segunda-feira, 18 de março de 2024

Malafaia diz que manifestação era para intimidar o STF e ameaça em caso de prisão de Bolsonaro: "o negócio vai ficar feio"

Pastor-empresário admitiu que o objetivo do ato era emparedar o Judiciário para impedir a prisão de Jair Bolsonaro por sua participação em uma suposta tentativa de golpe

Silas Malafaia, Jair e Michelle Bolsonaro (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)


Em uma live com a apresentadora bolsonarista Antonia Fontenelle, o pastor-empresário Silas Malafaia contou bastidores sobre a organização da manifestação bolsonarista de 25 de fevereiro, na Av. Paulista. Ele admitiu que o objetivo do ato era emparedar o Supremo Tribunal Federal (STF), visando impedir a prisão de Jair Bolsonaro (PL) por sua participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado. Ele ainda faz uma ameaça, afirmando que "o negócio vai ficar feio" caso o ex-mandatário seja levado à cadeia. - 247.




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Primeiro ano do governo Lula 3 tem menor desemprego desde 2015 e o maior crescimento da massa salarial desde 1995

Balanço apresentado na primeira reunião ministerial de 2024 também apontou melhoria nos dados e indicadores das áreas de saúde, economia e educação

Luiz Inácio Lula da Silva e atividades na indústria (Foto: Ricardo Stuckert/PR | ABR)


O balanço do primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aponta que o Brasil registrou a menor taxa de desemprego desde 2015 e o maior crescimento da massa salarial desde 1995.

Além de ser a menor taxa de desemprego desde 2015, o índice de 2023, que foi de 7,8%, registrou queda de 19% em relação ao ano de 2022. “Vamos trabalhar para que, em janeiro do ano que vem, nós possamos ter uma outra coluna expressando queda no mesmo ritmo que nós fizemos”, afirmou Costa. Já a redução de 20% do IPCA, que ficou em 4,62%, evidenciou a inflação em queda e dentro da meta. 

A ampliação dos repasses aos estados e municípios pelo Fundo Nacional de Saúde foi de 20%, saindo dos R$ 60,39 bilhões em 2022 para R$ 72,36 bilhões em 2023 também foi destacado durante a reunião. Já pelo Fundo Nacional de Segurança Pública, a elevação dos repasses para os estados foi de 19%, saindo de R$ 986,4 milhões para R$ 1,17 bilhão.

“O aumento do repasse de recursos é a expressão do que é cuidar de gente, cuidar das pessoas. São recursos que são executados pelos municípios e pelos estados, significa que são recursos que diretamente chegam na ponta. Isso expressa também a retomada do respeito ao Pacto Federativo, o respeito ao município, ao estado, independente de quem é prefeito ou governador”, destacou o ministro.

Outro destaque foi a retomada do programa Bolsa Família, que atingiu o maior valor médio pago às famílias, de R$ 680,60, além de registrar o maior número de pessoas alcançadas, totalizando 55,7 milhões de beneficiários “O programa de transferência de renda, que tinha sido modificado para unipessoal, volta ao conceito de cuidar das famílias brasileiras, das que mais precisam”, apontou.

Dentro da política de reforço e de apoio aos municípios, o Programa Mais Médicos também atingiu o maior número de profissionais: 25.421, aumento de 85% em relação a 2022. “Na criação (do programa), nós tínhamos muitos médicos de outros países, mas nessa versão dos Mais Médicos, nós tivemos a felicidade de ver quase a totalidade de médicos brasileiros, e uma surpresa positiva é que, na maioria das regiões, os médicos eram das próprias regiões”, ressaltou o ministro.

Também houve a ampliação da gratuidade do Farmácia Popular. A média mensal de pessoas beneficiadas pelo programa em 2023 foi de 9,3 milhões — alta de 13% em relação ao ano anterior.

Confira outros resultados de 2023 apresentados na reunião ministerial:

EDUCAÇÃO

  • Reajuste no valor da merenda escolar: R$ 5.296,4 milhões, crescimento de 48%
  • Valor pago de fomento às escolas em tempo integral: R$ 1.916,85 milhões, maior que a soma de todo o período de 2017 a 2022
  • Valor pago para alfabetização: R$ 294,81 milhões, crescimento de 32%

CIDADES, CAMPO E MEIO AMBIENTE

  • Redução do desmatamento na Amazônia: queda de 22%
  • Valor das contratações do Plano Safra: R$ 344,6 bilhões; crescimento de 11%
  • Recorde nas exportações do agronegócio: US$ 166,5 bilhões; crescimento de 5%
  • Recomposição do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA): R$ 1.030,2 milhões crescimento de 79%
  • Retomada do investimento em acesso à água em áreas rurais: R$ 439 milhões, 19 vezes maior
  • Ampliação da liberação de recursos para Luz para Todos: R$ 1.270,7 milhões, aumento de 26%

ECONOMIA

  • Aumento de 61% do saldo da balança comercial, que ficou em US$ 98,9 bilhões — o maior de toda a série
  • Investimento recorde de R$ 10 bilhões na Ciência e Tecnologia, crescimento de 79% em comparação com 2022
  • Ampliação de projetos financiados pelo Fundo de Ciência e Tecnologia: 670, mais projetos em 2023 do que na soma de 2019 a 2022 - 247.


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Indícios mostram que Braga Netto atuou na coordenação, mobilização e captação de recursos para o 8/1

Depoimentos dos ex-comandantes da Aeronáutica e do Exército colocaram o ex-ministro no centro da trama golpista

Braga Netto (Foto: Isac Nóbrega/PR)

Os depoimentos dos ex-comandantes da Aeronáutica e do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes e o brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, respectivamente, trouxeram detalhes sobre os bastidores da trama golpista que ajudaram a complicar a situação de Jair Bolsonaro (PL), mas, para a Polícia Federal, o alvo que mais interessa agora não é o ex-presidente. O foco, segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, está dirigido ao general Walter Braga Neto, que foi candidato a vice na chapa encabeçada pelo ex-mandatário. 

Os investigadores consideram que a atuação de Bolsonaro no caso está esclarecida, mas há indícios de que Braga Neto desempenhou um papel fundamental na coordenação, mobilização e captação de recursos para os ataques que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro do ano passado.

Segundo a reportagem, embora o inquérito que investiga a trama golpista não deva esclarecer completamente o roteiro do 8 de janeiro, incluindo planejamento, liderança e financiamento, vários elementos serão transferidos para outro inquérito relacionado às milícias digitais, conduzido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Uma troca de mensagens datada de 27 de dezembro de 2022, entre Braga Neto e um assessor de Bolsonaro, Sérgio Rocha Cordeiro, levantou suspeitas. Nessa comunicação, Braga Neto é questionado sobre o envio do currículo de uma mulher para um cargo no governo. “Faltavam três dias para a posse de Lula, que já tinha sido inclusive diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral, mas Braga Netto respondeu: "’se continuarmos, poderia enviar para a Sec. Geral. Fora isso vai ser foda’”.

Ainda conforme a reportagem, “para a PF, a mensagem é um sinal de que " os investigados ainda estavam empreendendo esforços para tentar um Golpe de Estado e acreditavam na consumação do ato, impedindo a posse do governo legitimamente eleito".

Além disso, evidências sugerem que Braga Neto estava envolvido na coordenação das milícias digitais, responsáveis por mobilizar apoiadores de Bolsonaro para os eventos que culminaram no dia 8 de janeiro. A PF observa que, após a perda de gabinetes na Esplanada dos Ministérios, os líderes golpistas se tornaram mais dependentes das redes de mensagens, como WhatsApp e Telegram.

Outros indícios, ainda não divulgados, estão sendo investigados, incluindo informações contidas no computador apreendido de Braga Neto na sede do PL. A PF espera encontrar evidências de que o general, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, também estava envolvido na captação de recursos para o golpe. - 247.


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Ativistas repudiam absolvição de PMs que mataram e arrastaram mulher

Decisão do juiz, que foi divulgada agora, diz que policiais agiram em legítima defesa, repelindo agressão de criminosos, mas atingiram "pessoa diversa da pretendida"

Ativistas protestam contra absolvição de PMs que mataram e arrastaram mulher (Foto: Mídia NINJA)


“Estou chocada. Nenhuma responsabilidade [foi] atribuída aos policiais que mataram e arrastaram o corpo de uma mulher negra, mãe e trabalhadora”. Assim reagiu a diretora executiva da organização civil Criola, Lucia Xavier, ao tomar conhecimento, pela Agência Brasil, da absolvição dos policiais militares (PMs) acusados da morte de Claudia Silva Ferreira, arrastada por cerca de 350 metros, por uma viatura, no Rio de Janeiro, no dia 16 de março de 2014. A Polícia Militar fazia operação nessa data, no Morro da Congonha, em Madureira, zona norte da cidade, onde Claudia morava.

A decisão da Justiça saiu no dia 22 de fevereiro, mas somente agora foi divulgada. "Os acusados agiram em legítima defesa para repelir injusta agressão provocada pelos criminosos, incorrendo em erro na execução, atingindo pessoa diversa da pretendida", entendeu o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. A investigação da Polícia Civil, porém, indicou que a bala que atingiu a mulher no pescoço partiu do local onde estavam os militares, que trocavam tiros com traficantes.

No X (antigo Twitter), a Rede de Observatórios de Segurança postou mensagem lembrando que há 10 anos, Cláudia Ferreira foi morta por policiais e arrastada por uma viatura por cerca de 350 metros. "A auxiliar de serviços gerais era mãe de quatro filhos e cuidava de mais quatro sobrinhos. No momento do crime, ela estava indo comprar o café da manhã das crianças”, lembrou a mensagem. O caso é marcado pela brutalidade da violência policial, disse a Rede.

“Para nós, fica mais uma vez a sensação de injustiça perante uma vida negra e favelada tirada pela ação violenta e racista de agentes do Estado”, protestou a organização não governamental (ONG) Justiça Global, que questionou: ”Quantos mais têm que morrer para essa guerra acabar?”

A vereadora Monica Benício (PSOL), viúva de Marielle Franco, afirmou que este é “mais um absurdo" do Judiciário brasileiro. "Mais uma decisão baseada no racismo e elitismo que imperam na nossa sociedade.”

A Anistia Internacional no Brasil disse que a notícia traz "tristeza e desalento". A instituição criticou a decisão do juiz e destacou o uso que ele fez da palavra "erro de execução," ao citar os tiros que teriam atingido Cláudia por engano. Segundo a Anistia, esses erros se "repetem contra as mesmas pessoas e destroem as mesmas vidas, as mesmas famílias". E que o caso mostra mais uma vez a desumanização da vítima e das pessoas negras.

CORPO ARRASTADO - Depois de baleada em tiroteio entre policiais e traficantes, Claudia foi colocada no porta-malas de uma viatura militar para ser levada a uma unidade de saúde mas, no trajeto, a porta se abriu e ela ficou pendurada no veículo, sendo arrastada por cerca de 350 metros. Os policiais não pararam para socorrê-la, mesmo sendo alertados por pessoas que estavam na rua.

No entender da Justiça, Claudia ficou na linha de frente durante o confronto armado. Como os traficantes se achavam em uma área de mata, o que teria prejudicado a visibilidade dos policiais, o juiz concluiu que estes estavam amparados “pela excludente de ilicitude de legítima defesa". O juiz determinou também que o traficante que trocou tiros com os agentes no dia da morte de Claudia, Ronald Felipe dos Santos, ora foragido da Justiça, irá a júri popular. - Por Alana Gandra, repórter da Agência Brasil.


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Atividade econômica do Brasil cresce 0,60% em janeiro e supera expectativas, mostra IBC-Br

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br - considerado um sinalizador do PIB - teve alta de 3,45%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 2,47%

Moedas de reais (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)


A atividade econômica do Brasil iniciou 2024 com crescimento bem acima do esperado em janeiro, mostraram dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira, reforçando a visão de que a economia passa por um momento favorável mesmo que tenha desacelerado em relação ao final do ano passado.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou avanço de 0,60% no primeiro mês do ano, de acordo com dado dessazonalizado.

O resultado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,26% e marcou o quinto mês seguido no azul.

No entanto, mostrou desaceleração em relação à alta de 0,82% de dezembro, em dado não revisado pelo BC.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 3,45%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 2,47%, de acordo com números observados.

Em janeiro, dados do IBGE mostraram que os destaques foram os setores de varejo e serviços. As vendas varejistas registraram o maior aumento no volume de vendas em um ano, de 2,5%, enquanto os serviços cresceram pelo terceiro mês seguido, a uma taxa de 0,7% na comparação mensal.

Esses resultados compensaram a maior queda da produção industrial em quase três anos, de 1,6% em janeiro sobre o mês anterior.

A economia brasileira vem passando por um bom momento beneficiada pelo mercado de trabalho apertado, massa salarial crescente e inflação controlada.

De acordo com especialistas, esse cenário tende a se manter ao menos até meados do ano, quando a economia deve entrar em ritmo de acomodação.

O ano também deve ser marcado pelos efeitos da política de corte de juros do Banco Central, que deve favorecer o crescimento depois que a taxa básica Selic saiu do pico de 13,75% para os atuais 11,25%.

Na semana passada, fontes disseram à Reuters que o Ministério da Fazenda vai manter sua projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 em 2,2%, prevendo também um rebalanceamento entre os setores que puxarão o crescimento da economia neste ano.

O IBC-Br é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção. - Reuters.


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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

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