sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Lewandowski dá 48 horas para Bolsonaro e Pazuello apresentarem um plano contra a crise sanitária em Manaus

 


O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, concedeu decisão liminar, no âmbito da ADPF 756, que obriga o governo federal a suprir de imediato os hospitais de Manaus de oxigênio e insumos. Ele atende a uma ação apresentada pelos partidos de oposição PCdoB, PSOL, PT, PSB e Cidadania.

As unidades de saúde na capital do Amazonas estão em colapso pela alta de internações de pacientes com Covid-19 e pacientes estão morrendo asfixiados.

Em seu despacho, Lewandowski também pede que Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apresentem um plano de ação em até 48 horas.

No entendimento do ministro, as alegações dos partidos são “perfeitamente plausíveis no tocante à descrição da caótica situação sanitária instalada no sistema de saúde de Manaus, capital do Estado de Amazonas, que está a exigir uma pronta, enérgica e eficaz intervenção por parte das autoridades sanitárias dos três níveis político-administrativos da Federação, em particular da União”.

“Inexiste, a meu ver, qualquer dúvida de que o direito social à saúde se coloca acima da autoridade de governantes episódicos, pois configura, como visto, um dever constitucionalmente cometido ao Estado, entidade político-jurídica que representa o povo, ou seja, a coletividade dos cidadãos”, acrescentou Lewandowski.

“Defiro em parte a cautelar pedida pelos requerentes para determinar ao Governo Federal que: (i) promova, imediatamente, todas as ações ao seu alcance para debelar a seríssima crise sanitária instalada em Manaus, capital do Amazonas, em especial suprindo os estabelecimentos de saúde locais de oxigênio e de outros insumos médico-hospitalares para que possam prestar pronto e adequado atendimento aos seus pacientes, sem prejuízo da atuação das autoridades estaduais e municipais no âmbito das respectivas competências; (ii) apresente a esta Suprema Corte, no prazo de 48 (quarenta e oito horas), um plano compreensivo e detalhado acerca das estratégias que está colocando em prática ou pretende desenvolver para o enfrentamento da situação de emergência, discriminando ações, programas, projetos e parcerias correspondentes, com a identificação dos respectivos cronogramas e recursos financeiros; e (iii) atualize o plano em questão a cada 48 (quarenta e oito) horas, enquanto perdurar a conjuntura excepcional”, determinou o magistrado. (247).



Rede, PSB, PT, PCdoB e PDT apresentarão pedido de impeachment de Bolsonaro pelo caos em Manaus

 



Os partidos Rede, PSB, PT, PCdoB e PDT anunciaram em nota nesta sexta-feira (15) que apresentarão um novo pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro, desta vez em razão do colapso no sistema de saúde de Manaus, capital do Amazonas. Nesta sexta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi cobrado por não pautar nenhum dos mais de 60 pedidos de impedimento.

Os casos de coronavírus na região estão em alta e pacientes com Covid-19 e outras enfermidades, até mesmo bebês, ficaram na iminência de não ter cilindros de oxigênio para auxiliar na respiração. Alguns foram a óbito.

As legendas argumentam que Bolsonaro deve ser responsabilizado por deixar a capital sem oxigênio, por falar contra o distanciamento social e o uso de máscaras e também por disseminar informações falsas.

"Considerando a prática de crimes de responsabilidade em série, que resultaram na dor asfixiante do Amazonas e de milhares de famílias brasileiras, nossos partidos - Rede, PSB, PT, PCdoB e PDT - decidiram apresentar novo pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O presidente da República deve ser política e criminalmente responsabilizado por deixar sem oxigênio o Amazonas, por sabotar pesquisas e campanhas de vacinação, por desincentivar o uso de máscaras e incentivar o uso de medicamentos ineficazes, por difundir desinformação, além de violar o pacto constitucional entre União, Estados e Municípios", diz trecho do texto.

Eles pedem ainda a volta imediata do funcionamento do Congresso Nacional, que está de recesso. "O Brasil está morrendo sufocado por este presidente. Basta! Já passou da hora de o Congresso Nacional, representando a nação, reagir. Defendemos, também, que o Congresso volte a funcionar imediatamente, para aprovar medidas que possam colaborar decisivamente para sanar os graves problemas que vitimam a população do Amazonas e de todo o Brasil".(247).


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Prefeitura do Recife une forças com Governo de Pernambuco e envia 200 concentradores de oxigênio para Manaus

 


O prefeito João Campos, em união com o Governo de Pernambuco, decidiu enviar 200 concentradores de oxigênio para ajudar no enfrentamento da crise no sistema público de saúde em Manaus. Desse total, 100 foram da Prefeitura do Recife e os demais do Estado. Até este sábado (16), os equipamentos devem seguir de avião para a capital do Amazonas.

Esses concentradores, utilizados para o tratamento de pessoas com insuficiência respiratória, fazem parte dos mais de 10 mil equipamentos médico-hospitalares adquiridos pela Prefeitura do Recife, durante a preparação para o enfrentamento à pandemia no município. Os aparelhos foram utilizados para salvar vidas nos sete hospitais de campanha construídos em 45 dias pela PCR. Quando as unidades começaram a ser desativadas, os materiais foram levados para o almoxarifado da Secretaria de Saúde, onde estavam armazenados.

É importante salientar que a ajuda à capital amazonense não compromete a estrutura de assistência hospitalar da covid-19 no Recife. Ou seja, mesmo que haja aumento no número de pacientes que necessitem de internação, na capital, o município ainda terá equipamentos suficientes para garantir atendimento adequado à população.

Os concentradores têm o objetivo de aumentar a saturação de O2. Os aparelhos puxam o ar do ambiente, purificam o oxigênio e o transportam para o paciente através de cânulas ou máscaras. (Carol Brito/Blog da Folha).


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'Estamos em um momento muito crítico e pode piorar', diz pesquisador pernambucano

Jones Albuquerque, do IRRD, diz que o Brasil vive o momento de maior risco desde o início da pandemia


Pernambuco, que nos meses de setembro e outubro de 2020 viu cair os índices de novos casos e mortes pela Covid-19 após meses de imensa dificuldade, assiste, desde o final de novembro, a uma escalada expressiva da doença. 

O coronavírus, que nunca deixou de circular, agradece o relaxamento e a falta de senso de alguns e se espalha confortavelmente. O que não está nada confortável é a situação do sistema de saúde, que, a cada dia, se mostra mais tensionado.

O Estado, que chegou a reduzir os casos ativos (pessoas com a doença em curso) para a casa dos nove mil, há cerca de dois meses, tem, no momento, quase 26 mil pacientes oficialmente diagnosticados e notificados como portadores da Covid-19, entre casos graves e leves. 

Na primeira semana de 2021, segundo o secretário de Saúde do Estado, André Longo, houve aumento nas solicitações por leitos, sendo crescimento de 5% em relação às UTIs e 14% nas enfermarias.

Nos últimos cinco dias, foram abertos 21 novos leitos de UTI na Rede Pública de Saúde de Pernambuco. A ocupação do dia 10 de janeiro, com 952 leitos, no entanto, é a mesma da desta sexta-feira (15), que conta com 973 vagas: 84%. 

De acordo com o professor e pesquisador Jones Albuquerque, do Instituto para Redução de Riscos e Desastres de Pernambuco (IRRD), se não houver uma mudança no comportamento social ou a implantação de medidas mais rígidas por parte do poder público, a abertura de novos leitos hospitalares pode não ser suficiente para abrigar àqueles que necessitarem de maior suporte. 

“Temos capacidade de expansão ainda, mas, considerando o máximo e mais os leitos campanha que conseguimos abrir no passado (alguns dos quais desativados), entre umas duas a quatro semanas podemos colapsar. Mas isso depende de como a população reage aos alertas, do comportamento de cada um”, disse ele. 

Através dos dados do IRRD, que trabalha com gráficos de cenário atual e projeções desde o início da pandemia da Covid-19, Jones Albuquerque atesta que o Brasil vive o pior momento em termos de risco de contágio desde a detecção dos primeiros casos de infecção pelo coronavírus em território nacional, em fevereiro de 2020. E que Pernambuco segue esse ritmo. 

"Estamos em um momento muito crítico. Pode piorar? Não queria dizer isso, mas pode. E muito”, frisou ele, que não concorda com o modelo de avaliação de cenário a partir do número de internações em leitos de terapia intensiva. 

Desde o anúncio do Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19 em Pernambuco, ele destaca que fazer avaliações a partir da demanda de pacientes graves é estar um passo atrás do vírus, uma vez que a parcela de pessoas que precisa de UTI é a menor entre o total de infectados. E, uma vez que esse número se eleva expressivamente, como acontece no momento, significa que o vírus tem circulação descontrolada.

Para o pesquisador e professor, um novo lockdown em Pernambuco seria fundamental, embora a função, no momento, não fosse mais evitar o alastramento do vírus. Na visão dele, essa medida deveria ter sido tomada ainda no final de outubro, quando os casos voltaram a apresentar tendência de aumento. 

“Já estaríamos fora (do risco) e, agora, controlaríamos os surtos. Agora é tentar remediar, freando a infecção, evitando as aglomerações para não aumentar ainda mais a carga viral na população”, observou. 

Entre os municípios mais comprometidos no momento em Pernambuco, se destacam Jaboatão dos Guararapes, Recife e Paulista, na Região Metropolitana (RMR), além de Petrolina, no Sertão, e Caruaru e Garanhuns, no Agreste. (Por Irce Falcão/Folhape).


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Luciano Huck endossa convocação de panelaço contra governo Bolsonaro


Em meio à crise de falta de oxigênio em Manaus, Luciano Huck, 49, convocou, por meio de suas redes sociais, um panelaço na noite desta sexta (15) contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). No Twitter, ele publicou uma foto com a seguinte mensagem: "Sem oxigênio, sem vacina, sem governo. Panelaço sexta, 20h30. #BrasilSufocado."

"Vou deixar claro mais uma vez: isso [a crise no Amazonas] é consequência, sim, da irresponsabilidade, da ingerência, da descoordenação, da falta de respeito, da negação da ciência, de todos os absurdos e maluquices que a gente viu, ouviu e leu de como as autoridades brasileiras vêm tratando a crise da Covid-19 [...] O que está acontecendo hoje no Amazonas poderia, sim, ter sido evitado", afirmou o apresentador em vídeo publicado na rede social.

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Desde quinta (14), ele e outras figuras públicas estão se manifestando sobre a situação na capital do Amazonas. O humorista Whindersson Nunes, 26, mobilizou diversos amigos famosos para que pudessem comprar e mandar cilindros de oxigênio aos hospitais de Manaus. Huck foi um dos que se disponibilizou a ajudar.

No entanto, na manhã desta sexta, o apresentador do Caldeirão do Huck disse, por meio de um vídeo, que está se sentindo de mãos atadas, porque há uma série de dificuldades logísticas que inviabilizam essa ação. Um dos complicadores, segundo afirmou, é que os cilindros de oxigênio não podem ser transportados em aviões comerciais. Além disso, ele disse que os cilindros carregam pouco oxigênio.

"Eu tenho uma relação muito forte com Amazonas, já gravei muito lá. Gosto do povo, das comunidades ribeirinhas, gosto dos índios, gosto das cidades potentes do Amazonas. Estou desde ontem [quinta, 14], tentando ver como a gente pode de fato ajudar. A sensação é que lá no Amazonas as pessoas estão se sentindo asfixiadas, e os pacientes estão de fato. E a gente aqui, olhando de fora e querendo ajudar, é uma situação de impotência horrível, parece que a gente está de mãos atadas", afirmou.

"Nós, pelo que eu entendi, podemos apoiar as ONGs que estão fazendo acolhimento às famílias dos pacientes. É muito difícil", completou. Huck finalizou que seguirá tentando achar formas de colaborar de forma mais efetiva com a situação em Manaus. (Por Folhapress).

AJUDA - Hospital das Clínicas da UFPE/Ebserh receberá pacientes com Covid-19 de Manaus

 

Unidade hospitalar disponibilizará dez leitos; pacientes ficarão na enfermaria de Doenças Infecciosas e Parasitárias



Com coordenação do Ministério da Saúde, uma rede de apoio está sendo criada em todo o Brasil para receber os pacientes de Manaus com Covid-19 que não encontram mais vagas para internação na capital amazonense. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) disponibilizou 150 leitos, distribuídos em nove hospitais universitários federais do País, que fazem parte da rede administrada pela Ebserh, com o intuito de ajudar o estado do Amazonas. O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE)/Ebserh é um deles e confirmou, nesta sexta-feira (15), que vai disponibilizar dez leitos para esses pacientes com Covid-19. A data em que esses dez pacientes irão chegar ainda não foi definida. 

Para recebê-los, uma força-tarefa foi montada para redefinir os fluxos, reorganizar as equipes e redistribuir os leitos. Os pacientes de Manaus irão ficar internados na enfermaria de Doenças Infecciosas e Parasitária do HC – espaço que, em julho do ano passado, passou por requalificação estrutural para garantir mais conforto e qualidade para os pacientes e profissionais.

“Nosso hospital está preparado para receber esses pacientes. Temos uma equipe multiprofissional altamente qualificada, além de infraestrutura física, equipamentos e insumos de qualidade”, garantiu o superintendente do HC-UFPE/Ebserh, Luiz Alberto Mattos. Como os pacientes infectados pelo novo coronavírus não podem receber visitas devido ao alto risco de contágio, serão feitas visitas virtuais para diminuir a angústia e a distância entre os pacientes e seus familiares, por meio de tablets e outros instrumentos de comunicação.

O reitor da UFPE, Alfredo Gomes, disse que a Universidade se solidariza com o estado amazonense. “A Universidade cumpre sua função social e compromisso com a vida, colocando seu hospital escola a serviço do povo brasileiro. O HC é um patrimônio público. Só podemos dar a resposta necessária a essa pandemia com a união de profissionais da saúde, cientistas, governos, instituições e a sociedade. A UFPE esteve atuante no enfrentamento da pandemia e permanece à disposição”, afirmou o professor Alfredo Gomes.

O Hospital das Clínicas da UFPE possui vasta experiência no tratamento de pacientes com covid-19. De abril a dezembro de 2020, foram atendidos 403 pacientes com o novo coronavírus; foram realizadas dezenas de treinamentos e atualizações com as equipes; foi disponibilizado acesso gratuito a ferramentas que ajudam nas tomadas de decisões clínicas, além do desenvolvimento de atividades no campo do ensino, da pesquisa e da extensão. Atualmente, 58 estudos ligados à Covid-19 estão sendo feitos no hospital universitário, entre as mais de 100 pesquisas desenvolvidas pela UFPE sobre o assunto.

O HC também tem investido no teleatendimento para Covid-19: foram 2.282 teleconsultas e 3.559 teleorientações feitas por meio do Núcleo de Telessaúde da UFPE (Nutes) - unidade de saúde digital do HC. O HC-UFPE é um hospital universitário de grande porte e alta complexidade, que conta com quase três mil profissionais, distribuídos nas áreas médica, assistencial e administrativa, além de 330 residentes.

Os outros hospitais da Rede Ebserh que irão disponibilizar leitos exclusivos covid-19 são o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (HUOL-UFRN), Hospital Universitário de Brasília da Universidade de Brasília (HUB-UnB), Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba (HULW-UFPB), Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiânia (HC-UFG), Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (HUWC-UFC) e Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA-UFAL). (Folhape).


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Manaus vai transferir 235 pacientes com covid-19 para 7 estados e DF

 

Primeiro grupo foi transferido na manhã de hoje para Teresina


O governo do Amazonas informou nesta sexta-feira (15) que 235 pacientes com covid-19 serão transferidos da rede pública hospitalar de Manaus para sete estados e para o Distrito Federal. Um primeiro grupo que estava na internado na rede estadual foi removido na manhã de hoje para continuar o tratamento na capital piauiense, Teresina.


Segundo o Ministério da Saúde, as transferências ocorrerão por via aérea e estão garantidos - de imediato - 149 leitos: 40 em São Luís (MA); 30 em Teresina (PI); 15 em João Pessoa (PB); 10 em Natal (RN); 20 em Goiânia (GO); 04 em Fortaleza (CE); 10 em Recife (PE) e 20 no Distrito Federal.

A pasta informou ainda que os pacientes que serão trasladados atendem a critérios clínicos definidos pela equipe médica. O transporte será feito em parceria com o Ministério da Defesa por duas aeronaves da Força Aérea Brasileira com capacidade de 25 pacientes deitados em macas.

Situação nos estados

Teresina é a primeira capital que receberá pacientes de covid-19 oriundos de Manaus. O estado do Piauí tem atualmente 52,1% de ocupação em leitos de UTI (146) e conta com 134 leitos disponíveis. Até o momento, o estado já registrou 2.930 mortes provocadas pelo novo coronavírus.

Segundo o governo do Piauí, o estado tem 801 leitos ativos (entre UTI e enfermaria). Atualmente, os leitos de covid-19 estão 44% ocupados. O sistema informa que há 153 leitos de UTIs ocupados e outros 152 disponíveis. 

De acordo com o Painel Covid-19 atualizado pelo governo do Maranhão, o estado tem 62,22% dos leitos exclusivos para o novo coronavírus ocupados. Atualmente, há 84 leitos livres, o correspondente a 37,78%. O estado registra 245 pacientes internados por coronavírus em leitos de UTI na rede pública hospitalar.

Dados da Secretaria de Saúde da Paraíba apontam que o estado tem 801 leitos ativos (entre UTI e enfermaria). Atualmente, os leitos para covid-19 estão 44% ocupados. O sistema informa que há 153 leitos de UTIs ocupados e outros 152 disponíveis. O município com maior número de leitos é João Pessoa, com 139 leitos de enfermaria e 59 leitos de UTI.

O Rio Grande do Norte tem atualmente 64,29% dos leitos de UTI para tratamento de covid-19 na rede pública hospitalar ocupados. Segundo o governo do estado, 11 leitos de UTI e 9 leitos clínicos estão bloqueados para atendimento de pacientes. Esse bloqueio pode ser realizado por fatores como manutenção, rede de gases em manutenção, vazamentos ou falta de pessoal.

secretaria de Saúde do estado de Goiás informou que a taxa de ocupação de leitos de UTI para tratamento de covid-19 estão com taxa de ocupação de 59,29%. A capital goiana tem 295 leitos, dos quais 197 estão ocupados (66,78%). O município deve receber cerca de 20 pacientes de Manaus. 

Segundo o governo do Ceará, no estado os leitos de UTI registram uma ocupação de 64,8% e estão com tendência de alta. Os dados disponíveis no sistema, contudo, ainda são referentes à dezembro de 2020.

Os dados sobre internação em Pernambuco englobam informações sobre pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e indicam que há uma ocupação de 83% dos leitos de UTI na rede hospitalar do estado, com 973 pessoas em tratamento. Outros 892 pacientes ocupam leitos de enfermaria nos hospitais para tratamento de covid-19.

A capital federal deve receber cerca de 20 pacientes de Manaus. Atualmente, o Painel Covid-19 no Distrito Federal registra 68,12% de ocupação em leitos públicos com suporte de ventilação mecânica. A rede inclui leitos em hospitais particulares do DF. Segundo o sistema, quase 80% dos pacientes permanecem até 15 dias em internação. (Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Aline Leal



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Panelaço nesta sexta, às 20h30, cobrará de Maia impeachment de Bolsonaro

Rodrigo Maia é alvo de diversas críticas, pois condena o governo nas redes sociais mas se esquiva do assunto quando o tema é o impeachment do extremista, segurando dezenas de ações que apontam os crimes contra a humanidade de Bolsonaro.

(Foto: ABr | Reprodução)

Para pressionar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em desengavetar as dezenas de impeachment contra Jair Bolsonaro, um panelaço está sendo organizado nesta sexta-feira (15), às 20h30, em todo o Brasil. 

Maia é alvo de diversas críticas, pois condena o governo nas redes sociais mas se esquiva do assunto quando o tema é o impeachment do extremista. (Brasil247).


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Juíza manda governo Federal transferir imediatamente pacientes do Amazonas sob risco por falta de oxigênio

Segundo a decisão, só devem permanecer no Amazonas o quantitativo que possa ser atendido nos hospitais públicos com a reserva ainda existente de oxigênio.

(Foto: Prefeitura de Jundiaí)

A União deve fazer a imediata transferência de todos os pacientes da rede pública que se encontrem sob risco de morte em razão do desabastecimento do insumo oxigênio no Amazonas, encaminhando-os para outros estados com garantia de pagamento de tratamento fora de domicílio (TFD).

A decisão foi tomada na quinta-feira (14/1) pela juíza Jaíza Maria Pinto Freixe, da 1ª Vara Federal Cível do Amazonas, ao conceder tutela antecipada antecedente em ação civil pública movida contra a União e Estado do Amazonas pela crise gerada pela epidemia da Covid-19.

A ação foi ajuizada pelo Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União, MP do Amazonas, Defensoria Pública amazonense e Ministério Público de Contas do AM e visa obrigar a União a apresentar plano para abastecimento da rede de saúde local com oxigênio.

O pico de internações causadas pela epidemia no estado levou ao desabastecimento do insumo nos hospitais, com alta de mortes.

No despacho, a magistrada pede que as partes se manifestem sobre o pedido liminar no prazo de 24 horas. Mas por questão de urgência, até que sobrevenha a resposta, determina a transferência dos pacientes que se encontrem em risco por conta do desabastecimento no Hospital HUGV, Hospital 28 de Agosto e Hospital João Lúcio.

Segundo a decisão, só devem permanecer no Amazonas o quantitativo que possa ser atendido nos hospitais públicos com a reserva ainda existente de oxigênio.

A magistra ainda avisa que qualquer ação ou omissão criminosa de servidores públicos ou agentes políticos, proprietários ou acionistas de empresas fornecedoras de insumos que resulte em morte levará à imediata apuração e responsabilização dos culpados.

Além da transferência, a tutela de urgência visa obrigar a União a identificar, em outros estados, e transportar cilindros de oxigênio gasoso, requisitar oxigênio líquido disponível em outros estados e na indústria em funcionamento no país.

Também pede que para identificar, requisitar, transportar e implantar miniusinas de produção de oxigênio disponível na indústria nacional em todas as unidades de saúde da rede estadual de saúde.(Conjur).


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Nas redes sociais, cresce pressão por impeachment de Bolsonaro

 

Também circula nas redes e em aplicativos de mensagens uma convocação de opositores do governo para um "panelaço


(crédito: Sérgio Lima/AFP)

Com a repercussão do colapso no sistema de saúde em Manaus, que enfrenta um problema de escassez de oxigênio nas redes públicas e privadas de hospital provocadas pela pandemia do novo coronavírus, cresce a pressão nas redes sociais para que autoridades tomem providências contra o presidente Jair Bolsonaro, responsabilizado pelos internautas pelo problema devido ao seu discurso negacionista com relação ao vírus.
Nesta manhã de sexta-feiraj (15/1), entre os dez assuntos mais comentados no Twitter, sete são referentes ao problema em Manaus, sendo o primeiro a hashtag "#ImpeachmentBolsonaroUrgente". Também circula nas redes e em aplicativos de mensagens uma convocação de opositores do governo para um "panelaço" nesta noite às 20h30 em todo o país. O anúncio do protesto diz: "Sem oxigênio, sem vacina, sem governo.#brasilsufocado".
O ex-governador do Ceará e candidato à Presidência da República em 2018, Ciro Gomes (PDT), classificou o presidente Jair Bolsonaro de "genocida" e comentou que "enquanto nossos irmãos e irmãs de Manaus morrem sem oxigênio, Bolsonaro insiste em indicar medicamentos sem eficácia comprovada".
O líder do PT na Câmara, Enio Verri (PR), foi adepto da hashtag e afirmou que a ausência do presidente em Manaus "apenas confirma e reforça que ele não sabe mesmo o que fazer para o bem do Brasil". A pressão nas redes também mira no presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que também figura na lista dos dez assuntos mais comentados no país dentro da plataforma, para que o parlamentar paute o processo de impeachment do presidente Bolsonaro.
A deputada do PSOL, Talíria Petrone (RJ), escreveu que Maia "finge" fazer oposição ao governo pelo Twitter, enquanto "está sentado em mais de 60 pedidos de impeachment". Na quinta-feira (14/1), o presidente da Câmara apontou que a falta de oxigênio em Manaus é fruto de "uma agenda negacionista" e disse ser fundamental que o Congresso retome as atividades na semana que vem.

Venezuela

A ajuda da Venezuela ao Estado brasileiro, anunciada pelo ministro das Relações Exteriores daquele país, Jorge Arreaza, nesta quinta-feira, também é comentada por usuários. Na rede, usuários destacam a ajuda recebida do país vizinho, que é duramente criticado pelo presidente Bolsonaro devido a seu modelo de governo e econômico.
Durante uma de suas "lives" semanais, em outubro do ano passado, Bolsonaro criticou Venezuela, Cuba e Argentina. Segundo o presidente, as economias dos três países vão mal por terem optado pelo socialismo. "Tudo por optarem por um regime que não dá certo em lugar nenhum do mundo, o socialismo. O Brasil correu sério risco há pouco tempo, no meu entender", afirmou.(Agência Estado).


Em hospital de Manaus, ala inteira de pacientes morre por falta de oxigênio

AFP / Michael DANTAS

Enquanto o governo, a empresa White Martins, que fornece oxigênio para hospitais de Manaus, e artistas se movimentam para suprir a demanda pelo gás na cidade de 2 milhões de habitantes, as equipes médicas continuam registrando a morte de pacientes em diversas unidades de saúde. Ao Correio, o procurador Igor Spindola, integrante da equipe do Ministério Público Federal (MPF) que atua no combate à pandemia na região, afirmou que, ontem, faltava oxigênio em 200 leitos de UTI.

A situação mais grave foi registrada no Hospital Universitário, onde pacientes de uma ala inteira morreram asfixiados. "A nossa preocupação, no momento, é buscar oxigênio. A morte de pacientes de toda uma ala ocorreu no Hospital Universitário. Até ontem à noite, foi confirmado o óbito de seis pacientes desta ala. Mas, no meio do dia, e até o final do dia, é possível que tenham ocorrido outras. Eu ainda não consegui falar com o doutor Júlio, responsável pela unidade de saúde, que estava transtornado, pois ainda falta oxigênio e a vida dos pacientes está em risco", disse.

De acordo com Igor Spindola, depois de serem apresentadas ações na Justiça contra a omissão do Estado, o governo federal começou a se movimentar para amenizar a situação. "Eu acabei de ser informado de que seis aviões da FAB vão fazer esse transporte todos os dias, para trazer 30 mil metros cúbicos. Ontem à noite chegaram alguns aviões, e hoje devem chegar mais. Se isso acontecer, conseguimos normalizar o suprimento até que a White Martins consiga expandir a produção do oxigênio aqui", afirmou.

Até o momento, o Amazonas registra 5,9 mil mortes e 223 mil infectados pelo coronavírus, causador da covid-19. Na quinta-feira (14), auge da crise por falta de oxigênio, foram registradas 3.816 novos infectados, o maior número em 24 horas desde o começo da pandemia. Também foram contabilizadas 51 novas mortes.

Cerca de 20 mil metros cúbicos/dia de oxigênio estão sendo enviados de balsa de Belém. No entanto, a embarcação demora três dias para chegar a Manaus. A previsão é de que domingo chegue a primeira carga. Nesta sexta-feira (15), devem ser transferidos 130 pacientes para outras unidades da Federação, e até 700 no fim do processo.(

Por: Renato Souza

 

Por: Correio Braziliense

).


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Sem oxigênio, Amazonas precisa transferir ao menos 60 bebês prematuros a outros estados

(Foto: Reprodução/Junio Matos)

Até o momento, o Maranhão garantiu leitos para 5 a 10 bebês. Outros estados ainda verificam quantos poderão receber.

Ao menos 60 bebês prematuros que necessitam de tratamento com cilindros de oxigênio em Manaus, capital amazonense, terão de ser transferidos para outros estados. 

Com a falta de oxigênio afetando o estado, eles correm risco de ficar sem o gás vital. 

O pedido foi feito na manhã desta sexta-feira (15) a governadores para que se determine se há disponibilidade de leitos de internação neonatal, informa a CNNBrasil.

Até o momento, o Maranhão disponibilizou de 5 a 10 leitos. Outros estados ainda verificam quantos bebês poderão receber. 


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Chanceler venezuelano sobre ajuda a Manaus: "Solidariedade latino-americana acima de tudo"

 

Jorge Arreaza, chanceler da Venezuela (Foto: REUTERS/Manaure Quintero)

O apoio da Venezuela a Manaus, que sofre com a falta de oxigênio em hospitais para tratar casos graves da Covid-19, surpreendeu muitos. Completamente submisso à estratégia dos Estados Unidos, o Brasil é hostil com o país vizinho, com Bolsonaro reconhecendo o ilegítimo Guaidó como presidente e até desenhando cenários de guerra.

Mesmo assim, o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, defende ser "uma obrigação ajudar o povo brasileiro". 

As informações são da coluna de Jamil Chade, no Uol.

"Por instruções do presidente Nicolás Maduro, conversamos com o governador do estado do Amazonas, Wilson Lima, para disponibilizar imediatamente o oxigênio necessário para atender o contingente de saúde em Manaus. Solidariedade latino-americana acima de tudo!", escreveu o ministro em suas redes.

"O respeito à diversidade é essencial. A solidariedade é um princípio do bolivarianismo e do socialismo", destacou.

O chanceler também fez um apelo para que diferenças ideológicas não sejam expressadas nas relações internacionais: "Em política, a tolerância ideológica é fundamental. Ideologizar as relações internacionais é um erro". (Via:247).


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