Entidades representativas em Pernambuco disseram que volta à normalidade será mais rápida se população respeitar quarentena rígida
Comércio do centro do Recife - Foto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco
Os setores econômicos mais atingidos pela prorrogação até o dia 31 de março da quarentena rígida no Estado – anunciada nesta quinta-feira (25) pelo Governo de Pernambuco –se mostraram mais compreensíveis com a medida e fizeram um apelo para que a população fique em casa nesse período. Todos reforçaram a preocupação com o fechamento de empresas e o desemprego que poderá vir a partir do mês de abril.
“O comércio já está com uma cota de sacrifício muito grande e, sem faturamento, começam as dificuldades para pagamento da folha salarial. Nesse momento, é fundamental que a população coopere, saindo de casa apenas em casos de extrema necessidade”, ressaltou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL), Fred Leal. Para ele, as decisões dos poderes públicos – municipais, estadual e federal - de suspensão do pagamento de tributos, por exemplo, são importantes para aliviar a situação imediata das empresas, mas essa conta será cobrada mais para frente.
Já o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Pernambuco (Abrasel), André Araújo, disse que, atualmente, uma das grandes expectativas do setor é a que uma das esperanças das empresas é a reedição, pela União, da Medida Provisória 936 de 2020 - que garantiu a suspensão temporária dos contratos de trabalho e a redução proporcional de jornada e salário. “O setor ainda está muito fragilizado e, no ano passado, a MP garantiu a sobrevivência de muitos estabelecimentos e a manutenção do emprego”.
O presidente do Movimento Pró-Pernambuco, Avelar Loureiro Filho, por sua vez, disse que as medidas anunciadas hoje correspondem aos anseios do setor produtivo, principalmente, no que diz respeito à previsibilidade, permitindo planejar os próximos passos. ( Por Heliane Rosenthal).