veja a lista completa a seguir) pertencentes ao Palácio do Planalto danificadas no ataque de 8 de janeiro do ano passado.

Cerca de um ano e meio após o início do projeto, até este domingo (15), em que se celebra o Dia Internacional da Democracia, praticamente todas as obras e peças estão com o restauro finalizado. Os trabalhos seguem até dezembro, e incluem a produção de um livro, de um documentário e a realização de ações educativas de promoção do patrimônio cultural em escolas públicas do Distrito Federal.

Trabalho minucioso
Outro momento emocionante dessa jornada, lembra Andréa, foi quando ela veio a Brasília pela primeira vez já como coordenadora do projeto, batizado de "Lacorpi - Ação Patrimônio Cultural dos Palácios Presidenciais: valorização e promoção da democracia a partir da conservação-restauração dos bens culturais vandalizados do Palácio do Planalto".

"Foi um momento de muita emoção, eu sempre tenho vontade de chorar quando me lembro", conta a professora, com a voz embargada. "A primeira obra que vi foi a tela do Di Cavalcanti, conhecida como 'As Mulatas à mesa'. A tela é um tecido, mas tem toda uma estrutura de madeira e travas que a sustenta. Essas travas de madeira estavam todas rompidas. Naquele momento, percebi de perto o tamanho do ato de brutalidade daquela tentativa de golpe", descreve. Com cerca de 3,5 metros de largura por 1,20 metro de altura, essa obra do grande pintor modernista brasileiro é uma das mais importantes do acervo dos palácios presidenciais. Ela foi rasgada em sete pontos diferentes, não se sabe ao certo se por uma faca ou punhal usado pelos golpistas que invadiram o Planalto naquele domingo fatídico.  

O trabalho sobre a tela de Di Cavalcanti foi minucioso. A obra já tinha um reentelamento (cobertura protetora no verso da tela) com tecido de linho, que foi rompido pelos rasgos e não era possível emendar com fibras originais. A opção foi utilizar um poliéster, que é um tecido sintético, comumente usado em velas de barco. Na parte frontal da tela, onde a obra está pintada, técnicas de justaposição das texturas dos fios, reproduzindo as pinceladas do artista, disfarçaram completamente os rasgos, que não são mais visíveis. Já na parte de trás da tela, os rasgos foram mantidos.

"Foi um opção da equipe, um opção política, para mostrar que essa tela sofreu esse processo, que foi perfurada sete vezes. Essa memória estará registrada", explicou Leandro Grass.

Uma das agressões mais chocantes foi sobre a escultura em bronze O Flautista, do também brasileiro Bruno Giorgi, que tem mais de 1,6 metro de altura. Ela foi rompida em quatro partes. Em outra atitude de brutalidade e estupidez, outra escultura em bronze, a "Vênus Apocalíptica", da artista argentina Marta Minujín, foi simplesmente arremessada do quarto andar do Palácio do Planalto, caindo sobre o gramado na área externa.

Uma das cenas reproduzidas à exaustão, no contexto da selvageria do 8 de janeiro, foi o momento em que um dos invasores, Antônio Cláudio Alves Ferreira, destruiu um relógio do século 17, que estava exposto no Palácio do Planalto.

Construído pelo relojoeiro Balthazar Martinot Boulle, a peça havia sido um presente da corte francesa ao imperador Dom João VI, em 1808. Tanto o relógio quanto a caixa de André Boulle, destruídos durante os atos de vandalismo, estão em processo de revitalização por meio de outro acordo formalizado com a Embaixada da Suíça no Brasil.

Antônio Cláudio Alves Ferreira foi flagrado pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto destruindo um relógio trazido ao Brasil por D. João VI
Antônio Cláudio Alves Ferreira foi flagrado pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto destruindo um relógio trazido ao Brasil por D. João VI | Foto: Reprodução

Descobertas importantes
O trabalho de restauração também resultou em descobertas relevantes sobre algumas obras, até mesmo a sua autoria. É o caso da pintura expressionista "Pássaro", de Martin Bradley, pintor inglês. Anteriormente sem título e autoria identificados, agora a tela expressionista pode ser inserida na história da arte. 

O vaso cerâmico branco e azul, que havia sido despedaçado, também teve sua autoria revelada durante o restauro bem-sucedido. Trata-se de uma Idria em Majólica (um tipo de cerâmica) italiana do período do Renascimento (séculos 14 a 16). Todo esse trabalho contou com técnicas avançadas de raio-X das peças e análise microscópica de esmalte e pigmentos.

O processo também vai resultar na produção de um material para orientação de conservação preventiva das obras, que inclui desde informações detalhadas sobre as técnicas de restauro aplicadas até sobre requisitos de temperatura e umidade relativa adequados para exibição das peças.

Brasília (DF), 15/09/2024 - Processo de restauração de obras depredadas no 8/01. Foto: Nauro Júnior/IphanBrasília (DF), 15/09/2024 - Processo de restauração de obras depredadas no 8/01 | Foto: Nauro Júnior/Iphan

Os detalhes e bastidores do processo de restauração das obras pode ser conferido em uma exposição temporária na sede nacional do Iphan, em Brasília. Com o título "8 de janeiro: restauração e democracia", a exposição mostra, em fotos em grande formato, e exibição de materiais e ferramentas  utilizadas pelos restauradores, mais detalhes das descobertas e do processo de reconstrução das peças.

"É muito importante devolver essas obras para que elas possam ser vistas pelo público. Essas obras são do povo brasileiro e representam a vitória da democracia e da liberdade", aponta Leandro Grass.  

Lista das obras que estão sendo restauradas na parceria Iphan/UFPel:

1. Tela de Emiliano Di Cavalcanti (artista brasileiro);

2. O Flautista de Bruno Giorgi (artista brasileiro);

3. Idria (Majolica Italiana);

4. Galhos e Sombras de Frans Krajcberg (artista polonês naturalizado brasileiro);

5. Retrato do Duque de Caxias de Oswaldo Teixeira (artista brasileiro);

6. Rosas e Brancos Suspensos de J. Paulo (José Paulo Moreira da Fonseca) (artista brasileiro);

7. Casarios de Dario Mecatti (artista ítalo-brasileiro);

8. Obra de Dario Mecatti (artista ítalo-brasileiro);

9. Cena de Café de Clóvis Graciano (artista brasileiro);

10. Tela de Armando Viana (artista brasileiro);

11. Matriz e grade no 1º plano de Ivan Marquetti (artista brasileiro);

12. Pintura de Glênio Bianchetti (artista brasileiro);

13. Pintura de Glênio Bianchetti (artista brasileiro);

14. Pintura de Glênio Bianchetti (artista brasileiro);

15. Pintura de Glênio Bianchetti (artista brasileiro);

16. Pintura de Glênio Bianchetti (artista brasileiro);

17. Vênus Apocalíptica Fragmentando-se de Marta Minujín (artista argentina);

18. Cotstwold Town de John Piper (artista inglês);

19. Tela de Grauben do Monte Lima (artista brasileira);

20. Pássaro de Martin Bradley (artista inglês).


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Jane Fonda diz que Trump representa risco para a Humanidade e que ricos também serão afetados pela catástrofe climática

 

"Não podemos perder mais quatro anos para a crise climática", disse a atriz de 87 anos

Jane Fonda (Foto: Reprodução Youtube)


Em uma entrevista concedida ao apresentador Jimmy Kimmel, a atriz Jane Fonda, ativista de direitos humanos, falou sobre suas preocupações com a crise climática, as eleições presidenciais americanas e o ex-presidente Donald Trump. Aos 87 anos, com duas estatuetas do Oscar e décadas de ativismo nas costas, Fonda não poupou palavras ao destacar o que acredita ser um dos maiores desafios de nosso tempo: a crise ambiental. "Não podemos perder mais quatro anos para a crise climática. O outro candidato [Trump] representa 'perfurar, perfurar, perfurar', e isso vai nos queimar", declarou.

Fonda se mostrou otimista com o desempenho de Kamala Harris no debate presidencial, afirmando que a vice-presidente demonstrou empatia e preocupação com os problemas cotidianos dos americanos, como as questões ambientais. "Acho que ela tocou em assuntos essenciais, especialmente sobre o meio ambiente. Precisamos de alguém que esteja disposto a agir rapidamente", enfatizou. A atriz também criticou o fato de que, no debate, demorou-se "uma hora e meia para se falar sobre o clima", tema que considera crucial.

Além de expressar suas opiniões sobre a corrida eleitoral, Fonda também compartilhou memórias de seu passado com Trump. Ela lembrou de uma promessa feita por ele durante o tempo em que ela era casada com Ted Turner, ex-marido de Marla Maples, então esposa de Trump. "Ele prometeu ajudar uma organização que eu havia criado para jovens em Atlanta, mas nunca cumpriu", disse Fonda, mostrando que sua relação com o ex-presidente foi, no mínimo, conturbada.

O tom mais leve da entrevista ficou por conta de uma anedota envolvendo a ingestão de animais de estimação em Ohio, que, de forma sarcástica, Fonda atribuiu a Robert Kennedy Jr., o qual, segundo ela, teria sido contratado por Trump para lidar com essa "crise". "Se eu fosse republicana, isso já estaria em todos os canais da Fox News", brincou, arrancando risadas da plateia.

No entanto, a leveza do momento rapidamente deu lugar a um alerta sério. Fonda enfatizou que o aquecimento global é uma ameaça que afeta a todos, independentemente da classe social. "Os ricos também serão afetados. Não é algo que eles ou seus netos poderão evitar. Isso é algo que todos deveríamos estar focados", disse a ativista, destacando que muitos políticos, tanto democratas quanto republicanos, estão comprometidos com a indústria de combustíveis fósseis, o que impede avanços na legislação ambiental.

Sobre seu legado, Fonda deixou claro que sua luta pelo clima é uma questão pessoal e intergeracional. "Quando votamos em um presidente, não estamos nos casando com eles, nem namorando. Eles não são perfeitos. Mas precisamos votar com o clima em nossos corações. Façam isso pelos seus filhos, netos, sobrinhos e sobrinhas, porque o outro cara vai nos queimar", advertiu.

Além da crise climática, a atriz também falou sobre a possibilidade de Trump, caso reeleito, punir seus críticos. "Ele vai atrás dos críticos dele. Eu e você talvez fiquemos na mesma cela", comentou, em tom bem-humorado, com o entrevistador. No entanto, Fonda não demonstrou medo, mesmo ao relembrar suas experiências com o ex-presidente Richard Nixon, que chegou a ter sua casa invadida e seus telefonemas grampeados. "Trump é muito mais perigoso", afirmou categoricamente.

Aos 87 anos, Fonda se mostrou destemida diante da ideia de enfrentar mais uma luta. "Quando você fica mais velho, pensa muito sobre a morte e sobre como quer se sentir nos seus últimos dias. Eu sei que quero ter feito a diferença, quero que meus filhos saibam que lutei por eles", afirmou. Segundo ela, se precisar escolher entre ir para a prisão ou deixar de lutar pelo que acredita, ela não hesitaria: "Eu iria para a prisão."

Fonda encerrou a entrevista com um pedido ao público: "Quando votarem, votem com o coração no clima. O futuro dos nossos filhos depende disso." Com a firmeza de quem dedicou grande parte de sua vida à luta por um mundo mais justo, Jane Fonda se reafirma, mais uma vez, como uma das vozes mais apaixonadas e influentes da atualidade no combate à crise climática. - 247.

Assista:

Cortes 247





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“Modelo agroexportador vai transformar o Brasil em um deserto", alerta cientista

 

Alexandre Costa critica as queimadas do agronegócio e alerta sobre os impactos devastadores da pecuária e combustíveis fósseis no meio ambiente

(Foto: Divulgação | ABR)

Durante sua participação no programa Giro das Onze da TV 247, o cientista do clima e professor da Universidade Estadual do Ceará, Alexandre Costa, fez duras críticas ao modelo agroexportador brasileiro e às práticas do agronegócio, especialmente no que tange às queimadas. Costa descreveu esse sistema como “um modelo de morte”, apontando que a pecuária extensiva e a produção voltada para exportação estão levando o Brasil ao limite ambiental.

“O modelo agroexportador é absolutamente insustentável”, afirmou Costa. Segundo ele, a combinação de pecuária e combustíveis fósseis está promovendo a destruição da biodiversidade e colocando o futuro do Brasil em risco. “O binômio pecuária e combustíveis fósseis vai tornar o Brasil – o território mais sócio-biodiverso do planeta – em deserto”, alertou o cientista, destacando a crescente perda de áreas nativas como o Cerrado.

Costa também apontou a contradição entre o discurso de produção agrícola e a realidade dos destinos dessa produção. “Ao invés de se produzir comida para as mesas das pessoas, produz-se o insumo que vai virar ração de suínos na China ou de frangos na Europa. Perdemos mais da metade do Cerrado para isso, por míseros dólares do agronegócio”, criticou o professor.

O cientista ainda ressaltou que as queimadas, prática comum para expansão de áreas agrícolas e pastagens, estão diretamente relacionadas com o aumento da poluição do ar e a escassez de chuvas, fatores que têm agravado a crise climática no Brasil. Nos últimos dias, várias cidades brasileiras atingiram níveis alarmantes de poluição, classificados como “perigosos” para a saúde humana.

Costa defende que é fundamental a busca por alternativas sustentáveis que garantam a preservação dos recursos naturais e a produção de alimentos voltada ao consumo interno, e não apenas ao lucro das exportações.-  247.  

Assista: 






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Marina Silva diz que Brasil vive 'terrorismo climático' e defende punição mais severa para quem provocar incêndio

 

Marina ressaltou que, embora o uso de fogo seja proibido, grupos estariam utilizando essas condições climáticas para incendiar florestas

Marina Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou neste sábado (14) que o Brasil enfrenta o que chamou de "terrorismo climático". Em um evento realizado em São Carlos, no interior de São Paulo, a ministra destacou a intensificação de queimadas ilegais que, segundo ela, estariam sendo provocadas de forma criminosa, agravando os efeitos das altas temperaturas e da baixa umidade no país. As informações são do G1.

Durante seu discurso, Marina Silva ressaltou que, embora o uso de fogo seja proibido em todo o território nacional, grupos estariam utilizando essas condições climáticas para incendiar florestas, causando danos à saúde da população e à biodiversidade. "Há uma aliança do crime com a emergência climática", afirmou a ministra.

Atualmente, a legislação prevê penas de um a quatro anos de prisão para crimes dessa natureza. No entanto, Marina Silva defende o aumento das punições. Ela informou que, até o momento, a Polícia Federal já abriu 50 inquéritos para investigar esses crimes e que medidas mais rigorosas estão sendo estudadas.

"É preciso intensificar as investigações e o trabalho de inteligência para identificar os responsáveis e suas motivações. A ampliação das penas está sendo analisada", afirmou a ministra. - 247.


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