quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Testemunhas denunciam execuções e torturas no Rio: "carnificina"

 Operação Contenção contabiliza mais de 100 morto

                                         Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil

Fernando Frazão/Agência Brasil

operação policial realizada nesta terça-feira (28) contra o tráfico de drogas nos complexos da Penha e do Alemão, zona norte da cidade do Rio de Janeiro, foi marcada por execuções e torturas e classificada como carnificina por moradores, parentes dos mortos e pela Associação de Moradores do Parque Proletário da Penha.

A reportagem da Agência Brasil esteve no local e entrevistou testemunhas que tentaram socorrer as vítimas nas primeiras horas ou ajudaram na remoção dos corpos. Segundo a contagem oficial do governo do estado, são ao menos 119 vítimas. É a operação mais letal da história da capital fluminense. 

Para impedir a fuga dos suspeitos, a estratégia das polícias foi invadir as comunidades e montar "um muro" com agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), bloqueando a fuga pelo alto da mata que circunda as duas comunidades. No local, segundo os relatos, se deu o confronto mais violento, com sinais de tortura e execução de dezenas de corpos resgatados e dispostos na manhã de hoje em frente à associação comunitária, na Praça São Lucas, na localidade conhecida por Vila Cruzeiro.

" A gente ouviu os gritos e pedidos de socorro e subiu para ajudar. Eu moro perto. Entrei na mata 3h da manhã.", contou um morador. O homem, de 25 anos, que preferiu não se identificar, contou que, naquele momento, a polícia ainda estava no local e tentou impedir a ajuda.

"Eles não paravam de dar tiro, tacar bomba de gás [lacrimogêneo] e, em muitos momentos, a gente teve que se proteger. Eles dando tiro, a gente se escondendo no meio dos corpos para prosseguir", relatou.

A testemunha esteve, mais cedo, no Instituto Médico-Legal (IML) para tentar liberar o corpo de um primo, morto na operação. Na tentativa de socorro, o homem revelou que o cenário na mata era desolador.

"A gente encontrou muitos mortos sem camisa, fuzilados, com mãos e dedos decepados e também decapitados. Eu vi bem uma cabeça que estava entre os galhos de uma árvore e o corpo jogado no chão", disse.

Ele mostrou à reportagem o vídeo da vítima encontrada nessas condições, identificada como Ravel. Fotógrafos que estiveram na área mais cedo também encontraram vítimas mortas com a cabeça cortada por faca.

Segundo a testemunha, os moradores que participaram do resgate acessaram ainda celulares encontrados no local ou receberam áudios das vítimas contando que tinham se rendido, antes da execução, contrariando a versão do governo do estado de que os mortos foram vitimados em confronto.

"Vocês viram os vídeos dos meninos saindo do bunker, ontem, se entregando? Eles não são um terço dos que se entregaram. Teve gente que pediu perdão, se ajoelhou, jogou os fuzis, mas foi morta".

O presidente da associação comunitária de Parque Proletário, Erivelton Vidal Correa, em entrevista na sede da entidade, na Penha, confirmou o depoimento da testemunha ouvida pela Agência Brasil e disse que desde às 19h da noite de terça, as famílias tentavam subir a mata para ajudar as vítimas. Ele avaliou que, se o socorro tivesse chegado antes, possivelmente, o número de mortos poderia ter sido menor.

A entidade chegou a levar seis baleados para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, ontem, mas eles chegaram mortos à unidade.

"Retiramos um total de 80 corpos da área conhecida como Mata da Pedreira, com o nosso sistema, nossa mão de obra. Pedimos aos moradores que trouxessem lençóis, toalha, canga, o que tivessem, para ajudar com as remoções", contou Correa.

Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Erivelton Vidal Correa, presidente da Associação Comunitária do Parque Proletário da Penha, Operação Contenção.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Erivelton Vidal Correa, presidente da Associação Comunitária do Parque Proletário da Penha, Operação Contenção. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Tortura

O presidente da associação também confirmou os sinais de tortura e execuções: "Muitos corpos deformados, com perfurações no rosto, perfurações de faca, cortes de digitais, dois corpos decapitados, a maioria dos corpos não tinha face, essa era a condição". Entre eles, o de dois irmãos manauaras. "Eles foram mortos abraçados com um tiro na cara cada um e tiveram as digitais cortadas".

Segundo Correa, durante todo o período de 11 anos que esteve na associação da Penha, nunca tinha se deparado com cenário tão violento. "Foi uma arbitrariedade muito grande. A gente sabe que o Estado tem que trabalhar, mas trabalhar direito, o que aconteceu aqui foi um genocídio, uma carnificina", disse.

"Eu não estou aqui para falar das escolhas de vida de cada um. Não estou aqui para falar nem mal, nem bem, da polícia ou do tráfico. Agora, todos os corpos que nós pegamos ali, antes, eles estavam vivos nas mãos deles [da polícia]. Eles podiam prender, mas não, mataram e largaram no mato".

Essa é a mesma opinião de Paula*, uma moradora que acompanhou a chegada dos corpos à sede da associação. "Foi um esculacho desnecessário. Se eles [polícia] vieram para fazer busca e apreensão, tinham que ter feito, e não matar a facada, tirar a cabeça, além dos policiais, os que estavam aqui também têm família, mãe, pai, esposa, filhos. E foram encontrados neste estado", disse.

Entre as vítimas, além de suspeitos de tráfico de drogas, Vidal Correa denuncia que há moradores.

"São pessoas daquela região, que a gente chama de 'lá de trás' e que criavam cavalos. Eles vão no mato buscar comida para os animais. Então, infelizmente, estavam no momento errado, na hora errada e sofreram perdendo a vida", denunciou. "Esperamos que isso seja esclarecido", completou. Hoje mesmo o IML começou o reconhecimento e liberou os primeiros corpos para enterro.

Perguntado sobre a razão de a polícia ter optado por deixar as vítimas mortas no local e até impedido o socorro, Vidal acredita que a opção foi para não gerar provas. "Se levassem para o hospital ou chamado a delegacia, ia comprovar o genocídio. Era mais conveniente largar para trás", completou.

Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Luiz Fernando Argivaes, agente funerário da Vila Cruzeiro, durante protesto de moradores  contra execuçoes na comunidade da Vila da PenhaOperação Contenção.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Luiz Fernando Argivaes, agente funerário da Vila Cruzeiro, durante protesto de moradores contra execuções na comunidade da Vila da Penha. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Agência Brasil também ouviu o dono de uma agência funerária que atua na comunidade há 22 anos. Fernando Argivaes coordenou um grupo de seis pessoas que ajudou no resgate e deu o mesmo relato: "O estado dos corpos é precário. Foi uma verdadeira chacina, uma carnificina", disse. Eles encontraram pessoas mortas na mata, entre as pedras e chegaram a usar uma escada de eletricista. "Os corpos ficaram lá no meio do mato, na pedreira, gente que foi executada no local, pela maneira que foi, não foi auto de resistência (em confronto). Estavam escondidos e foram executados quando encontrados. 

 

Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Operação Contenção.
Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Operação Contenção. Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil - Tomaz Silva/Agência Brasil

Foi Fernando que chegou ao corpo dos dois irmãos de Manaus mortos abraçados e fez a remoção. Ele informou que haverá o traslado dos mortos, assim que houver a liberação pelo IML. A maior parte dos corpos deve ser liberada somente amanhã (30), a partir da identificação pela Polícia Civil.

Mães de mortos também questionaram a operação e denunciaram execuções de rendidos. "Está ouvindo os tiros?", pergunta Elizângela Silva à reportagem, enquanto exibe um vídeo de celular gravado de dentro da mata. "Eles estavam vivos quando a gente tentou subir a mata e a polícia jogou tiro contra nós". Ela é vizinha da mãe de uma das vítimas. "O menino pediu ajuda de manhã: 'mãe, me ajuda, pelo amor de Deus', mas chegou de noite, eles pegaram e mataram todos que estavam lá". Outras mães também denunciaram arbitrariedade contra jovens que já tinham se rendido.

Operação Contenção 

A Operação Contenção, realizada pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, deixou 119 mortos, sendo 115 civis e quatro policiais, de acordo com o último balanço. O governo do estado considerou a operação “um sucesso” e afirmou que as pessoas mortas reagiram com violência à operação, e aqueles que se entregaram foram presos. No total, foram feitas 113 prisões. 

A operação contou com um efetivo de 2,5 mil policiais e é a maior realizada no estado nos últimos 15 anos. Os confrontos e as ações de retaliação de criminosos geraram pânico em toda a cidade, com intenso tiroteio, fechando as principais vias, escolas, comércios e postos de saúde. 

Na coletiva de imprensa, durante a tarde, na Cidade de Polícia, o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, disse que os policiais seguiram as normas vigentes e que os desvios serão apurados. "O que as famílias falam, reclamam, denunciam, claro que são objeto de declarações junto às delegacias e foram instalados inquéritos para apurar esses confrontos, mas deixando claro que em todos esses inquéritos os polícias são vítimas, autores são os criminosos", declarou, negando as execuções.

* Nome fictício para preservar a identidade da vítima.


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Transnordestina - Governo ampliará trecho da ferrovia Transnordestina em Pernambuco

 

Obras ligarão Salgueiro ao Porto de Suape; edital sai na sexta-feira


                                 Por Agência Brasil
Ministro dos Transportes, Renan Filho - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Br

O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse que será publicado na sexta-feira (31) o edital que reincluirá na ferrovia Transnordestina o trecho que ligará Salgueiro ao Porto de Suape, em Pernambuco.

O trecho, segundo Renan Filho, foi retirado do projeto pelo governo anterior. O anúncio de retomada da obra até Suape foi feito nesta quarta-feira (29), durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“A boa nova é que o presidente Lula tomou a decisão de não retirar Pernambuco da estratégia do desenvolvimento do Nordeste ferroviário, e reincluiu o braço de Pernambuco, que vai de Salgueiro a Suape”, disse o ministro.

Transnordestina
A ferrovia Transnordestina está entre os chamados “grandes projetos estruturantes” planejados pelo governo federal para a região. A ferrovia terá uma extensão superior a 1,2 mil quilômetros, a um custo de aproximadamente R$ 15 bilhões.

O empreendimento ligará Eliseu Martins (PI) ao Porto do Pecém (CE), com um ramal até Suape (PE), atravessando 53 municípios. A expectativa é que comece a entrar em operação ainda em 2025, no trecho de 580 quilômetros entre o Terminal Intermodal de Cargas de Bela Vista (PI) e Iguatu (CE), passando pelo interior de Pernambuco.

“A Transnordestina está voando no Ceará e no Piauí, onde há 5 mil pessoas trabalhando nas obras”, destacou o ministro. “E, na sexta-feira, vamos publicar o edital de licitação da ferrovia no braço Salgueiro-Porto de Suape”, acrescentou.

Caminhoneiros
Ainda durante o programa Bom Dia, Ministro, Renan Filho disse que pretende ampliar para 50 o número de pontos de parada e de descanso para caminhoneiros. “O Brasil não tinha ponto de parada e descanso para caminhoneiro. Já entregamos oito e esperamos chegar a 50 pontos até o final do governo do presidente Lula”, disse.

“Essa é a nossa meta. Uma meta ousada que garantirá, nestes pontos de parada, locais seguros para alimentação, banho e descanso. Ali, ele poderá parar seu caminhão de graça”, acrescentou ao lembrar que, em muitos casos, os caminhoneiros têm de pagar caro para pernoitar em postos de gasolina.


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Moradores protestam contra execuções na comunidade Vila da Penha


O empreendedor Raull Santiago fez um desabafo. 'A desigualdade grita e o poder direciona o seu ódio numa prática o mais brutal possível'

Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Moradores protestam contra execuções na comunidade da Vila da Penha, alvo da Operação Contenção. No carro está escrito 'organize seu ódio' (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Ativistas que acompanharam a retirada de mais de 60 corpos de uma área de mata no Complexo do Penha, um dia após a maior operação policial realizada no Rio de Janeiro nos últimos 15 anos, classificam o evento como uma “chacina” e um “massacre” promovidos por forças de segurança. O governo do estado do Rio contabilizou 121 mortos após a operação na zona norte da capital.

O empreendedor Raull Santiago, nascido no Morro do Alemão, foi um dos primeiros a noticiar o encontro dos corpos. Ele usou transmissões ao vivo pelas suas redes sociais. “Essa é a face da cidade maravilhosa, que é capital na América Latina quando a gente pensa em turismo. E eu amo a minha cidade, o meu estado, a minha favela, mas há esses momentos em que a desigualdade grita, o poder direciona o seu ódio e traz na prática mais brutal possível o seu recado para quem vive em comunidades como a nossa”, lamentou.

“Infelizmente, pela minha realidade, eu já estou acostumado a ver corpos, baleados, estraçalhados. Mas, [com] isso aqui, eu nunca vou me acostumar”, disse Raull Santiago sobre o choro das mães diante dos corpos de seus filhos.

“Tanto essas execuções, quanto os policiais que morreram, tudo isso [são] marcos históricos que gritam a ineficiência da política de segurança pública do Rio de Janeiro. Ou, pior que isso, a eficiência dela, a forma como ela é desenhada, estruturada, pensada e aplicada para lidar com algumas vidas", afirmou Santiago. "Da favela para dentro, tiro, porrada, bomba, invasão, desrespeito, chacina, massacre. Em outros endereços, o tratamento é quase vip”, criticou.

Punição

O presidente da organização não governamental Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, também acompanhou a retirada dos corpos e pediu responsabilização do governador do estado, Cláudio Castro, pela tragédia. Ele lembrou, entretanto, que esse episódio se assemelha a muitos outros já ocorridos no estado.

“O que há de novo nesse massacre? Apenas a sua extensão, a quantidade de mortos… O que não há de novo é essa política de segurança pública, a destruição da vida do morador de comunidade. Quando ouvimos as respostas sobre a operação, ouvimos o que foi falado há 40, 50 anos atrás", lamentou.

"As causas desse gravíssimo problema social já foram elucidadas, mas por que medidas tão óbvias não são implementadas? Porque falta vontade política. Porque quem morre são os moradores de comunidades e porque são eleitos homens que conseguem chegar aos mais altos postos com o discurso do “bandido bom é bandido morto”, completou o presidente da ONG Rio de Paz.

Federação das favelas

Movimentos populares e de favelas também condenaram as ações policiais e afirmaram que "segurança não se faz com sangue". A Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (Faferj) divulgou nesta quarta-feira (29) uma carta pública de repúdio contra o que foi chamado de “massacre dos Complexos da Penha e do Alemão”.

“Os relatos de horror que emergiram dessas comunidades – com cenas de guerra, execuções sumárias, violação de domicílios, impedimento de socorro a feridos e a total suspensão dos direitos mais básicos – não são incidentes isolados. São a face mais crua de uma política de segurança pública falida e genocida, que há décadas trata as favelas e seus moradores como territórios inimigos e cidadãos de segunda categoria”, diz o documento.

A Faferj também manifestou indignação por acreditar que a vida dos moradores das favelas está sendo tratada como “dano colateral em operações que, sob o pretexto de combater o crime, semeiam terror, luto e trauma coletivo.” Diz assim que a política de segurança atual apenas “aprofundou o abismo social, naturalizou a violência de Estado e perpetuou um ciclo de morte que só interessa ao projeto de extermínio da população pobre e negra deste país.”

Além das palavras de repúdio, o documento traz também reivindicações da organização, como a “desmilitarização das abordagens policiais nas favelas” e a construção de uma nova política de segurança pública pautada pelo cuidado e pela garantia de direitos.

Para a Federação, um “sistema que funcione” precisa contemplar também políticas de educação, com escolas em tempo integral, lazer, com a criação e manutenção de espaços de convivência e cultura.

A Faferj reivindica ainda medidas de emprego e renda, como capacitação e criação de vagas formais, e de habitação, como saneamento básico, urbanização e regularização fundiária. “Segurança se faz com presença do Estado, não com invasão. Com políticas sociais, não com políticas de morte. Com vida digna, não com luto permanente”.

Organização das Nações Unidas (ONU) e outras entidades fizeram críticas à maneira como aconteceu a operação policial contra a facção criminosa Comando Vermelho (CV), que nasceu no estado na década de 70. Atualmente, o CV conta com forte poderio econômico e tem ramificações em mais de 20 estados brasileiros.

Ações

procurador-Geral da República, Paulo Gonet, pediu ao Supremo Tribunal que determine ao governo do Rio de Janeiro a prestação de 11 esclarecimentos solicitados pela PGR. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, chefiado por Ricardo Lewandowski, detalhou como a pasta está gerenciando a situação com o Executivo estadual.

prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que a prefeitura continuará trabalhando “com autoridade, comando e firmeza” para proteger a população. O chefe do Executivo municipal também comentou sobre a prestação de serviços na cidade.

No Congresso Nacional, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), determinou nesta terça (29) a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, após a chacina no Rio (com Abr). - 247.


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Castro aceita integração com governo federal e cria "escritório emergencial contra o crime"

 

Anúncio foi comunicado na presença do ministro Lewandowski, após a chacina policial que matou ao menos 119 pessoas no Rio

Rio de Janeiro (RJ) - 29/10/2025 - O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, juntamente com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, durante entrevista coletiva para falar sobre a chacina policial (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou nesta quarta-feira (29), ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, medidas para enfrentar a crise desencadeada no estado após uma operação policial assassinar ao menos 119 pessoas, na véspera. 

Ao lado do ministro, que viajou ao estado diante da falta de informações fornecidas pelo estado ao governo federal, Castro anunciou, segundo o portal G1, o "escritório emergencial contra o crime".

A coordenação ficará a cargo do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, e do secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo. 

Castro também declarou apoio a uma integração "100%" na Segurança Pública com o governo federal. "Inclusive na perspectiva de vencermos possíveis burocracias, integrarmos inteligências, respeitando as competências de cada órgão, mas tentando eliminar barreiras para que nós possamos, de fato, fazer uma segurança pública que atenda ao cidadão", disse Castro em coletiva. - 347.


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Datafolha aponta Raquel Lyra e João Campos empatados na preferência espontânea para o Governo de PE

  Levantamento mostra ambos com 23% das citações; menções indiretas mantêm cenário de equilíbrio                                            ...