General Tomás Paiva disse a interlocutores que "a regra será não poupar ninguém”
O comandante do Exército, general Tomás Paiva, disse a interlocutores que os militares envolvidos por dolo ou omissão nos atos golpistas do dia 8 de janeiro, que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, serão punidos. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Paiva teria dito que a instituição “está conduzindo apurações internas, além das que devem ocorrer na Justiça” e que “a regra será não poupar ninguém”.
Apesar da afirmação, Paiva teria ressaltado que as investigações conduzidas pelos militares serão feitas discretamente, uma vez que a legislação determina o sigilo das apurações e para evitar a exposição de quem eventualmente venha a ser considerado inocente das acusações.
“Na Justiça, há um cenário de incerteza sobre as ações envolvendo militares, que pode resultar em atrito do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), relator das investigações no STF, Moraes tem afirmado a pessoas próximas que pretende manter todos os casos na corte, ou seja, na Justiça comum”, ressalta a reportagem.
Inicialmente, integrantes do governo avaliavam que os casos deveriam ficar sob competência da Justiça Militar, mas a posição contrária de Moraes Teria resultado em uma reavaliação do entendimento. 247.