quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Porta-voz da Casa Branca diz que invasão do Capitólio é "inaceitável" e invasores devem ser processados

 

Porta-voz do governo Trump, Kayleigh McEnany 20/11/2020 (Foto: REUTERS/Carlos Barria)

A porta-voz do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Kayleigh McEnany, disse nesta quinta-feira que a Casa Branca condena a violência no Capitólio na quarta-feira, e defendeu que aqueles que infringiram a lei sejam processados.

“Nós condenamos - o presidente e seu governo - da maneira mais forte possível”, disse McEnany a jornalistas na sala de imprensa da Casa Branca. “É inaceitável, e aqueles que quebraram a lei devem ser processados em toda a extensão da lei.”

Ela se recusou a responder perguntas. “Os que estão trabalhando neste edifício estão trabalhando para garantir uma transição ordenada do poder. Agora é hora da América se unir”, disse McEnany. WASHINGTON (Reuters).


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Miguel comemora resultado da CoronaVac e adianta que está em negociação com o Instituto Butantan

 

Após o anúncio da alta eficácia da vacina CoronaVac, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, comemorou a notícia e assegurou que já está em negociação com o Instituto Butantan para a aquisição de doses. A informação sobre o interesse na compra foi divulgada pelo gestor sertanejo, nesta quinta (07), em suas redes sociais.

A vacina obteve 78% de eficácia em casos leves e 100% nas ocorrências graves e moderadas, segundo os pesquisadores do Instituto Butantan. Com isso, a instituição já solicitou o uso emergencial do imunizante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Desde dezembro passado, o prefeito de Petrolina anuncia o interesse na compra da vacina produzida pelo laboratório chinês SinoVac em parceria com o Instituto Butantan. Após a aprovação pela Anvisa, Miguel garante que trabalhará para a rápida aquisição do imunizante para o uso em Petrolina. "Uma notícia  que traz grande alívio e muita esperança. Vamos aguardar a aprovação, o início do plano de imunização, caso não recebamos o suficiente para todos os petrolinenses, já apresentamos ao Instituto Butantan nosso interesse em adquirir. Vamos vencer juntos", comentou Miguel no Twitter.

Petrolina foi uma das cidades pioneiras no Nordeste no uso de testagem em massa e outras medidas de prevenção e controle do coronavírus. O trabalho resultou em uma redução dos casos graves, assim como, de mortes pelo vírus. A cidade sertaneja é hoje a que tem a menor taxa de mortalidade por Covid-19 entre os grandes municípios do Nordeste (Por:Carol Brito/Blog da Folha). 


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Paulo Câmara comemora comprovação de eficácia da Coronavac

 


O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), comemorou a divulgação dos resultados de eficácia da Coronavac. O gestor estadual também fez questão de ressaltar que o plano de vacinação do Estado está pronto, com seringas e agulhas disponíveis para imunizar a população.

"Excelente a notícia sobre a comprovação da eficácia da Coronavac, do Instituto Butantan e do laboratório Sinovac. Nosso plano está pronto e já temos seringas e agulhas para imunizar os pernambucanos dos grupos prioritarios, além de profissionais da segurança, saúde e educação", afirmou Paulo Câmara, no Twitter.

O governo de São Paulo anunciou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (7) que a eficácia da vacina CoronaVac no combate coronavírus é de 78%. O imunizante é desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o instituto Butantan. Ainda de acordo com o governo, a vacina garantiu a proteção total (100%) contra mortes, casos graves e internações nos voluntários vacinados que foram contaminados. 

Ontem, o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), voltou a afirmar que se mobilizou antecipadamente para adquirir seringas suficientes para iniciar o processo de imunização, ainda sem data prevista. (Por:Carol Brito/Blog da Folha). 


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Entenda o que significa os 78% de eficácia da vacina CoronaVac

 

Foto: SILVIO AVILA / AFP

O Instituto Butantan anunciou, nesta quinta-feira (7), à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que a vacina CoronaVac, feita em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, tem uma eficácia de 78% em casos leves de Covid-19 e 100% em casos graves. Mas, afinal, o que essa taxa de eficácia quer dizer e qual a importância disso para as pessoas que receberão o imunizante?

Originalmente, havia a previsão de que o governo de São Paulo divulgasse uma análise preliminar sobre a eficácia da vacina em 15 de dezembro, mas, ao chegar perto do prazo, concluíram que não tinham condições de fazer uma análise completa dos resultados. À época, ao menos 170 voluntários estavam com o novo coronavírus, um parâmetro estabelecido pelo protocolo do estudo, e, por isso, adiou o anúncio do estudo completo para este mês.

Taxa de eficácia

Os 78% de taxa de eficácia da CoronaVac significam que a cada grupo de 100 pessoas que recebem as duas doses da vacina, 78 estarão efetivamente imunizadas contra o novo vírus que assola o mundo.

Ainda de acordo com o governo e o instituto, a vacina garantiu a proteção total — 100% de eficácia — contra mortes, casos graves e internações nos voluntários vacinados que foram contaminados. Ou seja, nenhum voluntário do grupo vacinal do estudo clínico da CoronaVac infectado morreu, desenvolveu formas graves da Covid-19 ou foi internado.

A pesquisa feita, no Brasil, pelo Butantan em parceria com 16 centros clínicos em sete estados e no Distrito Federal, observou 12 mil voluntários da área de saúde, em que metade recebeu doses da vacina e a outra um placebo — em que, por exemplo, injeções de soro fisiológico são ministradas com o intuito de produzir um efeito fisiológico positivo, mesmo que o soro não imunize contra a Covid-19, criando a ilusão de estarem protegidos. Eles não sabem se receberam a vacina ou o placebo.

Percentual mínimo de 50%

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda percentual mínimo de 50% de eficácia para que um imunizante seja registrado nas agências de controle sanitário. A vacina contra a gripe, por exemplo, tem uma taxa de eficácia de 60% a 70%. Por isso, os especialistas ressaltam que quanto mais gente tomar a vacina, melhor. As pessoas imunizadas acabam agindo como uma "barreira", protegendo toda a população, mesmo aqueles que não são imunes. Este conceito é conhecido como “imunidade de rebanho”.

Eficácia menor que as demais vacinas?

O índice de eficácia registrado pela vacina feita em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac é menor que os dos imunizantes desenvolvidos pelos laboratórios Pfizer e Moderna. Essas duas últimas, no entanto, utilizam uma tecnologia diferente da CoronaVac, chamado de “RNA mensageiro”, e alcançaram taxas de 95% e 94%, respectivamente.

A CoronaVac é produzida a partir do vírus inativado e pesquisadores já esperavam que ela apresentasse uma eficácia menor que as demais. Os imunizantes feitos a partir do RNA conseguem entrar na célula e imitar, de forma muito mais efetiva, a infecção natural. Por isso, acabam produzindo uma resposta imune tanto de anticorpos, como uma resposta celular. A vacina feita a partir do vírus inativado, entretanto, não consegue provocar uma resposta tão completa, mas esperada para o tipo de tecnologia.

A técnica utilizada na CoronaVac consiste em expor os vírus, em laboratório, ao calor e a produtos químicos, para que ele se torne incapaz de reproduzir. Tal tecnologia é muito antiga, por isso os efeitos colaterais são amplamente difundidos e mínimos, além de possuir fácil armazenamento. Enquanto a CoronaVac pode ser guardada em uma geladeira comum, entre 2 a 8 graus, a vacina da Moderna e a da Pfizer requerem ultrafreezers.

Vacina segura

O estudo concluiu que a vacina é segura ao apontar que nenhum efeito colateral grave foi identificado dentro de 28 dias e que respostas de anticorpos foram induzidas no mesmo período.

Os resultados da fase 1 e 2 com 743 pacientes foram publicados na revista científica do Reino Unido The Lancet. O efeito colateral mais comum relatado foi dor no local da injeção.

Além do Brasil, outros quatro países planejam usar ou já usam a CoronaVac. São eles: China, Indonésia, Turquia e Chile.

Em 2020, a Turquia, inclusive, anunciou ter chegado ao percentual de 91,25% de eficácia da CoronaVac em testes preliminares feitos com 1,3 mil voluntários.(Por: Correio Braziliense/Por: Maíra Alves).


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Para 63% dos americanos, Trump é culpado por invasão no Capitólio, mostra pesquisa

 

(Foto: Reuters)

Uma pesquisa publicada nesta quinta-feira (7) revelou que 63% dos norte-americanos culpa o presidente Donald Trump pela invasão ao Capitólio dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6).

"A pesquisa, conduzida de quarta à noite a quinta de manhã, mostra que 63% respondentes acreditam que Trump é pelo menos 'um pouco' responsável pelos eventos que levaram ao caos no Capitólio. Aproximadamente metade dos entrevistados, 49%, dizem que Trump é 'muito responsável' ", disse um relatório da empresa Morning, que conduziu a pesquisa para o veículo norte-americano Politico.

Os invasores foram vistos pela maioria dos respondentes (70%) como partidários do presidente Donald Trump. Além disso, 59% dos entrevistados disseram que os manifestantes desta quarta-feira (6) deveriam ser considerados terroristas domésticos.

Segundo a Morning, 1.986 pessoas foram ouvidas para a pesquisa, que tem uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Invasão ao Capitólio

Nesta quarta-feira (6), os congressistas dos EUA foram obrigados a evacuar os prédios do Capitólio durante a invasão ao Congresso feita por apoiadores de Trump. O episódio resultou em quatro pessoas mortas, incluindo uma veterana da Força Aérea, de acordo com relatos da mídia. Os manifestantes tentaram impedir a certificação da vitória presidente eleito Joe Biden.

Mais cedo, Trump havia encorajado os manifestantes durante um comício, perto da Casa Branca. Em vídeo publicado mais de uma hora após a invasão, o presidente norte-americano disse que "entende a dor" dos manifestantes e que a vitória nas eleições "foi roubada" deles, mas que era necessário que fosse para casa. (Sputnik Brasil).


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Brasil atinge triste marca de 200 mil óbitos em razão da Covid-19

Especialistas apontam descompassos na forma como a doença tem sido tratada no País como agravante.

Cemitério em Manaus, no Amazonas, um dos locais mais afetados pelo coronavírus no País - Foto: Michael Dantas/AFP

Bastaram apenas 72 horas para que a vida de Tiago Cária Sartini, de 38 anos, mudasse para sempre. No intervalo de três dias, o engenheiro perdeu o pai e a mãe para Covid-19.

José Luiz Sartini, 73, e Maria das Graças Cária Sartini, 69, tomavam todos os cuidados possíveis para evitar o contágio. Não foi o suficiente. "Qualquer um que minimize essa doença tem, no mínimo, um déficit cognitivo" diz o filho.

Ambos fazem parte da triste marca que o Brasil atinge nesta quinta-feira (7). Após dez meses desde o registro da primeira vítima fatal no País, em 16 de março, o Brasil chegou a 200 mil mortes pela doença e uma série de erros no combate à pandemia, alguns deles passíveis de responsabilização do presidente da República, apontam especialistas em saúde pública e direito.

Somos o segundo país do mundo com mais óbitos em números absolutos, atrás apenas dos Estados Unidos. E, assim como lá, a condução do combate à pandemia por aqui rendeu e continua a render críticas.

Se o agora quase ex-presidente americano Donald Trump desdenhou e minimizou os efeitos do novo coronavírus em seu país, a gestão Jair Bolsonaro (sem partido) não fez diferente e até seguiu alguns exemplos, apontam os especialistas.

Negacionismo, pouco caso, incompetência, crimes contra a saúde da população e violações de tratados internacionais que colocaram o Brasil em uma situação tão delicada quanto vexaminosa são apenas alguns dos erros apontados -por ação ou omissão- que pesam contra o governo brasileiro. Isso, de acordo com a opinião de quem desde o início vive, estuda e tenta minimizar os efeitos da pandemia.

"Após o período de gestação dessa pandemia, parimos um rebento com muitos e diferentes defeitos congênitos. Alguns indeléveis", diz a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo, uma das profissionais de saúde mais atuantes durante a pandemia.

Às 22h30 da véspera do dia em que o Brasil chegaria à nova marca recorde de óbitos, logo após terminar mais um laudo de uma vítima da Covid-19, pouca coisa ainda parecia fazer sentido para ela. "Ninguém se recupera de 200 mil mortes.”

A percepção dos familiares das vítimas não é muito diferente. "Negar a doença, colocar empecilhos para o tratamento, falar que o sujeito 'vira jacaré' [se tomar a vacina], isso tudo é desinformar a população", diz Tiago, ele próprio eleitor de Bolsonaro no segundo turno em 2018. "O pior é que muita gente sai replicando isso.”

O efeito disso é que, assim como as mortes se avolumaram, as informações sobre mandos e desmandos do governo federal no curso da pandemia se sucederam em velocidade assustadora. 

"São crimes de responsabilidade e contra a saúde pública passíveis de punição aqui e no Tribunal Penal Internacional", diz a professora aposentada da USP Sueli Dallari, especialista em direito sanitário.

Essas são alguns dos motivos que, de acordo com especialistas ouvidos pela reportagem, nos aproximaram mais rapidamente da marca de 200 mil óbitos.

Comportamento irresponsável e negacionista do presidente Jair Bolsonaro

Desde o início da pandemia, o comportamento do presidente Jair Bolsanaro se destacou entre os líderes mundiais de forma negativa. Ao lado de mandatários como Donald Trump (EUA), Viktor Orbán (Hungria), Aleksandr Lukashenko (Belarus) e Gurbanguly Berdymukhamedov (Turcomenistão), o brasileiro desdenhou do potencial de letalidade do vírus, chamou a Covid-19 de "gripezinha", disse que seu povo deveria ser estudado pois mergulha no esgoto e não contrai nenhuma doença e recomendou diversas vezes o uso de coloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz para evitar o contágio e potencialmente perigoso.

Além disso, Bolsonaro afirmou que não era coveiro para opinar sobre o elevado número de mortes, comemorou e difundiu informações falsas, como a morte de um voluntário dos testes da vacina Coronavac, desenvolvida na China em parceria com o Instituto Butantan.

"Se nossas instituições estivessem, de fato, funcionando, os processos de impeachment contra ele estariam andando na Câmara", diz o advogado, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP e diretor do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário (Cepedisa/USP), Fernando Aith. Ele vê claras evidências de crimes de responsabilidade contra o presidente do Brasil.

É a mesma opinião da professora de ética da Faculdade de Saúde Pública da USP e pesquisadora do Cepedisa, Deisy Ventura. "Minha impressão é que o governo brasileiro quer disseminar a Covid-19 entre a população. Não se trata de incompetência, mas de uma estratégia do governo federal", diz.

Ela exemplifica com o conteúdo do livro do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, demitido no meio da pandemia. "Há uma estratégia clara de disseminação do vírus. E essa é uma ideia eleitoral porque quanto antes acabar, mais cedo se retoma o caminho para 2022", afirma.

A professora da USP aponta três eixos pelos quais a gestão Bolsonaro obstruiu e prejudicou o combate à Covid-19: comunicação, gestão e normas.

"O governo mobilizou até mesmo a Secom [Secretaria de Comunicação] e o Ministério da Saúde para serem divulgadores de fake news. Para o discurso extremista e populista não há problema em ser contraditório", diz. 

"Também agiu editando normas que consideraram serviços essenciais salões de beleza e igrejas e agiu para obstruir as respostas locais de prefeitos e governadores à pandemia."

Falta de um plano nacional de combate à pandemia
À medida que a pandemia crescia no Brasil, ficava evidente a falta de coordenação entre o governo federal e os estados. Medidas de fechamento do comércio e divisas circulavam nas diferentes regiões do País sem que uma orientação ou norma da União pudesse esclarecer a necessidade e a viabilidade dessas ações. 

Em pouco tempo era clara a descoordenação que atingia o País. Em decorrência da inação da União, estados e municípios passaram a agir por conta própria. "Isso é um nítido exemplo da falta de coordenação. Até hoje não temos um plano decente, mesmo esse entregue ao STF [Supremo Tribunal Federal] é incompleto", diz Fernando Aith.

Lockdowns, confisco de respiradores, falta de insumos para a intubação de pacientes, e agora escassez de seringas e agulhas são alguns dos exemplos da confusão causada pela falta de coordenação e erros do governo federal. "O que está acontecendo agora? Diversos prefeitos e governadores estão indo direto ao Butantan para ter acesso à vacina para suas populações", afirma Deisy Ventura.

"Desde a saída do ministro Mandetta nunca mais fomos ouvidos pelo governo", diz Margareth Dalcolmo. "Não por respeito ou qualquer coisa assim, mas pela necessidade de ouvir o que estão dizendo os cientistas isso deveria ocorrer.”

A pneumologista e pesquisadora da Fiocruz reforça que oportunidades factíveis foram perdidas ou ignoradas. "Por que tanta gente morreu em casa? Porque não foram usadas ferramentas simples e disponíveis como os aplicativos de celular", diz. "Fazemos isso aqui na comunidade da Maré, com 180 mil pessoas, no meio de fuzis e por aplicativos acompanhamos os casos."

Mudanças de ministros da Saúde em meio à crise
Para os especialistas ouvidos pela reportagem, a falta de um plano nacional de coordenação é um dos fatores diretos pela crise aberta por Bolsonaro com dois ministros da Saúde trocados em meio à pandemia. 

Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich entraram em rota de colisão com o presidente após darem sinais de que levariam à frente o desenvolvimento de um plano de contenção do vírus e por se negarem a chancelar o uso da cloroquina como medicamento contra a Covid-19.

Mandetta deixou o governo em 16 de abril, após um ano e meio no cargo. Entre os principais pontos que levaram o ex-ministro ao limite estavam a insistência de Bolsonaro no uso de cloroquina e o "isolamento vertical" que era defendido pelo presidente mesmo sem nenhum respaldo científico.

Fora do governo, Mandetta lançou o livro "Um Paciente Chamado Brasil". Nele, narra que o presidente ignorou completamente a pandemia, não demonstrou qualquer interesse em salvar vidas e só se preocupava com o efeito da quarentena sobre suas chances de reeleição.

Em seu lugar, assumiu Teich. Pressionado a mudar o protocolo e indicar a cloroquina para pacientes com casos de leves de Covid, pediu demissão. Deixou o cargo quase um mês depois, em 15 de maio, quando o Brasil tinha 218.223 casos e 14.817 mortes pela Covid.

Desde ali, o ministério ficou sem titular. Em seu lugar, um militar da ativa, general Eduardo Pazuello, assumiu interinamente. Logo de cara, fez acenos a Bolsonaro e na contramão da ciência. O primeiro deles foi ampliar a oferta de cloroquina para casos leves.

"Essa militarização se refletiu em muitos cargos importantes do ministério que foram ocupados por pessoas desqualificadas, que não sabem o que é e como funciona o SUS", diz Fernando Aith. "Isso é de uma irresponsabilidade muito grande."

Insistência no uso da cloroquina
Em seu livro, o ex-ministro Mandetta afirma que Bolsonaro nunca se interessou pela capacidade da cloroquina de curar alguém. Queria que os brasileiros não ficassem em casa, voltassem a trabalhar com a falsa sensação de segurança que o medicamento daria, e assim reativassem a economia, algo que via como fundamental para aumentar suas chances de reeleição.

Em junho, o Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército já havia gastado mais de R$ 1,5 milhão para ampliar em cem vezes sua produção de cloroquina.

A ampliação da produção virou alvo do Tribunal de Contas da União, que investigou suspeita de superfaturamento nas compras do Exército, além da participação do presidente em suposta má aplicação de recursos públicos, já que o medicamento nunca teve comprovação científica para tratar a Covid-19.

Para os especialistas ouvidos pela reportagem, é impossível saber hoje o tamanho dos problemas que o uso do remédio trouxe para os brasileiros, e isso também é passível de responsabilização do presidente.
"Quanto esforço, tempo e dinheiro não foram gastos com remédios sem nenhuma comprovação?", diz Margareth Dalcolmo.

Sueli Dallari estava na França no início da pandemia. Por lá, diz ela, o uso do medicamento também foi discutido, mas abandonado logo que as primeiras pesquisas apontaram a ineficácia e o perigo para saúde que o remédio pode representar. "Quando cheguei aqui, em julho, era aquela fanfarronice, um horror, um desvario", afirma.

Mau uso do orçamento da Saúde
Em novembro, pouco mais de oito meses após o início da pandemia, o governo Jair Bolsonaro (sem partido) havia deixado de gastar dinheiro reservado para contratar médicos, reestruturar hospitais, comprar testes de Covid-19 para presídios e fomentar agricultura familiar para doação de alimentos, de acordo com informações de relatórios da Câmara.

Os relatórios com a execução orçamentária dos gastos previstos para o combate à Covid-19 trataram, além das ações nas regiões fortemente afetadas pela pandemia, de infraestrutura de hospitais universitários, com finalidade de criação de novos leitos, e hospitais de campanha em presídios.

Os créditos foram gerados dentro do chamado orçamento de guerra. Com ele, há flexibilização das regras fiscais. No orçamento de guerra, a pandemia conta com gastos específicos, sem as amarras habituais para a criação de uma despesa. Assim, MPs foram editadas para garantir créditos a diferentes ministérios e órgãos do governo.

"Foram dadas todas as ferramentas para o combate à pandemia, mas houve uma enorme incompetência", diz Fernando Aith.

Obstrução das respostas locais à pandemia e ameaças aos governadores
Entre as muitas discordâncias entre o presidente e os governadores nas ações de combate à pandemia, a disputa adiantada de 2022 foi a que mais se destacou. 

Na corrida pela vacinação, Bolsonaro chegou a chamar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de lunático por ele ter defendido a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 e por ter encampado um ajuste fiscal que, segundo o mandatário, aumentou tributos no estado.

Nessa disputa, o presidente desautorizou um acordo do Ministério da Saúde com o estado de São Paulo para a compra de 46 milhões de doses da Coronavac. Em resposta, Doria afirmou que era criminosa a atitude de Bolsonaro caso ele negasse o acesso a qualquer vacina aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) contra a Covid-19.

Essa, no entanto, não foi a única disputa em que Bolsonaro se meteu com os gestores locais. Menos de 12 horas após ter ido à televisão propor um pacto a governadores e prefeitos na crise do coronavírus, voltou a criticar governadores pelas redes sociais, colocando em xeque as medidas de isolamento social.

"O governo federal deixou a doença se disseminar e sabia que os governos locais não iriam deixar isso transbordar, adotando medidas de restrição ao deslocamento e construindo hospitais de campanha. Cenas como as da Itália [com caminhões frigoríficos ao lado dos hospitais] não se repetiram em maior escala por causa das ações locais. Isso ocorreu em 2020, mas não acredito que vá ocorrer em 2021", afirma Deisy Ventura. O motivo? "Já não há recursos e não é ano eleitoral", completa.

Demora para aquisição de vacinas e atraso na negociação com laboratórios
Entre os erros do governo federal na condução do combate à pandemia, pelo menos um deles ainda pode causar estragos e mais vítimas esperadas mais à frente.

Enquanto assiste a países da União Europeia, Reino Unido, Estados Unidos e até mesmo seu vizinho Argentina vacinar a população contra a Covid-19, o Brasil sofre os efeitos da demora do governo federal em negociar e comprar os imunizantes no País.

"Desde o início, o ministério deveria contar com um órgão de inteligência para fazer o mapeamento do desenvolvimento das vacinas. O governo Trump fez isso, mesmo negando [por muito tempo] o tamanho da pandemia", diz Fernando Aith. "Aqui, deitamos em berço esplêndido.”

Para Margareth Dalcolmo, o Brasil apostou corretamente na vacina da AstraZenenca, mas fechou os olhos para as outras. "Há pelo menos seis meses os países já estavam fazendo suas encomendas", afirma.
Para quem, como Tiago, perdeu o pai e a mãe para o coronavírus, assim como para as outras famílias, fica a clara sensação de que muito do que aconteceu em suas vidas poderia ter sido evitado.

"Não precisa ser um gênio para saber que negar [o potencial destrutivo da doença] é uma imbecilidade", afirma Tiago. (Por Folhapress).


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Nancy Pelosi pede destituição imediata de Trump através da 25ª emenda

 

(Foto: Carolyn Kaster)

A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, do partido Democrata, pediu a destituição do presidente dos EUA, Donald Trump, antes do final de seu mandato em 20 de janeiro.

De acordo com Pelosi, Trump cometeu "ações subversivas" e deve ser removido de acordo com a 25ª emenda à Constituição dos EUA sobre a incapacidade do presidente de cumprir seus deveres.

Na última quarta-feira (6), o Capitólio foi palco de tumultos sem precedentes na história norte-americana, em que apoiadores de Trump invadiram o Congresso dos EUA durante sessão da aprovação dos resultados das eleições.

Em meio aos distúrbios no Capitólio, uma mulher morreu com um ferimento a bala e outras três morreram durante os distúrbios de causas não relacionadas à violência. Os tumultos atrasaram em várias horas a aprovação dos resultados da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais.(Sputnik Brasil).


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Dólar aproxima-se de R$ 5,40 e fecha no maior valor desde novembro

 

Bolsa supera os 122 mil pontos e encerra em nível recorde

Reuters /Nazanin/Tabatabaee/West Asia News Agênci

Em um dia marcado pela volatilidade, o dólar aproximou-se de R$ 5,40 e atingiu a maior cotação desde o fim de novembro. A bolsa de valores superou os 122 mil pontos e encerrou em nível recorde, influenciada pela expectativa de novos estímulos econômicos nos Estados Unidos.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (7) vendido a R$ 5,399, com alta de R$ 0,097 (+1,82%). A cotação começou o dia em alta, chegou a registrar leve queda por volta das 11h, mas voltou a subir durante a tarde. Na máxima do dia, por volta das 14h30, a divisa chegou a R$ 5,41.

Desde 10 de dezembro, quando alcançou R$ 5,04, o dólar acumula alta de 7,1%. A moeda norte-americana teve forte valorização no mercado internacional, com a cotação subindo perante 29 das 33 principais moedas do mundo.

Diferentemente do mercado de câmbio, a bolsa de valores teve um dia de otimismo. O índice Ibovespa, da B3, subiu 2,76% e fechou aos 122.386 pontos, superando o recorde anterior, registrado no fim de janeiro do ano passado.

O Ibovespa foi influenciado pelo exterior. Os três principais índices de Nova York também bateram recordes. O Dow Jones (das empresas industriais) subiu 0,69%, o S&P 500 (das 500 maiores empresas) valorizou-se 1,49%, e o Nasdaq (das empresas de tecnologia) teve alta de 2,56%.

As bolsas norte-americanas estão otimistas com a expectativa de aprovação de um pacote de estímulos pelos Estados Unidos, após a confirmação da vitória do presidente eleito Joe Biden. Um novo pacote injetaria dólares na economia global, reduzindo as pressões sobre países emergentes, como o Brasil.(Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* - Brasília).

* Com informações da Reuters

Edição: Nádia Franco



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Segundo presidente do Inep as datas do Enem devem ser mantidas

 

Inep diz que está preparado para prova em ambiente de pandemia



Gabriel Jabur/Agência Brasilia

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, disse hoje (7) que o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deve ser mantido e que as provas não serão adiadas por causa da pandemia do novo coronavírus.

“Nós nos preparamos para fazer uma prova em ambiente de pandemia”, afirmou Lopes, em entrevista à Agência Brasil. “Temos a segurança [de] que a prova deve ser feita e que as condições de aplicação são adequadas, são as que precisam ser tomadas." Lopes explicou que foram adotadas as medidas necessárias para a aplicação das provas. 

Ele destacou o papel do Enem para o acesso de estudantes ao ensino superior e a estrutura de organização do Inep, que considera capaz de oferecer um ambiente seguro de aplicação do teste. “Há universidades que estão usando exclusivamente a nota do Enem como meio de acesso ao ensino superior, e isso é importante porque, em vez de o aluno sair de casa para fazer várias provas, ele sai para fazer o Enem. Dada a nossa capacidade de organização e o tamanho do Enem –  são 5,8 milhões de pessoas inscritas este ano –, temos condições de oferecer um ambiente seguro de prova que, eventualmente, uma faculdade menor não conseguiria”, enfatizou. 

O número de casos e de mortes por covid-19 vem aumentando no Brasil. De acordo com o Ministério da Sáude, ontem (6) foram notificadas 1.242 novas mortes. Foi o maior número diário desde 25 de agosto, quando foram registrados 1.271 óbitos. Ainda há 2.552 mortes em investigação. Até o momento, o Brasil contabiliza 198,9 mil mortes e 7,87 milhões de casos. 

Nesse cenário, nas redes sociais, ganhou força o movimento #AdiaEnem, compartilhado por professores, estudantes, parlamentares e outros apoiadores. “#AdiaEnem é defender a vida das pessoas. O Brasil está se aproximando das 200 mil mortes pelo novo coronavírus. Não se pode brincar com a vida dos estudantes e de seus familiares”, diz, em publicação no Twitter, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).

O exame, que estava inicialmente agendado para outubro e novembro do ano passado, foi adiado após uma série de protestos virtuais.

O Inep anunciou, então, diversas medidas para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, aumentando a quantidade de locais de prova e reduzindo o número de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Além disso, quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas desta ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

O Enem 2020 será aplicado na versão impressa nos dias 17 e 24 de janeiro e, na versão digital, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. (Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).

Edição: Nádia Franco



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Se Brasil tiver voto eletrônico em 2022, vai ser a mesma coisa dos EUA, diz Bolsonaro

 

Ao contrário de outros governos, que condenaram o episódio, a administração brasileira não se manifestou


Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR via BBC)

No dia seguinte à invasão do Congresso americano por vândalos, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (7) que a falta de confiança nas eleições levou "a este problema que está acontecendo lá" e que, no Brasil, "se tivermos voto eletrônico" em 2022, "vai ser a mesma coisa".

Na quarta-feira (6), a sessão de certificação do resultado da eleição de novembro foi interrompida quando uma turba inflamada pelo presidente Donald Trump invadiu o Capitólio.

Ao contrário de outros governos, que condenaram o episódio, a administração brasileira não se manifestou. Nesta quinta, Bolsonaro comentou a situação dos EUA com apoiadores no jardim do Palácio da Alvorada.

"O pessoal tem que analisar o que aconteceu nas eleições americanas agora. Basicamente, qual foi o problema, a causa dessa crise toda. Falta de confiança no voto. Então, lá, o pessoal votou e potencializaram o voto pelos correios por causa da tal da pandemia e houve gente lá que votou três, quatro vezes, mortos que votaram. Foi uma festa lá. Ninguém pode negar isso daí", disse Bolsonaro.

"Então, a falta desta confiança levou a este problema que está acontecendo lá. E aqui no Brasil, se tivermos o voto eletrônico em 22, vai ser a
mesma coisa", afirmou o presidente.

Nos 17 minutos de vídeo divulgados por um canal bolsonarista, o presidente da República fez diversos ataques à imprensa.

"A fraude existe. Daí a imprensa vai falar 'sem prova, ele diz que a fraude existe'. Eu não vou responder esses canalhas da imprensa mais. Eu só fui eleito porque tive muito voto em 18. Não estou falando que vou ser candidato ou que vou disputar as eleições", disse Bolsonaro.

O presidente brasileiro também criticou o fato de Trump ter tido suas redes sociais bloqueadas após publicações favoráveis aos invasores.
"Pode ver: ontem, nos Estados Unidos, bloquearam o Trump nas mídias sociais. Um presidente eleito, ainda presidente, tem suas mídias bloqueadas", declarou Bolsonaro.(Por Daniel Carvalho / Folhapress).


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Lula: EUA mostram o que pode acontecer no Brasil se Bolsonaro não for contido

 

Invasão ao Capitólio, Trump e Bolsonaro, e Lula (Foto: REUTERS/Stephanie Keith | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

O ex-presidente Lula afirmou, nesta quarta-feira, 6, que a invasão do Capitólio é um “alerta” para o Brasil “sobre o que ainda pode acontecer de pior aqui, se não for contido o autoritarismo de Bolsonaro e suas milícias, se continuarem sendo toleradas as violações à liberdade e aos direitos”.

“A invasão do Capitólio revela cruamente o que acontece quando se tenta substituir a política e o respeito ao voto pela mentira e pelo ódio, até mesmo num país que gosta de se apresentar como campeão da democracia”, escreveu no Twitter.

“Para o Brasil, é um alerta sobre o que ainda pode acontecer de pior aqui, se não for contido o autoritarismo de Bolsonaro e suas milícias, se continuarem sendo toleradas as violações à liberdade e aos direitos”, continuou.

Nesta quarta, apoiadores de Donald Trump, numa tentativa golpista, invadiram a sede do Legislativo norte-americano para impedir a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden no Congresso.(Brasil247).


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Pernambuco registra 1.511 novos casos da Covid-19 e 32 mortes em 24h

 

Testagem da Covid-19 - Foto: Breno Esaki/Agência Saúde


A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta quinta-feira (7), 1.511 casos da Covid-19. Entre os novos infectados, 68 (4,5%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.443 (95,5%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 228.451 casos confirmados da doença, sendo 29.667 graves e 198.784 leves.

Também foram confirmados 32 óbitos, ocorridos entre os dias 03 de dezembro de 2020 e 06 de janeiro de 2021. Com isso, o Estado totaliza 9.763 mortes pela Covid-19. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.(Por Portal Folha de Pernambuco).


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RS contabiliza meio milhão de pessoas afetadas pelas chuvas

  Dos 497 municípios, pelo menos 317 sofrem consequências dos temporais Lauro Alves/Secom As fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grand...