domingo, 11 de abril de 2021

MINISTÉRIO DA SAÚDE - Queiroga vê risco de oferta irregular de vacina e diz ter o dever de persuadir Bolsonaro

O ministro atribui o problema da vacinação a uma carência mundial por vacinas e diz que o Brasil negocia doses adicionais prontas na tentativa de acelerar a campanha

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga - Foto: Tony Winston/MS

Embora afirme que seu "objetivo número 1" no Ministério da Saúde será acelerar a vacinação contra a Covid-19, o novo titular da pasta, Marcelo Queiroga, admite que o cenário de oferta de doses ainda tende a enfrentar dificuldades até o segundo semestre.

"A partir do segundo semestre, conseguiremos ter mais doses disponíveis. O maior país a vacinar sua população é os Estados Unidos. Depois que conseguirem vacinar a população deles, vamos ter mais doses, é a nossa expectativa."

Em entrevista à Folha, em seu gabinete, no sábado (10), ele atribui o problema a uma carência mundial por vacinas e diz que o Brasil negocia doses adicionais prontas na tentativa de acelerar a campanha de imunização.

Após citar a previsão de vacinar 1 milhão de pessoas por dia, ele evita dar novas metas e diz que um dos impasses é a falta de liberação de doses pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). "Não posso chegar dando canetada na Anvisa."

Em meio à discussão sobre a possibilidade de compra de doses pela iniciativa privada, o novo ministro diz desconfiar da capacidade do setor de obter doses: "Quero ver para crer".

Questionado sobre discursos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que vão na contramão de pontos que defende, como uso de máscaras e isolamento, Queiroga nega atritos e diz que cabe a ele persuadir o chefe sobre as "melhores práticas" contra a Covid. "Se não conseguir, a falha é minha, e não do presidente."

Folha - O país chegou a 350 mil mortes pela Covid, e é hoje o segundo país no mundo em número de casos e mortes pela doença. Como avalia a situação da epidemia hoje?

Marcelo Queiroga - O que difere o cenário do ano passado para o atual é a esperança das vacinas.

Se me perguntar qual o objetivo número 1 da minha gestão, diria: implementar uma campanha de vacinação que possa em curto espaço de tempo atingir toda a população brasileira. Para isso, precisamos otimizar a gestão do Ministério da Saúde.

O presidente já editou uma medida provisória que deve ser publicada criando uma secretaria extraordinária para o enfrentamento à pandemia da Covid, que visa tornar mais eficientes as ações.

O primeiro ponto é ter uma comunicação mais pronta com a sociedade, levando as informações sobre o cenário epidemiológico e medidas preventivas.

Folha - Nos primeiros dias da sua gestão, o país tem atingido mais de 4.000 mortes por dia, o que mostra que a situação só se agrava. O sr. tem falado em campanhas de prevenção, mas isso ainda não saiu do papel. Qual o plano a curto prazo?

Marcelo Queiroga - Não deveríamos já ter uma medida mais dura diante desse número tão alto?Esse número de mortes que ocorre hoje é reflexo do que ocorreu. O que aconteceu: campanha política, feriado de Natal, férias, Carnaval que não teve Marquês de Sapucaí, mas que as pessoas estavam todas nas suas casas fazendo festinha. É reflexo dessas ações.

Precisamos ter eficácia na comunicação para adquirir a confiança da sociedade em adotar as medidas que são necessárias para frear a circulação do vírus.

Na minha primeira manifestação à imprensa, citei a pátria de chuteiras na Copa do Mundo e falei em termos uma pátria de máscaras. E é nítido que já houve uma mudança em relação a esse ponto no governo. Considero que devia já ter esse crédito de conseguir que as pessoas tenham maior adesão no uso das máscaras.

Além disso, vamos lançar a secretaria extraordinária e ter iniciativas publicitárias. O foco principal é vacina, usar as máscaras e estimular o distanciamento entre as pessoas.

Folha - O sr. diz que pretende acelerar a vacinação. Como vai garantir que isso ocorra? Logo após chegarmos a 1 milhão de doses ao dia, já não foi possível manter essa meta e algumas cidades tiveram de interromper campanhas por falta de doses.

Marcelo Queiroga - Há um problema mundial de carência de vacinas. Precisamos do IFA [insumo usado para fabricação] que vem da China e às vezes atrasa, e por isso muda o calendário. Mas o canal de negociação diplomática tem sido o melhor possível, e a negociação com a China é excelente.

É uma luta diária. Temos uma estimativa de doses a serem aplicadas que depende da produção, da indústria, das entregas, da importação de doses prontas. Já eram para ter sido entregues doses do Covax Facility, por exemplo.

Folha - Mas o Brasil não poderia ter garantido alguns acordos mais cedo para evitar essa falta de doses agora?

Marcelo Queiroga - O Brasil fez um acordo com a AstraZeneca. Essa vacina não foi a primeira a ser usada para vacinar, foi a Pfizer. Mas, em maio de 2020, ninguém falava nada da Pfizer, só da AstraZeneca.A carência é realmente uma situação mundial, e o Brasil está empenhado em conseguir as doses necessárias.

Folha - Mas de que forma? Há possibilidade de mais acordos?

Marcelo Queiroga - Sim, há possibilidade. Mas são assuntos privados entre governos, indústrias que ainda não podemos revelar, por questões de confidencialidade.

Folha - Em quanto tempo podemos ter toda a população vacinada?

Marcelo Queiroga - O nosso objetivo é acelerar a campanha sobretudo nos próximos três meses, até para dar uma satisfação para a sociedade.

Estamos buscando com as indústrias que têm doses prontas para que seja antecipada a entrega via Covax Facility e relações bilaterais. Mas os outros países também têm essa necessidade, e por isso não é simples.

Folha - O seu antecessor, por exemplo, falava em ter metade da população vacinada até julho. O sr. mantém essa meta diante desses impasses?

Marcelo Queiroga - Temos 20 milhões de doses negociadas pelo governo com a Bharat Biotech [fabricante de vacina indiana Covaxin]. E a Anvisa não aprovou até esse momento.

Não posso chegar dando canetada na Anvisa, que é uma agência regulatória. Mas eu teria mais doses em março e abril, como estava no calendário anterior, e a Anvisa não aprovou.

Folha - Mas não aprovou porque não recebeu dados de segurança e eficácia?

Marcelo Queiroga - Sim. Mas falam: "Vocês não se antecipam [em obter doses]". E nos antecipamos em negociar com a Bharat Biotech, mas que ainda não passou pela chancela da Anvisa.

É questão técnica. Preciso como ministro da Saúde respeitar o marco regulatório da Anvisa.

Folha - E o Ministério da Saúde não tem outros planos?

Marcelo Queiroga - Buscar doses prontas de outras indústrias, de outras já aprovadas. Mas não é simples. E não quero estabelecer metas.
Temos 37 mil salas de vacinação no Brasil. Se tivéssemos doses suficientes, conseguiríamos vacinar 2,4 milhões de brasileiros todos os dias. O Brasil já é o quinto país com mais doses distribuídas. Pode avançar mais, mas só vamos conseguir se tivermos vacina.

Folha - Por quanto tempo ainda vamos ter essa dificuldade em obter doses?

Marcelo Queiroga - A partir do segundo semestre conseguiremos ter mais doses disponíveis. O maior país a vacinar a população é os Estados Unidos. Depois que conseguirem vacinar a população deles, vamos ter mais doses, e essa é a nossa expectativa.

Folha - Então teremos um cenário irregular ainda até o segundo semestre?

Marcelo Queiroga - É possível. Mas estamos trabalhando para ter mais doses agora.

Folha - No mesmo dia em que o sr. saiu de uma reunião do comitê de enfrentamento à Covid, o sr. defendeu isolamento e máscaras, e o presidente duas horas depois disse o oposto. Esse discurso duplo não é prejudicial? É meu dever persuadir meu presidente em relação às melhores práticas. Se eu não conseguir, a falha é minha, e não do presidente.

Marcelo Queiroga - Ele foi eleito para governar o país. Eu me vacinei contra a Covid, e, antes de chegar aqui, me vacinei contra qualquer tipo de intriga. Não estou aqui para fazer política na saúde, mas de saúde.

Folha - O sr. acha que tem conseguido persuadir o presidente? Ele fala em se vacinar, mas nunca diz quando.

Marcelo Queiroga - É uma decisão pessoal. A Constituição assegura a privacidade. Não só o presidente, mas todos os brasileiros que estejam dentro do grupo prioritário têm de ser vacinados. Mas a decisão tem de ser do presidente.

Não vamos resolver essas coisas na base da lei. Lei para usar máscara funciona? Não funciona, é preciso a população aderir. Lei para não roubar funciona? Não, estão roubando aí. Não é na base do grito que vamos resolver. É do diálogo, e estou aqui para isso.

Por que estou viajando e indo aos hospitais? Não é para verificar se as pessoas estão morrendo de Covid, como estão dizendo. Estou indo para ver a condição assistencial e como posso ajudar a sair desse cenário.

Folha - Como vê a possibilidade de uma CPI sobre a gestão da Covid?

Marcelo Queiroga - CPI é questão do Parlamento. Eu cuido da Saúde. Se acharem que devo ir lá fazer esclarecimentos, irei. É decisão judicial, e decisão cumpre-se.

Folha - Estudos recentes já apontam ineficácia da cloroquina para a Covid, mas o ministério ainda tem um documento que orienta o uso do remédio e chegou a distribuir milhões de unidades. Vai interromper essa oferta?

Marcelo Queiroga - Vamos fazer uma linha de cuidado colocando de maneira clara todos os fármacos que são considerados e qual a evidência que existe em relação ao uso deles. Mas naturalmente preservando a autonomia dos médicos. Essas prescrições off-label não são só da cloroquina e hidroxicloroquina.

Não vim aqui para discutir cloroquina, vim para gerir o Ministério da Saúde. Há uma série de outros medicamentos que são off-label, estão sendo usados e não têm evidencia científica sólida. E os médicos são autônomos, ninguém critica.

Folha - Mas hoje o ministério já deixa a critério do médico essa decisão da cloroquina. E vemos que a própria OMS...

Marcelo Queiroga - [interrompe] Se o que estava sendo feito tivesse surtido o resultado desejado, eu não seria o ministro da Saúde. Já chamei a comunidade científica, os técnicos do ministério, médicos assistenciais, e vamos buscar um caminho de convergência em cima das condutas que comprovadamente funcionam.

Folha - Mas já há estudos nível A que mostram ineficácia?

Marcelo Queiroga - Em determinados subgrupos. Não é um retrato, é uma amostra. Mas não vim discutir cloroquina, mas vacina.

Folha - O sr. já disse que pretende negociar diretrizes com planos de saúde. Quais seriam?

Marcelo Queiroga - O setor de saúde suplementar tem 48 milhões de beneficiários. Queremos saber os resultados obtidos, qual a mortalidade nas UTIs da saúde suplementar. Quero saber quantos pacientes da saúde suplementar ocupam leitos públicos.

E vamos discutir essa questão da vacina. Se vai ser colocado no rol [de cobertura obrigatória dos planos de saúde] ou não, depende da ANS [agência que regula o setor].

Não vou chegar e intervir. Mas estou trazendo esse tema porque precisa ser discutido.

Folha - Incluir a vacina no rol de cobertura dos planos não gera atrito com a estratégia do Programa de Imunizações, de ofertar vacina a todos pelo SUS?

Marcelo Queiroga - O PNI tem condição de vacinar todos os brasileiros, mas existe uma lei no Congresso que inclui a participação da iniciativa privada. O senhor é contra ou a favor? Não interessa, lei é para ser cumprida.
Se há uma lei que diz que o privado participa, nada mais lógico do que discutir isso na saúde suplementar. Mas precisa ver o impacto disso no orçamento das operadoras.

Folha - Vê riscos na nova discussão no Congresso [sobre ampliação da participação da iniciativa privada]?

Marcelo Queiroga - Não vejo riscos, mas vejo dificuldade de a iniciativa privada conseguir vacinas.

O Brasil, que tem diplomacia forte, já tem dificuldade em conseguir vacinas. Muita gente chega aqui dizendo que vai conseguir. Ótimo, traz, coloca no PNI ou vacina seus funcionários. Quero ver para crer.

Folha - O sr. já se posicionou a favor do isolamento, mas disse ser contra o lockdown afirmando que medidas restritivas não funcionam...

Marcelo Queiroga - [interrompe] Não acho isso [que não funciona]. O que digo é que uma medida homogênea para um país continental não se aplica, e isso tem que ser avaliado de acordo com o cenário epidemiológico de cada município e cada estado.

Folha - E em que casos um lockdown pode ser necessário?

Marcelo Queiroga - Vamos fazer até o fim desta semana um protocolo a respeito desse tema. Mas antes de medidas extremas temos que fazer o dever de casa, que é usar máscara, lavar mãos, aumentar a testagem, ter uma política de disciplina nos transportes urbanos.

MARCELO QUEIROGA
Médico cardiologista, é o quarto ministro a assumir a Saúde em meio à pandemia da Covid-19. É formado em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba (1988), com residência médica no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro, e treinamento em hemodinâmica e cardiologia intervencionista na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Antes de assumir o ministério, era presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. (Por Folhapress).


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Nova lei de trânsito entra em vigor nesta segunda-feira

 

Mudanças incluem aumento de validade e do limite de pontos na CNH

Divulgação/DETRAN-PE

As alterações promovidas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) entram em vigor a partir desta segunda-feira (12). As mudanças foram sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro em outubro do ano passado, quando ficou definido que a vigência passaria a ocorrer 180 dias após a sanção.

A partir de agora, os motoristas devem ficar atentos aos novos prazos de renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), ao número de pontos que podem gerar a suspensão de dirigir e à punição de quem causar uma morte ao conduzir o veículo após ter ingerido bebida alcoólica ou ter usado drogas.

Os exames de aptidão física e mental para renovação da CNH não serão mais realizados a cada cinco anos. Agora, a validade será de dez anos para motoristas com idade inferior a 50 anos; cinco anos para motoristas com idade igual ou superior a 50 anos e inferior a 70 e três anos para motoristas com idade igual ou superior a 70 anos. 

Sobre a pontuação, a lei agora estabelece uma gradação de 20, 30 ou 40 pontos em 12 meses conforme haja infrações gravíssimas ou não. Atualmente, a suspensão ocorre com 20 pontos, independentemente do tipo de infração.

Dessa forma, o condutor será suspenso com 20 pontos se tiver cometido duas ou mais infrações gravíssimas; com 30 pontos se tiver uma infração gravíssima; e com 40 pontos se não tiver cometido infração gravíssima no período de 12 meses.

Os condutores que exercem atividades remuneradas terão seu documento suspenso com 40 pontos, independentemente da natureza das infrações. Essa regra atinge motoristas de ônibus ou caminhões, taxistas, motoristas de aplicativo ou moto-taxistas. Se esses condutores participarem de curso preventivo de reciclagem ao atingir 30 pontos, em 12 meses, toda a pontuação será zerada.

As novas regras proíbem que condutores condenados por  homicídio culposo ou lesão corporal sob efeito de álcool ou outro psicoativo tenham pena de prisão convertida em  alternativas.

Cadeirinhas

O uso de cadeirinhas no banco traseiro passa a ser obrigatório para crianças com idade inferior a 10 anos que não tenham atingido 1,45 metro de altura. Pela regra antiga, somente a idade da criança era levada em conta.

Recall

Nos casos de chamamentos pelas montadoras para correção de defeitos em veículos (recall), o automóvel somente será licenciado após a comprovação de que houve atendimento das campanhas de reparo. 

Motociclistas

Para os motociclistas, a nova lei restringe a circulação de crianças na garupa das motos. Antes, a legislação permitia que crianças maiores de sete anos podiam ir na garupa. Agora, a idade mínima para levar uma criança na moto é 10 anos.

Andar com o farol da motocicleta apagado passará a ser considerada infração média, sujeita a multa de R$ 130,16. Antes, isso era considerado como infração gravíssima, sujeita a multa e apreensão da CNH e até suspensão do direito de pilotar. 

Pilotar motocicleta sem viseira ou óculos de proteção ou com a viseira levantada passa  ser uma infração média, com multa de R$ 130,16. Antes, era considerada infração gravíssima andar sem viseira e infração leve pilotar com viseira levantada ou danificada. (Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Pedro Ivo de Oliveira



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Procurador da Lava Jato, que derrubou Dilma e abriu caminho para Bolsonaro, agora pede impeachment (vídeo)

 

Carlos Fernando dos Santos Lima (Foto: Reprodução)

O ex-procurador federal Carlos Fernando dos Santos Lima, que atuou na Operação Lava Jato ao lado do procurador Deltan Dallagnol e do ex-juiz Sergio Moro, declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF), manifestou apoio ao impeachment de Jair Bolsonaro.

Em vídeo publicado pelo Congresso em Foco neste domingo (11), Carlos Fernando dos Santos Lima culpa Bolsonaro pelo caos sanitário em que se encontra o Brasil. O ex-procurador também afirma categoricamente que Bolsonaro cometeu "crimes de responsabilidade". "Destruiu o combate à corrupção, aparelhou órgãos de Estado para defender seus filhos e, principalmente, é o principal responsável pelo número de mortes nesta pandemia. Manaus é culpa dele. Nós não temos vacina por culpa dele".

O curioso é que a Lava Jato foi a grande responsável pelo golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016, que representou uma das maiores rupturas democráticas do país. Além disso, a força-tarefa perseguiu o ex-presidente Lula e o deixou de fora da eleição de 2018, abrindo caminho para Bolsonaro. (247).


Morre em Paulista, aos 115 anos, um dos homens mais velhos de Pernambuco

 

Seu Antônio deixa a esposa, filhos, netos, bisnetos e muitos amigos (Foto: Hesíodo Góes/Esp.DP)

Com uma longa trajetória de superação, faleceu, neste domingo (11), aos 115 anos, vítima do agravamento de problemas respiratórios, o aposentado Antônio Manoel da Silva. Ele ficou conhecido, recentemente, como o homem mais velho de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, ao receber a imunização contra a Covid-19. No último dia 23 de março, o Diario contou um pouco da história do idoso, residente em Maranguape II, que esbanjava alegria e fazia planos para o futuro. O sepultamento acontece, no fim da tarde, no Cemitério do Guadalupe, em Olinda.

“O prazer que eu tenho na vida é tomar essa vacina. Minha saúde está toda boa, não sinto nada, e como o que aparecer: batata, jerimum.  Não tem segredo, estou satisfeito”, contou à reportagem, à época. Seu Antônio teve 23 filhos e era casado, há 40 anos, com dona Josefa Guilhermina, de 72 anos, que amargou os dias em que o companheiro esteve hospitalizado. Ao longo da vida, ele trabalhou por muito tempo como carroceiro para alimentar e sustentar a família grande.

A Prefeitura do Paulista divulgou uma nota de pesar pela morte do cidadão centenário: “É com profundo pesar que lamentamos o falecimento de Seu Antônio Manoel da Silva, aos incríveis 115 anos de idade. Ele honrou sua missão aqui na terra com maestria, nos trazendo ensinamentos que jamais serão esquecidos. Agradecemos todos os ensinamentos que ficarão marcados para sempre em nossa memória. Manifestamos também nossa consternação e prestamos nossas condolências aos familiares amigos, pedindo que todos sejam confortados nesse momento de dor. (Por: Diario de Pernambuco).

Flamengo bate Palmeiras nos pênaltis e leva Supercopa do Brasil

 

Os rubro-negros conquistaram o bicampeonato da competição

Lucas Figueiredo/CBF

Em jogo eletrizante, o atual campeão Brasileiro, Flamengo, venceu neste domingo (11) o atual campeão da Copa do Brasil, Palmeiras, pelo placar de 6 a 5, nos pênaltis, e levou o bicampeonato da Supercopa do Brasil. Durante os 90 minutos, mais acréscimos, o jogo terminou empatado por 2 a 2. O confronto, que teve transmissão da Rádio Nacional, foi realizado no estádio Mané Garrincha, em Brasília. 

Os cariocas conquistaram o bicampeonato da competição, já que no ano passado levantaram o caneco após bater o Athletico Paranaense por 3 a 0, também na capital federal. Nesta atual edição da Supercopa, o campeão levou R$5 milhões de reais de premiação pela conquista, já o vice-campeão embolsou R$2 milhões de reais. 

Mal começou a partida, o Verdão saiu na frente. Com um minuto de bola rolando, o goleiro Diego Alves, do Flamengo, deu um chutão para frente. Em seguida, Felipe Melo, do Palmeiras, rebateu de cabeça encontrando Raphael Veiga, que deu um drible desconcertante em Willian Arão e finalizou no canto esquerdo do goleiro rubro-negro, que não conseguiu evitar o gol.

Após gol sofrido, o time carioca se lançou ao ataque, mas quem chegou com perigo mais uma vez foi o Alviverde, em um chute cruzado de Roni defendido por Diego Alves aos 16. Logo na sequência, aos 17, o Flamengo chegou com perigo em um chute de Diego, de longa distância, que provocou difícil defesa do goleiro Weverton.

Na melhor jogada rubro-negra até os 18, Bruno Henrique foi até a linha de fundo, deu um passe de calcanhar para chileno Isla, que encontrou De Arrascaeta na entrada da grande área. O uruguaio bateu colocado e a bola saiu à esquerda de Weverton.

Aos 22, a equipe comandada pelo técnico Rogério Ceni conseguiu transformar a pressão em gol. De Arrascaeta passou para Filipe Luís, que fez bela jogada individual e acertou a trave. Na sequência, Gabigol, com liberdade, na pequena área, apenas teve o trabalho de empurrar para o fundo da rede.

Aos 28, foi a vez do Palmeiras ameaçar o adversário. Wesley, em uma precisa enfiada de bola, encontrou Breno Lopes atrás da zaga rubro-negra. O jogador do time paulista limpou Diego Alves e bateu rasteiro. Praticamente na linha, Diego evitou o gol.

Dez minutos depois, aos 38, o técnico palmeirense Abel Ferreira reclamou acintosamente e, consequentemente, tomou cartão vermelho. Aos 39, Isla derrubou Wesley próximo da linha da grande área. O árbitro Leandro Pedro Vuaden (RS) marcou pênalti. Contudo, o árbitro de vídeo (VAR) Wagner Reway (PB) avisou Vuaden que a falta foi cometida fora da área. Sendo assim, o árbitro voltou atrás no lance e não marcou pênalti. Na cobrança de falta, Raphael Veiga bateu forte, no ângulo esquerdo, implicando em grande defesa de Diego Alves.

O jogo permaneceu movimentado até o final do primeiro tempo. Aos 44, foi a vez de Gabigol deixar Bruno Henrique cara a cara com Weverton, que conseguiu evitar a virada. Porém, nos acréscimos da primeira etapa, De Arrascaeta chutou colocado no canto direito de Weverton, que, desta vez, não conseguiu bloquear. O Flamengo saiu com a vitória por 2 a1 ao final de um primeiro tempo bem disputado.

Flamengo e Palmeiras ficaram no empate  em 2 a 2 no tempo normal de jogo.
Flamengo e Palmeiras ficaram no empate em 2 a 2 no tempo normal de jogo. - Lucas Figueiredo/CBF/Direitos Reservados

A segunda etapa começou como terminou a primeira: bastante movimentada. Aos 10, o Flamengo quase chegou ao terceiro gol em um chute de fora da área de Gabigol. A bola saiu à esquerda de Weverton. Três minutos depois, aos 13, foi a vez do Verdão responder com Danilo, que limpou a marcação de dois adversários e bateu no canto esquerdo de Diego Alves, que conseguiu evitar o empate. E não parou por aí. Em duas cabeçadas, aos 16, do paraguaio Gustavo Gómes e aos 18, com Gabriel Veron, os palmeirenses quase igualaram o marcador.

O Flamengo voltou a incomodar somente aos 24. Everton Ribeiro fez jogada individual e deixou Gabigol cara a cara com Weverton, mas o atacante acabou desperdiçando a oportunidade. Dois minutos depois, aos 26, Roni sofreu pênalti. O jogador palmeirense foi puxado pela camisa por Rodrigo Caio. Raphael Veiga bateu colocado, rasteiro, no canto esquerdo de Diego Alves, que não conseguiu intervir no lance. Tudo igual no Mané Garrincha, dois para cada lado no placar.

Após empate, o jogo continuou com ritmo forte. Aos 39, o Flamengo chegou muito perto de voltar à frente do placar em chute de Vitinho, que após defesa de Weverton, a bola bateu na trave e, na sequência, ficou nas mãos do goleiro palmeirense. Em seguida, nos acréscimos, aos 48, Gabigol chutou e, em cima da linha, Weverton conseguiu se recuperar e fazer a defesa. O árbitro Vuaden chegou a checar no monitor do VAR se a bola ultrapassou a linha e constatou que não foi gol.

Antes de terminar o jogo, o auxiliar técnico João Martins, do Palmeiras, foi expulso por reclamação. Após empate de 2 a 2 durante os 90 minutos, mais acréscimos, a taça da Supercopa do Brasil foi decidida nos pênaltis.

Diego Alves pegou três pênaltis na disputa da Supercopa do Brasil.
Diego Alves pegou três pênaltis na disputa da Supercopa do Brasil. - Marcelo Cortes / Flamengo

Nas penalidades, o goleiro flamenguista Diego Alvez brilhou e defendeu três pênaltis, garantindo a vitória por 6 a 5. Pelo lado do Palmeiras, que deu início às cobranças, Raphael Veiga, Gustavo Gómes, Gustavo Scarpa, Matías Viña, Gabriel Veron converteram. Já Luan, Danilo, Gabriel Menino e Mayke desperdiçaram para os paulistas.

Pelo lado do Flamengo, De Arrascaeta, Vitinho, Gabigol, João Gomes, Michael e Rodrigo Caio colocaram a bola no fundo da rede. O trio Filipe Luís, Matheuzinho e Pepê perdeu. (Por Rafael Monteiro - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro).

Edição: Gustavo Faria



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Pernambuco registra 787 novos casos e 59 óbitos por Covid-19 nas últimas 24h

 

O estado tem 312.359 pacientes recuperados da doença


Teste de coronavírus - Foto: Juan Barreto/AFP

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), neste domingo (11), o estado registrou, nas últimas 24 horas, 787 novos casos de Covid-19, sendo 86 (11%) de Síndrome Respiratória Agude Grave e 701 (89%) leves. Com a atualização, já são 369.487 infectados pela doença desde o início da pandemia.

Também foram confirmados laboratorialmente 59 novos óbitos, ocorridos entre os dias 4 de junho de 2020 e o último sábado, 10 de abril. 

As novas mortes são de pessoas residentes dos municípios de Recife (10), Jaboatão dos Guararapes (6), Abreu e Lima (2), Bonito (2), Camaragibe (2), Goiana (2), Igarassu (2), Ipojuca (2), Itapemirim (2), Nazaré da Mata (2), Paudalho (2), Paulista (2), Santa Cruz do Capibaribe (2), Serra Talhada (2), Barreiros (1), Bezerros (1), Buíque (1), Canhotinho (1), Custódia (1), Flores (1), Ipubi (1), Itambé (1), Itapissuma (1), Lagoa do Carro (1), Lajedo (1), Petrolândia (1), Ribeirão (1), Salgueiro (1), São Bento do Una (1), São Lourenço da Mata (1), Surubim (1), Timbaúba (1), Vitória de Santo Antão (1). 

Com isso, Pernambuco totaliza 12.803 mortes pela doença, de pacientes com idades entre 23 e 94 anos.

As faixas etárias são: 20 a 29 (1), 30 a 39 (3), 40 a 49 (3), 50 a 59 (7), 60 a 69 (18), 70 a 79 (17), 80 ou mais (10). 

Do total, 41 tinham doenças pré-existentes: diabetes (19), doença cardiovascular (17), hipertensão (17), tabagismo/histórico de tabagismo (6), doença renal (4), doença respiratória (4) câncer (3), obesidade (3), Alzheimer (1), doença hematológica (1) – um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Os demais seguem em investigação. 

Ainda segundo o boletim da SES-PE, o estado tem 312.359 pacientes recuperados da doença. Destes, 21.949 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, e 290.410 eram casos leves. (Por Portal Folha de Pernambuco).


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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

  Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...