quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Lula diz que 'golpista Temer' e Bolsonaro destruíram em sete anos o que o PT construiu em 13

O presidente Lula lamentou a herança deixada pelo golpe de 2016

Lula e Temer (Foto: Ricardo Stuckert | ABR)

O presidente Lula responsabilizou o 'golpista' Michel Temer, bem como Jair Bolsonaro, pela destruição dos avanços econômicos e sociais dos governos petistas. A declaração foi dada durante a coletiva de imprensa do mandatário brasileiro e seu homólogo uruguaio, Luis Lacalle Pou, em Montevidéu, nesta quarta-feira (25). 

"Herdei um país semi-destruído. Quando deixamos a Presidência, o Brasil era a 6ª economia do mundo. Voltamos agora e o Brasil é a 13ª economia do mundo. Esse é um desafio que não me deixa triste, mas me dá otimismo e coragem e me obriga a estabelecer metas. O Brasil não tinha mais fome quando eu deixei a Presidência da República e hoje tem 33 milhões de pessoas passando fome. Significa que quase tudo que nós fizemos de benefício social no meu país em 13 anos de governo foi destruído em 7 anos, 3 do golpista Michel Temer e 4 do governo Bolsonaro", disse Lula. (247).





Moraes multa Telegram em R$ 1,2 milhão por não cumprir ordem de bloquear Nikolas Ferreira

 O valor se refere a dez dias de descumprimento

Ministro afirma que plataforma é obrigada a cumprir decisões judiciais (Foto: Reuters | Marcello Casal/Agência Brasil)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes impôs uma multa de R$ 1,2 milhão à rede social Telegram por não bloquear a conta deputado eleito bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG), conforme decisão do ministro no âmbito do inquérito que investiga atos antidemocráticos. 

“A rede social Telegram, ao não cumprir a determinação judicial, questiona, de forma direta, a autoridade da decisão judicial tomada no âmbito de inquérito penal, entendendo-se no direito de avaliar sua legalidade e a obrigatoriedade de cumprimento. Como qualquer entidade privada que exerça sua atividade econômica no território nacional, a rede social Telegram deve respeitar e cumprir, de forma efetiva, comandos diretos emitidos pelo Poder Judiciário relativos a fatos ocorridos ou com seus efeitos perenes dentro do território nacional; cabendo-lhe, se entender necessário, demonstrar seu inconformismo mediante os recursos permitidos pela legislação brasileira”, justificou Moraes na decisão.

O Telegram declarou não ter sido apresentada "qualquer fundamentação ou justificativa para o bloqueio integral". A plataforma chegou a enviar um ofício para Moraes pedindo que a decisão de bloquear o canal fosse reconsiderada. 

O valor da multa se refere a dez dias de descumprimento. 247.


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ATOS GOLPISTAS - Imagens divulgadas pelo STF mostram que PMs recuaram e facilitaram invasão em Brasília

Viaturas deixaram o local e policiais retiraram caminhão que bloqueava a via


                                 Por Agência Brasil

Imagens inéditas captadas por câmeras de segurança e de drones durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro mostram a ação de golpistas que invadiram o Supremo Tribunal Federal (STF).

Os vídeos estão em poder da Polícia Federal (PF) para auxiliar na investigação dos fatos e na identificação dos vândalos. 

Eles captaram os momentos que antecederam a depredação do Supremo e mostram a ação dos agentes da Polícia Judiciária para tentar conter os manifestantes, que tentaram entrar simultaneamente pela frente e pelo lado do edifício-sede. 

Também é possível ver o recuo da tropa após a invasão e o momento da retomada da situação, que contou com ajuda de policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Policia Militar do Distrito Federal e do Comando de Operações Táticas (COT), grupo de elite da PF. 


Barreiras
Um dos vídeos que fazem parte da investigação mostra que policiais não conseguiram impedir que golpistas chagassem ao Supremo. Uma barreira de proteção e um veiculo blindado (caveirão) foram utilizados pela PM, mas os golpistas conseguiram romper a barreira e ir em direção ao STF. 

Ao chegarem ao Supremo, os manifestantes foram recebidos com bombas de efeito moral, granadas de fumaça e tiros de borracha. Contudo, homens da Policia Judiciária também não conseguiram conter os golpistas e decidiram recuar para tentar proteger outras instalações da Corte, como os anexos 1 e 2, onde estão localizados os setores administrativos e os gabinetes dos ministros. A estratégia foi impedir que os golpistas acessassem o subsolo do prédio. No local, oito golpistas foram presos pelas equipes do STF. 

Vídeo feito por uma câmera instalada na roupa de um dos seguranças durante a ação mostra a visão dos agentes. É possível ouvir os tiros de festim, o barulho das bombas de efeito moral e os gritos de ordem dos golpistas. 

Outras imagens mostram o momento do furto de uma réplica da Constituição e da toga de um dos ministros. 

De acordo com fontes ouvidas pela Agência Brasil, a apuração preliminar dos fatos mostra que os golpistas tinham conhecimento prévio da localização das instalações do STF e usaram táticas de resistência contra a polícia, como uso de hidrantes e macas de brigadistas para quebrar câmeras de segurança e não serem identificados, uso da mangueira de incêndio para encharcar o local para amenizar os efeitos das bombas de gás, além do uso de máscaras de gás, estilingues e de bandeiras do Brasil contra tiros de bala de borracha. 

Além disso, as mesmas fontes informaram que as guarnições da Polícia Militar que tentavam combater os manifestantes estavam sem equipamentos adequados, como capacetes e granadas, objetos que foram emprestados pela polícia do STF. Nenhum policial da Corte ficou ferido. 

Descumprimento de acordo
Os mesmos investigadores apontam que a liberação da Esplanada dos Ministérios pelo governo do Distrito Federal foi decisiva para invasão do prédio. Um documento assinado por STF,  PF, PRF,  Detran e Câmara dos Deputados previa o fechamento da avenida no caso da presença de manifestantes no local. 

Outro fator avaliado foi a falta de contenção dos protestos na Alameda dos Estados, localizada em frente ao Congresso Nacional. 

Logo após a depredação, o STF iniciou a reforma do edifício-sede, onde está localizado o plenário da Corte. No dia 1º de fevereiro, a reforma deve ser finalizada e os ministros farão a primeira sessão presencial após os atos golpistas. 

Atos antidemocráticos
Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito em segundo turno, no final de outubro, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e pedem um golpe militar no país, para depor o governo eleito democraticamente.

As manifestações dos últimos meses incluíram acampamentos em diversos quartéis generais do país e culminaram com a invasão e depredação das sedes do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, em Brasília, no dia 8 de janeiro.


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Polícia Federal deflagra operação contra CACs com registros fraudados

Investigações apontam que pessoas com antecedentes criminais tentaram usar documentos falsos para adquirir armas como Colecionador, Atirador ou Caçador (CAC)

Policial federal carrega uma bolsa ao chegar à sede da Polícia Federal em São Paulo (Foto: REUTERS/Nacho Doce)

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (25) uma operação para coibir fraudes na obtenção do certificado de registro de Colecionador, Atirador ou Caçador (CAC) para compra de armas e munições. Batizada de Ilídimo, a ação cumpre dois mandados judiciais de busca e apreensão, na cidade de Barra do Garças, em Mato Grosso.

A investigação constatou a existência de diversos documentos falsos que estariam sendo utilizados em processos de requerimento de certificado de registro. Os dados foram obtidos após compartilhamento de informações com o 41º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército, localizado em Jataí, em Goiás.

Fichas criminais

“Em regra, os documentos falsos eram utilizados para burlar a fiscalização, visando conceder o registro de CAC a pessoas que não possuíam requisitos para obtenção de armas de fogo, levando o Exército a erro. Pessoas com extensas fichas criminais (passagens por roubo, furto, associação criminosa, tentativa de homicídio, porte e posse ilegal de arma de fogo) tentaram adquirir armas de fogo utilizando-se desses documentos falsos”, disse a Polícia Federal.

Os policiais buscam computadores, celulares, armas de fogo, munições e documentos relacionados aos fatos investigados. O objetivo é identificar outras pessoas que possam ter envolvimento com a investigação.

A concessão do certificado de CAC depende de apresentação de certidões de antecedentes criminais das Justiças Federal, Estadual, Militar e Eleitoral, bem como declaração de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal. Os investigados podem responder pelos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa. - Agência Brasil.


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Região dentro do Território Ianomami parece "campo de concentração", diz secretário de Saúde Indígena

 "Parece um campo de concentração", disse Weibe Tapeba

(Foto: Mídia NINJA | Condisi-YY/Divulgação)

BRASÍLIA (Reuters) - O Exército precisa expulsar garimpeiros ilegais que causaram desnutrição e fome em uma região dentro do Território Yanomami perto da fronteira com a Venezuela, disse o secretário especial de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, nesta terça-feira.

"Parece um campo de concentração", disse Tapeba, um médico nomeado para o cargo pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à rádio CBN.

Tapeba disse que 700 membros da comunidade estão passando fome e que os cuidados de saúde são inexistentes devido à presença de garimpeiros bem armados que afugentaram médicos do posto de saúde e impediram a chegada de remédios e alimentos.

O Ministério da Saúde declarou na sexta-feira estado de emergência de saúde pública no Território Yanomami, a maior reserva indígena do país, após relatos de crianças morrendo de desnutrição e outras doenças levadas pelo garimpo ilegal de ouro. 

Lula visitou no sábado a Casa de Saúde Indígena Yanomami e prometeu que o governo vai "civilizar" o tratamento aos povos indígenas, além de acabar com o garimpo ilegal.

“É um cenário de extrema calamidade, muitos yanomami estão desnutridos... uma total ineficiência do Estado brasileiro”, disse Tapeba.

Uma invasão de mais de 20.000 garimpeiros ilegais contaminou os rios com mercúrio, que envenenou os peixes que os yanomami comem, disse ele, citando crianças com cabelos caindo devido ao mercúrio usado para separar o ouro do minério.

“A gente não consegue chegar por conta da presença de verdadeiros bandidos armados que estão nesse caminho impedindo a chegada das nossas equipes de saúde”, afirmou. "Entendemos que a principal medida que deverá resolver esse problema será a remoção destes garimpeiros do território".

O Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou a remoção dos garimpeiros, mas o governo anterior, do presidente Jair Bolsonaro, nunca obedeceu. Líderes yanomami disseram que seus pedidos de ajuda foram ignorados.

Nos quatro anos do governo Bolsonaro, 570 crianças yanomami morreram de doenças curáveis, principalmente desnutrição, mas também de malária, diarreia e malformações causadas pelo mercúrio nos rios, informou a plataforma de jornalismo amazônico Sumaúma, citando dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação (LAI).

A reserva é invadida por garimpeiros ilegais há décadas, mas as incursões se multiplicaram desde que Bolsonaro assumiu o cargo em 2018, prometendo permitir a mineração em terras indígenas anteriormente protegidas e se oferecendo para legalizar o garimpo.

O ministro da Justiça, Flavio Dino, disse na segunda-feira que há "indícios de genocídio" que estão sendo investigados.

Em dezembro, a organização Survival International alertou sobre a dimensão da crise, citando um estudo da Unicef e da Fiocruz que constatou que 8 em cada 10 yanomami sofriam de desnutrição crônica, e as mortes por doenças evitáveis entre crianças menores de cinco anos eram 13 vezes maiores que o índice nacional médio.

"Os yanomami raramente sofrem de desnutrição em circunstâncias normais. Suas florestas são abundantes e eles são especialistas em cultivar, colher e caçar tudo o que precisam, e gozam de excelente saúde", disse a diretora da Survival International, Fiona Watson, em comunicado.

“Esta é uma crise deliberada, provocada pelo homem, alimentada pelo presidente Bolsonaro, que incentivou a invasão em massa e a destruição das terras dos yanomami”, disse. (BRASÍLIA (Reuters).




Delegados da ditadura são condenados a pagar indenização milionária por cada tortura

Três ex-delegados terão que pagar indenização por dano moral coletivo. Decisão é considerada histórica. O valor deve ser revertido ao Fundo de Direitos Difusos

(Foto: Arquivo)

A Justiça de São Paulo condenou três ex-delegados a pagarem uma indenização de R$ 1 milhão, cada um, a título de dano moral coletivo por tortura e mortes durante e ditadura militar. O pedido do Ministério Público Federal (MPF) foi acolhido pela juíza Diana Brunstein, da 7ª Vara Cível Federal de São Paulo.  O valor da indenização deve ser revertido ao Fundo de Direitos Difusos. As informações são do Uol.

O MPF ainda pede que os acusados percam o cargo público e que indenizem as famílias das vítimas, entretanto, a Justiça não aceitou esses pedidos. A decisão ainda cabe recurso das duas partes.

De acordo com dados do Portal da Transparência do governo, os ex-delegados Aparecido Laertes Calandra, David dos Santos Araújo e Dirceu Gravina são aposentados pelo estado de São Paulo e recebem remuneração mensal entre R$ 23 mil e R$ 27 mil.

A decisão é considerada histórica por mandar pagar indenização à coletividade. Brunstein, destacou, inclusive, a importância da decisão para um momento tão importante para o país, onde se discute a responsabilização de agentes por crimes.

"A ação ganha maior relevo no atual contexto político do Brasil, em que a polaridade observada na disputa das últimas eleições, sobretudo a presidencial, ganhou contornos de verdadeira subversão ao resultado proclamado, com a organização de manifestações. Os participantes [de atos antidemocráticos], embora não representem a maioria da sociedade, pleiteiam a extinção de organismos democraticamente constituídos, com o retorno da Ditadura Militar e o afastamento da fiel observância da Constituição Federal de 1988, a qual justamente concretizou o fim do período de exceção vivido no Brasil", destaca a reportagem. (247).


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Senado identifica mais 23 invasores que aparecem em vídeos de segurança e prepara nova representação à PGR

A denúncia foi apresentada três dias após Pacheco entregar uma representação ao procurador-geral da República, Augusto Aras, e cobrar agilidade do Ministério Público Federal

Forças de segurança diante de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve apresentar à Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda nesta semana uma nova representação contra mais 23 pessoas envolvidas nos ataques golpistas de 8 de Janeiro. Esses invasores foram identificados a partir da análise das imagens do circuito interno de câmeras do Senado. Apesar de terem participado dos atos de vandalismo na Casa, eles conseguiram escapar antes de serem presos. As informações são do jornal O Globo. 

Na semana passada, a PGR pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação de 39 pessoas apontadas como responsáveis por depredar as dependências do Senado. Elas haviam sido presas pela Polícia Legislativa.

A denúncia foi apresentada três dias após Pacheco entregar uma representação ao procurador-geral da República, Augusto Aras, e cobrar agilidade do Ministério Público Federal em responsabilizar criminalmente os invasores. (247).


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Encontro entre Lula e Biden pode reduzir tarifas para o aço brasileiro nos Estados Unidos

Tarifas foram impostas por Donald Trump em 2018 e ainda não foram revistas

Lula e Joe Biden (Foto: Stuckert | Reuters)

Os produtores de aço do Brasil aguardam com ansiedade a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao colega norte-americano Joe Biden no início de fevereiro como um primeiro passo mais concreto para revisão de tarifas que limitam exportações brasileiras da liga desde 2018.

Três missões brasileiras aos EUA já tentaram convencer os norte-americanos a retirarem ou flexibilizarem as medidas de proteção comercial sobre o aço impostas no governo de Donald Trump sob pretexto de garantia à segurança nacional, previsto na chamada "Seção 232" da legislação norte-americana.

Uma quarta missão já deveria ter ocorrido, mas as tratativas passaram por alguns entraves que incluíram a pandemia, troca do governo norte-americano e, agora, novo governo no Brasil.

"A expectativa é que com a maior aproximação do presidente Lula com o Biden haja uma maior receptividade aos nossos pleitos", afirmou o presidente-executivo do Aço Brasil, entidade que congrega siderúrgicas do país, Marco Polo de Mello Lopes.

Na véspera, o Ministério de Relações Exteriores informou que os EUA decidiram encerrar tarifa antidumping imposta em 1993 sobre chapas grossas de aço carbono produzidas no Brasil, único país excluído da sobretaxa, segundo a pasta.

A medida veio depois de revogação de medidas restritivas contra laminados a quente, em outubro, e a frio, em julho.

Segundo o presidente do Aço Brasil, a retirada das medidas sobre os laminados e sobre chapa grossa - considerados como produtos acabados para uso em aplicações como veículos e grandes obras de infraestrutura - é uma sinalização positiva que traz uma "expectativa mais favorável" a uma eventual mudança nas restrições da Seção 232.

Com esse mecanismo, os EUA impuseram cotas fixas de exportação de aço ao Brasil, seu principal parceiro comercial no setor. No caso dos produtos acabados - os laminados e chapa grossa -, a cota se deu sob uma média das exportações realizadas entre 2015 e 2017 reduzida em 30%.

Como os produtos já eram alvo de processos antitruste que haviam reduzido as exportações do Brasil para os EUA, a média calculada pela cota acabou se dando sob uma base muito baixa, disse Lopes, acrescentando que no caso da chapa grossa a média a cota é de apenas 10 mil toneladas por ano.

"(O fim das ações antidumping) é uma boa medida no ponto que retira uma restrição, mas não favorece a exportação brasileira porque continuamos com o impedimento da 232, com o agravante das médias baixas", disse Lopes.

Desde a imposição das medidas de salvaguarda de segurança nacional dos EUA (Seção 232), o setor siderúrgico nacional tem tentado uma revisão das cotas e mantém os pleitos agora com a visita de Lula a Biden.

O setor nacional pede o fim das cotas para aços semiacabados sob o argumento de que o material bruto é usado como matéria-prima pela indústria norte-americana produzir outros bens como laminados. "Se não for possível, que a gente trabalhe em um aumento importante da cota", disse Lopes, em referência ao limite de 3,5 milhões de toneladas. No caso dos acabados, o pleito é retirada do redutor de 30% sobre a média calculada em 2018.

O presidente do Aço Brasil afirmou que a entidade teve uma reunião como o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, na semana passada, quando tratou do assunto.

"Com a mudança da administração (no Brasil), vamos ter um primeiro movimento que é ida do presidente Lula aos EUA e a ideia é que tão logo seja possível enviemos uma nova missão nossa", disse Lopes.

O comércio siderúrgico envolve 3,2 bilhões de dólares em aço do Brasil para os EUA, dos quais 85% são semiacabados, e cerca de 1 bilhão em carvão dos EUA para o Brasil, maior importador do produto norte-americano, disse Lopes. - SÃO PAULO (Reuters).


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Lula chega ao Uruguai nesta quarta para encontro com Lacalle Pou e Mujica

Na terça-feira, o presidente participou da 7ª Cúpula da Celac, na Argentina

Lula, Alberto Fernández e Sandra Mason (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Após participar da 7ª Cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) na terça-feira (24) na Argentina, o presidente Lula (PT) viaja nesta quarta-feira (25) ao Uruguai.

Ele se encontrará com o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, e com o ex-mandatário do país Pepe Mujica.

Confira a agenda do presidente brasileiro:

  • 11h - Chegada em Montevidéu -  Base Aérea de Montevidéu
  • 12h - Encontro com Presidente do Uruguai, Lacalle Pou, seguido de pronunciamento à imprensa -  Avenida Joaquín Suárez 310, Prado de Montevidéu
  • 15h - Entrega da medalha “Más Verde” - Edifício-sede Av. 18 de Julio 1360
  • 16h30 - Visita ao ex-presidente Pepe Mujica - Rincón del Cerro

Geraldo Alckmin

Com Lula no exterior, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), assume o comando da agenda interna.

Às 10h, ele terá uma reunião com o vice-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa. Às 11h, conversa com o senador Dário Berger (PSB-SC) e, às 12h, com o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). (Por Guilherme Levorato, 247).





ATOS TERRORISTAS - Vândalo que destruiu relógio de Dom João VI no Planalto pode pegar até 30 anos de prisão

 

Ele é investigado por crimes como tentativa de depor governo legitimamente constituído


                   Por Agência O Globo
Homem que quebrou relógio que Dom João VI trouxe para o Brasil em 1808 foi identificado como Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos - Foto: Reprodução de TV

Identificado como o responsável pela destruição do relógio de Dom João VI no Palácio do Planalto, Antônio Cláudio Ferreira poderá receber uma pena de até 30 anos de prisão.

Além de associação criminosa, ele deve responder por crimes como tentativa de abolir com violência o Estado Democrático de Direito e ato para depor o governo legitimamente constituído.


A peça foi desenhada por André-Charles Boulle e fabricada pelo relojoeiro francês Balthazar Martinot no final do século XVII


O mecânico ainda é investigado pela Polícia Federal por destruir um bem protegido por lei e um patrimônio com valor histórico. A relíquia é uma das duas peças existentes do relojoeiro francês Balthazar Martinot.

Na representação pela prisão preventiva de Ferreira, a qual O Globo teve acesso, a PF cita quatro artigos do Código Penal dois da chamada Lei de Crimes Ambientais. Nesses dispositivos, é imputado ao mecânico a destruição de patrimônio da União e outros itens protegido pela legislação.

Professor de Direito Penal da PUC-Rio, o advogado André Perecmanis explica que, a partir do eventual indiciamento de Ferreira, o Ministério Público Federal poderá denunciá-lo por todos ou parte dos delitos pelos quais ele é investigado. Ainda assim, após o curso do processo, caso ele seja condenado, será realizada a chamada dosimetria da pena, cálculo que define a pena que deverá ser cumprida em uma eventual condenação:

— Dependendo de como for feita a acusação, a pena pode variar muito. Assim, se a Procuradoria-Geral da República entender que o réu praticou várias ações independentes entre si, as penas de cada um dos crimes serão somadas. Por outro lado, se o Ministério Público entender que os vários crimes tinham relação entre si, seja porque cometidos com apenas uma ação ou ainda porque um era a continuação do outro, o juiz deverá considerar a pena do delito mais grave e aumentá-la, a depender da hipótese, em no máximo metade ou dois terços.

Já o criminalista Breno Melaragno, também professor da PUC-Rio, pondera que o tempo máximo de cumprimento de pena em território brasileiro passou de 30 a 40 anos desde a aprovação do Pacote Anticrime, em 2020. Durante esse período, o preso tem garantido o direito a progressão de regime, de forma gradual, e ainda ao livramento condicional, em que o encarcerado é posto em liberdade se houver preenchido determinadas condições impostas legalmente.

Para chegar até Ferreira, investigadores seguiram diferentes pistas, ouviram testemunhas, monitoraram imagens de rodovias e utilizaram tecnologia de reconhecimento facial. A cena explícita de vandalismo no Planalto, revelada pelo programa Fantástico, da TV GLOBO, impulsionou uma série de denúncias anônimas sobre a identidade do golpista. Duas delas, que o apontavam como principal suspeito, foram feitas à 9ª Delegacia Regional de Polícia de Catalão, cidade localizada a 260 quilômetros da capital de Goiás.

Ao checar as informações, policiais levantaram dados de um veículo do vândalo e vasculharam registros de câmeras de rodovias. Esse banco de dados apontou que o automóvel havia se dirigido para Brasília em 2 de janeiro e voltado para Catalão na madrugada do dia 9 do mesmo mês, logo após as invasões às sedes dos Poderes.

A partir daí, a PF começou a analisar a foto do suspeito. A imagem do vândalo foi submetida à avaliação de um programa de reconhecimento facial — que a comparou com vídeos do sistema de segurança do Planalto. O resultado foi atestado por dois peritos experientes.


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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

  Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...