sábado, 29 de abril de 2017

LULA CRITICA DESMONTE DA INDÚSTRIA NAVAL E PEDE REAÇÃO URGENTE


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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, neste sábado, de atos em defesa da indústria naval, que foi praticamente destruída pela Operação Lava Jato.
Leia abaixo reportagens sobre os atos no Rio Grande (RS) e em Angra dos Reis (RJ) e confira a fala de Lula e Dilma acima.
"Eles não estão fazendo reforma, estão demolindo a CLT", diz Lula em ato no Rio Grande (RS)
Para o ex-presidente, reforma Trabalhista em tramitação levará o país às condições de trabalho do início do século passado
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou neste sábado (29) de ato em defesa do Polo Naval do Rio Grande (RS), na chamada Metade Sul do Estado. Em seu discurso, ele criticou os projetos de reforma da Previdência e Trabalhista em tramitação em Brasília, e afirmou que o que está sendo feito é “a demolição da CLT”.
“Os que deram um golpe na Dilma dizendo e iam melhorar o país, só pioram o país. Eles estão destruindo tudo que Getúlio Vargas fez a nível de direitos trabalhistas. Eles querem que os trabalhadores tenham as mesmas condições de trabalho do início do século passado, querem jogar nas costas do povo o rombo da Previdência. Eles não estão fazendo uma reforma, estão demolindo o país”, disse o ex-presidente.
O local e a ocasião em que se deu a fala de Lula são bastantes propícios. O processo de desmonte por que passa o Polo Naval existente ali já afeta a economia de Rio Grande e do Estado como um todo.  No município, saiu-se de um orçamento de mais de R$ 200 milhões, em 2009, para algo em torno de R$ 700 milhões em 2016. Mas, para este ano, a previsão é de uma retração de algo entre R$ 70 milhões e R$ 75 milhões. 
Sobre esta guinada política e econômica por que passa não só o Rio Grande do Sul, mas o Brasil como um todo, Lula disse: “Eu estou percebendo que esse desmonte do Brasil não pode continuar acontecendo. Eu posso esperar até 2018, mas quem tá passando fome não pode esperar até 2018. A gente tem que falar para os golpistas: tomem vergonha e tenham coragem de convocar novas eleições.”
De acordo com Lula, tanto o golpe que sofreu a presidente Dilma Rousseff (que também foi ao ato deste sábado no Rio Grande, onde foi muito aplaudida), quanto as reformas que se tenta impor ao país são frutos de um projeto de nação que é contrário ao que foi posto em prática durante os anos de governo do PT. “Tem um tipo de gente que não aceita uma menina da periferia fazer medicina ou engenharia. Tem gente que não suportou pobres com carro, computador. Nós provamos em 12 anos que é possível mudar a história do país”, afirmou Lula, que concluiu: “Uma nação é medida pela qualidade do seu povo. Pelos direitos e formação do seu povo. Nada representa mais uma nação do que uma pessoa que nasce pobre e poder sonhar em fazer universidade”
O ex-presidente falou ainda sobre uma eventual candidatura à Presidência da República em 2018. De acordo com ele, sua disposição é de voltar a governar o país, e toda a sua vida, até o fim, será voltada para a defesa da democracia no Brasil. “Quero que a TV Globo descubra logo o candidato dela. E eu, que não queria mais ser candidato, terei um imenso prazer em derrotar o candidato da Globo. Na minha idade, a gente não sabe quanto tempo terá pela frente. Tô com 71 anos, mas se eu tiver mais 20 ou mais um ano pela frente, será só para defender a democracia neste país”
Leia ainda reportagem da Rede Brasil Atual:
Rede Brasil Atual Em ato na manhã de hoje (17) em Angra dos Reis (RJ), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o "desmonte" da indústria naval brasileira, lembrando que ele mesmo, no início de seu primeiro mandato, ajudou a recuperar o setor. "Pegamos do zero e levamos a quase 80 mil trabalhadores", afirmou, durante manifestação no estaleiro Brasfels. O local é um exemplo das mudanças pelas quais passou o setor. Segundo Lula, onde só havia "capim, mato e rato", passaram a trabalhar 12 mil pessoas. Atualmente, o estaleiro tem apenas 3 mil.
"Provamos que é possível recuperar a indústria naval", disse o ex-presidente, defendendo a manutenção da política de conteúdo local. "Temos tecnologia, engenharia, gente capacitada", afirmou, criticando a mudança de diretriz da Petrobras, que deveria, segundo ele, "continuar a fazer investimento no Brasil, contratando obra e exigindo conteúdo nacional". Caso contrário, a empresa passará a "engordar" estrangeiros, provocando desemprego no país.
Para Lula, o país melhorou nos últimos anos e não pode admitir o retrocesso. "As pessoas mais pobres têm de entrar no orçamento da União." Ele sugeriu que o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), organize "prefeitos, deputados e sindicalistas", além de eventualmente convidar o presidente Michel Temer "para sentir o cheiro de um metalúrgico de estaleiro, de uma soldadora, para ele saber que essas pessoas precisam trabalhar". "É preciso reagir enquanto é tempo", acrescentou o ex-presidente, que participou de assembleia com sindicalistas do setor metalúrgico e dos petroleiros, ligados a diversas centrais sindicais. (247).


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REJEITADO POR 92%, TEMER DIZ A RATINHO O ÓBVIO: NÃO SERÁ CANDIDATO


A entrevista de Michel Temer ao apresentador Ratinho trouxe uma notícia-bombástica, segundo informa o jornal Valor: Temer não será candidato a nada em 2018.
Estranho seria se fosse. Pesquisa Ipsos aponta que ele tem apenas 4% de aprovação e é hoje o político mais reprovado do País, empatando apenas com Eduardo Cunha, responsável pelo golpe que o levou ao poder. Além disso, 92% dizem que, com ele, o Brasil segue no rumo errado.
Nesta sexta-feira, Temer foi também alvo da maior greve geral da história do Brasil, que teve a adesão de mais de 30 milhões de trabalhadores. Ou seja: Temer não se elegeria nem síndico de prédio.
“Nós temos um ano e pouco pela frente para as candidaturas. Seguramente vai aparecer gente para liderar o país”, disse ele ao Ratinho.
Responsável por uma depressão econômica que produziu 14,2 milhões de desempregados, Temer disse que os empregos voltarão quando ele completar a reforma trabalhista e a reforma da Previdência. “E, portanto, o Brasil recuperar, especialmente o investidor, a confiança absoluta no seu país”.
Não é o que pensam os brasileiros, que hoje lutam contra o desmonte dos direitos trabalhistas e o fim das aposentadorias. (247).


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MÍDIA GLOBAL DESTACA GREVE QUE JORNAIS BRASILEIROS ESCONDERAM E ATACARAM



Ao noticiar a greve geral da última sexta-feira, que mobilizou pelo menos 35 milhões de brasileiros, a imprensa internacional mostrou aquilo que a mídia oligárquica brasileira tentou a todo custo esconder: a insatisfação enorme contra as reformas de Michel Temer e o momento histórico representado pela greve geral. 
Na França, o Le Monde classificou a paralisação como "histórica" e publicou um dossiê e filme batizado de "Au Brésil, le grand bond en arrière, que significa: "Brasil: O grande Salto para Trás".
A BBC, rede britânica de informação, destacou que esta foi a "primeira greve geral duas décadas".
Enquanto isso, comprometida com o governo que ajudou a colocar no poder, a grande mídia brasileira tentou resumir os movimentos a uma baderna sindical, escondendo a real dimensão da insatisfação com as reformas e com o atual inquilino do Planalto, aprovado por apenas 4% dos brasileiros. 
O contraste é visível:
Folha de São Paulo: "Greve atinge transportes e escolas em dia de confronto" (247).


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DCM: TEMER PAGA JABÁ A RATINHO, ENQUANTO AS RUAS PEGAM FOGO


Por Kiko Nogueira, diretor-adjunto do DCM
Faz sentido o ministro da Justiça Osmar Serraglio, indicação de Eduardo Cunha, se fazer de desentendido diante da greve geral.
Para Serraglio, que chamou líder de esquema descoberto na operação Carne Fraca de “grande chefe”, as manifestações foram “pífias” e não tiram “a expressão que se imaginava ter”.
(...)
O cinismo de Serraglio e a covardia de Temer, que detonaram a paralisação, não surpreendem. É desespero.
O Brasil de 2017 é chefiado por uma escumalha que paga jabá no programa do Ratinho enquanto as ruas pegam fogo.
Leia a íntegra no DCM. (247).


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LULA DIZ QUE GOLPISTAS “NÃO ESTÃO FAZENDO REFORMA, ESTÃO DEMOLINDO O PAÍS”

Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

Rio Grande do Sul 247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que as investigações da Operação Lava Jato contra ele não são opor corrupção, mas pelo "seu jeito de governar". Lula, que neste sábado (29) participou de um ato em Rio Grande (RS) em defesa da indústria naval, disse que "a história irá me absolver".
Lula disse, ainda, que o eu depoimento ao juiz federal Sério Moro, marcado para o próximo dia 10, será a "a primeira chance" que terá para "falar sobre o que estão fazendo comigo". Lula criticou a ação da Polícia Federal quando ele foi levado para depor coercitivamente no ano passado. Segundo ele, "a PF até levantou meu colchão atrás de dinheiro". Lula disse, ainda, "estar pedindo a Deus para depor".
Lula também criticou as reformas previdenciária e trabalhista que, segundo ele, "estão demolindo o país". "Os que deram um golpe na Dilma dizendo e iam melhorar o país, só pioram o país. Eles estão destruindo tudo que Getúlio Vargas fez a nível de direitos trabalhistas. Eles querem que os trabalhadores tenham as mesmas condições de trabalho do início do século passado, querem jogar nas costas do povo o rombo da Previdência.
Eles não estão fazendo uma reforma, estão demolindo o país", afirmou. (247).

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JUSTIÇA PROÍBE CUT DE REALIZAR ATO DO DIA DO TRABALHO NA PAULISTA


Paulo Pinto/ Agência PT
São Paulo 247 - O juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo Emanuel Brandão Filho decidiu em caráter liminar proibir a manifestação que seria realizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em comemoração ao Dia do Trabalho, no dia 1 de maio, na avenida paulista. O magistrado estabeleceu, ainda, o pagamento de uma multa no valor de R$ 10 milhões em caso de descumprimento da decisão judicial.
A decisão é resultado de uma ação movida pela Prefeitura de São Paulo. O prefeito João Doria (PSDB) já havia dito que não cederia espaço para que a CUT realizasse o ato programado.
O juiz justificou sua decisão afirmando que a CUT "tradicionalmente promove no Anhangabaú" o evento em alusão ao Dia do Trabalhador, mas que neste ano "resolveu apoderar-se de espaço reservado ao lazer do paulistano".
"Não se está a cercear o direito constitucional de reunião pacífica, mas de zelar pelo cumprimento das normas municipais quando se trata de realização de eventos comemorativos de grande magnitude", pontuou o magistrado. "Não se verificam condições legais para que o evento seja realizado pela CUT na avenida Paulista", completou. (247).


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PATRICIA PILLAR DIZ QUE AGRESSÃO A ESTUDANTE EM GOIÁS É “INACEITÁVEL”


A atriz Patricia Pillar escreveu em seu Twitter que a agressão de um policial militar ao estudante Matheus Ferreira da Silva, durante protesto em Goiânia, é "inaceitável".
Mateus participava de protesto, junto com outros jovens, no Centro da Capital, quando um policial o atingiu com um cassetete na cabeça. 
Cirurgia
O estudante Mateus Ferreira da Silva, agredido por um policial militar durante manifestação na última sexta-feira (28), passa desde as 15 horas deste sábado (29) por procedimento cirúrgico para reparar os ossos frontais.
“Por ter se mantido estável, as equipes de Neurocirurgia e Bucomaxilofacial optaram por realizar cirurgia de reparação dos ossos frontais. O procedimento foi iniciado por volta das 15 horas e não há previsão de término”, informa o boletim médico disponibilizado pelo Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde Matheus segue internado. (247).

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LULA: PARA ME TIRAR DE 2018, TERÃO QUE RASGAR A CONSTITUIÇÃO

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Rio Grande do Sul 247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu entrevista nesta sexta-feira, 28, para a Rádio Guaíba de Porto Alegre. Lula, que detém a liderança da preferência do eleitor brasileiro em todas as pesquisas, voltou a dizer que irá disputar a presidência da REpública em 2018.
"Na medida em que eu percebo que meus adversários estão tentando me prejudicar, que eu percebo que sou alvo de um massacre irresponsável por parte de parcela pequena do Ministério Público, que faz parte da Lava Jato, ou de denúncias irresponsáveis . Na medida em que percebo que isso tem interesses políticos de evitar que eu possa ser candidato em 2018, se eu tinha alguma dúvida, hoje eu posso dizer: eu quero ser candidato", disse Lula.
"Se eles quiserem evitar que eu seja candidato, eles terão mais uma vez que rasgar a Constituição brasileira, para cometer mais um crime contra a democracia neste País", afirmou.
Como fez em entrevista à Rede Brasil Atual, Lula comemorou a alta adesão da greve geral que paralisa o País contra as reformas trabalhista e da Previdência. "Eles aprovaram uma terceirização que vai fazer com que os trabalhadores fiquem mais fragilizados na relação com seus empregadores. Isso é motivo suficiente para que o povo brasileiro se rebele, se manifeste, faça sua greve e fale para o governo que não vai aceitar esta situação", disse Lula. "É uma greve histórica. Há muito tempo que não víamos um movimento tao preciso quanto esse. E é importante dizer que é uma greve causada pela irresponsabilidade e pela insensibilidade do governo", disse Lula.
Lula informou que estará neste sábado, 29, no Rio Grande do Sul, para participar de um ato em defesa da indústria naval e do conteúdo local para obras e aquisições da Petrobras. "Não é possível o Brasil não ter uma indústria naval poderosa como nós estávamos construindo", afirmou. (247).

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GLOBO FAZ JORNALISMO RUIM E CULPA GREVE GERAL


Passei a tarde de 28 de abril hoje ouvindo – na TV – depoimentos de cidadãos comuns a repórteres da Globo que ficaram sem transporte em função da greve geral. O tom da cobertura era previsível: pobres cidadãos indefesos que tiveram seu dia arruinado pela paralização de trabalhadores, a maior de nossa história.
Parece que a culpa pelos transtornos enfrentados pelas pessoas nas rodoviárias e nas estações de trem e do metrô deve ser atribuída ao movimento sindical. Bobagem.
Com um mês de antecedência, as centrais sindicais informaram ao país inteiro que os trabalhadores iriam cruzar os braços no 28 de março. Incluía-se aí, evidentemente, a paralização dos transportes, ação tradicional em toda paralisação desse porte – na Grécia, na França, ou no Brasil.
 Como se não fosse suficiente, nos cinco dias que antecederam a greve geral, uma centena de bispos da Igreja católica publicaram vídeos, na internet, convocando a população a cruzar os braços no dia 28.
 O próprio governo federal preparou-se, reforçando o aparato policial. O mesmo fizeram as PMs, na maioria dos estados. Anunciaram esquemas de policiamento, avenidas e regiões liberadas e assim por diante.

O que fez a Globo? Embora bastasse ler os jornais e dar um simples telefonema as partes envolvidas para qualquer estagiário de jornalismo inteirar-se do que acontecia, preferiu fingir que a greve não existia. Retirou o assunto de sua pauta, quando, em nome do interesse público, poderia ter antecipado a situação e alertado  os espectadores. Num clássico exercício  jornalismo de serviço, poderia sugerir providências para enfrentar aquela emergência. Não precisava apoiar nem divulgar a paralização. Tinha mesmo o direito de fazer críticas – ainda que estas seriam mais aceitáveis se o Brasil não tivesse uma mídia dominada pelo pensamento único.
Em qualquer caso, bastava não esconder de seu  público que – era previsível – o protesto teria grande adesão e era prudente tomar as providências cabíveis. Algo que qualquer emissora de Tv, em qualquer país do mundo, aprendeu a fazer décadas atrás. Pauta banal do tele-jornalismo norte-americano quando um furacão se anuncia.
No caso brasileiro, há uma questão de fundo aí. Reconhecer os direitos dos trabalhadores implica, numa sociedade como a nossa, em aceitar os direitos de uma classe diferente da camada dominante. Implica em admitir que essas pessoas podem valer-se dos poucos instrumentos de pressão de que dispõem -- como cruzar os braços -- para serem  ouvidas. Vamos combinar: empenhado em aprovar um pacote que reduz os direitos dos assalariados a um caso de polícia -- como na República Velha -- o governo Temer finge dialogar, finge ouvir e finge negociar. No fim das contas, entrega um pacote pronto, igualzinho ao que recebeu de seus patrões. Nessa situação, não há muito que os que os trabalhadores possam fazer no plano da gentileza e do diálogo. Podem abaixar a cabeça ou ir à luta. Foi o que fizeram ontem.
Possivelmente embriagada por um poder de manipulação social que possuía em tempos que felizmente não existem mais, a Globo imaginou que seria possível impedir um fato – a greve – pelo boicote da notícia. Recusou-se a reconhecer os direitos do outro. Reduziu a classe operária a uma não-pessoa, típico exercício de totalitarismo político. 
O vexame -- cuja origem profunda se encontra no desprezo histórico pela capacidade de luta dos trabalhadores – se comprovou ao longo do dia. 
Desprevenidos como cidadãos que não são alertados para sair de casa com capa e guarda-chuva em dia de tempestade, a Globo encontrou  pessoas que chegaram desavisadas às estações de trem e metrô. Ofereceu microfones e câmaras sempre abertas  para ouvir seus depoimentos, sendo colocados na posição de vítimas de grevistas. Com isso, ajudavam a Globo a cumprir a função política de desgastar as lideranças dos trabalhadores, evitando reconhecer que elas indiscutivelmente expressam um ponto de vista partilhado por uma maioria imensa dos brasileiros. 
Ainda que uma greve geral como a de ontem seja um evento particularmente grave na conjuntura de um governo enfraquecido como Temer, é preciso reconhecer que paralizações desse porte são eventos corriqueiros sob regimes democráticos. Ao demonstrar que não aprendeu a conviver com elas, a Globo confirma que pouco aprendeu com a história do país e com seus próprios erros.
Há 37 anos, a emissora boicotava a campanha pelas diretas-já, a maior mobilização popular da historia republicana.  Chegou dizer que um comício contra a ditadura, na Praça da Sé, havia sido uma festa pelo aniversário de São Paulo. Agora, culpa a luta de trabalhadores, apoiada por várias forças legítimas da sociedade, inclusive bispos da Igreja católica, pelos efeitos previsíveis de uma opção politicamente errada de seu jornalismo. Se tivesse mesmo preocupada com eventuais dores de cabeça que uma greve geral poderia causar aos brasileiros, o mínimo que poderia ter feito era orientá-los a se preparar para ela em vez de fazer o possível para esconder uma gigantesca mobilização em curso.
O saldo dessa opção política de cobertura é óbvio. Alimenta a retórica artificial de que a greve geral teve pouca adesão -- hipótese que todos os dados disponíveis desmentem -- e ajuda Temer em seu esforço para levar a proposta de reforma da previdência adiante, em vez de assumir a única atitude legítima depois de uma paralisação deste porte, que é retirar a proposta de circulação. (247).

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QUEM NÃO GOSTA DE GREVE, DEMOCRATA NÃO É


Sou totalmente favorável a greve geral de protesto como a de hoje que tem um fundamento muito claro: trabalhadores mostrarem ao governo e à classe política que não concordam com o teor das reformas trabalhistas e da Previdência, nem poderiam, pois serão violentamente atingidos.
   As desigualdades sociais, já imensas no Brasil, tendem a aumentar mais.
   Não há outra conclusão a tirar das reformas de Temer a não ser que visam tirar dos que já têm pouco para dar aos que já têm demais. Tirar dos trabalhadores para dar aos empresários. É a forma que eles encontraram de enfrentar a crise.
  Esse é o grande erro que Temer está prestes a cometer.
   A única arma que os trabalhadores têm para se defender da artilharia pesada de Brasília é o protesto. A greve.  
   É um instrumento de protesto legítimo, previsto na constituição de 1988.
   Quem se opõe à greve não só desrespeita a opinião da classe trabalhadora que vai ser afetada de forma radical pelas propostas, como também rasga a constituição e revela seu caráter autoritário.
   É o caso, por exemplo, do prefeito de São Paulo, João Dória que chamou os grevistas de “vagabundos e preguiçosos” e ameaça cortar o ponto de quem aderir ao movimento.  
   Eleito pelos trabalhadores de baixa renda que são a maioria da população de São Paulo é assim que ele retribui.
   Em sua homenagem vai aqui, em primeira mão, a versão 2017 do famoso samba de Dorival Caymmi:
   “Quem não gosta de greve/ democrata não é/ é ruim da cabeça/ ou doente do pé”. (247).

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ÉPOCA PUBLICA AS PROVAS DAS PROPINAS PARA OS MINISTROS DE TEMER


Além dos depoimentos ao Ministério Público e à Justiça Federal, os delatores da Odebrecht também apresentaram um calhamaço de documentos para tentarem provar suas alegações. 
Como não existe contrato formal para o pagamento de propinas, os investigadores da Lava Jato terão de se debruçar sobre esse material, que pretende fornecer evidências do caminho da corrupção apontado pelos delatores. 
A reportagem de capa da revista Época desta semana, assinada pelo jornalista Diego Escosteguy, analisa o material apresentado contra oito dos ministros de Michel Temer, que foram implicados na operação: 
Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria Geral), Gilberto Kassab (Ciência e Telecomunicações), Aloysio Nunces (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades, Helder Barbalho (Integração Nacional), Blairo Maggi (Agricultura) e Marcos Pereira (Indústria e Comércio Exterior).
Confira abaixo a relação de acusações e provas listadas pela revista:
Eliseu Padilha (Casa Civil)
Consistência das provas: alta

Acusações: Pedir e receber, em nome de Michel Temer do PMDB; R$ 10 milhões em dinheiro vivo por ajudar a Odebrecht em obra no Rio Grande do Sul
Etre as evidências apresentadas estão planilhas, e-mail internos da Odebrecht e extratos telefônicos
O que demonstram: corroboram as entregas de dinheiro vivo narradas pelos delatores e confirmam a manutenção de contato assíduo entre a empresa e o político
Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência)
Consistência das Provas: média

Acusações: solicitar e receber, na condição de ministro da Aviação Civil, propina, em dinheiro vivo, de R$ 4 milhões em 2014, para não retaliar a 
Odebrecht no processo de concessões aeroportuárias

Principais evidências: planilhas internas da Odebrecht e comprovantes de reunião com o político
O que demonstram: Corroboram as entregas de dinheiro vivo narradas pelos delatores e confirmam a manutenção de contato assíduo entre empresa e político

Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia e Comunicações)
Consistência das provas: alta

Acusações: Receber, entre 2008 e 2014, quando foi prefeito de São Paulo e ministro de Dilma Rousseff, R$ 20 milhões de propina, em dinheiro vivo, para favorecer a Odebrecht em contratos públicos
Principais evidências: e-mails internos da odebrecht, planilhas internas da Odebrecht, contratos da Odebrecht e atas de reunião
O que demonstram: corroboram as entregas de dinheiro vivo narradas pelos delatores e indicam vantagens públicas recebidas pela Odebrecht por ação do político
Aloysio Nunes (Relações Exteriores)
Consistência das provas: média

Acusações: Intermediar interesses da Odebrecht na Dessa, responsável pela construção do Rodoanel em São Paulo, e receber R$ 500 mil, em dinheiro vivo, a pretexto da campanha de 2010
Principais evidências: planilhas internas da Odebrecht e e-mails internos da Odebrecht
Bruno Araújo (Cidades)
Consistência das provas: baixa

Acusações: para defender os interesses da empreiteira no Congresso, quando era deputado, receber, entre 2010 e 2012, R$ 600 mil de propina a pretexto de campanha, em dinheiro vivo
Principais evidências: Planilhas internas da Odebrech, e-mails internos da Odebrecht
O que demonstram: corroboram as entregas de dinheiro vivo narradas pelos delatores
Helder Barbalho (Integração Nacional)
Consistência das provas: baixa

Acusações: em troca de favorecer a Odebrecht em obras de saneamento no Pará, pedir e receber R$ 1,5 milhão de propina, em dinheiro vivo, a pretexto da campanha de 2014
Principais evidências: planilhas internas da Odebrecht, fotos dos endereços de entrega e extratos telefônicos
O que demonstram: corroboram as entregas de dinheiro vivo narradas pelos delatores
Blairo Maggi (Agricultura)
Consistência das provas: média

Acusações: receber da Odebrecht R$ 12 milhões, em dinheiro vivo, a pretexto da campanha de 2006. Em troca, ajudar a empreiteira a receber dívidas no estado de MT
Principais evidências: E-mails internos da Odebrecht, planilhas internas da Odebrecht, estudos internos da Odebrecht
O que demonstram: corroboram as entregas de dinheiro vivo narradas pelos delatores e indicam vantagens recebidas pela Odebrecht do governo comandado pelo político
Marcos Pereira (Indústria e Comércio Exterior)
Consistência das provas: baixa

Acusações: receber R$ 7 milhões da Odebrecht, em dinheiro vivo, para que seu partido, o PRB, apoiasse a chapa Dilma-Temer na eleição de 2014
Principais evidências: e-mails internos da Odebrecht, comprovantes de reunião, anotações de Marcelo Odebrecht
O que demonstram: corroboram compromissos de entregas de dinheiro vivo narradas pelos delatores e confirmam encontro direto com político. (247).

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Em Uauá-BA, `Ato Público´ reafirma a luta de agricultores familiares contras as Reformas do Governo Temer

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Na manhã dessa sexta-feira (28) diversos lugares do Brasil sediaram manifestações contra as mudanças propostas pelo Governo Michel Temer, principalmente com relação às Reformas Trabalhista e da Previdência, as quais ameaçam diversos direitos dos/das trabalhadores/as. Em Uauá, no sertão baiano, foi realizado Ato Público com a participação de aproximadamente mil pessoas.
A concentração aconteceu na entrada da cidade, reunindo caravanas vindas de outros municípios da região, uma multidão que caminhou até o centro da cidade, encerrando o Ato com falas em frente ao Banco do Brasil. Valdivino Rodrigues, da Articulação Estadual de Fundo de Pasto, uma das entidades organizadoras do Ato Público, disse que foi importante a realização do Ato em Uauá pra firmar que o sertão também é contra essas medidas.
A agricultora Maria Soledade Tolentino, do município de Casa Nova,também participou do Ato porque entende que “nossos direitos estão indo de água abaixo, por isso que nós estamos aqui na rua pra defender nossos direitos de trabalhadores rurais, de mulheres e todos os setores”. Ela é enfática ao defender que se não houver resultados com essa primeira greve geral, o Brasil deve parar e se for necessário ocupar a capital do país. Outras opiniões também foram nesta linha, mostrando que as/os trabalhadores/as estão dispostos a barrar qualquer tipo de mudança que venha a provocar retrocessos para a população.
A Rede de Escolas Famílias Agrícolas da Bahia – Refaisa também esteve representada na manifestação e o militante Crispim Ribeiro, membro da Rede, afirmou que a necessidade de ir pra rua hoje é de todos/as os/as trabalhadores/as do campo e da cidade, pontuando que um governo ilegítimo está deslegitimando também a classe trabalhadora no Brasil. “Nosso país na sua história viveu de fases, tivemos uma fase em que o governo ouviu mais os trabalhadores e a gente garantia direitos, hoje nós não estamos sendo ouvidos, então a força que os trabalhadores tem é a mobilização”, comentou.
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O Ato em Uauá foi organizado pela Articulação no Semiárido Brasileiro, Central das Associações Integradas de Uauá (Cachiu), Articulação Estadual das Comunidades Tradicionais de Fundo e Fecho de Pasto, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de  Uauá,  associações comunitárias de Uauá, Canudos e Curaçá, com o apoio da gestão municipal de Uauá. Participaram do ato também Sindicato dos trabalhadores Rurais de Canudos, Curaçá e Campo Formoso, vereador Jerônimo, Deputada Estadual Fátima Nunes, Sindicato dos Servidores Municipais de Uauá e diversas associações comunitárias dos municípios de Canudos, Curaçá, Uauá, Pilão Arcado, Remanso, Juazeiro, Itiuba, Monte Santo, Campo Formoso, Casa Nova, Sobradinho, entre outras entidades e movimentos sociais.
Ascom Ato (Vinicius).

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Registros fotográficos mostram o tamanho dos protestos em Petrolina e Juazeiro nessa sexta-feira(28). Acompanhe as fotos

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Manifestantes de Petrolina e Juazeiro se encontram em cima da Ponte Presidente Dutra que liga as duas cidades

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Manifestantes, integrantes de várias entidades sociais, de sindicatos e de associações populares, protestam pelas ruas de Petrolina

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Concentração no Bambuzinho , centro de Petrolina. Foto de Leonardo Fonseca(Drony)

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Manifestantes de Petrolina em cima da Ponte Presidente Dutra para se juntarem aos manifestantes de Juazeiro. Foto de drony, Leonardo Fonseca

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Manifestantes de Juazeiro seguem em cima da Ponte Presidente Dutra para se juntar com os manifesantes de Petrolina . Foto de drony, Leonardo Fonseca

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Manifesto em Petrolina, no centro da cidade. Foto de Chico Egidio

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Manifestantes em Petrolina seeguem em direção a Ponte Presidente Dutra. Foto de Chico Egidio

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Manifestantes de Juazeiro e Petrolina na Ponte Presidente Dutra. Foto de Chico Egidio

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Deputado Odacy Amorim aprova a parada da sexta-feira(28). Fonte: (Vinicius).



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Escolhida a Miss Serra Talhada 2017

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Escolhida por concurso, a Missa 2017 de Serra Talhada, Neydinha Olímpio

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Neydinha foi coroada pela Missa Pernambuco 2016, Tallita Martins

Com 21 anos,1.70m de altura e sem acreditar em um padrão de beleza, Neydinha Olimpio foi coroada nessa quinta-feira (27) a Miss Serra Talhada 2017. A modelo representou o bairro da AABB no concurso e arrancou suspiros e aplausos da plateia.
Ela tem a opinião de que para ser uma Miss Pernambuco é preciso “ser bela à sua maneira e, acima de tudo isso, ter caráter, força de vontade, carisma e muito amor no coração”. E, ainda, acredita que o amor, o respeito e o carinho aos familiares, independentemente de como é estruturada esta família. Assim, ela representará nosso município em nível estadual, no dia 26 de maio na cidade de Gravatá.
Junto com Iara Driely , a representante do bairro IPSEP E Myrelle Moura representante do Centro da cidade, fizeram parte do top 3, destacando-se dentre as 9 que estavam nesta etapa do concurso. Elas participaram de dois desfiles: com traje de banho e com traje de gala. Nestes momentos, o jurados avaliaram a beleza física das candidatas.
Para este ano, entretanto, as regras mudaram. De acordo com Romildo Duarte, coordenador do evento Miss Serra Talhada, a vencedora deveria ser, além de bonita, dinâmica, com opinião forte e culturalmente preparada para discutir qualquer assunto. ”Hoje, a Miss Serra Talhada deve ser aquela que quer abraçar o mundo, fazer várias coisas ao mesmo tempo e ter muita atitude”, explicou ele.
Duarte ressaltou ainda que, para este ano, o evento também repaginou seu ambiente. “Em 2017, tivemos com uma pegada mais fashion, uma passarela mais curta para que as meninas pudessem se aproximar mais dos seus amigos e familiares”, disse.
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A beleza feminina de Neydinha Olímpio
Aprovada!
Além do aval do público, Neydinha teve também o “ok” da Miss Pernambuco/Serra Talhada 2016, Tallita Martins, que passou-lhe a coroa nesta quinta-feira. Segundo a modelo, este título é uma grande responsabilidade. “Mas estamos muito bem representados. Ela (Neydinha) é uma menina responsável que vai nos honrar, dando o melhor dela, assim como eu dei o melhor de mim”.
Tallita figurou no Top 15 do Miss Brasil, mas não encarou sua performance como um fardo, e sim como um privilégio. “Dizem que as pernambucanas são as mais belas do Brasil, olha só a responsabilidade que estava em minhas mãos”, disse, aos risos. “Tudo que tenho a dizer é que fiquei honrada pela experiência”, sublinhou.
Neydinha também não acredita que este seja uma pressão e se mostra tranquila com os seus próximos passos, que a levarão ao Miss Pernambuco. Aliás, em tom ambicioso, ela garantiu: “representarei as mulheres e a cultura de Serra Talhada”. (Vinicius).

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Polícia investiga se crianças envenenadas com balas têm ligação com jogo “Baleia Azul”


Dois irmãos, um de 8 e o outro de apenas 3 anos comeram balas envenenadas colocadas na porta de sua casa, em Monte Carmelo, cidade com menos de 50 mil habitantes. A polícia investiga se algum familiar tinha desavenças com vizinhos. O mais velho já teve alta e o mais novo passa bem, mas continua internado no Hospital Federal de Uberlândia. Caso sugere “tarefa” do desafio da “Baleia Azul”.
A reação de um pai em ver os dois filhos com súbitas dores estomacais foi determinante para que uma tragédia não acontecesse no município distante cerca de 500 quilômetros de Belo Horizonte. Depois de ver as crianças vomitando ele as levou para o Posto de Saúde da cidade, enquanto familiares e vizinhos, já com a confirmação de que os dois haviam ingerido bombons, começaram a vasculhar a região e encontraram uma das balas. A polícia acredita que essa bala pode ajudar a encontrar o criminoso. O rápido atendimento possibilitou que as crianças passassem por uma lavagem estomacal.
No manual de primeiros socorros do Núcleo de Biossegurança da Fundação Oswaldo Cruz há orientações sobre como identificar sintomas para os casos de envenenamento.
Investigação policial
A delegada Cláudia Coelho Franchi investiga o caso e não descarta nenhuma hipótese, mas adianta que procuram descobrir se a família tinha alguma desavença ou se as balas foram deixadas sem um alvo específico, mas com o objetivo claro de atrair uma criança. Se pegos, os criminosos responderão pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado e envenenamento de substância alimentícia e, somadas, as penas podem chegar a 45 anos.
Embora a polícia não confirme, o envenenamento de balas pode ser uma das tarefas sugeridas no desafio da “Baleia Azul”, jogo virtual com 50 atividades entre as quais a auto flagelação e outras secretas. Uma mensagem ligando o jogo do suicídio ao envenenamento de crianças com balas assustou pais em Ipanema. O texto falava que 30 crianças deveriam ser envenenadas e termina lamentando e dizendo que ele tinha de cumprir, caso contrário os organizadores do grupo iriam “atrás dele”. (Terra) (Edenevaldo).

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