Ex-primeira-dama Marisa Letícia e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABR)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou a decisão a 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de ordenar que a OAS e a Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) restituam as parcelas pagas pela ex-primeira-dama Marisa Letícia na compra de um tríplex no Guarujá (SP).
"JUSTIÇA SENDO FEITA | Decisão da Justiça de SP reconhece fatos que foram apontados pela defesa de Lula há mais de 5 anos e que o ex-presidente e sua família nunca foram donos de apartamento nenhum no Guarujá", postou o ex-presidente no Twitter.
"Todas as decisões judiciais que reforçam o absurdo que foi aquele processo não tem, nem de perto, a mesma cobertura de órgãos tradicionais da imprensa brasileira que as ilações feitas contra Lula e sua família", disse Lula, também por meio do seu instituto.
A média móvel de mortes em sete dias é atualmente de 2.400, mais que o triplo do início de janeiro (703)
Mortes por Covid-19 no Brasil - Foto: MIGUEL SCHINCARIOL / AFP
O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (26) um novo recorde de mortes por coronavírus em um dia no Brasil. Foram 3.650 vítimas fatais nas últimas 24 horas, em meio a uma pandemia sem controle que já deixou mais de 307 mil mortes no país.
Desde meados de fevereiro, o Brasil vem registrando uma série de novos recordes de mortes e infecções diárias e ultrapassou a marca de 3.000 óbitos pela primeira vez na última terça-feira. A média móvel de mortes em sete dias é atualmente de 2.400, mais que o triplo do início de janeiro (703).
O balanço desta sexta também mostrou 84.245 novos contágios pelo coronavírus nas últimas 24 horas, com um total de 12,4 milhões desde o primeiro caso registrado em fevereiro de 2020. Na quinta-feira, o número de infectados em um dia pela primeira vez ultrapassou os 100.000.
Com 212 milhões de habitantes, o Brasil é o segundo país com mais óbitos e casos confirmados de Covid-19, superado apenas pelos Estados Unidos.
A segunda onda da pandemia parece descontrolada, com uma vacinação lenta, hospitais à beira do colapso e uma crescente pressão sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro, cobrado a respeito da crise de saúde, que ameaça paralisar novamente a economia.
Vários estados, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, decretaram um feriado de 10 dias a partir desta sexta-feira, 26 de março, até 4 de abril, na tentativa de reduzir os deslocamentos.
Enquanto isso, fabricantes de automóveis como Nissan, Toyota e Renault anunciaram uma paralisação de 10 a 15 dias em algumas de suas fábricas para evitar a propagação do vírus entre seus funcionários, assim como já fizeram a Volkswagen e a Mercedes-Benz.
O governo tenta acelerar a vacinação, com o objetivo de imunizar pelo menos um milhão de pessoas por dia, de acordo com anúncio do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
No total, 12,64 milhões de brasileiros já foram vacinados até o momento, apenas 5,9% da população. Entre eles, 3,92 milhões receberam a segunda dose. (Por AFP).
Pesquisa Exame/Ideia apontou que 49% dos entrevistados desaprovam a forma como Jair Bolsonaro trabalha no seu cargo, sendo a pior marca desde junho do ano passado, quando atingiu 54%. A aprovação caiu 1 ponto percentual em relação à rodada publicada há duas semanas e ficou em 25%. Os que nem aprovam e nem desaprovam somam 22%. De acordo com o levantamento, 4% não souberam responder.
Questionados sobre como avaliam o governo Bolsonaro, 49% dos entrevistados não aprovam a gestão; 27% aprovam; 22% disseram que nem aprovam nem desaprovam, e 2% não responderam.
A pesquisa já havia apontado, para 91% dos brasileiros, o sistema de saúde brasileiro está em colapso e 71% acham que a gestão da crise sanitária pelo governo deve ser alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Foram entrevistadas 1.255 pessoas entre os dias 22 e 24 de março. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.(Via247).
Homenagem às mais de 300 mil vítimas da Covid-19 no Brasil foi vandalizada por um bolsonarista em Toledo, no Paraná.
O ato foi organizado pelo Comitê de Resistência e Solidariedade e entidades sindicais, como a Adunioeste, APP de Toledo, Ser Toledo, Sinteoeste, Sindicato dos Empregados no Comércio, Sinditest, além do Movimento Estudantil e Instituto Cultural Quilombo Tekohá
300 crucifixos, representando as 300 mil mortes em decorrência da Covid-19, foram colocados no Lago Municipal de Toledo. Os manifestantes também pediam auxílio emergencial e vacinas contra o novo coronavírus.
Brasil registra dia mais letal da pandemia
O vandalismo ocorreu no mesmo dia em que o País registrou novo recorde de mortes diárias pela Covid-19. Nesta sexta, relatório do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) registrou 3.650 mortes nas últimas 24 horas, acumulando um total de 307.112 óbitos desde o início da pandemia.
Foram contabilizados também 84.245 casos nesse mesmo período, totalizando 12.404.414 registros de infecção do vírus.
Manifesto contra o ataque
Logo após a realização do ato, as entidades que o organizaram divulgaram um manifesto expondo suas reivindicações. Confira abaixo.
O Comitê Resistência e Solidariedade de Toledo – CRS, um grupo de pessoas que se organizou para contribuir em diversas frentes nesse momento de pandemia, organizou nessa sexta-feira, 26 de março, uma atividade de alerta em defesa da vida!
As cruzes cravadas em torno do lago municipal de Toledo são para simbolizar os mais de 300 mil mortos no brasil e as mais de 200 (duzentas) vítimas da covid-19 em Toledo.Prestando homenagem as vítimas, o comitê pretende expressar sua solidariedade aos familiares que perderam entes queridos e aos milhões de infectados e aqueles que carecem de cuidados e esperam na fila por leito em UTI’s.
O Comitê dedica gratidão à todos os trabalhadores do sistema público e privado da saúde que diuturnamente salvam vidas!
Nesse momento é indispensável uma articulação nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) através de planejamento e ações concretas dos governos: federal, estaduais e municipais contra o inimigo número UM da sociedade: o coronavírus.
Essa manifestação também reivindica vacinas para que seja possível retomar as aulas presenciais e as demais atividades caracterizadas como não essenciais. O CRS lembra que 70 milhões de brasileiros estão em situação de vulnerabilidade e necessitam do auxílio emergencial, por isso cobra que esse auxilio seja de R$ 600,00 para que seja possível a sobrevivência enquanto a pandemia não esteja totalmente controlada.
Para o controle da pandemia, nosso movimento cobra o chefe máximo da nação para que perceba a realidade e pare com a retirada de recursos da saúde, da ciência e da tecnologia, que respeite a dor da população e dos familiares das vítimas do Coronavírus e coloque a saúde e a vida como a maior prioridade pro país.
Para mudar essa triste realidade pedimos:
teste em massa para diagnosticar o real quadro de infectados pelo coronavírus;
vacina já e gratuita para todos;
lockdown nacional;
Auxílio Emergencial e FORA BOLSONARO COM SUA POLÍTICA DE MORTE.
Esta é uma atividade organizada pelo Comitê de Resistência e Solidariedade, Adunioeste, APP de Toledo, SerToledo, Sinteoeste, Sindicato dos Empregados no Comércio, Sinditest, Movimento Estudantil e Instituto Cultural Quilombo Tekohá.(Brasil247).
O objetivo da medida é auxiliar os setores produtivos e da saúde, em meio à crise gerada pela Covid-19
Indústria - Foto: Pixabay
O governador de Pernambuco, Paulo
Câmara, sancionou, nesta sexta-feia (26), o programa de recuperação de crédito
para empresas.
A medida vai possibilitar uma redução
de juros e multas de até 90% do valor dos débitos acumulados relativos ao
pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que
tenham ocorrido até o mês de agosto de 2020. Isso significa uma grande
abrangência do benefício fiscal, alcançando todos os períodos anteriores a
setembro de 2020.
O objetivo, segundo o Governo do
Estado, é auxiliar os setores produtivos e da saúde, em meio à crise gerada
pela Covid-19. Ainda de acordo com o governo, a iniciativa é uma grande
oportunidade de recuperação, com condições de descontos calculada de acordo com
a forma de pagamento do débito e da quantidade de parcelas, que podem chegar a
até 60.
A redução alcançará débitos já
lançados pela secretaria da Fazenda (Auto de Infração ou Notificação de
Debito); débitos ainda não lançados pela secretaria e que o contribuinte pode
regularizar espontaneamente por meio de pagamento à vista ou parcelado; e débitos
inscritos ou não na Dívida Ativa do Estado.
Podem ser beneficiados também saldos
remanescentes de débitos já parcelados ou reparcelados pelo contribuinte.
Leia também
• Micro e pequenas empresas têm quedas
de 5,8% na inadimplência em 2020• Procura das empresas por crédito cresce 12,7%
em fevereiro• Capacidade de produção de oxigênio por empresas aumentou em até
200%
“Essa lei abrange diversos setores da
economia estadual, permitindo um alívio no caixa e possibilitando que as
empresas continuem com suas operações regularizadas perante o Fisco Estadual”,
afirmou Paulo Câmara.
Isenção do ICMS
O governador assinou ainda uma lei que
dispensa o crédito tributário referente ao ICMS incidente nas operações de
prestações com o oxigênio hospitalar utilizado em caráter emergencial no
enfrentamento ao novo coronavírus, com saída do fornecedor entre 1° e 27 de
janeiro.
O benefício foi aprovado pelo Conselho
Nacional de Política Fazendária (Confaz) em janeiro, quando Pernambuco votou
favorável à decisão. A isenção foi aprovada também para os estados do Amapá,
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.
“Essa medida é estratégica nesse
momento de pandemia em que vivemos, pois vai garantir a oferta do produto para
a rede de Saúde do Estado”, explicou o governador.
Ficam isentas do recolhimento de ICMS
a saída interna ou importação de oxigênio hospitalar para órgãos de saúde e
para pessoas físicas ou jurídicas que estejam fazendo doações aos órgãos de
saúde, além de serviço de transporte da mercadoria e aquisição interestadual.
“A medida vale tanto para aquisições
de Pernambuco, destinadas às unidades hospitalares aqui situadas, quanto para a
remessa solidária do Estado ao Amazonas”, detalhou o secretário estadual da
Fazenda, Décio Padilha.(Por Portal Folha de Pernambuco).
O presidente Jair Bolsonaro editou decreto que regulamenta o pagamento do Auxílio Emergencial 2021, instituído no último dia 18 de março por meio de Medida Provisória. O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), na tarde desta sexta-feira (26). O apoio financeiro será pago a trabalhadores informais de baixa renda e aqueles inscritos em programas sociais como o Bolsa Família, caso o novo benefício seja mais vantajoso. A previsão é que os pagamentos comecem a partir do dia 4 ou 5 de abril, segundo informou o próprio presidente em sua live semanal nas redes sociais.
A nova rodada do Auxílio Emergencial pagará quatro parcelas com valor médio de R$ 250 cada uma. Esse valor pode chegar a R$ 375, no caso de famílias que tenham apenas a mãe como provedora, ou R$ 150, no caso de família unipessoal (formada por uma única pessoa). Ao longo do ano passado, o auxílio chegou a atingir 68 milhões de pessoas, mas agora o novo programa deve atender, nas projeções do governo, cerca de 45,6 milhões de famílias. Essa redução se dá, segundo o governo, após o cruzamento de dados que concentrou as transferências no público considerado mais vulnerável.
Pelo decreto, as parcelas do auxílio serão pagas independentemente de novo requerimento, desde que o beneficiário atenda aos requisitos estabelecidos na Medida Provisória. O governo vai usar a mesma base de dados de quem se cadastrou para o programa no ano passado, pelo aplicativo ou pelo site da Caixa Econômica Federal, além daquelas pessoas inscritas no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) e no Bolsa Família. Uma das novidades é o recebimento do benefício ficará limitado a um beneficiário por família.
Critérios
Os trabalhadores formais (com carteira assinada e servidores públicos) continuam impedidos de solicitar o auxílio emergencial. Além disso, cidadãos que recebam benefício previdenciário, assistencial ou trabalhista ou de programa de transferência de renda federal, com exceção do Bolsa Família e do PIS/PASEP, não fazem parte do público que receberá as parcelas de R$ 250. Para fins de elegibilidade, serão avaliados os critérios com base no mês de dezembro de 2020, informou o governo.
O novo auxílio será pago somente a famílias com renda per capita de até meio salário mínimo e renda mensal total de até três salários mínimos. Para o público do Bolsa Família, segue valendo a regra quanto ao valor mais vantajoso a ser recebido entre o programa assistencial e o auxílio emergencial 2021. Os integrantes do Bolsa Família receberão o benefício com maior parcela (R$ 375).
As pessoas que não movimentaram os valores do Auxílio Emergencial e sua extensão, disponibilizados na poupança digital em 2020, não terão direito ao novo benefício, assim como quem estiver com o auxílio do ano passado cancelado no momento da avaliação de elegibilidade para 2021.
O auxílio emergencial 2021 ainda prevê outros critérios de elegibilidade. Estão excluídos os residentes médicos, multiprofissionais, beneficiários de bolsas de estudo, estagiários e similares. Quem teve rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2019 ou tinha em 31 de dezembro daquele ano a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil, ou tenha recebido em 2019 rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte superior a R$ 40 mil, também não poderá solicitar o novo benefício.
Quem ainda não terá direito a receber o novo auxílio são pessoas com menos de 18 anos, exceto mães adolescentes, quem estiver no sistema carcerário em regime fechado ou tenha seu CPF vinculado, como instituidor, à concessão de auxílio-reclusão, quem tiver indicativo de óbito nas bases de dados do governo federal ou tenha seu CPF vinculado, como instituidor, à concessão de pensão por morte. (Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência - Brasília).
Pernambuco recebeu, na manhã desta sexta-feira (26), mais 177.920 doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 133.200 doses da Coronavac e 44.720 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz. De acordo com o governo do estado, os imunizantes devem ser utilizados apenas na aplicação da primeira dose.
Com o desembarque das novas doses, que aconteceu por volta das 8h, no Aeroporto Internacional do Recife, o estado anunciou que será possível avançar na imunização de idosos acima de 65 anos de idade. “Esta semana, Pernambuco bateu um recorde de imunizações num único dia, com 51 mil pessoas vacinadas. Quanto mais vacinas recebermos, mais condições nós teremos de aumentar a quantidade de pessoas protegidas contra essa doença”, disse o governador Paulo Câmara.
Como de praxe, as doses recebidas foram levadas para a central de armazenamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), localizada na Zona Norte do Recife, e entregues à superintendente de Imunização do Estado, Ana Catarina de Melo, que disse que as novas doses também servirão para completar a imunização da população quilombola do estado.
“Estamos recebendo esse lote para finalizar a vacinação dos idosos entre 70 e 74 anos de idade e avançar para a imunização do público a partir dos 65 anos, além de complementar a vacinação da população quilombola”.
De acordo com o governo, as doses já começaram a ser distribuídas para as 12 Gerências Regionais de Saúde do Estado (Geres). A previsão é que a entrega dos imunizantes a todas as Geres seja concluída ainda nesta sexta.
Segundo o plano de vacinação do estado, as doses da Coronavac serão destinadas aos idosos entre 65 e 74 anos. Já as da AstraZeneca, complementam o público de 65 a 69 anos e os povos e comunidades quilombolas tradicionais.
Quantidade
Com mais essa remessa, sobe para 1.438.880 o número de doses de vacinas contra a Covid-19 já recebidas em Pernambuco. Desse total, 1.192.160 foram da Coronavac e 246.720 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, de acordo com dados do governo do estado. (Por:Diario de Pernambuco).
Presidente do STJ, Humberto Martins (à esq.) e os procuradores Deltan Dallagnol e Januário Paludo (Foto: ABr | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)
Citando risco de prisões e de afastamento de procuradores, a Procuradoria Geral da República pede ao Supremo Tribunal Federal a suspensão urgente da investigação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra integrantes do Ministério Público.
O ofício é assinado pelo subprocurador-geral da República, José Adonis Callou de Araújo Sá, e encaminhado à ministra Rosa Weber, que nesta semana negou dois pedidos para suspender a investigação, sob o argumento de que não havia risco à liberdade dos alvos da investigação. O subprocurador alega agora que “a situação mudou”.
O inquérito cita nominalmente seis procuradores como alvos iniciais. Quatro deles integraram a Lava Jato de Curitiba: Deltan Dallagnol, Januário Paludo, Diogo Castor de Mattos e Orlando Martello Júnior.
“Sobre o perigo da demora, após ter obtido todo o material da Operação Spoofing , o Ministro Presidente do Superior Tribunal de Justiça pretende decretar medidas invasivas, entre elas busca e apreensão, caminho natural, repita-se, do tipo de apuração em exame. Registre-se, inclusive, que não se pode descartar o afastamento judicial de membros do Ministério Público Federal e até prisão”, escreveu o subprocurador-geral da República, segundo reportagem do Globo.
O inquérito
Martins instaurou o inquérito depois de expostas conversas no Telegram entre integrantes do Ministério Público Federal no Paraná. O diálogo mostra Deltan Dallagnol, então coordenador da "lava jato", combinando com um fiscal da Receita Federal a quebra de sigilo de ministros do STJ. Diogo Castor também é um importante personagem do diálogo.
O uso do esquema era tratado com naturalidade e a Receita funcionava como um braço lavajatista. Os acertos ilegais eram feitos com Roberto Leonel de Oliveira Lima, chefe do Escritório de Pesquisa e Investigação na 9ª Região Fiscal. Pela cooperação, Roberto Leonel foi premiado quando Sergio Moro tornou-se ministro da Justiça, com o comando do Coaf (clique aqui para ver palestra de Deltan Dallagnol e Roberto Leonel).
Em julho de 2015, os procuradores discutiam uma anotação encontrada com Flávio Lúcio Magalhães, apontado como operador de propina da Andrade Gutierrez. A lista citava diversas pessoas, entre elas ministros do STJ.
"A RF [Receita Federal] pode, com base na lista, fazer uma análise patrimonial [dos ministros], que tal?", diz Dallagnol. Em seguida o procurador informa: "Combinamos com a Receita."
A conversa mostra que o MPF no Paraná só tinha por honestos ministros que atendiam, incondicionalmente, os pedidos da "lava jato". "Felix Fischer eu duvido. Eh (sic) um cara sério", diz Castor em referência ao relator dos processos da "lava jato" no STJ.
O próprio Dallagnol admite não acreditar que a lista encontrada com Magalhães envolvia pessoas que recebiam propina. Mas decidiu pedir a análise patrimonial mesmo assim. "Aposto que não são propina. São muitos pra serem corruptos", afirmou.
Os alvos vão desde ministros até figuras relacionadas a políticos, como é o caso de Marisa Letícia, esposa de Lula, morta em 2017. "Dona Marisa comprou árvores e plantas no Ceagesp em dinheiro para o sítio. Pedi pro Leonel ver se tem nf [nota fiscal]", disse o procurador Januário Paludo em uma conversa de fevereiro de 2016.
Embora não mencionem diretamente quais ministros das turmas criminais do STJ foram investigados, os procuradores mostram, em uma conversa, também de 2016, desconfiança com relação a Reynaldo Soares.
Em entrevista ao portal chinês Xinhua, nesta quinta-feira (26), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que age como um estadista em defesa do Brasil e dos países mais vulneráveis economicamente, defendeu a criação de uma conferência internacional destinada a quebrar as patentes de laboratórios privados com o objetivo de que os países mais pobres da África, Ásia e América Latina possam ter custos reduzidos e melhor acesso às vacinas contra o coronavírus.
Ele afirmou que, diante do enfrentamento da pandemia, a China é um "exemplo de que é possível cuidar da população por meio de um governo sério e com responsabilidade para com seu povo".
"É importante que os países ricos, os países do Conselho de Segurança da ONU, o G20 tenham uma reunião extraordinária para falar sobre a vacina. É importante que a vacinação da humanidade seja a prioridade de todos os países do mundo e que os mais ricos possam financiar vacinas para os mais pobres", disse.
Ele também acrescentou que outro cenário importante pode ser a convocação de uma Assembleia Geral extraordinária da ONU.
"Precisamos definir como ajudar os países pobres, como os pobres vão receber a vacina. O enfrentamento da pandemia é algo em que os chineses estão dando o exemplo, assim como os cubanos. Lamentavelmente, no Brasil nosso presidente não dá o exemplo de como cuidar do país. O (Jair) Bolsonaro é irresponsável e o Brasil merece melhor ", disse.
O Brasil é atualmente o epicentro global das mortes diárias por Covid-19, registrando uma média de mais de 2.100 nos últimos sete dias, totalizando mais de 300 mil mortes, segundo o Ministério da Saúde. (Via247).
Recomendação da prefeitura é que a população fique em casa
Rovena Rosa/Agência Brasil
Tem início hoje (26) a antecipação de cinco feriados municipais na capital paulista para conter o agravamento da pandemia de covid-19. Na Região do Grande ABC, a paralisação das atividades começa segunda-feira (29). A maior parte dos serviços já se encontra afetada por causa da Fase Emergencial do Plano São Paulo, que terá novas modificações por causa do megaferiado.
Os recessos remarcados se estendem ao longo da próxima semana na capital paulista, nos dias 29, 30, 31 de março e 1° de abril, juntando-se à Sexta-feira Santa, em 2 de abril, que é feriado nacional.
A recomendação da prefeitura é que a população fique em casa, em isolamento social. “A ação tem o objetivo de diminuir a contaminação pelo novo coronavírus e assim evitar colapsos nas redes de saúde e funerárias da capital”, justifica em nota o governo municipal.
Os serviços de saúde não serão interrompidos nos dias dos feriados antecipados. No dia 2 de abril, feriado nacional de Sexta-feira da Paixão, alguns serviços vão fechar, permanecendo apenas os essenciais e os de plantão, conforme informação no site da prefeitura.
Durante o feriado, seguirá em funcionamento o novo horário de rodízio na cidade, com alteração para o período noturno, das 20h às 5h. Antes, o rodízio ocorria entre as 7h e as 10h e entre as 17h e as 20h.
Na capital, feiras livres funcionarão normalmente, enquanto mercados e sacolões estarão em revezamento.
As ciclofaixas de lazer não serão abertas nos dias de feriados antecipados, mas funcionam aos domingos e na Sexta-Feira Santa, com distribuição de máscaras e álcool gel. As atividades nos espaços culturais continuam suspensas, com exceção de eventos virtuais como a programação do mês do Hip Hop e da Mulher. Clubes esportivos também permanecem fechados.
Nos bancos, o atendimento presencial será feito apenas em caráter excepcional, com triagem. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a orientação segue normativas do setor e visa a atender especialmente “casos de recebimento de benefícios sociais, pagamento de salários, aposentadorias e pensões àqueles que não têm acesso a canais digitais ou remotos”. Os demais serviços estarão disponíveis por meio dos canais digitais. As datas de vencimento de contas, boletos e tributos estão mantidas.
Litoral e Grande ABC
Os nove municípios da Baixada Santista – Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe – estão em lockdown até 4 de abril. A decisão foi tomada após a capital optar pelos feriados. Foram feitos bloqueios nas praias e reforço da fiscalização para impedir o acesso à areia e aos calçadões.
O governo do estado também atendeu ao pedido dos prefeitos e suspendeu a chamada Operação Descida, medida que aumenta o número de faixas de trânsito nas estradas que levam ao litoral.
Os municípios do Grande ABC Paulista, que também optaram por antecipar feriados, mesmo para setores considerados essenciais, deverão encerrar às 17h, com exceção dos serviços de saúde, como hospitais públicos e privados, urgência e emergência, farmácias, laboratórios e hospitais veterinários.
Em Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não haverá dia útil de 27 de março a 4 de abril. Apenas funcionários de serviços essenciais poderão circular no transporte público. A comercialização de bebida alcoólica estará proibida a partir de segunda-feira (29). (Por Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil - São Paulo).
Feriados terminam no domingo de Páscoa: 4 de abril
Tânia Rego/Agência brasil
Os feriados de dez dias começam hoje (26) em todo o estado do Rio de Janeiro e terminam no domingo de Páscoa - 4 de abril. A finalidade é frear a expansão da covid-19. São dois sábados e dois domingos e seis dias de feriados, incluindo a sexta-feira santa (2), a antecipação de dois feriados de abril (Tiradentes, que seria no dia 21, e São Jorge, no dia 23) e a criação de três feriados extraordinários.
Será, no entanto, um feriadão para permanecer em casa, uma vez que as praias de todo o estado estão fechadas e algumas cidades turísticas apresentam restrição de entrada para não moradores. A própria capital está proibindo a entrada de ônibus fretados. Outros municípios também podem montar barreiras para esse tipo de ônibus.
Restrições valem também para as diversões noturnas. Casas de shows e boates não poderão abrir. Bares e restaurantes só poderão receber clientes até as 21h e terão que encerrar suas atividades às 23h.
Há restrições ainda para horário de funcionamento de shoppings, que só poderão funcionar das 12h às 20h, com no máximo 40% de sua capacidade.
Em alguns municípios, no entanto, as regras são ainda mais rígidas. Na capital, por exemplo, bares, restaurantes e quiosques de praia não poderão abrir para permanência de clientes, apenas para entregas, drive thru e coleta de refeições para consumo em casa.
Também ficarão fechadas atrações culturais e de lazer como museus, cinemas, parques de diversão, aquários e jardins zoológicos.
Na cidade do Rio de Janeiro, os ônibus regulares e o metrô continuam funcionando normalmente. (Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).
Houve aumento de 195% de pessoas com idade entre 40 e 59 anos ocupando vagas de Terapia Intensiva na rede estadual de Saúde
Coletiva do Governo de PE - Foto: Reprodução/Governo de Pernambuco
Pernambuco registrou mudanças no perfil de internações em leitos de Terapia Intensiva (UTI). A taxa de internação em UTI da população com idade entre 20 e 69 anos se mantém crescente há cinco semanas.
De acordo com o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, o dado é preocupante nos casos da Covid-19. "Como não temos nenhum medicamento que trate a Covid-19, a mortalidade dos pacientes internados com suporte intensivo é muito elevada", afirmou.
Os dados foram ampliados em uma coletiva virtual realizada nesta quinta-feira (25) pelo Governo de Pernambuco. Os maiores aumentos no número de internações foram nos grupos entre 20 e 39; 40 a 59 e 60 a 69 anos – que apresentaram percentuais de aumento de 145%, 195% e 120%, respectivamente. O percentual faz referência geral entre a primeira semana de 2020 e a última semana epidemiológica analisada.
Nos grupos etários de 20 a 59 anos, o número de internamentos praticamente dobrou apenas nas últimas três semanas. Entre os adultos jovens (20 a 39 anos), foram registrados 50 casos na semana de 28/2 a 6/3 e 93 na semana passada – aumento de 86%.
Já entre os adultos com idades entre 40 e 59 anos, o aumento no período foi de 80%, com 169 registros na semana de 28/2 a 6/3 e 304 na semana passada.
De acordo com o infectologista Demetrius Montenegro, que também estava presente à coletiva, houve uma perda de sentido dos números registrados. Uma naturalização da pandemia.
"Há centenas de pessoas morrendo nos hospitais e outras centenas sofrendo em casa. São jovens de 30, 40 anos. Não tinha visto isso no início da pandemia. Naquele momento, víamos o que a literatura falava, que os mais velhos poderiam ter casos mais graves. Estamos vivendo novamente uma grande onda com o acréscimo no número de casos em pessoas mais jovens, que estão se expondo muito. Com isso, a consequência é o que está acontecendo nas emergências e UTIs, com a possibilidade de piorar", relatou.
O infectologista ainda salientou que as equipes de saúde estão exaustas. "Sem contar que nós todos, profissionais da área da saúde, estamos muito cansados. Se você está cansado de ficar em casa, a gente está cansado de ver gente morrendo, é muito doloroso, é um sofrimento emocional grande. Essa epidemia existe, não fiquem cegos para esta doença”, afirmou Montenegro.
Na análise dos dados, apenas a faixa etária acima dos 85 anos não registrou crescimento no número de internações com relação à última semana. Nesta faixa etária, entre janeiro e mardo deste ano, foi registrada uma redução de 22% nas internações em leitos de UTI – foram 50 pacientes internados entre 3 e 9 de janeiro e 39 na semana passada.
O secretário André Longo informou que a redução na internação dos mais idosos já é efeito da imunização. "Nos indicadores entre os idosos com mais de 85 anos, nós já sentimos o efeito positivo da imunização, já que Pernambuco antecipou de forma pioneira e acertada o processo de imunização deste público", destacou.
Longo salientou que o momento depende inteiramente de decisões sobre proteção. “Decisões de proteção é que vão fazer a diferença nas taxas de ocupação hospitalar e podem fazer a diferença para salvar vidas. O vírus mata. E, se você negar este perigo e descumprir as normas da quarentena, a você poderá ser negado, mais à frente, uma vaga de UTI. Essa negação da realidade e da gravidade também poderá causar a morte de um familiar, de um amigo ou de alguém que você ama. O único compromisso inadiável e urgente é com a vida”, concluiu o secretário. (Por Portal Folha de Pernambuco).