"O pedreiro, a doméstica, o garçom, também querem escrever uma carta, porém não tem quem leia. E se ninguem ouvi-los, Bolsonaro será reeleito", afirmou o deputado do Avante-MG
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e André Janones (Foto: Ricardo Stuckert)
O deputado federal André Janones (Avante-MG) destacou, nesta quinta-feira (11), como é necessário representantes de setores progressistas do Brasil terem uma relação cada vez mais próxima com a população mais pobre, que, de acordo com o parlamentar, 'quer ler uma carta, mas não tem quem leia'.
"O povão, a massa, aqueles que decidem as eleições, não entendem o linguajar da elite intelectual que leram a carta hoje. O pedreiro, a doméstica, o garçom, também querem escrever uma carta, porém não tem quem leia. E se ninguem ouvi-los, Bolsonaro será reeleito. Printem e me cobrem", escreveu o parlamentar no Twitter.
Nesta quinta-feira (11) foram lidas as cartas em defesa da democracia produzidas pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Bolsonaro faz ameaças de golpe. Ele acusa sem provas o sistema eleitoral brasileiro de não ser segurança contra fraudes. Partidos de oposição ao governo federal e pessoas que apoiam setores progressistas no Brasil denunciam que, se ele for derrotado em outubro, pode querer de forma ilegal continuar no poder. Ele defende participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições- Brasil247.
Brasileiros deixaram de comprar medicamentos e abdicaram do lazer. Pesquisa também revela que 29% estão inadimplentes
Site do Lula - O aumento sucessivo nos preços dos alimentos e da energia e as taxas de juros elevadas arrastaram as famílias brasileiras para uma rotina de dívidas e de inadimplência. Pesquisas divulgadas nesta semana pela Confederação Nacional de Indústria (CNI) e pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelam que quase 80% das famílias tinham dívidas em julho e que uma em cada quatro pessoas não consegue pagar as contas em dia.
Os resultados, segundo reportagem do jornal O Globo, mostram como o aperto nas contas está levando as famílias a rever os gastos com lazer, roupas, viagens, idas a restaurantes, transporte público e até deixando de comprar medicamentos. A principal causa é a inflação, com constante aumento nos preços dos alimentos e perda do poder aquisitivo.
“A inflação permanece alta, especialmente em bens com peso maior para famílias mais pobres, como alimentos. A tendência é que a gente tenha uma sequência de novas altas de endividamento e inadimplência, principalmente entre famílias que recebem o Auxílio Brasil, disse a economista da CNC, Izis Ferreira, em entrevista ao jornal.
Em média, as famílias brasileiras comprometem 30,4% da renda com pagamento de dívidas. Mas 22% estão com mais da metade do orçamento comprometido com o endividamento. E 29% delas estão inadimplentes, com algum tipo de conta ou dívida não paga, mesmo diante de uma realidade de juros elevados no país. Neste mês, o governo Bolsonaro elevou a taxa Selic para 13,75% ao ano.
Dívidas renegociadas
As diretrizes do programa de governo da Coligação Brasil da Esperança estabelecem que “o primeiro e mais urgente compromisso é com a restauração das condições de vida da imensa maioria da população brasileira – os que mais sofrem com a crise, a fome, o alto custo de vida, os que perderam o emprego, o lar e a vida em família.”
Por isso, uma das medidas a serem adotadas será a renegociação das dívidas das famílias. “Vamos promover a renegociação das dívidas das famílias e das pequenas e médias empresas por meio dos bancos públicos e incentivos aos bancos privados para oferecer condições adequadas de negociação com os devedores. Avançaremos na regulação e incentivaremos medidas para ampliar a oferta e reduzir o custo do crédito, ampliando a concorrência no sistema bancário.” - Site do Lula.
Atos em prol da democracia e em defesa do sistema eleitoral ocorreram em 13 estados e no Distrito Federal
Ato pela democracia na Faculdade de Direito da USP, São Paulo (Foto: Felipe Gonçalves/Brasil 247)
Manifestações em prol da democracia e em defesa do sistema eleitoral brasileiro ocorreram em 13 estados e no Distrito Federal nesta quinta-feira (11). O ato estava marcado desde o anúncio da Carta pela Democracia, organizada por entidades da sociedade civil.
O evento foi considerado simbólico para o momento político que o país atravessa, com temores de uma possível ruptura institucional após as eleições de outubro. O principal polo dos protestos foi o Largo de São Francisco, em São Paulo, onde está localizada a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior, iniciou os discursos lembrando vítimas da ditadura. "Nós, da USP, perdemos vidas preciosas durante um período de exceção, as cicatrizes ainda são visíveis, vidas que foram ceifadas pela repressão ou livre pensamento. Nesse período, perdemos 47 pessoas que eram parte de nossa comunidade, nós não esquecemos e não esqueceremos. Aqueles que rejeitam e agridem a democracia não protegem o saber, a ciência, o pensamento e não amam a universidade", disse o reitor.
Alguns analistas compararam os atos ao movimento das Diretas Já, em questão e simbologia, uma vez que o Brasil, atualmente, não vive uma ditadura. Um dos motivos da comparação foi o fato de os protestos reunirem setores de ideias tão distintas, como empresários e sindicalistas, em prol de uma mesma pauta.
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que já havia chamado a Carta pela Democracia organizada pela faculdade de Direito da USP de "cartinha", ironizou a manifestação em sua conta no Twitter, destacando a queda no preço do diesel.
A queda é fruto da Lei Complementar 194, sancionada por Bolsonaro em 23 de junho deste ano. A lei é fruto do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, de autoria do deputado federal Danilo Forte (PSDB-CE). Ele foi aprovado pelo plenário do Senado em 13 de junho, por 65 votos a 12, retornou para a Câmara dos Deputados para apreciação, antes de ser enviado à mesa do presidente para ser sancionado - Sputnik Brasil.
Um vendedor tirou foto de um aviso colado na porta da sala de reunião da loja, em Goiânia
(Foto: Reprodução/Processo Judicial)
Uma empresa de telefonia pagará cerca de R$ 150 mil em danos morais para 22 vendedores que foram obrigados a dançar a música "Conga La Conga", da cantora Gretchen, "Boquinha da Garrafa", do grupo de axé É o Tchan, entre outras, por não alcançarem metas de vendas. A empresa pode recorrer da decisão.
Um vendedor tirou foto de um aviso colado na porta da sala de reunião da loja, em Goiânia. "Prezados colaboradores, quem não realizar imput de venda hoje terá que pagar prenda na sala de reunião. Prenda do dia: imitar a Gretchen. O líder do vendedor deverá acompanhá-lo", dizia o aviso.
Os advogados Danielle Zago e Alessandro Garibaldi representaram os vendedores no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) - 247.
Senador Rodrigo Pacheco afirmou que o parlamento "sempre será o guardião da democracia e não aceitará qualquer movimento que signifique retrocesso e autoritarismo"
Rodrigo Pacheco e ato popular no Largo São Francisco (Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal | Lucas Martins/Jornalistas Livres)
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PP-MG), subiu o tom em defesa da democracia e do sistema eleitoral, alvo de ataques frequentes por parte de Bolsonaro (PL) e seus aliados. As declarações de Pacheco foram feitas em meio às manifestações em defesa da democracia que tomaram o país nesta quinta-feira (11).
Segundo a coluna Radar, da revista Veja, Pacheco, que é alinhado com as diretrizes do atual ocupante do Palácio do Planalto, disse que o Congresso “sempre será o guardião da democracia e não aceitará qualquer movimento que signifique retrocesso e autoritarismo”.
“Não há a menor dúvida de que a solução para os problemas do país passa necessariamente pela presença do Estado de Direito, pelo respeito às instituições e apoio irrestrito às manifestações pacíficas, à liberdade de expressão e ao processo eleitoral. Desenvolvimento, bem-estar e justiça só prosperam em ambiente de livre pensamento, base da verdadeira pátria livre e soberana”, completou o parlamentar - 247.
Manifestos foram lidos durante ato na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, Centro de São Paulo
Ato pela democracia no Largo de São Francisco, em São Paulo (Foto: Paulo Pinto/Fotos Publicas)
Leia na íntegra as cartas em defesa da democracia e por eleições livres no Brasil:
Carta da Faculdade de Direito da USP: Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!"
"Em agosto de 1977, em meio às comemorações do sesquicentenário de fundação dos Cursos Jurídicos no País, o professor Goffredo da Silva Telles Junior, mestre de todos nós, no território livre do Largo de São Francisco, leu a Carta aos Brasileiros, na qual denunciava a ilegitimidade do então governo militar e o estado de exceção em que vivíamos. Conclamava também o restabelecimento do estado de direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
A semente plantada rendeu frutos. O Brasil superou a ditadura militar. A Assembleia Nacional Constituinte resgatou a legitimidade de nossas instituições, restabelecendo o estado democrático de direito com a prevalência do respeito aos direitos fundamentais.
Temos os poderes da República, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, todos independentes, autônomos e com o compromisso de respeitar e zelar pela observância do pacto maior, a Constituição Federal.
Sob o manto da Constituição Federal de 1988, prestes a completar seu 34º aniversário, passamos por eleições livres e periódicas, nas quais o debate político sobre os projetos para país sempre foi democrático, cabendo a decisão final à soberania popular.
A lição de Goffredo está estampada em nossa Constituição “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Nossas eleições com o processo eletrônico de apuração têm servido de exemplo no mundo. Tivemos várias alternâncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicana de governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral.
Nossa democracia cresceu e amadureceu, mas muito ainda há de ser feito. Vivemos em país de profundas desigualdades sociais, com carências em serviços públicos essenciais, como saúde, educação, habitação e segurança pública. Temos muito a caminhar no desenvolvimento das nossas potencialidades econômicas de forma sustentável. O Estado apresenta-se ineficiente diante dos seus inúmeros desafios. Pleitos por maior respeito e igualdade de condições em matéria de raça, gênero e orientação sexual ainda estão longe de ser atendidos com a devida plenitude.
Nos próximos dias, em meio a estes desafios, teremos o início da campanha eleitoral para a renovação dos mandatos dos legislativos e executivos estaduais e federais. Neste momento, deveríamos ter o ápice da democracia com a disputa entre os vários projetos políticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta para os rumos do país nos próximos anos.
Ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições.
Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional.
Assistimos recentemente a desvarios autoritários que puseram em risco a secular democracia norte-americana. Lá as tentativas de desestabilizar a democracia e a confiança do povo na lisura das eleições não tiveram êxito, aqui também não terão.
Nossa consciência cívica é muito maior do que imaginam os adversários da democracia. Sabemos deixar ao lado divergências menores em prol de algo muito maior, a defesa da ordem democrática.
Imbuídos do espírito cívico que lastreou a Carta aos Brasileiros de 1977 e reunidos no mesmo território livre do Largo de São Francisco, independentemente da preferência eleitoral ou partidária de cada um, clamamos as brasileiras e brasileiros a ficarem alertas na defesa da democracia e do respeito ao resultado das eleições.
No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições.
Em vigília cívica contra as tentativas de rupturas, bradamos de forma uníssona:
Estado Democrático de Direito Sempre!!!!"
Carta das Entidades : "Em Defesa da Democracia e da Justiça”
"No ano do bicentenário da Independência, reiteramos nosso compromisso inarredável com a soberania do povo brasileiro expressa pelo voto e exercida em conformidade com a Constituição.
Quando do transcurso do centenário, os modernistas lançaram, com a Semana de 22, um movimento cultural que, apontando caminhos para uma arte com características brasileiras, ajudou a moldar uma identidade genuinamente nacional.
Hoje, mais uma vez, somos instigados a identificar caminhos que consolidem nossa jornada em direção à vontade de nossa gente, que é a independência suprema que uma nação pode alcançar. A estabilidade democrática, o respeito ao Estado de Direito e o desenvolvimento são condições indispensáveis para o Brasil superar os seus principais desafios. Esse é o sentido maior do 7 de Setembro neste ano.
Nossa democracia tem dado provas seguidas de robustez. Em menos de quatro décadas, enfrentou crises profundas, tanto econômicas, com períodos de recessão e hiperinflação, quanto políticas, superando essas mazelas pela força de nossas instituições.
Elas foram sólidas o suficiente para garantir a execução de governos de diferentes espectros políticos. Sem se abalarem com as litanias dos que ultrapassam os limites razoáveis das críticas construtivas, são as nossas instituições que continuam garantindo o avanço civilizatório da sociedade brasileira.
É importante que os Poderes da República – Executivo, Legislativo e Judiciário – promovam, de forma independente e harmônica, as mudanças essenciais para o desenvolvimento do Brasil.
As entidades da sociedade civil e os cidadãos que subscrevem este ato destacam o papel do Judiciário brasileiro, em especial do Supremo Tribunal Federal, guardião último da Constituição, e do Tribunal Superior Eleitoral, que tem conduzido com plena segurança, eficiência e integridade nossas eleições respeitadas internacionalmente, e de todos os magistrados, reconhecendo o seu inestimável papel, ao longo de nossa história, como poder pacificador de desacordos e instância de proteção dos direitos fundamentais.
A todos que exercem a nobre função jurisdicional no país, prestamos nossas homenagens neste momento em que o destino nos cobra equilíbrio, tolerância, civilidade e visão de futuro.
Queremos um país próspero, justo e solidário, guiado pelos princípios republicanos expressos na Constituição, à qual todos nos curvamos, confiantes na vontade superior da democracia. Ela se fortalece com união, reformando o que exige reparos, não destruindo; somando as esperanças por um Brasil altivo e pacífico, não subtraindo-as com slogans e divisionismos que ameaçam a paz e o desenvolvimento almejados.
Todos os que subscrevem este ato reiteram seu compromisso inabalável com as instituições e as regras basilares do Estado Democrático de Direito, constitutivas da própria soberania do povo brasileiro que, na data simbólica da fundação dos cursos jurídicos no Brasil, em 11 de agosto, estamos a celebrar."
Entidades que assinam o manifesto:
Academia Brasileira de Ciências, Academia Paulista de Direito 1972, Academia Paulista de Letras, Anistia Internacional, Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia (APD), Artigo 19, Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo), Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base) Abdib, Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados (Abimapi), Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat), Associação Brasileira de Economistas pela Democracia, Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Câmara Americana de Comércio (Amcham), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Intersindical, Democracia em Xeque, Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), Federação Nacional da Saúde Suplementar (FenaSaúde), Força Sindical, Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Frente Nacional Antirracista (CNA), Fundação Fernando Henrique Cardoso, Greenpeace, Grupo de Institutos Fundações e Empresas (Gife), Grupo Tortura Nunca Mais, Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Instituto Akatu, Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (Ibrac), Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (Brasilcon), Instituto da Mulher Negra (Geledés), Instituto de Direito Financeiro (IDFin), Instituto de Estudos Culturalistas, Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps), Ipam Amazônia, Instituto de Referência Negra Peregum, Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB Nacional), Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp), Instituto Ethos, Instituto Marielle Franco, Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), Instituto Pro Bono, Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Sou da Paz, Instituto Vladimir Herzog, Movimento de Defesa da Advocacia (MDA), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Pacto pela Democracia, Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE), Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Professores pela Democracia FGV-SP, Pública - Central do Servidor, Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps), Sindicato da Indústria de Artigos e Equipamentos Odontológicos Médicos e Hospitalares do Estado de São Paulo (Sinaemo), Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral no Estado de São Paulo (Sindbgesp), Sindicato das Indústrias de Beneficiamento e Transformação de Vidros e Cristais Planos do Estado de São Paulo (Sinbevidros), Sindicato Comércio Varejista Calçados (Sindicalçados Jaú), Sindicato da Indústria da Cerâmica de Louça de Pó de Pedra, da Porcelana e da Louça de Barro no Estado de São Paulo (Sindilouça), Sindifibra, Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel), Sindicato da Indústria de Especialidades Têxteis do Estado de São Paulo (Sietex), Sindicato Indústria Lâmpadas Aparelhos Elétricos Iluminação Estado São Paulo (Sindilux), Sindicato da Indústria de Perfumaria e Artigos de Toucador no Estado de São Paulo (Sipatesp), Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Sindicato da Indústria do Milho, Soja e seus Derivados no Estado de São Paulo (Sindmilho & Soja), Sindicato da Indústria do Mobiliário de São Paulo (Sindimov), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Abrasivos São Paulo (Sinaesp), Sindical, Sindicato das Indústrias de Cerâmica Sanitária do Estado de São Paulo (Sindicerâmica), Sindicato Indústria Mármores Granitos Estado São Paulo (Simagran-SP), Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Sindhosp), Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro), Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Sindicato Nacional das Indústrias de Café Solúvel (Sincs), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Todos pela Educação, União Geral dos Trabalhadores (UGT), União Nacional dos Estudantes (UNE), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e WWF. (Brasil247).
O Yachthouse Residence, em Balneário Camboriú, também conhecido como “o prédio do Neymar“ por conta do jogador ter adquirido uma cobertura no local, causou espanto dos moradores nesta quarta-feira (10) por balançar com a força do vento causado por um ciclone que encontra-se na região sul e sudeste do Brasil.
De acordo com reportagem do portal ND+, A imagem foi flagrada pela própria construtora, a Pasqualotto>. Nas imagens, é possível até ouvir o “assovio” que o vento faz quando passa entre as torres.
Conforme esclarece a construtora, este é o primeiro residencial do Brasil a contar com um sistema de contravento chamado de Outrigger, que amortece o impacto do vento. “As pessoas que trabalham neste momento na obra nem sentem os fortes ventos que atingem a região”, esclarece - 247.
Até líderes do Centrão avaliam que os atos servem de alerta para que Bolsonaro pare com os ataques contra o sistema eleitoral para evitar perder a eleição já no primeiro turno
Largo São Francisco, Estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal em Brasília e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Twitter | REUTERS/Ricardo Moraes | REUTERS/Adriano Machado)
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a leitura das cartas em defesa da democracia, em atos espalhados em diversos estados e até no exterior, funciona como um divisor de águas que tira a Justiça Eleitoral do isolamento e deixa Jair Bolsonaro (PL) cada vez mais emparedado nos ataques contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral.
De acordo com o jornalista Valdo Cruz, do G1, integrantes do centrão, base de apoio do governo Bolsonaro no Congresso, também avaliam que os atos desta quinta-feira (11) servem de alerta para que o atual ocupante do Palácio do Planalto pare com os ataques sob o risco de “ perder a eleição ainda no primeiro turno”.
Segundo a reportagem, os ministros do STF avaliam que as cartas em defesa da democracia no Brasil deixam claro que “a sociedade civil e política não vai mais admitir, sem reação, os ataques do presidente Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro”.
Análise semelhante também teria sido feita por lideranças do centrão. "Esperamos que o presidente entenda o recado que está sendo dado hoje, de que ele precisa parar com esses ataques às urnas. Caso contrário, ele vai perder a eleição ainda no primeiro turno”, disse uma das lideranças do bloco parlamentar ouvido pela reportagem. (247).
Suspeito armado com fuzil trocou tiros com agentes e o FBI classificou o episódio como um "incidente crítico"
(Foto: REUTERS/Yuri Gripas/File Photo)
Uma pessoa armada tentou invadir o prédio do FBI na cidade de Cincinnati, no Estado norte-americano de Ohio, na manhã desta quinta-feira, e depois fugiu, afirmou o FBI, classificando o episódio como um "incidente crítico".
"Agentes trocaram tiros com um suspeito do sexo masculino que vestia uma camisa cinza e armadura corporal", anunciou a Agência de Gerenciamento de Emergências do Condado de Clinton em nota, pedindo para que pessoas em locais próximos fiquem em casa e tranquem suas portas.
O canal NBC News relatou que o homem armado, que portava um rifle estilo AR-15, disparou com uma arma de pregos no prédio. Autoridades bloquearam duas rodovias e impuseram um lockdown na área.
O homem armado tentou entrar nas instalações de checagem de visitantes no edifício, antes de fugir para o norte na rodovia interestadual 71, segundo uma publicação do escritório do FBI de Cincinnati no Twitter.
Os detalhes e o motivo da invasão não estão claros.
O FBI tem recebido ameaças virtuais desde que efetuou buscas na residência do ex-presidente dos EUA Donald Trump na Flórida nesta semana para averiguar se ele removeu ilegalmente documentos da Casa Branca enquanto deixava o cargo - Reuters.
Tabagismo está entre os principais fatores de risco
Divulgação/Branco Mundial /ONU
Instituído há cinco anos, o Agosto Branco chama a atenção para a importância da prevenção do tipo de câncer que mais causa mortes no mundo: o de pulmão. Foram 1,7 milhão de vítimas no mundo em 2020, mais de 30 mil mortes apenas no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Entre os principais fatores de risco para esse tipo de câncer estão o tabagismo, a poluição do ar, o contato com substâncias químicas como o asbesto (amianto) e derivados da queima de petróleo, e histórico familiar de câncer.
“O principal fator de risco é o tabagismo: 85% dos casos de câncer de pulmão são relacionados ao cigarro, ao fumo direto do tabaco. Há outros 15% dos pacientes que nunca fumaram. E aí existem vários fatores de risco que podem estar associados no que a gente chama de população não tabagista, que são fatores genéticos; poluição ambiental; exposição a determinados gases e metais pesados, principalmente no trabalho, como sílica; e os fumantes passivos, que são aqueles que convivem com pessoas fumantes no mesmo ambiente”, destaca a oncologista Aknar Calabrich.
Entre os sintomas principais do câncer de pulmão estão tosse por mais de um mês, com presença de sangue ou com piora progressiva; dor torácica persistente não associada a traumas; falta de ar e dificuldade para respirar; perda de peso inexplicada e não intencional.
O câncer de pulmão normalmente é silencioso e apenas diagnosticado em estágios avançados. Os sintomas iniciais da doença não são muito claros e aparecem tardiamente. Diante desse quadro, a oncologista alerta que a detecção precoce é o ponto-chave para ampliar as chances de um tratamento efetivo.
“A principal prevenção é parar de fumar. Isso reduz não só o câncer de pulmão, mas o câncer de bexiga, câncer de boca, câncer de pâncreas e outros tipos de câncer. E existem alterações de hábitos de vida que reduzem o risco de câncer de uma forma geral, que são a prática de atividades físicas, o sono regular, o controle de peso, e priorizar frutas e verduras”, ressalta.
Para quem é fumante ou fumou no passado, a orientação é de manter consultas regulares com médico pneumologista e a realização de tomografias de rastreamento para aumentar as chances de um diagnóstico precoce.
Calabrich destaca ainda que há suspeitas de que os cigarros eletrônicos causem o câncer de pulmão. Também conhecidos como vaporizadores, eles possuem capacidade de promover a dependência de nicotina ainda maior de que o cigarro comum, além de causar, em curto prazo, danos respiratórios e cardiovasculares.
“Há uma tendência de diminuição do tabagismo mundialmente, mas na contramão está chegando o cigarro eletrônico. Nele existem substâncias que não só causam dependência, como a nicotina, mas também a combustão de outras substâncias que a gente não conhece, porque não são produtos regularizados. Existe a queima de produtos que a longo prazo tem dado não só problemas respiratórios, de queimaduras no pulmão, doenças como pneumonia lipoídica, mas existe, sim, a suspeita do risco de desenvolvimento de câncer de pulmão”, explicou.
Apesar de a maior incidência da doença em pessoas fumantes, o cirurgião torácico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Pedro Nabuco, alerta que não é correto pensar que quem nunca fumou não precisa se preocupar com o câncer de pulmão.
“Existe um estigma de que o câncer de pulmão ocorre somente em quem fuma ou já fumou, e isso não é verdade. É importante registrar que o câncer de pulmão pode ocorrer em pessoas que não têm qualquer relação com o cigarro, existindo, inclusive, mutações genéticas que podem acontecer de forma independente aos hábitos tabagistas”, destaca.
“É comum que pacientes não fumantes descubram o tumor ao investigar outras condições, como a covid-19, por exemplo. Durante a pandemia, foram diagnosticados muitos tumores incidentalmente, por conta do aumento na quantidade de exames de imagem, como o raio-x e a tomografia, realizados em pacientes com suspeita de infecção por covid-19”. (Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil - São Paulo).
Documento foi escrito em resposta a ataques ao sistema eleitoral vigente
Por AFP
Diversos artistas brasileiros aparecem em um vídeo lendo uma
carta em defesa da democracia - Foto: Reprodução
Caetano Veloso, Fernanda Montenegro, Anitta e outras dezenas de artistas brasileiros apareceram nesta quarta-feira (10) em um vídeo lendo umacarta em defesa da democracia, em resposta aos ataques do presidente Jair Bolsonaro contra as instituições.
"Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito, tão duramente conquistado pela sociedade brasileira", diz Veloso no vídeo publicado no YouTube, ao ler um fragmento do manifesto, assim como fizeram 41 outros artistas.
O manifesto, uma iniciativa de membros da Universidade de São Paulo (USP) que já conta com quase um milhão de assinaturas, será lido nesta quinta-feira na Faculdade de Direito da instituição, a menos de dois meses das eleições.
"No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários", afirma o cantor Chico Buarque no vídeo, segurando a carta nas mãos.
Apesar do tom crítico, a carta não menciona diretamente o presidente, que nas últimas semanas voltou a atacar o sistema de urnas eletrônicas, sem oferecer quaisquer provas, alimentando temores de que ele não reconheça uma eventual derrota.
Confira o vídeo:
Assinaturas
A carta, compartilhada na internet, recebeu as assinaturas dos principais candidatos opositores a Bolsonaro e importantes associações empresariais, como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), algo visto por muitos observadores como um revés para Bolsonaro, já que a maior parte do empresariado o apoiou em 2018.
O presidente menosprezou o manifesto na segunda-feira, dizendo que "quem quer ser democrata, não tem que assinar cartinha, não".
Na última pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada em 28 de julho, Bolsonaro aparece 18 pontos atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), o favorito para vencer a disputa (47% a 29%).
Segundo Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares, 'a defesa de eleições livres está sintonizada com a defesa dos direitos, emprego, comida, moradia, saúde e educação'
Presidente da CMP, Raimundo Bomfim, e atos contra Jair Bolsonaro tanto em Brasília como em São Paulo (Foto: Roberto Parizotti/Secom CUT | Mídia NINJA | Reprodução/Twitter)
A Central de Movimentos Populares (CMP), por meio da Campanha Fora Bolsonaro, composta pelas Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, participará das mobilizações de rua desta quinta-feira (11) em defesa da democracia, do processo eleitoral livre e democrático, dos direitos, contra o desemprego e a fome. Pelo menos 24 capitais confirmaram protestos. De acordo com Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP, "a defesa da democracia e por eleições livres está sintonizada com a defesa dos direitos, emprego, comida no prato, moradia, saúde e educação".
Em São Paulo, às 11h terá a leitura da carta às brasileiras e brasileiros em Defesa da Democracia, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. O documento tem mais de 800 mil assinaturas.
Jair Bolsonaro (PL) acusou sem provas o sistema eleitoral de inseguro e defendeu que as Forças Armadas participem da apuração do resultado da eleição. A oposição ao governo no Congresso Nacional alertou para a hipótese de ele tentar um golpe se for derrotado em outubro. Além das ameaças de golpe, o ocupante do Planalto deu continuidade ao congelamento de investimentos públicos e à retirada de direitos sociais e trabalhistas.
O coordenador da CMP destacou a importância da mobilização e reforçou que mais de 33 milhões de pessoas passam fome no Brasil. "A nossa população está correndo atrás de caminhão de lixo com restos de comida. Para além disso, vamos denunciar a violência política em curso no país. Não vamos aceitar os atos antidemocráticos praticados por Bolsonaro e seus apoiadores", acrescentou.
Veja abaixo os locais onde acontecerão as mobilizações:
AC:
Rio Branco: Palácio do Governo (Rio Branco), 9h
AL:
Maceió: Praça Centenário, 8h
AM:
Manaus: Praça da Saudade, 15h
AP:
Macapá: UNIFAP (Universidade Federal do Amapá), 16h30
BA:
Salvador: Praça do Campo Grande, 9h
CE:
Fortaleza: Praça da Bandeira, 9h
DF:
Brasília: Congresso Nacional, 15h
ES:
Vitória: Praça Costa Pereira, 10h
GO:
Goiânia: Praça Universitária, 17h
MA:
São Luís: Praça Deodoro, 16h
MG:
Belo Horizonte, Praça Afonso Arinos, 17h
MS:
Campo Grande: Câmara Municipal, 10h.
MT:
Cuiabá: Liceu Cuiabano, 19h.
PA:
Belém: Mercado de São Braz, 17h
PB:
Campina Grande: Praça da Bandeira, 15h
João Pessoa: Lyceu Paraibano, 14h
PE:
Recife: Rua da Aurora, 15h
PI:
Teresina: Praça Rio Branco, 8h30
PR:
Curitiba: Praça Santos Andrade, 18h30
RJ:
Rio de Janeiro: Candelária, 16h
RN:
Natal: Midway, 14h30
RO:
Porto Velho: UNIR – Avenida Presidente Dutra- Centro, 16h30
RR:
Boa vista: Maluquinha do Insikiran, 16h30
RS:
Porto Alegre: Colégio Julio de Castilhos, 8h
Porto Alegre: Direito UFRGS, 10h
Porto Alegre: Palácio Piratini, 12h
SC:
Florianópolis: Praça da Alfândega, 17h
SE:
Aracaju: Praça Getúlio Vargas. Bairro São José, 15h.