sexta-feira, 26 de junho de 2020

China diz que vai reagir se EUA implantarem mísseis na região Ásia-Pacífico, diz porta-voz

Wu Qian, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional, expressou na quarta-feira forte oposição a um plano dos EUA de implantar mísseis de alcance intermediário na região Ásia-Pacífico, advertindo que a China jamais ficará parada se tal plano prosseguir

China e Estados Unidos
China e Estados Unidos (Foto: Reuters)

O porta-voz da Defesa chinesa disse em coletiva de imprensa em Pequim na última quarta-feira (24), que seu país reagirá se os EUA implantarem mísseis na região Ásia-Pacífico.
O comentário foi feito a propósito de uma discussão entre Washington e Tóquio sobre a implantação de mísseis de alcance intermediário em bases militares americanas no Japão.
Se os EUA avançarem com esta implantação, isso representará uma clara provocação à "porta da China", disse Wu, acrescentando que a China tomará todas as medidas necessárias para neutralizar resolutamente tal execução, informa a Xinhua.

Wu também expressou a esperança de que o Japão e os países relevantes levem em consideração a manutenção da paz e a estabilidade regionais, ajam com cautela e não permitam a implantação de mísseis de alcance intermediário dos EUA dentro de seus territórios para evitar cair na trama geopolítica dos EUA. (247)


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RECORDE Brasil registra maior raio do mundo, diz Organização Meteorológica Mundial

                        Por: Diario de Pernambuco
 (Foto: OMM/Divulgação)
Foto: OMM/Divulgação


O raio que cortou o Sul do Brasil em 31 de outubro de 2018 foi considerado o mais extenso do mundo. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou nesta sexta-feira (26) o registro de dois recordes: o mais extenso em distância percorrida, e o mais longo em segundos, considerados "megaflashes".


O recorde de extensão é do Brasil, com um percurso de 709 km em uma linha horizontal. É mais que o dobro do recorde anterior, registrado em Oklahoma (EUA), com 321 km. O posto de mais longo em segundos é da Argentina, com um raio que durou 16,73 segundos, em março de 2019. Antes, o recorde pertencia a Provence-Alpes-Côte d'Azur, na França.

O novo recorde foi estabelecido devido a uma nova tecnologia de imagens por satélite.

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AVC é a complicação neurológica mais comum em pacientes com Covid-19

                    Por: Vilhena Soares

                  Por: Correio Braziliense
 (Foto: KAROLY ARVAI / POOL / AFP)
Foto: KAROLY ARVAI / POOL / AFP


A covid-19 chegou a ser considerada uma doença respiratória. Com o tempo, foram surgindo indícios de ocorrência de uma série de complicações em outros órgãos do corpo, principalmente no cérebro. Em um estudo feito com 126 pacientes infectados pelo novo coronavírus, cientistas do Reino Unido mostram o problema neurológico mais comum: o acidente vascular cerebral (AVC). O trabalho foi publicado na última edição da revista The Lancet Psychiatry.

Para chegar ao resultado, os pesquisadores criaram uma rede on-line em que médicos reportaram detalhes sobre casos clínicos envolvendo complicações cerebrais e a covid-19. As plataformas foram acessadas por especialistas em neurologia, em terapia intensiva e psiquiatras entre 2 e 26 de abril, durante a fase exponencial da pandemia no Reino Unido. “Há crescentes relatos de uma associação entre essa infecção e possíveis complicações neurológicas ou psiquiátricas, mas, até agora, essas pesquisas estavam limitadas a estudos de 10 pacientes ou menos”, afirma, em comunicado, Benedict Michael, pesquisador da Universidade de Liverpool.

Segundo o principal autor do estudo, essa é a primeira investigação nacional a abordar complicações neurológicas associadas à covid-19. “Mas é importante observar que ela se concentra em casos suficientemente graves para exigir hospitalização”, enfatiza Benedict Michael. A equipe analisou 126 infectados, que foram submetidos a uma série de procedimentos de imagem, como raios X e tomografia computadorizada.

Os exames mostraram que 77 dos 125 pacientes (61%) sofreram AVC. Em 57, houve formação de um coágulo sanguíneo no cérebro, conhecido como derrame isquêmico, nove tiveram um derrame causado por hemorragia cerebral e um paciente, derrame causado por inflamação nos vasos sanguíneos cerebrais. “Esses dados representam um retrato atual e importante das complicações relacionadas ao cérebro de pacientes hospitalizados com covid-19. É extremamente necessário que continuemos a coletá-los”, defende Sarah Pett, coautora do estudo e pesquisadora da University College London.

A cientista enfatiza ainda que a coleta de informações precisa ser ampliada. “Também precisamos entender complicações cerebrais em pessoas da comunidade que têm covid-19, mas que não estão doentes o suficiente para serem hospitalizadas. O nosso estudo fornece as bases para trabalhos maiores que (….) ajudarão a informar sobre a frequência dessas complicações cerebrais, sobre quem está em maior risco e, finalmente, sobre qual a melhor forma de tratar essas pessoas”, defende.

Coagulopatia

Cláudio Carneiro, coordenador de Neurologia do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, e membro titular da Sociedade Brasileira de Neurologia (SBN), destaca que o estudo britânico mostra dados que entram em concordância com o que já se sabe sobre os efeitos da covid-19.  “As análises iniciais de pacientes mostraram que essa enfermidade causa a coagulopatia. O sangue vai coagulando, e isso faz com que apareçam pequenos trombos que contribuem para a ocorrência do AVC isquêmico e do derrame”, detalha. O médico acredita ser possível que mais estudos surjam, inclusive no Brasil, com resultados semelhantes. “É algo que temos visto aos poucos. Começou nos pacientes chineses, temos, agora, esse estudo dos ingleses, que acabaram de enfrentar o pico da doença. Todos mostram essas complicações como as mais comuns, o que pode também se repetir aqui”, justifica.

Segundo Eli Faria Evaristo, neurologista do Hospital Sírio-libanês, em São Paulo, muito ainda precisa ser estudado para se entender os efeitos neurais gerados pelo vírus, principalmente quando as complicações surgem em situações menos esperadas. “Com a chegada da doença nos Estados Unidos, pesquisadores perceberam o aumento dos casos de AVC em indivíduos mais jovens, algo totalmente inesperado e que não temos ainda uma explicação completa”, diz. “Acredito que, com mais pesquisas, vamos entender melhor os sintomas em pacientes mais graves e outros também relacionados à área neural, como a perda de olfato.”

Alteração mental

Os pesquisadores britânicos também observaram que 39 pacientes apresentaram sinais de confusão ou mudanças no comportamento, indicando possíveis alterações no estado mental. Dessas pessoas, nove foram acometidas por disfunção cerebral não especificada, conhecida como encefalopatia, e sete, por encefalite (inflamação no cérebro).

Segundo Eli Evaristo, existem várias razões para que um paciente sofra com encefalopatia. “Pode ser devido à oxigenação ruim no pulmão, a um funcionamento piorado do rim e a alterações cerebrais”, lista o neurologista. “Vemos muitos pacientes com covid-19 apresentando esses problemas, o que atrapalha até a internação, já que eles costumam ficar agitados.  Apenas com mais estudos saberemos quais os mecanismos o vírus altera para que esses fenômenos aconteçam.”

Palavra de especialista

Risco pode ser potencializado

“Estudos como esse ainda não trazem dados científicos mais robustos, por serem apenas observacionais. Mas, aos poucos, podemos entender melhor os impactos desse vírus no cérebro. Temos também que considerar o fato de muitos desses pacientes serem mais velhos, o que justificaria problemas como o AVC, pois essas pessoas já têm um risco maior de manifestarem esse tipo de problema de saúde. Sendo assim, a covid-19 contribui ainda mais para que esses casos ocorram. Apenas com o tempo vamos ter certeza da relação dessas enfermidades com a infecção, mas acredito que isso não vai demorar. Temos apenas seis meses de contato com essa enfermidade e já sabemos muito sobre ela, algo que anos atrás era inimaginável.”, Amauri Araújo Godinho, médico neurologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Neurologia (SBN).






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Com mais 65 infectados, número de casos confirmados do novo coronavírus em Petrolina chega a 765

                      Via:Carlos Britto
Foto: Ascom PMP/SMS divulgação

Mais 65 casos positivos do novo coronavírus (Covid-19) em Petrolina foram confirmados nesta sexta-feira (26) no boletim da Secretaria Municipal de Saúde (SMS); destes, 21 são detentos da Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes (PDEG). Por testes rápidos, foram confirmados 51 casos – 33 homens com idades entre 40 e 56 anos, e 18 mulheres entre 7 e 65 anos. Outros Dez resultados positivos foram de exames analisados pelo Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE) e quatro por laboratório particular. Os pacientes são oito homens, incluindo com seis meses de vida, até 56 anos, e seis mulheres entre 25 e 63 anos. O total de infectados agora é de 765.
São 581 confirmações por testes rápidos da prefeitura e 184 casos diagnosticados através de exames laboratoriais. As curas clínicas somam 188. Petrolina recebeu um exame do Lacen-PE confirmando Covid-19 em um paciente que faleceu no Hospital Regional de Juazeiro (HRJ). Era um homem de 56 anos, que por um equívoco na data de nascimento foi anunciado na quinta-feira (25) que tinha 74. Com isso, o total de óbito subiu para vinte e seis.
SRAG
O boletim referente à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) mostra 125 casos em investigação e 30 já descartados. Confirmados somam nove casos, além de um óbito.
Internamentos
A prefeitura divulgou também a taxa de ocupação dos leitos para o novo coronavírus nas redes pública e privada de Petrolina.

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Delegada da Lava Jato, braço direito de Moro, é exonerada do Ministério da Justiça

A delegada da Polícia Federal Erika Marena chefiou a Lava Jato em Curitiba e era um dos últimos nomes de Sérgio Moro no Ministério da Justiça.Nos últimos meses, Erika cobrou o cumprimento de diligências solicitadas pelo MPF no caso de Rodrigo Tacla Duran

(Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado e Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

A delegada da Polícia Federal Erika Marena, que chefiou a Operação Lava Jato em Curitiba, era um dos últimos nomes de Sérgio Moro no Ministério da Justiça do governo Jair Bolsonaro e teve sua demissão publicada no Diário Oficial da União (DOU) na manhã desta sexta-feira (26). A informação é do jornal Folha de S. Paulo
Erika era diretoria do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) e teve sua demissão assinada pelo ministro André Mendonça. 
A delegada batizou a Lava Jato e foi uma das responsáveis por buscar provas de corrupção no exterior. Nos últimos meses, Erika cobrou o cumprimento de diligências solicitadas pelo Ministério Público Federal (MPF) no caso de Rodrigo Tacla Duran, a quem perseguiu tenazmente nos últimos anos. 
Moro deixou o cargo no dia 24 de abril, após Bolsonaro exonerar Mauricio Valeixo da PF. Em coletiva de imprensa naquele dia, o ex-juiz apontou crime de responsabilidade. "O presidente me relatou que queria ter uma indicação pessoal dele para ter informações pessoais. E isso não é função da PF", disse.
No final de abril, o ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello autorizou a abertura de um inquérito com o objetivo de apurar as acusações de Moro. (247)


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Quem é Mariah Corazza, executiva que manteve idosa em trabalho escravo em bairro nobre de SP

Mulher não pagava salário fixo à trabalhadora desde 2011. Idosa foi abandonada em imóvel da patroa sem acesso a banheiro
Mariah Corazza Üstündag, executiva que manteve idosa em trabalho escravo em bairro nobre de SP
Mariah Corazza Üstündag, executiva que manteve idosa em trabalho escravo em bairro nobre de SP (Foto: Divulgação)

Revista Fórum - Funcionária de alto escalão na Avon, Mariah Corazza Üstündag, 29 anos, manteve uma idosa de 61 anos em condições análogas à escravidão em sua casa no Alto de Pinheiros, bairro nobre da zona oeste de São Paulo.
No Linkedin de Mariah, que foi deletado após a repercussão do caso, consta que ela é gerente global da marca no setor de “inovação em fragrância”. Estudou na Universidade de São Paulo (USP) e é filha de uma famosa cosmetóloga brasileira, Sônia Corazza.
Sônia, por sua vez, é engenheira química e foi responsável por criar produtos para as principais empresas de cosmético do país e do exterior, como Natura, Boticário e Avon. A idosa foi resgatada neste mês pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Ela não recebia salários por seu trabalho como empregada doméstica desde 2011.
Continue lendo na Fórum

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PESQUISA - Para 64% dos brasileiros, Bolsonaro sabia sobre paradeiro de Queiroz, diz Datafolha

Entre os que aprovam o governo, 30% acreditam que Bolsonaro não sabia do esconderijo de Queiroz


                Por Igor Gielow, da Folhapress
Fabrício Queiroz
Fabricio Queiroz - Nelson Almeida/AFP


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sabia onde estava escondido Fabrício Queiroz, segundo a opinião de 64% dos brasileiros que tiveram conhecimento da prisão do ex-assessor do clã presidencial, detido em Atibaia na quinta retrasada (18).

É o que mostra pesquisa do Datafolha –a margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou menos.
Três quartos dos entrevistados pelo Datafolha afirmaram ter tido ciência do caso, 29% deles bem detalhadamente, 35% mais ou menos e 11%, mal.

O grau de familiaridade com a história cresce ainda mais entre os mais ricos (96% entre quem ganha de 5 a 10 salários mínimos e 95% dos que têm renda maior que 10 mínimos) e instruídos (91% de quem fez curso superior). A crença dos entrevistados é aferida depois de o próprio presidente Jair Bolsonaro ter afirmado, em uma live transmitida no dia da prisão, que sabia sobre procedimentos contra um câncer que Queiroz fazia na região.

Assim, só 21% acham que o presidente não sabia sobre o amigo, investigado no esquema das "rachadinhas" da Assembleia do Rio de Janeiro quando Flávio Bolsonaro era deputado estadual. O filho do presidente tinha Queiroz, próximo de Bolsonaro desde 1984, como assessor no seu gabinete.

Queiroz contratou parentes de milicianos suspeitos da execução, no começo de 2018, da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista. Já as "rachadinhas" eram desvios de salários de funcionários do gabinete, prática comum na Assembleia, segundo o Ministério Público.

Entre os que aprovam o governo, 30% acreditam que Bolsonaro não sabia do esconderijo de Queiroz. Do total de entrevistados, 15% dizem não saber avaliar se o presidente sabia ou não. Por outro lado, 46% dos 2.016 brasileiros ouvidos pelo Datafolha em 23 e 24 de junho não acreditam que o presidente esteja envolvido no caso das "rachadinhas".

Para 38%, Bolsonaro estava envolvido e 16% não opinaram. Aqui, a fé dos bolsonaristas na inocência do presidente é maior: 80% deles acham que ele não está envolvido. Os jovens são os mais céticos. Entre quem tem de 16 a 24 anos, 52% dos ouvidos acham que o presidente está envolvido no escândalo. O caso Queiroz é um dos maiores incômodos políticos para Bolsonaro.

O ex-assessor foi preso numa casa de Frederick Wassef, advogado do presidente e do hoje senador Flávio –a quem deixou de defender logo na sequência. Desde que o caso emergiu com força, incomodando de sobremaneira a ala militar do governo, Bolsonaro baixou sua visibilidade pública e tem tomado medidas para tentar apaziguar sua relação com outros Poderes.

Enviou emissários para falar com o ministro do Supremo Alexandre de Moraes, titular de inquéritos que atingem o bolsonarismo. Nesta quinta (25), nomeou um técnico, o professor Carlos Decotelli, para o Ministério da Educação. Ele ocupará o lugar de um dos bolsonaristas radicais da Esplanada dos Ministérios, Abraham Weintraub, que foi para os EUA em polêmica viagem ainda como ministro, apesar de já fora do cargo na prática. Os Bolsonaros sempre negaram saber de irregularidades atribuídas a Queiroz.

Pesquisa por telefone
A pesquisa telefônica, utilizada neste estudo, representa o total da população adulta do país. As entrevistas são realizadas por profissionais treinados para as abordagens telefônicas e as ligações feitas para aparelhos celulares, utilizados por cerca de 90% da população.

O método telefônico exige questionários rápidos, sem utilização de estímulos visuais, como cartão com nomes de candidatos, por exemplo. Assim, mesmo com a distribuição da amostra seguindo cotas de sexo e idade dentro de cada macrorregião, e da posterior ponderação dos resultados segundo escolaridade, os dados devem ser analisados com alguma cautela por limitar o uso desses instrumentos.

Na pesquisa divulgada hoje, feita dessa forma para evitar o contato pessoal entre pesquisadores e respondentes, o Datafolha adotou as recomendações técnicas necessárias para que os resultados se aproximem ao máximo do universo que se pretende representar. Todos os profissionais do Datafolha trabalharam em casa, incluídos os entrevistadores, que aplicaram os questionários através de central telefônica remota.

Foram entrevistados 2.016 brasileiros adultos que possuem telefone celular em todas as regiões e estados do país.
A margem de erro é de dois pontos percentuais. A coleta de dados aconteceu nos dias 23 e 24 de junho de 2020.


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ESTUDOS Vacina contra coronavírus levará no mínimo um ano, diz OMS

                 Por: FolhaPress
 (Foto: Luis Robayo/AFP)
Foto: Luis Robayo/AFP

Os trabalhos para desenvolver, produzir e distribuir uma vacina eficaz e segura contra a Covid-19 estão sendo feitos em velocidade inédita, mas, mesmo se tudo der certo, elas não estarão disponíveis antes de 12 ou 18 meses, afirmou nesta sexta (26) a OMS (Organização Mundial da Saúde).

A organização coordena o Act Accelerator, projeto que articula pesquisa, desenvolvimento, produção e licitação em nível global de testes, medicamentos e vacinas para a Covid-19.

"Até que comecem a chegar resultados positivos dos testes clínicos que começaram a ser feitos com humanos, é cedo até para dizer quem está na dianteira desse esforço", afirmou Andrew Witty, ex-executivo-chefe do laboratório GlaxoSmithKline que está à frente do braço de vacinas (Covax). 

Segundo a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, até hoje a vacina obtida em tempo mais curto foi a da zika, em dois anos, mas sem testes amplos. A vacina contra o ebola, que seguiu os protocolos mais amplos, levou cinco anos. 

"Em geral, da pesquisa à aplicação uma vacina leva dez anos. Queremos encurtar para o mais breve possível, 12 ou no máximo 18 meses, mas isso só será possível se houver cooperação de todos os envolvidos -universidades, laboratórios grandes e pequenos, indústria e governos", disse ela. 

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS) já afirmou que as primeiras doses poderiam estar disponíveis já em outubro deste ano, e empresas também têm anunciado prazos mais curtos. 

Soumya afirmou que há mais de 200 vacinas candidatas a implementação, das quais cerca de 15 estão sendo testadas em humanos. Um esforço conjunto, porém, é necessário porque não será possível seguir o trajeto normal de primeiro encontrar a vacina viável e depois investir na sua produção. 

"Não temos tempo de terminar a pesquisa e o desenvolvimento e depois escalar a produção. Precisamos investir na produção desde já, e pensando nos diferentes tipos e tecnologias que podem ter sucesso", disse ela. 

A cientista-chefe afirmou que serão necessários US$ 11,3 bilhões (R$ 62,5 bilhões) nos próximos seis meses e mais US$ 6,8 bilhões em 2021 para cumprir a meta de chegar ao final do próximo ano com 2 bilhões de doses disponíveis à população mais vulnerável e exposta à doença. 

Soumya disse que também é preciso que os governos assumam o compromisso de comprar 1 bilhão da Covax, para garantir o investimento na produção.

Embora ainda não haja acordo sobre propriedade intelectual e licenciamento da produção, ela se disse confiante na disposição das corporações de tratarem a vacina para Covid-19 como um bem comum global. "Temos conversado com a indústria, e rivais estão compartilhando dados e recursos para acelerar os trabalhos. Estamos vendo, mais do que boa vontade, avanços práticos", disse ela.

Witty disse que há um esforço "imenso" de universidades e companhias no desenvolvimento de um portfólio bastante variado, usando tecnologias diferentes, mas que o momento tem que ser de "humildade" até que seja demonstrado sucesso na fase experimental.


"Podemos ser supersortudos e encontrar um vencedor logo cedo, mais ainda assim levaremos 12 ou 18 meses para chegar a todos, o que já será incrivelmente precoce", disse ele.


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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

  Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...