quinta-feira, 9 de abril de 2020

MST da espetáculo de solidariedade em meio a egoísmo dos bilionários

(Foto: Leandro Molina)

Do Brasil de Fato - Em todo o Brasil, as ações de solidariedade do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem sido um importante aliado no combate a coronavírus e à falta de políticas de proteção do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) para as famílias da periferia – a maioria composta de trabalhadores informais –, que enfrentam dificuldades em acessar a renda básica emergencial.
Desde o dia 13 de março, respeitar o isolamento social tem sido a orientação do MST à sua militância com base nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A exceção está no campo, onde com segurança e informação para evitar o contágio, camponeses vêm trabalhando para atender a demanda de alimentos das áreas urbanas - onde o povo convive com o medo da covid-10 e da falta de recursos.
Kelly Maffort, da direção nacional do MST, explica que a solidariedade é um princípio fundamental da prática militante, para construção de laços de resistência entre os trabalhadores, tanto na formação política como na luta por direitos. 
“É nesse momento que nós temos que cobrar do Estado a sua responsabilidade. Para fazer com que o nosso povo não morra nem de vírus e nem de fome. Solidariedade. Esse princípio nós vamos perseguir, cobrar da sociedade as políticas públicas, mas praticar. Esse que é um gesto tão importante e tão necessário para a construção de uma nova sociedade.”
Comida não pode faltar
No Paraná, 10 mil famílias vivem em 70 acampamentos do MST. Cerca de 25 deles enfrentam o risco do despejo. Nesta semana, três desses acampamentos doaram 5 toneladas de alimentos nos municípios de Castro e Ponta Grossa. As doações integram uma ação coordenada em todo o estado, que conta com mais 20 cooperativas do Movimento.
“Com muito orgulho, nós aqui do [campamento] Padre Roque queremos dividir essa maravilha que tá aqui. Não sabemos em qual instituição aqui no Castro, mas é um privilégio muito grande, pelo momento ser tão crítico e nós podermos dividir. Tá aqui toda nossa produção”, conta a agricultora Maria de Jesus, apontado as verduras colhidas no acampamento Padre Roque Zimmermann, em Castro (PR), que depois seriam levadas para o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da cidade.
Outra ação solidária ocorreu na última semana no Rio Grande do Sul, onde 12 toneladas de arroz orgânico foram doadas para famílias de baixa renda das periferias de Porto Alegre. A iniciativa integra uma campanha do Comitê Gaúcho de Emergência no Combate à Fome, do qual o MST faz parte.
“A solidariedade sempre foi uma marca da nossa história e da nossa luta. Muitas vezes eram as pessoas da cidade que nos levavam alimento nos períodos difíceis do Movimento nos acampamentos. A cidade sempre nos acolheu. Certamente é uma retribuição por tudo aquilo que nós recebemos”, afirma Cedenir de Oliveira, da direção estadual do MST no estado.
Em Goiânia (GO), na maior zona periférica da cidade, o MST distribuiu feijão, abóbora, ovos caipira, mel e verduras variadas para 30 famílias  da região noroeste da cidade. A iniciativa foi construída junto ao Levante Popular da Juventude, o Coletivo Quilombo e a Brigada do Congresso do Povo.
O cultivo foi desenvolvido em três locais distintos: no Acampamento Dom Tomaz Balduíno, no Centro de Formação e Produção Agroecológica Santa Dica dos Sertões e no Assentamento Canudos.
“O que nós identificamos é que de fato a questão econômica já é uma dificuldade grande para essas famílias, pelo trabalho informal, por serem diaristas, autônomos, pelas ‘correrias’ no dia dia. Identificamos que já há o retorno da realidade da fome. Mas também identificamos uma confecção de que o caminho é cuidar da saúde”. E completa: quando elas recebem o alimento agroecológico, isso traz esperança”, explica Luiz Zarref, da direção estadual do MST de Goiás. 
Distribuição de fitoterápicos a população vem sendo realizadas pelo MST em todo o país para ajudar na prevenção a covid-19 / Divulgação Setor da Saúde/MST
Ações por todo o Brasil
Além da produção de comida na zona rural, o MST também realizou outros tipos de iniciativas solidárias. Em Recife, marmitas são distribuídas para a população em situação de rua pelo Armazém do Campo. Em Santa Catarina, álcool em gel 70% está sendo produzido e oferecido para hospitais.
Nacionalmente, o trabalho está concentrado em duas iniciativas: na campanha “Vamos Precisar de Todo Mundo”, que reúne por meio de uma plataforma online, ações em curso de mais de 100 entidades que compõem as Frentes Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo; e na campanha "Periferia Viva", focada na luta por política públicas e no trabalho de base construído nos territórios. 
Na área da saúde,  o esforço é coletivo e construído em conjunto com a Rede nacional de médicas e médicos populares. Em cada estado brasileiro, há um grupo de médicos do MST formado em Cuba, que estão em plantão, para atender a população. Além disso,  campanhas de distribuição de fitoterápicos e doações de sangue vem acontecendo em todo o país. 
“Estamos em contato com as secretarias municipais e as secretarias estaduais de saúde e com os hemocentros de cada estado. É assim que estamos pensando as melhores estratégias para que nossa base não saia de onde está, evite aglomerações e a propagação do coronavírus, mas que também nesse momento possamos ser solidários com quem mais necessita, tendo em vista que os bancos de sangue estão com um déficit muito grande em nível nacional”, explica Edinaldo Novaes, da direção nacional do setor.
É a partir das ações solidárias, segundo Zareff, que o MST pretende potencializar a organicidade das famílias no seus territórios, mas também demonstrar que o inimigo além do vírus, é o capitalismo.
“É a solidariedade é que constrói os caminhos para se superar o capitalismo. O capitalismo ele não tem nenhuma perspectiva solidária. Ao contrário, ele promove a competição entre as pessoas, ele provoca a subjugação da classe trabalhadora, e o benefício das elites. É a solidariedade que desfaz esses laços nefastos, maléficos do capitalismo.”
É a solidariedade é que constrói os caminhos para se superar o capitalismo. O capitalismo ele não tem nenhuma perspectiva solidária.


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Chesf aumenta vazão na barragem de Sobradinho e prainha das ilhas do Rodeadouro e Ilha do Fogo desaparece


Conforme a RedeGN tinha antecipado dia passado (Veja aqui) o leito do Rio São Francisco aumentou consideravelmente nas últimas horas porque a Chesf aumentou a partir desta quarta-feira (08) a defluência na barragem de Sobradinho.
A vazão aumentou de 800m³ para 1.000m³ na quarta-feira e na sequência, já nas primeiras horas desta quinta-feira (09), subiu para 1.400m³.  Em nota encaminhada a este veículo de comunicação a Chesf alertou para riscos de alagamento de áreas ocupadas em trechos considerados como “calha principal”.
Como antecipado também pela RedeGN, na região de Juazeiro e Petrolina a vazão subiu tanto que atingiu as prainhas situadas nas margens do Rio, além da Ilha do Rodeadouro e Ilha do Fogo.
Nas redes sociais circulam algumas fotos e a comemoração dos ribeirinhos festejando a ‘cheia’ do rio que não ocorria há muito tempo. Mas, o acesso as Ilhas do Fogo e Rodeadouro e da prainha próxima à Marinha em Juazeiro está proibido.
Locais que diariamente são frequentados por banhistas, causando aglomerações que oferecem risco de contaminação pelo coronavírus (COVID-19) e H1N1.  Por essa razão, enquanto o distanciamento social estiver em vigor no município, a Prefeitura Municipal de Juazeiro proibiu o acesso a esses locais.(RedeGN)

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Doria diz que vai prender quem se aglomerar nas ruas

João Doria
João Doria (Foto: Gov. SP)

Em entrevista ao SPTV, da rede Globo, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), disse que aglomerações nas ruas serão advertidas e orientadas, mas que se as pessoas insistirem poderão ser presas pela Polícia Militar Militar.
“Se não houver consciência das pessoas (…), a partir de segunda-feira o governo de São Paulo tomará medidas mais rigorosas, com a penalização de prisão para as pessoas que desobedecerem essa recomendação”, declarou Doria.
Jair Bolsonaro tem feito campanha contra o isolamento e o embate com os governadores como Doria tem se repetido. 
O governo tem feito um monitoramento por meio de dados de operadores telefônicas que indicam que menos da metade da população do estado ficou em casa nesta quarta-feira (8). É o menor índice desde que a quarentena teve início, em 24 de março. (247)

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Bahia registra 568 casos de Covid-19 , 146 pessoas curadas e 19 óbitos

Bandeira da Bahia – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Bahia registra 568 casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19), o que representa 5,54% do total de casos notificados. Até o momento, 3.404 casos foram descartados e houve 19 óbitos, sendo 11 no município de Salvador e oito nos municípios de Lauro de Freitas (1), Itapetinga (1), Utinga (1) e Adustina (1), Araci (1), Itagibá (1), Uruçuca (1) e Ilhéus (1).
Este número contabiliza todos os registros de janeiro até as 17 horas desta quinta-feira (9). Ao todo, 146 pessoas estão recuperadas e 51 encontram-se internadas, sendo 26 em UTI. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais.
Os casos confirmados estão distribuídos em 63 municípios do estado, com maior proporção em Salvador (54,93%). A mediana de idade é 39 anos, variando de 4 dias a 96 anos. A faixa etária mais acometida foi a de 30 a 39 anos, representando 27,99% do total. Porém, o coeficiente de incidência por 100 mil habitantes foi maior na faixa de 50 a 59 anos (7,34/100.000 hab) , indicando o maior risco de adoecer entre essa faixa etária
Ressaltamos que os números são dinâmicos e, na medida em que as investigações clínicas e epidemiológicas avançam, os casos são reavaliados, sendo passíveis de reenquadramento na sua classificação. Outras informações em saude.ba.gov.br/coronavirus.(Sesab Bahia)

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Distância de 1,5 metro é pequena para conter contágio, alerta estudo

Para os pesquisadores, espaço deve ser 
de pelo menos 4 metros
                   
                      Por: Agência Brasil
Pessoas fazem fila para comprar máscaras de proteção em Bangkok, na Tailândia
Pessoas fazem fila para comprar máscaras de proteção em Bangkok, na TailândiaFoto: Lillian SUWANRUMPHA / AFP
Um estudo divulgado nesta quinta-feira (9) alerta que a distância social de 1,5 metro, recomendada pelas autoridades de saúde, é insuficiente para impedir o contágio por Covid-19 e que essa distância deve ser de pelo menos quatro metros.

Os valores sugeridos no estudo, feito por pesquisadores e engenheiros especializados em dinâmica de fluidos, das universidades de Leuven, na Bélgica, e Eindhoven, na Holanda, baseiam-se em simulações de como as partículas de saliva se soltam quando as pessoas estão paradas, caminhando, correrendo ou andando de bicicleta.

"Se alguém transpira, tosse ou espirra enquanto caminha, corre ou anda de bicicleta, a maioria das micropartículas permanece numa corrente de ar atrás dessa pessoa, o que faz com que outra que venha atrás se mova em meio a essa nuvem de micropartículas", explica Bert Blocken, professor de engenharia civil nas duas universidades.

O estudo constatou que a distância recomendada de 1,5 metro é "muito eficaz" para aqueles que ficam em ambientes fechados ou ao ar livre com bom tempo, mas que é insuficiente para situações em que as pessoas caminham ou praticam esporte. Segundo os autores do estudo, o risco é maior quando uma pessoa está atrás da outra e é reduzido se estiver andando ou correndo lado a lado ou em formação diagonal.

Ainda assim, os especialistas aconselham que, diante dos cálculos realizados, seja mantida uma distância de 4 ou 5 metros ao andar atrás de outra pessoa, 10 metros ao correr ou andar de bicicleta devagar e de pelo menos 20 metros ao andar rápido.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infectou mais de 1,5 milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil. Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar situação de pandemia.





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Boletim atualizado da SMS confirma quatro casos do novo coronavírus em Petrolina

              Via:Carlos Britto
Foto: Ascom PMP/SMS divulgação

O boletim divulgado nesta quinta-feira (9) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) sobre os números do novo coronavírus (Covid-19) em Petrolina confirmam 4 casos com resultados positivos para a doença. Destes, um paciente já está recuperado. Em investigação são dois casos e descartados somam 16. Nenhuma morte foi registrada.
Com relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o boletim aponta dois casos investigados e 27 descartados. Confirmados somam 9 casos, além de um óbito. O monitoramento de todos os casos suspeitos e confirmados dessas doenças continua sendo feito pela SMS.


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Taxa de mortalidade do coronavírus é 10 vezes maior à da gripe, diz OMS

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom (Foto: Reuters)

247 - Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus disse nesta quinta-feira, 9, que a taxa de mortalidade do novo coronavírus é “10 vezes superior” à da gripe comum.

Além disso, afirmou que “a propagação global do vírus saturou os sistemas de saúde, alterou a economia e provocou uma paralisação social de forma generalizada”.
O coronavírus já infectou mais de 1,5 milhões de pessoas no mundo, provocando a morte de mais de 90 mil. Ghebreyesus declarou que a pandemia é “muito mais que uma crise sanitária” e que causou muito dano aos países ricos, alertando que ainda há de ver a devastação que poderá causar nas regiões mais pobres.
Por isso, diz que a segunda edição da estratégia da OMS para combater a propagação do vírus - que será publicada nos próximos dias - colocar-se-á ênfase em medidas para os países pobres. 

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Orçamento Secretaria Nacional de Saneamento autoriza R$ 4 milhões para obras em Pernambuco

               Por: Diario de Pernambuco
 (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)
Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR


Com o objetivo de garantir a continuidade de obras importantes na área de saneamento básico, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) autorizou nesta quarta-feira (8) o empenho de R$ 256,9 milhões do Orçamento Geral da União. Para Pernambuco estão assegurados R$ 4 milhões. O objetivo é contribuir com a manutenção de empregos neste momento em que o País enfrenta a pandemia do coronavírus.


Os empreendimentos estão localizados em 21 estados e no Distrito Federal. Em Pernambuco, os municípios contemplados são: Recife; Cabo de Santo Agostinho; Olinda; Jaboatão dos Guararapes; e Goiana.

O Ministério do Desenvolvimento Regional ressaltou que a responsabilidade pela execução das obras é dos entes e que os pagamentos são realizados de acordo com a execução dos empreendimentos.

“Levar saneamento básico às comunidades significa oferecer mais saúde para as pessoas, mais qualidade de vida. O presidente Jair Bolsonaro determinou que façamos todos os esforços para apoiar os estados e municípios neste momento, a fim de minimizar impactos econômicos, evitar paralisações em obras e manter empregos”, destacou o ministro Rogério Marinho.

Os investimentos da Secretaria Nacional de Saneamento são destinados a obras para a garantia de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e de águas pluviais, redução e controle de perdas de águas, drenagem urbana, preservação e recuperação de mananciais, além de estudos e projetos na área de saneamento básico.

Carteira de obras e projetos
Atualmente, a carteira e obras e projetos do MDR na área – contratos ativos e empreendimentos em execução ou ainda não iniciados – é de R$ 24,5 bilhões para financiamentos e de R$ 21,2 bilhões para o Orçamento Geral da União (OGU).

O setor é prioridade para o Governo Federal. No ano passado, foram destinados R$ 2,1 bilhões para as obras, tanto com recursos de OGU quanto em financiamentos por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A ação gerou mais de 195 mil empregos no setor.



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Estados temem epidemias de dengue e outras doenças junto com coronavírus

A situação, que aponta para o risco de epidemias simultâneas, varia conforme a região, 
mas tem gerado alerta
               Por: Natália Cancian e Renato Machado, da Folhapress
O Aedes Aegypti é o mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya
O Aedes Aegypti é o mosquito transmissor da Dengue, Zika e ChikungunyaFoto: John Tann/Creative Commons

Em meio ao crescimento do número de casos do novo coronavírus, secretarias de saúde de diferentes pontos do país tentam lidar com uma epidemia de dengue em curso, enquanto se preparam para o avanço da gripe e tentam de quebra manter o controle do sarampo.

A situação, que aponta para o risco de epidemias simultâneas, varia conforme a região, mas tem gerado alerta. "Teremos neste ano o coronavírus, a influenza e também o pico da dengue", alertou no fim de março o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira.

Para ele, a coincidência das três epidemias em algumas regiões pode gerar o que chama de tempestade perfeita. "Aproveitem que estão em casa e limpem o quintal, eliminem focos de dengue e vacinem-se conforme o calendário", sugeriu na ocasião.
Dados da pasta indicam o motivo dessa preocupação.

Enquanto o coronavírus ainda cresce no país, com epidemia em fase inicial e sinais de "aceleração descontrolada" em algumas regiões, outras doenças continuam a exigir atenção do sistema de saúde.

Atualmente, sete estados já apresentam incidência de dengue em patamar de epidemia, com mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes: Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Acre e Distrito Federal.

A pior situação é a do Paraná, que soma 158 mil dos 484 mil casos de dengue registrados no país –o volume nacional, aliás, já é cerca de 70% superior ao do ano passado.

O secretário estadual de saúde, Beto Preto, diz que há alto risco de colapso momentâneo do sistema de saúde de cidades do norte, noroeste e oeste do estado, como Londrina e Maringá, a depender da velocidade do avanço do novo coronavírus.

"Enquanto a pandemia do coronavírus está chegando, a da dengue é uma realidade", afirma. "Isso estressa o sistema de saúde", completa ele, que diz esperar que a chegada do frio dê trégua na doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti antes de um aumento dos casos de Covid-19.

Atualmente, o estado soma 539 casos da nova doença e 17 mortes. Os números, porém, crescem a cada dia no país. A situação já faz cidades se prepararem para evitar confusões no diagnóstico.

Em Londrina, que concentra o segundo maior número de casos do estado, a prefeitura separou um grupo de unidades de saúde apenas para atendimento da dengue –outras, só para o coronavírus e outros vírus respiratórios. O objetivo é evitar o contágio.

O direcionamento é feito por meio de um sistema de atendimento telefônico que tira dúvidas sobre os sintomas. "Tivemos que reorganizar todo o sistema de saúde", diz o prefeito Marcelo Belinatti (PP). "Para nós, a dengue já é uma epidemia. O coronavírus ainda não, mas é só questão de tempo", diz.

"Não tenho dúvida nenhuma que essas curvas [de doenças] vão se encontrar. Uma vai estar na ascendência e outra na descendência. Mesmo na descida, ainda teremos muito casos. Já tivemos pacientes diagnosticados com coronavírus, e que o sintoma inicial era de dengue", afirma.

Hoje, a cidade tem dois centros de atendimento para dengue, além de seis unidades básicas de saúde e uma UPA para coronavírus e vírus respiratórios. "Atendemos cerca de 700 pessoas por dia de pessoas com sintomas respiratórias. Isso mostra que os outros vírus já estão circulando."

O cenário também traz alerta em outros pontos do país. Em São Paulo, são 139,8 mil casos de dengue no estado, com 39 mortes, segundo o Ministério da Saúde –os dados por município não estão disponíveis. Já o coronavírus soma 6.708, com 428 óbitos.

"A dengue começou a aumentar em fevereiro, e estamos com um número de casos bastante importante. E ainda está expandindo", diz o infectologista e assessor técnico da secretaria paulista, Marcos Boulos.

Para ele, a "sorte" do estado é que a maior parte dos casos de dengue tem sido na região oeste, onde há menos casos de coronavírus se comparado a Grande São Paulo –um encontro das doenças, assim, não ocorreu. "Os casos beiraram a capital, mas não entraram, e ainda há uma separação das necessidades de atenção médica", disse.

Ele vê risco, no entanto, também com o avanço da gripe. "São epidemias diversas."
Para o sanitarista e pesquisador da Fiocruz Claudio Maierovitch, a probabilidade de haver uma coincidência de epidemias é maior para a dengue e o coronavírus.
Parte do impacto, no entanto, dependerá da expansão da doença também para pequenas e médias cidades, afirma.

"Se [as medidas de restrição] retardarem o suficiente a propagação para o interior, pode ser que a dengue já esteja baixa. Mas nós não sabemos a velocidade de propagação do coronavírus."

O ministério atribui o aumento de casos de dengue neste ano à maior circulação do sorotipo 2 do vírus que causa a doença, situação que não ocorria desde 2008.vA possível coincidência dos períodos das diferentes doenças se explica pela curva de casos. Historicamente, o pico da dengue é esperado para abril. No ano passado, no entanto, houve casos também no inverno em algumas regiões.

Novo, o coronavírus ainda tem comportamento pouco previsível. Projeções iniciais usadas pelo ministério apontam possível pico até junho. Nesta quarta, eram 15.987 casos do Covid-19, com 800 mortes. O número tem sido questionado devido à baixa oferta de testes.

Atualmente, seis unidades da federação apresentam sinais de aceleração do novo coronavírus: DF, AM, CE, SP, AP e RJ. Dessas, duas já estão em epidemia de dengue: DF e SP.

Para Maierovitch, a situação preocupa pela possibilidade de confusão de diagnóstico, pois as duas doenças apresentam sintomas parecidos. "É possível confundir. Um paciente com febre alta, dor nos olhos, indica à primeira vista que se trata se dengue. Mas pode ser coronavírus, porque nem sempre esses pacientes vão chegar tossindo ou com falta de ar", afirmou.

"E isso é perigoso, porque os tratamentos são diferentes. Mais importante: se for coronavírus e acharem que é dengue, esse paciente pode sair e transmitir".Além da dengue, especialistas apontam o risco de outras epidemias simultâneas, caso da gripe e do sarampo.

Os casos de gripe começaram a ser registrados mais cedo neste ano, afirma Marcelo Gomes, coordenador do Infogripe, plataforma da Fiocruz em conjunto com o Ministério da Saúde e que mantém dados de internações por síndrome respiratória aguda grave.

Até o momento, o sorotipo predominante é o H1N1, mas há também casos de outros tipos de influenza. Segundo ele, casos registrados de gripe já apontam aumento em relação a 2019. Nas semanas mais recentes, no entanto, o maior volume de diagnósticos tem sido de coronavírus, o que demonstra que ele é mais agressivo.

Em entrevista coletiva na terça (7), o secretário de vigilância em saúde, Wanderson Oliveira, disse que já é possível verificar uma circulação simultânea de vírus influenza com o coronavírus em algumas regiões, sobretudo no Norte. Ele não citou, porém, se já havia impactos ao sistema.

Uma das áreas de maior preocupação é o Amazonas, onde vírus da gripe e outros problemas respiratórios costumam ter aumento mais cedo."De novembro a junho, nós temos o chamado 'inverno', que é a temporada chuvosa, com muitos registros de doenças respiratórias. Por isso, temos preocupação muito grande com dengue e doenças respiratórias, que se somam ao coronavírus", afirma Antonio Magela, infectologista e diretor de assistência médica da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, ligada ao governo estadual.

Até o início de março, antes portanto do surto de coronavírus no estado, houve o registro de 39 mortes por síndrome respiratória aguda agrave. A esse quadro se soma um aumento recente do novo coronavírus. Em poucos dias, a incidência do vírus dobrou, passando de 7,4 para 19,1 a cada 100 mil habitantes. É a mais alta incidência no país.

A aposta de pesquisadores é que medidas de isolamento social ajudem a reduzir a transmissão não só do coronavírus mas também da gripe. A alta adesão à campanha de vacinação contra influenza é outro ponto alto. Em anos anteriores, a meta demorava a ser atingida.

Para Boulos, é preciso ter alerta a todas essas doenças sem descuidar ainda do monitoramento de outras, como o sarampo. "Estamos tendo casos de sarampo mesmo no verão, e pode aumentar", diz. O avanço, porém, dependerá da existência de áreas com lacunas na cobertura vacinal, cujo reforço tem aumentado.




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Cerca de 2 mil Municípios já decretaram calamidade ou emergência em saúde pública por causa da Covid-19, revela pesquisa da CNM


Mais de 1.900 Municípios já decretaram calamidade ou emergência em saúde pública por conta do novo coronavírus (Covid-19), revela a pesquisa feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
O estudo realizado pela CNM atingiu 2.601 Municípios (46,71% do total), até a data de 31 de março. Desses, 1.607 (62,0%) responderam que não registraram nenhum caso (suspeito e/ou confirmado) do novo coronavírus e 986 (38%) responderam positivamente.
A entidade, ao perceber a gravidade dessa crise sanitária, adotou ações para identificar como os Municípios estão se organizando para enfrentar essa situação e como o vírus está se disseminando nas cidades brasileiras. Para isso, no dia 18 março iniciou a aplicação de uma pesquisa permanente, ou seja, a coleta de dados continuará ocorrendo até o momento que a transmissão do coronavírus estiver controlada no Brasil.
Para o enfrentamento da pandemia, a CNM questionou ainda se os Municípios elaboraram o Plano Municipal de Contingência do coronavírus. Este plano é uma ferramenta imprescindível para identificação do nível de resposta, estrutura, organização de serviços, bem como planejamento e definição das ações coordenadas, integradas e monitoradas proporcionalmente ao risco. As medidas e a elaboração desses instrumentos – decretação de emergência, elaboração do plano de contingência, implantação de gabinete de crise etc. – devem seguir a necessidade local.
Assim sendo, 2.574 Municípios foram questionados, deles, 2.019 (78,4%) responderam positivamente e 555 (21,6%) Municípios afirmaram não terem elaborado o Plano Municipal de Contingência.
A CNM pretende publicar boletins semanais da pesquisa, mapeando a situação no Brasil e possibilitando que os gestores municipais utilizem como uma ferramenta para a avaliação e o planejamento das ações de enfrentamento a Covid-19.
O estudo apresenta também algumas preocupações como a ausência ou insuficiência de rede de atenção à saúde aos pacientes acometidos pela Covid-19. Apenas 10,6% dos Municípios entrevistados informaram possuir uma rede de atenção à saúde estruturada para enfrentar uma possível epidemia pelo coronavírus.(Ascom CNM)




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Inclusão na tarifa social da Celpe pode ser solicitada por WhatsApp

                 Via:Santanavinicius

As famílias inscritas no Cadastro Único para programas sociais do governo federal, com renda mensal por pessoa menor ou igual a meio salário mínimo nacional, podem fazer a solicitação de inclusão na tarifa social da Celpe pelo WhatsApp (81) 3217-6990.
Para fazer o credenciamento, basta informar o número da conta contrato da Celpe (localizável no canto superior direito) e o Número de Identificação Social (NIS). A distribuidora de energia fará a confirmação no banco de dados do Ministério de Desenvolvimento Social. Após a checagem dos dados, o prazo para inclusão na Tarifa  Social de Energia é de cinco dias úteis e o cliente passa a ter o benefício na próxima fatura.
Para o beneficiário que não é o titular da conta contrato da Celpe, será necessário a inclusão do CPF e do RG do portador do NIS. Nesse caso, é necessário fotografar a documentação e enviar pelo WhatsApp, juntamente com o número do NIS. O cadastramento também pode ser realizado pelo site da concessionária.
O que é Tarifa Social de Energia Elétrica?
Benefício criado pelo Governo Federal para as residências de famílias com baixa renda. Consiste na redução da tarifa de consumo de energia elétrica em até 65% e para indígenas e quilombolas em até 100%. O benefício é regulamentado pela Lei 12.212, de20 de janeiro de 2010.
Quem tem o direito à Tarifa Social de Energia?
Toda Unidade Consumidora Residencial com família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. É necessário possuir o Número de Identificação Social – NIS, e ter renda familiar mensal por pessoa menor ou igual a meio salário mínimo nacional, independentemente de possuir ou não o benefício do Bolsa Família.
Qual a documentação necessária para o cadastro da Tarifa Social?
As informações sobre documentação para Cadastro de Tarifa Social estão disponíveis no site da Celpe.


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Recife inaugura mais um hospital de campanha e chega a 186 leitos para Covid-19

                 Por: Mariana Fabrício/DP
 (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)
Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR

A Prefeitura do Recife anunciou a ampliação da quantidade de leitos destinados ao atendimento dos pacientes com a Covid-19. Nesta quinta-feira (9), começou a funcionar o terceiro hospital de campanha da capital, com 38 novos leitos criados na Unidade Provisória de Isolamento (UPI), instalada na Policlínica e Maternidade Professor Arnaldo Marques, localizada no bairro do Ibura, na Zona Sul da cidade. O Recife conta agora com 186 leitos para receber pacientes com novo coronavírus.

No hospital de campanha montado no Ibura, dois leitos possuem respiradores para estabilização dos pacientes mais graves. A unidade ainda está equipada com 30 concentradores de oxigênio, um raio-x digital, três monitores de sinais vitais e um desfibrilador cardíaco. Oito leitos foram destacados dentro da própria Policlínica e mais 30 camas hospitalares instaladas na unidade provisória. "Nessas estruturas, nós temos a oportunidade de ofertar aos pacientes oxigênio, que é um elemento fundamental do tratamento de pessoas que precisam de cuidados respiratórios. Além de termos condições de fazer o Raio-X, que é também um importante componente no diagnóstico e acompanhamento desses casos", comentou o secretário de saúde do Recife, Jailson Correia.

A UPI foi montada em anexo à Policlínica Arnaldo Marques, com uma porta de entrada diferente do restante da unidade para evitar cruzamento de fluxo de pacientes e profissionais direcionados a outros tipos de atendimento. Para quem precisa de outros tipos de atendimentos de emergência, o Serviço de Pronto Atendimento (SPA) da Arnaldo Marques continua funcionando normalmente. "Isso é uma coisa importante, que faz parte da estratégia segregar as pessoas com síndrome gripal daquelas que irão receber o pronto-atendimento ou irão para a maternidade", esclarece o secretário.

Os pacientes que chegam na unidade com sintomas de gripe passam por uma triagem, recebem uma avaliação clínica e dependendo do quadro são liberadas para casa com as devidas recomendações de isolamento ou permanecem internadas se precisarem de algum tipo de serviço hospitalar. "Eles não têm toda a estrutura de UTI porque a ideia é que essas salas de estabilização sirvam para manter os pacientes sob cuidados intensivos, mantendo-os vivos até a transferência para uma unidade de referência. No nosso caso, na rede municipal hospitalar é o Hospital da Mulher ou uma outra unidade da rede estadual", explica Jailson Correia.

Outros dois hospitais funcionam nos bairros de Casa Amarela e Campina do Barreto, na Zona Norte da capital e mais quatro estão em construção e devem ficar prontos em maio. O Hospital da Mulher do Recife (HMR) é a unidade com maior quantidade de leitos para atender os pacientes contaminados pelo novo coronavírus, com 31 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 34 de enfermaria. De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife, o HMR já está com mais de 70% de ocupação na UTI dedicada à Covid-19.

"Todos esses investimentos são feitos com recursos exclusivos da Prefeitura do Recife. Nós já cortamos R$ 186 milhões para conseguir fazer esses investimentos no atendimento da Covid-19", comentou o prefeito Geraldo Júlio, que ainda fez um apelo para que as pessoas fiquem em casa nesse feriado da Semana Santa. "Essa será uma Páscoa diferente. Evitem encontrar os familiares pessoalmente. Façam isso por vídeo, não vamos fazer aglomerações. Precisamos ampliar o isolamento social. A Páscoa é um período que a gente passa do sofrimento para a celebração da vida. Então vamos salvar vidas", reforça. 

- Vagas na rede municipal de saúde

Hospital da Mulher do Recife (HMR) : 31 leitos de UTI e 34 de enfermaria
BR-101, s/n, Curado

Unidades Provisórias de Isolamento (UPI)

- Policlínica e Maternidade Professor Arnaldo Marques : 38 leitos
Avenida Dois Rios, sem número, Ibura

- Policlínica e Maternidade Professor Barros Lima : 42 leitos
Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, 6465, Casa Amarela

- Policlínica Amaury Coutinho : 41 leitos
Rua Iguatu, s/n, Campina do Barreto




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