Por: Correio Braziliense/Por: Fernanda Strickland
Foto: Reprodução/Internet
Por: Correio Braziliense/Por: Fernanda Strickland
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Por Tereza Cruvinel
Na entrevista coletiva que concedeu ontem em Brasilia, onde passou a semana em articulações político-eleitorais, a mídia fez uma clara inflexão de abordagem e desta vez o tratou como candidato com perspectiva real de poder. A maioria das perguntas buscou respostas dele para o que faria em um eventual governo, a respeito de temas diversos, de regulação da mídia à política de preços de combustíveis, ao meio ambiente e à política econômica.
Houve o momento, nos tempos recentes, em que entrevistas de Lula não atraíam os grandes veículos de comunicação e eram por eles ignorada. Isso logo depois que ele saiu da prisão mas ainda era um proscrito político, fase em que falou fundamentalmente para os veícuos independentes progressistas, inclusive para 0 247. Após a restauração de seus direitos políticos pela STF, com a anulação de sentenças de Sergio Moro, a primeira entrevista coletiva teve alto quórum mas as perguntas ainda se prendiam muito ao tema corrupção e à situação judicial dele. Na de ontem, o tom mudou.
Embora os grandes jornais tenham dado tratamento trivial à entrevista, todos enviaram repórteres, assim como televisões, veículos regionais e independentes, reunindo um alto número de perguntadores. As matérias de O Globo, Folha e Estadão colocaram ênfase na resposta sobre a questao da regulação da mídia, em que Lula de fato se reposicionou, dizendo que caberá ao Congresso, em algum momento, enfrentar este debate. Não prometeu tomar a iniciativa mas disse que não aceita a ideia de que "o único controle seja o "controle remoto".
Mas isso foi um ponto lateral na entrevista, embora central para a própria mídia. De resto, as demais perguntas foram endereçadas agora a um candidato que se afirmou como alternativa real a Bolsonaro, com perspectiva real de vir a comandar o governo a partir de janeiro de 2003. O que se queria saber, principalmente, é o que ele faria sobre isso ou aquilo. E, secundariamente, quais são suas estratégias eleitorais.
Eu mesma lhe perguntei o que fará para obter uma nova pactuação com as elites econômicas, que embora reconhecendo que ele foi um bom governante o qualificam de indesejável, como fez o co- presidente da Conselho de Administração da Natura, Pedro Passos. Faria algo como a Carta ao Povo Brasileiro, de 2002, para quebrar tais resistências? E perguntei ainda se poderá deslocar Fernando Haddad para a disputa do Senado para apoiar Boulos e garantir o apoio do PSOL.
Destaco a autoconfiança com que respondeu à primeira questão:
- Eu tenho um legado. Aos empresários, basta recordarem como estava a economia em meu governo. O dono da Natura pode recordar o que era a empresa dele antes e depois do meu governo. O legado que deixei nesse país vale por 500 cartas ao povo brasileiro.
E isso posto, não tergiversou sobre o tipo de Estado que defende, divergindo com franqueza dos defensores neoliberais do Estado mínimo.
- Quero um Estado forte, porque só um Estado forte é capaz de acabar com a miséria nesse país”. Só um Estado forte poderá fazer casa popular subsidiada para o povo que está desempregado e ganha pouco. Quero um Estado capaz de melhorar o SUS, que era tripudiado antes da pandemia, e agora é endeusado por quem tripudiava. O SUS é uma coisa extraordinária. Não quero um Estado empresarial mas um Estado com força para ser o indutor do desenvolvimento. Um Estado que cuide das pessoas sem preocupar com o gasto de cuidar das pessoas. É esse Estado socialmente justo que quero para esse país.
Quando outros jornalistas vieram com o argumento de isso leva ao gasto, ele pediu que não se falassem de responsabilidade fiscal, recordando dandos das contas públicas em seus governos.
- Nós pegamos esse país com U$ 30 milhões de dívida ao FMI, 12% de inflação, 12 milhões de desempregados e o Malan, que era um bom homem, tinha de ir todo final ano até Washington buscar dinheiro para fechar o caixa no Brasil. Começamos a governar, todos os economistas diziam que o país iria quebrar. Nós consertamos a economia: trouxemos a inflação para 4,5%, geramos 20 milhões de empregos, tivemos superávit primário durante todo o governo, pagamos a dívida ao FMI, emprestamos U$ 10 bilhões ao FMI e ainda deixamos U$ 370 bilhões em reservas, que é o que está salvando o Brasil.
Foi um Lula com tudo na ponta da língua, inclusive os indices de aumento de preços de vários produtos da mesa dos brasileiros, que se apresentou ontem: um candidato que, embora dizendo só decidirá em janeiro, exibe a paixão, disposição e o preparo para a tarefa por ele chamada de "reconstrução do Brasil".
E falando do muito que já foi destruido por Bolsonaro - que chamou de maluco beleza e disse não servir nem para ser síndico de prédio - Lula reconheceu que o desafio de agora será maior e mais difícil que o enfrentado por ele ao ser eleito em 2002. Mas ele esta com ganas.
A íntegra da entrevista está abaixo para ser conferida.
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
A Prefeitura de Juazeiro, norte da Bahia, iniciou, nesta sexta-feira (08), as inscrições para o 24ª Festival Edésio Santos da Canção. Os artistas podem submeter canções inéditas e originais, de todos os gêneros e estilos da Música Popular Brasileira. As inscrições são gratuitas e serão feitas de forma online, através do endereço eletrônico https://www6.juazeiro.ba.gov.br/festival, até 8 de novembro.
Cada candidato pode inscrever até duas músicas, sendo que apenas uma será selecionada. Entre as canções inscritas, o corpo de jurados selecionará 24 canções que serão apresentadas nas eliminatórias do Festival, nos dias 9 e 10 de dezembro. “O Festival Edésio Santos da Canção é um patrimônio de Juazeiro e nós precisamos preservá-lo, para continuar revelando grandes artistas da nossa terra. É o desejo da prefeita Suzana e o nosso da Seculte, que o Edésio seja referência para a Bahia e para o Brasil”, frisou o superintendente de Cultura e Turismo, Junior Mota.
Mais informações sobre inscrições no edital do concurso, disponível no Diário Oficial do Município (http://doem.org.br/ba/juazeiro/diarios/previsualizar/2V3lJlNe), ou através do telefone: (74) 3613-0654.
Premiação
Entre as 12 canções escolhidas para a fase final, que acontecerá no dia 11 de dezembro, as três primeiras músicas colocadas, melhor intérprete, melhor canção local e o vencedor do Júri Popular receberão as seguintes premiações: 1º lugar, R$ 10,5 mil; 2º lugar, 8,5 mil; 3º lugar, R$ 6,5 mil; Melhor Música Local, R$ 4 mil; Melhor Intérprete, R$ 3,5 mil, Prêmio do Júri Popular, R$ 2,5 mil.
Texto: Eneida Trindade – Ascom/Seculte/PMJ
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