quinta-feira, 9 de maio de 2024

Rio Grande do Sul tem cinco barragens em situação de emergência

 

Há risco de rompimento e é preciso adotar medidas urgentes

Arquivo Pessoal/Divulgação

O governo do Rio Grande do Sul informou, nesta quarta-feira (8), que cinco barragens estão em situação de emergência por causa das enchentes que atingem o estado. 

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura, há risco de rompimento e é preciso que sejam adotadas medidas para preservação de vidas.

As barragens nessa situação são: Usina Hidrelétrica 14 de Julho, que fica em Cotiporã e Bento Gonçalves; Central Hidrelétrica Salto Forqueta, em São José do Herval e Putinga; São Miguel e do Arroio Barracão, em Bento Gonçalves; e de Saturnino de Brito, em São Martinho da Serra.

Já a Barragem Capané, em Cachoeira do Sul, está em nível de alerta, o que significa que os danos representam risco à segurança da barragem e exigem providências.

Segundo o governo do estado, as ações de resposta a todas esses cenários já estão em andamento. - (Por Oussama El Ghaouri - repórter da Rádio Nacional - Brasília).

Edição: Carolina Pimentel



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Enchentes no Rio Grande do Sul já causaram prejuízo de R$ 4,6 bilhões

O principal prejuízo se abateu sobre o setor habitacional: R$ 3,4 bilhões. Aproximadamente 100 mil casas foram destruídas no estado

Rio Grande do Sul atingido por temporais (Foto: Amanda Perobelli / Reuters)


Dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), colhidos até a tarde desta terça-feira (7), mostram que o Rio Grande do Sul contabiliza um prejuízo de R$ 4,6 bilhões, com quase 100 mil residências destruídas ou danificadas, em virtude das fortes enchentes que assolam o estado há uma semana. Os números são alarmantes: 388 das 497 cidades gaúchas foram afetadas pelas intempéries, sendo que 336 delas tiveram o estado de calamidade pública reconhecido pelos governos estadual e federal. A situação é desoladora, com um balanço que inclui 95 mortos, 131 desaparecidos e 372 feridos, segundo informações atualizadas pela Defesa Civil e divulgadas pelo G1.

O setor habitacional é o mais prejudicado, contabilizando perdas que chegam a R$ 3,4 bilhões. Escolas, hospitais, prefeituras, pontes, transporte, esgoto e demais estruturas públicas somam cerca de R$ 465,8 milhões em danos. Além disso, os setores da agricultura, pecuária, indústria, comércio e outros serviços também registram prejuízos significativos.

Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, ressalta a urgência do apoio do governo federal aos municípios afetados: "é necessário liberar urgentemente recursos extraordinários aos municípios. O que temos até o momento são promessas, burocracias e uma população que resiste pelo seu próprio esforço e pela corrente de solidariedade".

Os registros meteorológicos revelam uma quantidade de chuva acumulada entre 22 de abril e 6 de maio que corresponde à média prevista para cinco meses. Municípios como Fontoura Xavier, Caxias do Sul, Bento Gonçalves e outros enfrentam índices pluviométricos extremos, evidenciando a dimensão do desastre natural que assola o Rio Grande do Sul. - 247.


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RIO GRANDE DO SUL - Estragos das chuvas já atingiram 85% dos municípios gaúchos; número de mortos passa dos 100

 

Enchentes causaram 105 mortes e 130 pessoas estão desaparecidas


                      Por Agência Brasil

número de mortes em decorrência das chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul chegou a 105 no fim desta quarta-feira (8). Mais de 1,47 milhão de pessoas foram afetadas em 425 municípios do estado, o que corresponde a 85,5% das 497 cidades gaúchas. 

Segundo dados da Defesa Civil estadual, 130 pessoas estão desaparecidas e 163 mil estão desalojadas, ou seja, pessoas que tiveram, em algum momento, que buscar abrigo nas residências de familiares ou amigos. Nos abrigos mantidos pelas prefeituras e pela sociedade civil estão 67,4 mil pessoas. 

Há previsão da chegada de um ciclone extratropical no extremo sul do estado, com com chuvas de mais de 100 milímetros.

A partir desta quinta-feira (9), a previsão é de tempo frio e seco na maior parte do estado. As temperaturas devem cair, chegando a 4 graus Celsius (ºC) nas regiões mais frias. Em Porto Alegre, a mínima deve ser de 12ºC, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).


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MEIO AMBIENTE - Eduardo Leite, do PSDB, flexibilizou 480 normas ambientais do Rio Grande do Sul antes da tragédia

Governador tucano seguiu a política da era Bolsonaro de "passar a boiada" na questão ambiental e fez várias mudanças em seu primeiro ano de mandato

Eduardo Leite (Foto: Reprodução/PSDB)


Durante seu primeiro ano de mandato em 2019, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), realizou alterações significativas em torno de 480 normas do Código Ambiental do estado. Essas mudanças foram oficializadas no ano seguinte, em 2020, e coincidiram com uma fase de flexibilização da política ambiental brasileira, impulsionada pelo então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no governo Bolsonaro, segundo aponta reportagem do jornalista Jorge Abreu, da Folha de S. Paulo.

Os recentes eventos de enchentes no estado desencadearam críticas por parte de ambientalistas à gestão de Eduardo Leite. Eles apontam o governador como o principal articulador, ao lado da Assembleia Legislativa, de um processo que eles caracterizam como desmonte das leis de proteção ambiental estaduais.

Em resposta às críticas, o governo do Rio Grande do Sul afirmou que as alterações no código ambiental foram fruto de discussões que envolveram diversos setores da sociedade, incluindo a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Segundo o governo, as mudanças visaram alinhar a legislação estadual com as normas federais, além de modernizá-la para atender às transformações sociais e garantir a proteção ambiental, a segurança jurídica e o desenvolvimento responsável.

Especialistas negam participação da sociedade nas mudanças

Entretanto, o diretor científico e técnico da Agapan (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural), Francisco Milanez, nega a participação efetiva da sociedade civil e das entidades ambientalistas na construção do novo código. Ele ressalta que as mudanças foram realizadas de forma unilateral, lideradas pelo governador Leite.

Milanez destaca também outras medidas tomadas pelo governo que suscitaram críticas, como a flexibilização da construção de barragens e reservatórios de água em áreas de proteção permanente. Segundo ele, essa medida pode ter sérias consequências, afetando o fluxo natural da água e contribuindo para o aumento das enchentes e chuvas concentradas.

Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, uma rede de mais de cem organizações socioambientais, amplia o escopo da crítica ao destacar o papel do Congresso Nacional no enfraquecimento das políticas ambientais. Ele menciona projetos de lei aprovados recentemente que flexibilizam regras de proteção ambiental, como a dispensa de licenciamento ambiental para diversas atividades. - 247.


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Caos no Sul: 68% consideram o governo Eduardo Leite culpado pela crise

Governo conduzido pelo PSDB fragilizou as normais ambientais do Rio Grande do Sul

Eduardo Leite (Foto: Maurício Tonetto/Secom)

A pesquisa Quaest, cujos resultados foram divulgados nesta quinta-feira (9), aponta como o público percebe a responsabilidade do governo do Rio Grande do Sul, conduzido pelo tucano Eduardo Leite, diante da tragédia das chuvas no estado. Conforme os dados coletados pela Genial Investimentos entre os dias 2 e 6 de maio, 68% dos entrevistados acreditam que o governo estadual tem uma parcela significativa de responsabilidade no desastre. O estudo abrangeu 2.045 pessoas em 120 municípios e possui uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Por outro lado, apenas 20% dos entrevistados consideram que o governo do estado tem uma responsabilidade reduzida no evento catastrófico, enquanto 12% acreditam que ele não tem qualquer responsabilidade. A pesquisa também avaliou a percepção em relação ao governo federal e às prefeituras, revelando que uma parcela considerável da população atribui responsabilidade às autoridades em todos os níveis.

Os resultados também destacam que, segundo 70% dos entrevistados, investimentos em infraestrutura poderiam ter contribuído para evitar a tragédia, enquanto 30% acreditam que o evento era inevitável. Além disso, a pesquisa questionou como as pessoas avaliam a atuação das autoridades durante a tragédia, com 54% considerando positiva a atuação do governo do RS, 53% avaliando de forma positiva o governo federal e 59% a prefeitura de Porto Alegre. Os percentuais restantes indicam avaliações regulares ou negativas das atuações governamentais. - 247.


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Tragédia no RS traz debate sobre adaptação às mudanças climáticas

  Cidades precisam pensar em adaptações para conviver com a natureza Por  Agência Brasil Cidade do Rio Grande do Sul após enchentes -  Foto:...