sábado, 9 de outubro de 2021

CONSUMIDOR IPCA: inflação registra maior alta para setembro desde o Plano Real

             Por: Correio Braziliense/Por: Fernanda Strickland

                                                                      Foto: Reprodução/Internet

A inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do país, acelerou de 0,87% em agosto para 1,16% em setembro, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (8/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a maior variação para um mês de setembro desde 1994, quando o índice foi de 1,53%. No ano, o IPCA acumula alta de 6,90% e, nos últimos 12 meses, de 10,25%, acima dos 9,68% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. É a primeira vez em mais de 5 anos que a taxa anual atinge dois dígitos. Resultado do mês foi puxado pela alta da de 6,47% na conta de energia elétrica.

De acordo com os dados, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em setembro. O maior impacto (0,41 p.p.) e a maior variação (2,56%) vieram de Habitação, que acelerou em relação a agosto (0,68%). Na sequência, vieram Transportes (1,82%) e Alimentação e Bebidas (1,02%), cujos impactos foram de 0,38 p.p. e 0,21 p.p. respectivamente. Esses três grupos contribuíram, conjuntamente, com cerca de 86% do resultado de setembro (1,0 p.p. do total de 1,16). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,01% em Educação e a alta de 0,90% em Artigos de residência.

O resultado do grupo Habitação (2,56%) foi influenciado principalmente pela alta da energia elétrica (6,47%). Em setembro, passou a valer a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Em agosto, a bandeira vigente era a vermelha patamar 2, na qual o acréscimo é menor (de R$ 9,492 para os mesmos 100 kWh). Além disso, houve reajustes tarifários nas seguintes áreas de abrangência do índice: Belém (9,43%) — reajuste de 8,92%, em vigor desde 7 de agosto; Vitória (7,35%) — reajuste de 9,60%, a partir de desde 7 de agosto; São Luís (6,33%) — reajuste de 2,20%, vigente desde 28 de agosto.

O grupo dos Transportes variou 1,46%. A maior contribuição (0,18 p.p.) veio dos combustíveis, que subiram 2,43%, influenciados pelas altas da gasolina (2,32%) e do etanol (3,79%). Além disso, o gás veicular (0,68%) e o óleo diesel (0,67%) também apresentaram variação positiva.

Ainda em Transportes, destacam-se as altas de 28,19% nas passagens aéreas, após a queda de 10,69% registrada em agosto, e de 9,18% nos transportes por aplicativo, cujos preços já haviam subido 3,06% no mês anterior. Os automóveis novos (1,58%), os automóveis usados (1,60%) e as motocicletas (0,63%) seguem em alta, contribuindo conjuntamente com 0,08 p.p. no IPCA de setembro. Por fim, cabe mencionar a alta de 0,19% nos ônibus intermunicipais, que decorre, em particular, dos reajustes entre 11% e 13% aplicados em Fortaleza (6,55%) a partir de 3 de setembro.



Lula já é tratado como candidato com perspectiva real de poder

 

Ex-presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

Por Tereza Cruvinel

Na entrevista coletiva que concedeu ontem em Brasilia, onde passou a semana em articulações político-eleitorais, a mídia fez uma clara inflexão de abordagem e desta vez o tratou como candidato com perspectiva real de poder.  A maioria das perguntas buscou respostas dele para o que faria em um eventual governo,  a respeito de temas diversos, de regulação da mídia à política de  preços de combustíveis, ao meio ambiente e à política econômica.

Houve o momento, nos tempos recentes, em que entrevistas de Lula não atraíam os grandes veículos de comunicação e eram por eles ignorada.  Isso logo depois que ele saiu da prisão mas ainda era um proscrito político, fase em que falou fundamentalmente para os veícuos independentes progressistas, inclusive para 0 247.  Após a restauração de seus direitos políticos pela STF, com a anulação de sentenças de Sergio Moro, a primeira entrevista coletiva teve alto quórum mas as perguntas ainda se prendiam muito ao tema corrupção e à  situação judicial dele. Na de ontem, o tom mudou.

Embora os grandes jornais tenham dado tratamento trivial à entrevista, todos enviaram repórteres, assim como televisões,  veículos regionais e independentes, reunindo um alto número de perguntadores.  As matérias de O Globo, Folha e Estadão colocaram ênfase na resposta sobre a questao da regulação da mídia, em que Lula de fato se reposicionou, dizendo que caberá ao Congresso, em algum momento, enfrentar este debate. Não prometeu tomar a iniciativa mas disse que não aceita a ideia de que "o único controle seja o "controle remoto".

Mas isso foi um ponto lateral na entrevista, embora central para a própria mídia. De resto, as demais perguntas foram endereçadas agora a um candidato que se afirmou como alternativa real a Bolsonaro, com perspectiva real de vir a comandar o governo a partir de janeiro de 2003. O que se queria saber, principalmente, é o que ele faria sobre isso ou aquilo.  E, secundariamente, quais são suas estratégias eleitorais.

Eu mesma lhe perguntei o que fará para obter uma nova pactuação com as elites econômicas,  que embora reconhecendo que ele foi um bom governante o qualificam de indesejável, como fez o co- presidente da Conselho de Administração da Natura,  Pedro Passos.  Faria algo como a Carta ao Povo Brasileiro, de 2002, para quebrar tais resistências? E perguntei ainda se poderá deslocar Fernando Haddad para a disputa do Senado para apoiar Boulos e garantir o apoio do PSOL.

Destaco a autoconfiança com que respondeu à primeira questão:

- Eu tenho um legado. Aos empresários, basta recordarem como estava a economia em meu governo. O dono da Natura pode recordar o que era a empresa dele antes e depois do meu governo. O legado que deixei nesse país vale por 500 cartas ao povo brasileiro.

E isso posto, não tergiversou sobre o tipo de Estado que defende, divergindo com franqueza dos defensores neoliberais do Estado mínimo.

- Quero um Estado forte, porque só um Estado forte é capaz de acabar com a miséria nesse país”.  Só um Estado forte poderá fazer casa popular subsidiada para o povo que está desempregado e ganha pouco. Quero um Estado capaz de melhorar o SUS, que era tripudiado antes da pandemia, e agora é endeusado por quem tripudiava. O SUS é uma coisa extraordinária. Não quero um Estado empresarial mas um Estado com força para ser o indutor do desenvolvimento.  Um Estado que cuide das pessoas sem preocupar com o gasto de cuidar das pessoas. É esse Estado socialmente justo que quero para esse país.

Quando outros jornalistas vieram com o argumento de isso leva ao gasto, ele pediu que não se falassem de responsabilidade fiscal, recordando dandos das contas públicas em seus governos.

- Nós pegamos esse país com U$ 30 milhões de dívida ao FMI, 12% de inflação, 12 milhões de desempregados e o Malan, que era um bom homem, tinha de ir todo final ano até Washington buscar dinheiro para fechar o caixa no Brasil.  Começamos a governar, todos os economistas diziam que o país iria quebrar. Nós consertamos a economia: trouxemos a inflação para 4,5%, geramos 20 milhões de empregos, tivemos superávit primário durante todo o governo, pagamos a dívida ao FMI, emprestamos U$ 10 bilhões ao FMI e ainda deixamos U$ 370 bilhões em reservas, que é o que está salvando o Brasil.

Foi um Lula com tudo na ponta da língua, inclusive os indices de aumento de preços de vários produtos da mesa dos brasileiros, que  se apresentou ontem: um candidato que, embora dizendo só decidirá em janeiro, exibe a paixão, disposição e o preparo para a tarefa por ele chamada de  "reconstrução do Brasil".

E falando do muito que já foi destruido por Bolsonaro - que chamou de maluco beleza e disse não servir nem para ser síndico de prédio - Lula reconheceu que o desafio de agora será maior e mais difícil que o enfrentado por ele ao ser eleito em 2002.  Mas ele esta com ganas.

A íntegra da entrevista está abaixo para ser conferida.

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.


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Prefeitura de Juazeiro abre inscrições para a edição 2021 do Festival Edésio Santos da Canção

 

Foto: ilustrativa

A Prefeitura de Juazeiro, norte da Bahia, iniciou, nesta sexta-feira (08), as inscrições para o 24ª Festival Edésio Santos da Canção. Os artistas podem submeter canções inéditas e originais, de todos os gêneros e estilos da Música Popular Brasileira. As inscrições são gratuitas e serão feitas de forma online, através do endereço eletrônico https://www6.juazeiro.ba.gov.br/festival, até 8 de novembro.

Cada candidato pode inscrever até duas músicas, sendo que apenas uma será selecionada. Entre as canções inscritas, o corpo de jurados selecionará 24 canções que serão apresentadas nas eliminatórias do Festival, nos dias 9 e 10 de dezembro. “O Festival Edésio Santos da Canção é um patrimônio de Juazeiro e nós precisamos preservá-lo, para continuar revelando grandes artistas da nossa terra. É o desejo da prefeita Suzana e o nosso da Seculte, que o Edésio seja referência para a Bahia e para o Brasil”, frisou o superintendente de Cultura e Turismo, Junior Mota.

Mais informações sobre inscrições no edital do concurso, disponível no Diário Oficial do Município (http://doem.org.br/ba/juazeiro/diarios/previsualizar/2V3lJlNe), ou através do telefone: (74) 3613-0654.

Premiação

Entre as 12 canções escolhidas para a fase final, que acontecerá no dia 11 de dezembro, as três primeiras músicas colocadas, melhor intérprete, melhor canção local e o vencedor do Júri Popular receberão as seguintes premiações: 1º lugar, R$ 10,5 mil; 2º lugar, 8,5 mil; 3º lugar, R$ 6,5 mil; Melhor Música Local, R$ 4 mil; Melhor Intérprete, R$ 3,5 mil, Prêmio do Júri Popular, R$ 2,5 mil.

Texto: Eneida Trindade – Ascom/Seculte/PMJ


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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

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