
Mais de 1.900 Municípios já decretaram calamidade ou emergência
em saúde pública por conta do novo coronavírus (Covid-19), revela a pesquisa
feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
O estudo
realizado pela CNM atingiu 2.601 Municípios (46,71% do total), até a data de 31
de março. Desses, 1.607 (62,0%) responderam que não registraram nenhum caso
(suspeito e/ou confirmado) do novo coronavírus e 986 (38%) responderam
positivamente.
A entidade, ao
perceber a gravidade dessa crise sanitária, adotou ações para identificar como
os Municípios estão se organizando para enfrentar essa situação e como o vírus
está se disseminando nas cidades brasileiras. Para isso, no dia 18 março
iniciou a aplicação de uma pesquisa permanente, ou seja, a coleta de dados
continuará ocorrendo até o momento que a transmissão do coronavírus estiver
controlada no Brasil.
Para o
enfrentamento da pandemia, a CNM questionou ainda se os Municípios elaboraram o
Plano Municipal de Contingência do coronavírus. Este plano é uma ferramenta
imprescindível para identificação do nível de resposta, estrutura, organização
de serviços, bem como planejamento e definição das ações coordenadas,
integradas e monitoradas proporcionalmente ao risco. As medidas e a elaboração
desses instrumentos – decretação de emergência, elaboração do plano de
contingência, implantação de gabinete de crise etc. – devem seguir a
necessidade local.
Assim sendo,
2.574 Municípios foram questionados, deles, 2.019 (78,4%) responderam
positivamente e 555 (21,6%) Municípios afirmaram não terem elaborado o Plano
Municipal de Contingência.
A CNM pretende
publicar boletins semanais da pesquisa, mapeando a situação no Brasil e
possibilitando que os gestores municipais utilizem como uma ferramenta para a
avaliação e o planejamento das ações de enfrentamento a Covid-19.
O estudo
apresenta também algumas preocupações como a ausência ou insuficiência de rede
de atenção à saúde aos pacientes acometidos pela Covid-19. Apenas 10,6% dos
Municípios entrevistados informaram possuir uma rede de atenção à saúde
estruturada para enfrentar uma possível epidemia pelo coronavírus.(Ascom
CNM)
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