quarta-feira, 29 de abril de 2020

Doria reage a Bolsonaro e diz para ele ir a São Paulo ver as pessoas “agonizando nos leitos”

João Doria e Jair Bolsonaro
João Doria e Jair Bolsonaro (Foto: GOVSP | Reuters)

O governador de São Paulo reagiu aos ataques de Jair Bolsonaro, que na manhã desta quarta-feira (29) responsabilizou e a Bruno Covas  pelas 2.049 mortes do coronavírus em São Paulo. "Saia da sua bolha, do seu mundinho de ódio", disse Doria, em entrevista coletiva com Covas no começo da tarde. Ele acrescentou: “Saia dessa sua redoma de Brasília e venha visitar os hospitais em São Paulo, venha ver a gripezinha, as pessoas agonizando nos leitos e a preocupação dos profissionais de saúde".
Doria informou que a partir da próxima segunda-feira (4) será obrigatório o uso de máscaras no transporte coletivo em São Paulo,. A medida é válida para passageiros das linhas da Companhia Paulista Metropolitana de Trens (CPTM), Metrô, ônibus rodoviários, interestaduais e no município de São Paulo. O uso também será obrigatório nos táxis e aplicativos na cidade de São Paulo.. Um decreto da Prefeitura de São Paulo e outro do governo do estado sobre a obrigatoriedade serão publicados no Diário Oficial desta quinta-feira (30).
Na coletiva, Doria revelou que o Estado adquiriu 3 mil respiradores da China, que chegarão a São Paulo nesta quarta. 
O governador informou que está em 48% a taxa de isolamento social: “Não é um número bom”. Há 1776 pessoas internadas em UTIs e a taxa de isolamento precisa chegar a 60% para evitar o colapso do sistema de saúde de São Paulo.
Doria foi contundente na resposta a Bolsonaro e falou dirigindo-se diretamente a ele: "Pare de praticar essa perversidade, pare de atrapalhar quem está ajudando para salvar vidas. Depois de mais de 5 mil mortes, vai continuar dizendo que estamos vivendo uma gripezinha?".
Além de convidar Bolsonaro para ir a São Paulo, Doria incitou-o a ir ao Amazonas: “Vá a Manaus ver o colapso da saúde". (247)
Assista no canal do governo do estado de São Paulo:



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STF abre inquérito contra ministro da Educação por suposto racismo

                   Abraham Weintraub deve ser ouvido pela PGR

                  Por: Agência Brasil 
Abraham Weintraub, ministro da Educação
Abraham Weintraub, ministro da EducaçãoFoto: Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na noite dessa terça-feira (28) a abertura de um inquérito contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para apurar um suposto crime de racismo em relação aos chineses.

A abertura do inquérito havia sido pedida pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, devido a uma publicação de Weintraub sobre os chineses e a pandemia do novo coronavírus. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou a suposta violação do artigo 20 da lei que define os crimes por discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A pena prevista é de um a três anos de prisão.
O ministro da Educação deve agora ser ouvido pela PGR. Celso de Mello retirou o sigilo do caso e deu prazo de 90 dias para a conclusão da investigação. Em resposta à Agência Brasil, o Ministério da Educação disse que não comentará a abertura do inquérito.

No início do mês, um post de Weintraub no Twitter questionou quem poderia sair fortalecido geopoliticamente da crise causada pela pandemia. No texto, o ministro trocou o “R” pelo “L”, numa referência ao personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, e ao erro comum dos chineses ao falarem o português. Uma imagem com a bandeira da China ilustrava a publicação. O post foi depois apagado. Também no Twitter, o embaixador da China no Brasil, Wanming Yang, divulgou uma nota oficial de repúdio ao ato, que classificou de racismo contra os chineses.



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SUBSTITUIÇÃO - Com decisão de Alexandre de Moraes, PF fica sob comando de indicado por Moro

                      Por: Camila MattosoDP
 (Foto: DFD/Divulgação)
Foto: DFD/Divulgação

Com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a Polícia Federal ficará durante o imbróglio sob o comando de Disney Rosseti.

Em seu pronunciamento de despedida, Sergio Moro disse ter indicado o delegado para substituir Maurício Valeixo no cargo de diretor-geral.

Antes de ser impedido pelo Supremo, Alexandre Ramagem chegou a fazer reunião com superintendentes e diretores nesta terça (28).

Rosseti era o número 2 de Valeixo.





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Alexandre de Moraes suspende nomeação de Ramagem para a PF

                  

Alexandre de Moraes, Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem

Alexandre de Moraes, Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem 
(Foto: STF | Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes suspendeu a nomeação de Alexandre de Ramagem para a Diretoria-Geral da Polícia Federal. 
A decisão está no âmbito de um mandado de segurança impetrado ontem pelo PDT como forma de impedir a posse de Ramagem, marcada para acontecer às 15h desta quarta.
“Defiro a medida liminar para suspender a eficácia do decreto [de nomeação] no que se refere à nomeação e posse de Alexandre Ramagem Rodrigues para o cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal”, diz a decisão do ministro do STF.
Uma das alegações que sustentam o pedido do PDT é a declaração do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, de que Bolsonaro pretende interferir politicamente na PF para ter influência nas investigações da organização. O partido também cita a proximidade entre Ramagem e os filhos do presidente.
"Diante de todo o exposto, nos termos do artigo 7o, inciso III da Lei 12.016/2016, DEFIRO A MEDIDA LIMINAR para suspender a eficácia do Decreto de 27/4/2020 (DOU de 28/4/2020, Seção 2, p. 1) no que se refere à nomeação e posse de Alexandre Ramagem Rodrigues para o cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal", escreveu o ministro em sua decisão.
A nomeação de Ramagem causou polêmica, depois que o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir na PF. "Isso não é função do presidente, ficar se comunicando com Brasília para obter informações que são sigilosas. Esse é um valor fundamental que temos que preservar dentro de um Estado democrático de Direito", disse o ex-juiz em coletiva de imprensa na sexta-feira (24). 
Moraes também é relator de outros dois inquéritos no STF. Um pede a investigação sobre envolvidos na organização de atos pró-golpe - Bolsonaro compareceu a um deles. O outro inquérito apura a disseminação da fake news, um esquema criminoso que tem envolvimento da família presidencial. (247) 

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Bolsonaro se defende do 'e daí' e volta a atacar governadores

'As medidas restritivas são a cargo dos governadores e prefeitos. A imprensa tem que perguntar para o Doria porque tem mais gente perdendo a vida em São Paulo', afirmou o presidente

                   Por: Folhapress
Presidente Jair Bolsonaro
Presidente Jair BolsonaroFoto: Evaristo Sá/AFP
Um dia depois de reagir com um "e daí" ao número recorde de mortos pelo novo coronavírus no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reuniu sua tropa de choque e, em uma tumultuada entrevista na porta do Palácio do Alvorada, passou para os governadores e prefeitos o aumento da crise no país.

Bolsonaro reuniu 25 deputados dos PSL nesta quarta-feira (29) para um café da manhã. Ao sair do Alvorada, trouxe junto parte dos parlamentares e passou, com ajuda deles, a criticar as notícias que relatam sua entrevista na noite anterior, quando, questionado sobre as 5.017 mortes registradas pelo Ministério da Saúde na terça-feira (28), reagiu dizendo: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre".
"As medidas restritivas são a cargo dos governadores e prefeitos. A imprensa tem que perguntar para o Doria porque tem mais gente perdendo a vida em São Paulo. Perguntar para ele que tomou todas as medidas restritivas que ele achava que devia tomar", disse Bolsonaro em menção ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seu virtual adversário em 2022.

"Não adianta a imprensa querer botar na minha conta estas questões que não cabem a mim. Não adianta a Folha de S.Paulo, O Globo, que fez uma manchete mentirosa, tendenciosa", continuou Bolsonaro. Indagado pelos jornalistas se não havia dito a frase do "e daí?", Bolsonaro demonstrou impaciência. "Você não botou o complemento! Você não botou o complemento!", afirmou.

Os jornalistas perguntaram qual seria o complemento.
"A Globo não tem moral. Vocês não têm moral. Você é um mentiroso, a Globo é mentirosa", reagiu o presidente. Os repórteres insistiram na pergunta. "O complemento é que que eu lamento. Está lá. Falei aqui. Perguntei, tinha pelo menos duas TVs ao vivo. Mesmo ao vivo... A Globo tem que se definir. Eu não vou pagar para vocês falarem a verdade nem bem de mim. Não vou pagar para a Globo escrever a verdade ou falar bem de mim. Perguntem para o Doria a questão de óbitos que estão acontecendo", disse Bolsonaro.

Na entrevista de terça à noite, Bolsonaro disse que "as mortes de hoje, a princípio, essas pessoas foram infectadas há duas semanas. É o que eu digo para vocês: o vírus vai atingir 70% da população, infelizmente é a realidade. Mortes vão haver. Ninguém nunca negou que haveria mortes".

Depois de questionar e ser informado de que sua entrevista estava sendo transmitida ao vivo em redes de televisão, Bolsonaro buscou dar uma uma declaração mais amena sobre o assunto. "Lamento a situação que nós atravessamos com o vírus. Nos solidarizamos com as famílias que perderam seus entes queridos, que a grande parte eram pessoas idosas, mas é a vida. Amanhã vou eu. Logicamente que a gente quer, se um dia morrer, ter uma morte digna, né? E deixar uma boa história para trás", disse o presidente, conforme registrado nas matérias jornalísticas.

Nesta manhã, Bolsonaro escalou vários deputados do PSL para defendê-lo, o que gerou um bate-boca. Apoiadores do presidente xingaram repórteres. Ao fim, o presidente voltou a ser questionado sobre o número de mortes e, novamente, passou a responsabilidade para os governadores e prefeitos. "Essa conta tem que ser perguntada para os governadores. Perguntem ao senhor João Doria, ao senhor [Bruno] Covas [PSDB, prefeito de São Paulo], de o porquê terem tomado medidas tão restritivas e continua morrendo gente. Eles têm que responder. Vocês não colocar no meu colo essa conta."

Indagado sobre qual seria a sua responsabilidade, não respondeu e criticou a pergunta. "A pergunta é tão idiota que eu não vou te responder", disse o presidente da República.




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"E daí? Lamento. Eu sou Messias, mas não faço milagre", diz Bolsonaro sobre mais de 5 mil mortes pela Covid

(Foto: Reprodução / TV Globo)

Dados do Ministério da Saúde desta terça-feira (19) mostram que subiu para 5.017 o número de mortes provocadas pela Covid-19 no Brasil. Com isso, o país ultrapassou a China, que registra oficialmente 4.643.
Ao ser questionado sobre esse aumento, Jair Bolsonaro afirmou: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", disse ele fazendo um trocadilho com o seu nome, Jair Messias Bolsonaro, com um personagem bíblico.
Sobre a ação movida pelo jornal O Estado de S. Paulo, que ganhou liminar exigindo que Bolsonaro apresente em 48 horas (sob pena de multa de R$ 5 mil) "o laudo de todos os exames" dele de teste de coronavírus.
"Daqui a pouco vão querer saber se eu sou virgem ou não. Dá positivo ou não? Se nós dois [presidente e o repórter] estivermos com Aids, a lei nos garante o anonimato. Da minha parte, não tem problema nenhum em mostrar, mas quero ter o direito de não mostrar", disse. (247)

Lula: “O povo brasileiro não é número, é gente”

Lula e Jair Bolsonaro
Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Marcos Corrêa/PR)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente as declarações de Jair Bolsonaro, em reação à trágica notícia de que o Brasil, com mais de 5 mil mortos, ultrapassou o número de óbitos da China, onde começou o surto. O Brasil tem pelo menos 71 mil confirmações e 5 mil mortes provocadas pela doença. 
"Essa falta de respeito e solidariedade do Bolsonaro às vítimas do coronavírus e aos seus familiares mostra que precisamos discutir a mudança de governo", afirmou Lula, em entrevista à Super Rádio Tupi (RJ). "É grave, isso é resultado do desgoverno do Bolsonaro. Ele não cuida da pandemia, não cuida da economia e não cuida do povo", complementou.
Questionado sobre o número de mortos, Bolsonaro afirmou: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", disse ele fazendo um trocadilho com o seu nome, Jair Messias Bolsonaro, com um personagem bíblico.
De acordo com o ex-presidente, Bolsonaro "transformou os governadores em inimigos, transformou os prefeitos em inimigos, todo mundo que fala algo em contrário, vira inimigo". "Assim não é possível governar o país" lamentou.
Na entrevista o ex-presidente também criticou o novo ministro da Saúde, Nelson Teich. "Ele não entende nada de saúde. Ele trata de fundos de investimento, não trata de saúde", observou Lula.
Para o ex-presidente, é preciso que o governo implemente medidas que garantam a proteção a todos os trabalhadores. "Não é apenas uma questão econômica, financeira. É preciso cuidar do ser humano em primeiro lugar. O povo brasileiro não é número, é gente", disse. 
Lula defende que o Brasil não pode poupar esforços para salvar vidas e empregos, rodando dinheiro para girar a economia. "Temos de garantir que as pessoas possam sobreviver enquanto durar a pandemia". (247)

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Brasil bate recorde em número de óbitos e ultrapassa a China, mostra balanço

                 Por: FolhaPress
 (Foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP)
Foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP

O Brasil bateu um novo recorde de mortes registradas em 24 horas, com 474 óbitos, e ultrapassou a China no número de mortes causadas pelo novo coronavírus. O recorde anterior do Brasil era de 23 de abril, com 407 vítimas.

O país é agora o nono país com mais vítimas no mundo.

Segundo o boletim mais recente do Ministério da Saúde, ao todo 5.017 pessoas morreram por Covid-19. A China, por sua vez registra 4.637 mortos, a maioria em Wuhan, na província de Hubei (4.512).

No Brasil, os casos confirmados também estão mais concentrados em uma região, a Sudeste.

Os primeiros casos confirmados do novo coronavírus foram registrados em Wuhan, na China, em dezembro de 2019. Já no início da pandemia o país determinou uma quarentena sem precedentes nas cidades afetadas. O isolamento, ao que tudo indica, levou a diminuição do número de novos casos confirmados por dia e culminou no relaxamento da quarentena no fim de março.

O recorde de mortes por coronavírus em 24 horas registradas na China aconteceu em 17 de fevereiro, após o país asiático adotar uma nova metodologia para confirmação de casos e vítimas.

A velocidade com que o vírus se alastra e causa mortes no Brasil é similar à observada na China. Ambos os países levaram cerca de dois meses para atingir os primeiros mil mortos após o registro do primeiro caso.

Os dados sobre mortes nos dois países desde o surgimento do vírus indicam que o Brasil ultrapassou a China devido à queda no número de novas mortes do país asiático. No intervalo de 18 dias, entre 29 de março e 16 de abril, a China registrou 42 mortes novas mortes. No mesmo período, O Brasil registrou 1.788.

Assim como na China, é possível que no Brasil haja subnotificação do número de pessoas infectadas e de mortes causadas pela Covid-19.

Em São Paulo, por exemplo, os cemitérios públicos têm recebido por dia entre 30 a 40 corpos de pessoas que morreram com suspeita de estarem contaminadas pelo novo coronavírus.

Por causa do atraso nos resultados dos testes laboratoriais que confirmariam a infecção, a maior parte desses óbitos não entrou nas estatísticas oficiais do Ministério da Saúde.

No início de abril, alguns estados e municípios brasileiros relataram uma média de 1 caso de coronavírus para cada 30 suspeitos. A falta de kits e a inexistência de uma portaria que detalhasse quais casos deveriam ser contabilizados como confirmados ou suspeitos foi apontada como sendo a possível causa para a subnotificação.

Após uma resposta inicial turbulenta, com direito a censura em redes sociais e restrição de informações, a China zerou pela primeira vez, em 18 de março, a transmissão local do Sars-CoV-2. 
Com os resultados positivos oriundos do isolamentos social, o país começou a ensaiar ainda em março o relaxamento da quarentena. No dia 28 daquele mês, o metrô voltou a funcionar junto com outros serviços de trem em Hubei.

Enquanto isso, no Brasil, os primeiros casos confirmados de transmissão sustentada eram anunciados pelas autoridades sanitárias do estado de São Paulo, onde a quarentena que estava prevista para chegar ao fim em 22 de abril foi prorrogada para 10 de maio.

No dia 22 de abril, o governador João Doria anunciou que a "reabertura econômica" do estado começaria em 11 de maio. Apenas um dia mais tarde, porém, Doria disse afirmou que poderia voltar atrás quanto a reabertura caso os índices de isolamento social não ficassem acima de 50%.

Pelo menos 24 cidades de São Paulo flexibilizaram a quarentena via decreto a revelia das determinações do governo estadual. O governador ameaçou, inclusive, entrar na Justiça contra as prefeituras. Não foi preciso.

O Ministério Público suspendeu a reabertura do comércio em pelos menos 11 cidades que chegaram a reabrir lojas ou apontar datas para retomada.

Enquanto na China, ao que se sabe, não houve interrupções ou grandes manifestações contrárias a quarentena, no Brasil, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro –que se manifestou diversas vezes contra o isolamento social– têm participado de carreatas pedindo o impeachment do governador paulista e a reabertura da cidade.

Bolsonaro tem visto sua popularidade cair devido à forma como está gerindo a pandemia no país. O presidente chegou a demitir o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por manter a orientação a favor da quarentena.

Para evitar novo desgaste e a exposição de desacordos no alto escalão do governo, o novo ministro, Nelson Teich, passou por treinamento sobre como lidar com a imprensa.

Teich não começou bem e conta com a reprovação de secretários de Saúde. Segundo eles, não houve mais diálogo com o ministério desde o dia 17 de abril, quando o novo ministro tomou posse. 
Com Mandetta, afirmam, as conversas eram diárias.

Após críticas, o ministro marcou a primeira reunião com presidentes de conselhos de secretários para esta quarta (29).

Até o momento, os EUA registram o maior impacto do coronavírus no mundo. O país atingiu nesta terça 1 milhão de casos confirmados de Covid-19, marca inédita entre os 185 países impactados pela pandemia. O patamar alarmante foi atingido 12 dias depois que o presidente Donald Trump anunciou um plano para a reabertura econômica dos estados americanos.




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Pernambuco registra 470 novos infectados e 30 mortes pela Covid-19 em 24h

Os dados foram atualizados no início da tarde desta quarta-feira (29), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE)

                Por: Portal FolhaPE
André Longo, secretário de Saúde de Pernambuco
André Longo, secretário de Saúde de PernambucoFoto: Alexandre Aroeira / Folha de Pernambuco

Pernambuco registrou mais 470 infectados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. Com o acréscimo desses números, o Estado passa a somar 6.194 pessoas com a Covid-19, doença provocada pelo vírus. O número de mortes também aumentou em 30. Agora, Pernambuco contabiliza 538 mortes pelo novo coronavírus.

Os dados foram atualizados no início da tarde desta quarta-feira (29), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), que não divulgou o número de curas clínicas, mas, até essa terça-feira (28), o total era de 943.

Dos 366 novos infectados confirmados nesta quarta, 187 se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e 283 são classificados como casos leves. Já do somatório total de casos em Pernambuco - 6.194 -, 4.045 são considerados graves e 2.149, leves.





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Briga por causa de máscara facial acaba em tragédia no Paraná

Morte em hipermercado
Morte em hipermercado (Foto: Reprodução)

Uma confusão provocada por um cliente que se recusou a usar máscara para entrar em um hipermercado acabou em tragédia. O tumulto causou a morte de uma funcionária de um hipermercado de Araucária, na região metropolitana de Curitiba, na tarde desta terça-feira (28).
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que “um cliente do hipermercado tentava entrar no estabelecimento por volta das 15h30 sem usar o equipamento de proteção, mas foi impedido pelo segurança do local. Segundo o diretor-geral de segurança do município, Antonio dos Santos de Souza, o funcionário acabou atirando contra o cliente após ambos entrarem em luta corporal na porta do estabelecimento.”
A matéria ainda informa que “o tiro acertou o cliente na região abdominal e também o pescoço de uma funcionária de 45 anos do hipermercado, que não resistiu ao ferimento e morreu no local. O cliente foi atendido por uma ambulância do Siate e precisou ser levado de helicóptero da Polícia Militar para um hospital de Curitiba. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dele. O segurança do hipermercado por preso, segundo Souza.” (247)

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Prefeitura estende serviço de desinfecção ao Centro de Convenções e bairros de Petrolina

                    Via:Carlos Britto
Foto: Ascom PMP/divulgação

Em continuidade às ações de combate ao novo coronavírus (Covid-19), a Prefeitura de Petrolina realizou ontem (28) uma desinfecção no Centro de Convenções Senador Nilo Coelho, local onde foi montada pela gestão municipal, em parceria com a Caixa, a Central de Atendimento ao auxílio emergencial da União.
Além do serviço, outras medidas estão sendo tomadas, a exemplo do espaçamento mínimo de 2 metros e a higienização reforçada. O uso de máscaras é obrigatório.
A higienização também foi feita nas Avenidas Sete de Setembro e Tropeiros. O serviço vem sendo realizado, desde o mês passado, em diversos bairros e equipamentos públicos, a exemplo de Areia Branca, José e Maria, Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e feiras livres.
A ação coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), juntamente com produtores rurais e casas de implementos agrícolas, conta também com auxílio dos agentes de limpeza da Secretaria Executiva de Serviços Públicos que executam o serviço. O trabalho está sendo feito com água, sabão e cloro.

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Humilhação: empresários obrigam trabalhadores a se ajoelhar em protesto contra quarentena na Paraíba

(Foto: Reprodução)

Brasil de Fato | João Pessoa (PB) - A população da Paraíba foi surpreendida por uma cena chocante na segunda-feira (27). Trabalhadoras e trabalhadores do comércio de Campina Grande ajoelhados, fazendo louvores e orações pedindo a reabertura do setor.
Por trás da ação, um protesto organizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Campina Grande ao Tribunal de Justiça da Paraíba que buscava a reabertura do comércio local. A entidade alega que a suspensão das atividades comerciais, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, acarretará a falência de diversos comerciantes na cidade de Campina Grande.
Após o ato vexatório, vários comerciários denunciaram anonimamente ao sindicato os constrangimentos a que foram submetidos para que a atividade fosse realizada. Em nota, o Sindicato dos Comerciários de Campina Grande se posicionou dizendo que "é falsa a informação que este movimento foi organizado e realizado em comum acordo entre as partes".
Ainda de acordo com a entidade, trabalhadores "foram coagidos a participar do movimento por parte de alguns empresários chefes de algumas empresas, com a ameaça da possibilidade de afastamento dos seus postos de trabalho".
O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou ao Brasil de Fato que não recebeu denúncia formal sobre o fato. "Mas, diante das notícias veiculadas na imprensa local, já foi instaurado procedimento investigatório (notícia de fato) para apurar os fatos", declarou Andressa Lucena, procuradora do MPT em Campina Grande.
Nas redes sociais, houve protestos contra a atitude dos empresários e denúncias de violação dos direitos trabalhistas e humanos.
Covid-19 na PB
De acordo com o secretário da Saúde estadual, Geraldo Medeiros, estudos indicam que a Paraíba está atravessando o pico dos casos de doença e que os números elevados de casos devem continuar até o final do mês de maio. Na última semana, a ocupação dos leitos em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) saltou de 16% para 58%. O secretário não descarta um colapso no sistema de saúde.
Há 633 casos confirmados da covid-19 e 53 mortes no estado, segundo dados desta terça-feira (28). Há uma semana, em 20 de abril, eram 263 casos. Campina Grande possui 42 casos confirmados.Trabalhadores do comércio ajoelhados em Campina Grande nesta segunda (27) / Reprodução
Veja a nota do Sindicato dos Comerciários:
O Sindicato dos Comerciários de Campina Grande e Região, vem a público informar, que diferentemente do que foi divulgado pelos empresários organizadores do ato que pediu a reabertura do comércio ocorrida na manhã desta segunda-feira (27), e reproduzido por alguns veículos de comunicação da cidade, a categoria não comunga com o pedido de retorno das atividades nesse momento, assim como o Sindicato, entidade oficial representativa da categoria, que em nenhum momento foi consultado pelos organizadores da atividade, sendo assim, é falsa a informação que este movimento foi organizado e realizado em comum acordo entre as partes.
Além disso, vem a público denunciar, que muitos funcionários participantes do referido ato, através de denúncias anônimas, foram coagidos a participar do movimento por parte de alguns empresários chefes de algumas empresas, com a ameaça da possibilidade de afastamento dos seus postos de trabalho. Como também denuncia a postura de alguns empresários, que dada à presença dos representantes da categoria, de maneira agressiva tentaram inviabilizar a fiscalização e o trabalho destes.
Sendo assim, repudiamos veementemente qualquer tentativa de coação aos trabalhadores e trabalhadoras, assim como qualquer pedido de retorno às atividades que desrespeitam as orientações dos organismos de Saúde e as medidas de prevenção e segurança no combate ao Covid-19 e que ponham em risco a saúde dos comerciários e de toda população campinense.
O Sindicato reitera a defesa do posicionamento que vem sendo tomado, desde o início dessa crise, de diálogo e respeito às orientações dos órgãos de saúde competentes, sejam eles internacionais, nacionais, estaduais e municipais, as recomendações do Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e Ministério Público do Trabalho, como também o respeito da suspensão das atividades realizadas via Decreto Estadual e acatado pela Gestão Municipal e o retorno gradual das atividades em momento oportuno de resolução dessa crise. O Sindicato ainda defende a manutenção dos postos de trabalho, a garantia de todos os direitos, a defesa da saúde e da vida dos trabalhadores (as) e seus familiares.
Confira aqui mais detalhes:

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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

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