sábado, 17 de julho de 2021

Manifestação reúne 100 mil em defesa do governo cubano contra o golpe (fotos)

 

(Foto: Reprodução)

Cerca de 100 mil pessoas, segundo o governo de Cuba, participam, desde as primeiras horas deste sábado (17/07), de uma manifestação no Malecón de Havana em defesa da Revolução Cubana. Entre os presentes, estão o presidente Miguel Díaz-Canel e o ex-mandatário Raúl Castro.

Os primeiros participantes começaram a chegar à região por volta das 5h30 locais (6h30 em Brasília), e o ato começou às 7h (8h em Brasília). Segundo o Cubadebate, atos similares acontecem em diversas outras cidades do país.

Díaz-Canel discursou no início do evento e afirmou que a reunião não acontecia ali “por capricho”. Ele pediu o fim do que chamou de “mentiras, infâmias e ódio”. 

“Cuba é profundamente alérgica ao ódio, e nunca será terra de ódio. Não se constrói nada bom a partir do ódio. Experimentamos [o ódio] nestes dias nas redes sociais, que acompanharam esta campanha [de desestabilização] permanente”, disse.

“Uma mãe me contava ontem que sua filha adolescente perguntou se isso era Cuba, ao ver com lágrimas nos olhos as imagens dos atos de violência que alguns de seus amigos compartilharam no Facebook. Os donos destas redes, os donos de seus algoritmos, abriram caminho para o ódio sem o mínimo controle ético das portas de suas poderosas plataformas”, prosseguiu Díaz-Canel.

O presidente cubano voltou a acusar grupos dos EUA de envolvimento, nesta semana, nos episódios que considera serem de desestabilização.

“Aconteceu uma ‘infoxicação’ midiática financiada a partir da Flórida, nos EUA. Seu objetivo era incentivar distúrbios e instabilidade no país, aproveitando a crise da pandemia, o bloqueio recrudescido e as mais de 240 medidas impostas por Trump contra Cuba”, afirmou.

Gerardo Hernández, que fazia parte do grupo que ficou conhecido como Cinco Cubanos (agentes da inteligência da ilha que foram presos nos EUA no final dos anos 90 sob a acusação de conspiração para homicídio, mas que, segundo Havana, estavam em Miami para investigar organizações terroristas), também discursou no evento e falou em “orgulho nacional”. (Opera Mundi).

 

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Volta às aulas presenciais em todo o país é urgente, diz presidente do Conselho Nacional de Educação

Essa é a orientação do Conselho Nacional de Educação (CNE)

Maria Helena Guimarães  - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A volta às aulas presenciais em todo o país é ação prioritária, urgente e imediata. Essa é a orientação do Conselho Nacional de Educação (CNE) que consta da resolução recém-aprovada para regulamentar o ensino nas escolas brasileiras no contexto da pandemia.

O documento, que seguirá para homologação do ministro da Educação, faz uma análise do que considera "a maior crise educacional já enfrentada pelo Brasil", listando prejuízos impostos à educação em decorrência do prolongado fechamento das escolas, como retrocessos de aprendizado, problemas socioemocionais dentre estudantes e professores, explosão da evasão escolar e aprofundamento da desigualdade.

Relatora da resolução e presidente do conselho, a socióloga Maria Helena Guimarães de Castro, 74, alerta para o risco de que essa "situação de extrema gravidade" se traduza em "perdas socioeconômicas gigantescas para uma geração inteira de crianças e jovens brasileiros" e, consequentemente, para o país.

Ao jornal Folha de S.Paulo ela fala das novas regras e defende enfaticamente a presença dos alunos nas escolas não só para o aprendizado do conteúdo, mas também para a sociabilização e para o contato com a diversidade e o pluralismo de ideias. Mesmo no caso do ensino híbrido fora do contexto da pandemia, que deve ser regulamentado pelo conselho até o final deste ano, as atividades com mediação da tecnologia podem acontecer nas escolas, ressalta.

Maria Helena é, portanto, contrária à aprovação do ensino domiciliar, que está em discussão no Congresso Nacional e conta com o apoio do governo Bolsonaro. "Não consigo imaginar um aprendizado efetivo sem o ambiente da escola."

Pergunta - A sra. foi firme ao apontar que é ilegal o ensino 100% online na educação básica fora do contexto da pandemia quando a Avenues anunciou que lançará uma escola remota para alunos a partir do 4º ano do ensino fundamental. Até quando as escolas terão respaldo legal para seguir com aulas à distância?
Maria Helena Guimarães de Castro - A Lei de Diretrizes e Bases da Educação [LDB] prevê que a educação fundamental deve ser obrigatoriamente presencial durante 200 dias letivos. Na pandemia, temos uma excepcionalidade que, no caso de 2020, foi regulamentada pela lei 14.040 e por uma resolução do Conselho Nacional de Educação, prevendo que as aulas pudessem ser remotas. Em 2021, o conselho terá a nova resolução para regulamentar a educação no período de contágio, permitindo atividades remotas complementando as presenciais, quando elas forem possíveis. Mas sempre considerando essa situação como excepcional.

A resolução indica como prioridade absoluta a volta às aulas presenciais, com o cumprimento dos protocolos e vacinação prioritária dos profissionais da educação. Também amplia a flexibilização dos currículos. Já havíamos definido o contínuo curricular 2020/2021. Isso significa que, em 2021, as escolas deveriam estar repondo os objetivos de aprendizagem de 2020 não oferecidos em decorrência da pandemia. Mas, com o fato de a maioria das escolas estar abrindo só no segundo semestre, criou-se a possibilidade de se entender até o final de 2022.

Isso não significa atividade remota. Significa que as escolas vão retornar às aulas presenciais, algumas ainda mantendo atividades não presenciais complementares, com a possiblidade de flexibilizar o currículo. Também orientamos a realização de avaliações diagnósticas presenciais, com recuperação que pode ser remota ou em conjunto com presencial.

O conselho tem defendido enfaticamente o retorno às aulas presenciais, ressaltando o aumento da desigualdade gerado pelo ensino remoto.
MHGC - Sabemos que nosso sistema de ensino é muito desigual, a maioria das escolas não está tendo atividade online por falta de estrutura e dificuldade de acesso de professores e alunos; 85% da educação básica brasileira é pública. Pesquisas apontam que as desigualdades aumentaram e muito [com o fechamento das escolas]. É preciso utilizar recursos do Fust [Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações] para ampliar o acesso à internet. Tem de haver uma política nacional, o que não temos, e uma articulação dos três níveis de governo, federal, estadual e municipal.

Imagine como estarão os alunos que vão fazer o Enem. No ensino médio, 87% são de escola pública. A maioria não teve acesso à conectividade. Alunos de escolas particulares terão condições muito melhores. A maior parte das vagas do ensino superior público acabará preenchida por alunos de escolas privadas. Isso já fazia parte da nossa realidade e agora piorou.

Nesse sentido, na hipótese de uma escola particular obter autorização para o ensino 100% online fora da pandemia, corre-se o risco de se aprofundar a desigualdade no país, uma vez que governos estaduais e municipais poderiam optar por oferecer ensino remoto?
MHGC - O primeiro ponto: não há a menor possiblidade de se autorizar [ensino 100% online]. A LDB [Lei de Diretrizes e Bases da Educação] estabelece que a educação básica é presencial. E é assim no mundo inteiro. O segundo ponto é que o ensino remoto ampliou a desigualdade em todos os lugares, inclusive em países ricos. Vários estudos recentes, como os de Stanford e Harvard [duas das melhores universidades norte-americanas], mostram que as escolas, mesmo nos EUA, tiveram uma dificuldade enorme em se adaptar às atividades remotas.

E não é somente uma questão de conectividade, o ensino remoto tem limitações. Na Holanda e na Bélgica, por exemplo, países com alto desempenho no Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes], há pesquisas mostrando que, quando as escolas ficaram fechadas no ano passado, por dois meses, as crianças do ensino primário não aprenderam nada. Se não aprenderam nada lá, imagine no Brasil.

Há ainda estados e municípios que não retomaram as aulas presenciais. Pode-se pensar em um prazo limite?
MHGC - O Conselho Nacional de Educação é absolutamente a favor do retorno às aulas presenciais, mas não pode determinar um prazo porque estados e municípios têm autonomia. Muitos estão voltando. São Paulo, que já retornou gradualmente e tem a maior rede pública do país, vai voltar 100% presencial no segundo semestre. Outros estados, como Minas e Paraná, começaram a voltar.

Isso não significa que atividades online complementares deixarão de existir. Elas poderão ter um papel importante na recuperação. Na volta às aulas presenciais, os alunos poderão, por exemplo, ter atividades no contraturno com tecnologia. Isso não quer dizer que estarão fora da escola. Podem estar nos laboratórios. A aprendizagem híbrida, com atividades presenciais e com a mediação tecnológica, veio para ficar.

O conselho irá regulamentar o ensino híbrido fora do contexto da pandemia. Discute-se a flexibilização da carga horária presencial?
MHGC - O conselho não tem legitimidade para isso. Teria que haver uma discussão no Congresso Nacional. Eu, particularmente, sou contra qualquer mudança nessa direção. A educação híbrida, contudo, não depende só do número de dias presenciais. Pode, inclusive, ampliar a carga horária, compondo o tempo com atividades online ou offline. A BNCC [Base Nacional Comum Curricular; que estabelece diretrizes para a renovação pedagógica no país] prevê a ampliação da carga horária, e isso pode ser facilitado pelo ensino híbrido.

A partir de 2022, haverá o novo ensino médio, e as escolas terão que implementar no mínimo mil horas anuais, e não 800 horas com atualmente, sendo que 25% podem ser não presenciais. Pode-se ampliar a carga horária com o apoio da tecnologia, com o aluno eventualmente em casa, mas também no ambiente escolar.

Mais uma vez, a sra. reforça o papel do ambiente escolar e já deixou claro ser contrária ao ensino domiciliar, que tem apoio do governo Bolsonaro.
MHGC - A escola é um espaço de sociabilidade da criança e do adolescente, onde interagem com amigos, professores, conhecem pessoas diferentes, têm acesso ao pluralismo de ideias, à diversidade. Não consigo imaginar um aprendizado efetivo sem o ambiente da escola. O ensino domiciliar existe em mais de 80 países, e pouquíssimas famílias optam por isso. Os pais querem seus filhos na escola, com educação de qualidade.

RAIO-X Maria Helena Guimarães de Castro, 74
É presidente do Conselho Nacional de Educação. Possui graduação em ciências sociais e mestrado em ciência política pela Unicamp. Fez especialização em Avaliação de Políticas Públicas na Universidade de Grenoble, na França. Já atuou como secretária-executiva do Ministério de Educação (2016-2018), presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) no governo Fernando Henrique Cardoso e como secretária de Educação de São Paulo (2007-2009). É embaixadora do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) para escolas no Brasil. (Por Hugo Viana).


Socialistas já não descartam costura com FBC para 2022

                 
Foto: Folha/PEGovernador Paulo Câmara recebeu Miguel Coelho após ligação de FBC

Foi o próprio senador Fernando Bezerra Coelho quem telefonou para o governador Paulo Câmara e agendou visita de Miguel Coelho ao Palácio das Princesas. Em duas semanas, o prefeito de Petrolina foi à mesa com o chefe do Executivo estadual em duas ocasiões diferentes, tratar de temas também diversos. Esses encontros seriam naturais, dizem os próprios socialistas, não fosse o fato de os Coelho serem apontados, no partido, como os maiores adversários do PSB no Estado. Apesar disso, socialistas e Miguel andam com discurso alinhado em um sentido: ambos definem as pautas comuns como estritamente administrativas. O detalhe é que, na prática, não há em curso uma construção política, mas uma fonte governista que acompanha as movimentações palacianas, em reserva, à coluna, adverte: "Não há ainda!". Na esteira, essa mesma fonte admite que a possibilidade de uma recomposição do grupo dos Coelho, liderado por FBC, com a Frente Popular é tema que se "comenta muito". E emenda: "Isso está descartado? Acho que não, até porque matava a eleição".

Em outras palavras, se os Coelho, tidos como maiores opositores, dessem um passo maior na direção de uma recomposição, visando a 2022, a Oposição amargaria esse desfalque e o jogo para o PSB poderia se tornar menos duro. A referida conta leva em consideração a possibilidade de Fernando concorrer à reeleição para o Senado, eventualmente, em chapa encabeçada pelo PSB. A tese também ganha algum eco na direção nacional do MDB, onde se avalia que, em reduto lulista, no Nordeste, armar um palanque bolsonarista pode se configurar em projeto arriscado, a despeito de Miguel Coelho ter apresentado disposição para isso. Ter FBC numa vaga do Senado na chapa seria ainda uma variável para garantir a permanência do MDB na Frente popular. Em paralelo, o partido trataria da chapa proporcional para reconduzir o deputado federal Raul Henry à Câmara Federal. O cálculo, então, não é descartado nem no PSB, nem no MDB. Há bolsa de apostas dando conta de que o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, não faria objeção.

Um pé e meio
Nos corredores da Assembleia Legislativa de Pernambuco, o que se diz é que o presidente da Casa, Eriberto Medeiros, está "com um pé e meio fora do PP". No PSB, há quem admita que está "se conversando" sobre iminente travessia do mandatário para as hostes socialistas.

Malas prontas > Parlamentares atentos anotam que três deputados não estiveram na convenção do PP essa semana: Fabíola Cabral, Fabrizio Ferraz e o próprio Eriberto Medeiros. As ausências, dizem, denotam as malas prontas para o PSB.

Vice > Com a divisão do MDB no foco, há uma corrente minoritária na Frente Popular que defende o nome do deputado federal Raul Henry para vice em 2022. "É minoritário, mas há quem comente, seria uma forma de segurar o MDB, resolveria o problema de Raul. Ele seria o novo Luciano Siqueira", diz uma liderança da Frente Popular em reserva à coluna.

Guru >  Entrevistado das páginas amarelas de Veja, o governador do Piauí, Wellington Dias, fala sobre as eleições presidenciais de 2022. Há quase dois anos, o petista vem mantendo encontros semanais, em Teresina, para aconselhamento político com o estrategista pernambucano Paulo Moura.

Celulares >  Por unanimidade, a Câmara de Vereadores do Recife decidiu acatar a recomendação do Ministério Público de Contas (MPCO) e suspendeu o edital para aquisição de aparelhos de celular e contratação de serviços de telefonia. (Por Renata Bezerra de Melo).

BLOG DO BILL NOTICIAS

Gleisi afirma que CPI já reúne provas que sustentam o impeachment de Bolsonaro

 

Gleisi Hoffmann, Bolsonaro e vacina Covaxin (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Reuters/Adriano Machado | Reprodução)

Em entrevista ao grupo Prerrogativas, neste sábado (17), transmitido pela TV 247, a presidente nacional do PT e deputada Gleisi Hoffmann, defendeu uma alteração na Constituição sobre a análise de pedidos de impeachment e reforçou que a CPI da Covid já reúne um conjunto de provas que responsabilizam o governo Bolsonaro e sustentam o afastamento

A presidente nacional do PT reforçou que o processo para afastar Bolsonaro foi fortalecido pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado e que as acusações de corrupção que vieram à tona com a CPI precisam ser investigadas, mas já há provas de que o governo não foi apenas omisso na pandemia. As ações tinham objetivos corruptos.

“É crime mesmo, era o objetivo de ter esse resultado, não pode ser outra coisa. Sabiam o que estava acontecendo e mesmo assim as medidas não eram tomadas“. Para Gleisi, as ações do governo federal em relação à pandemia levaram o Brasil ao “caos de 500 mil mortes” e à situação econômica atual. “Hoje estamos vivendo uma tragédia“, afirmou citando a fome no país.

Segundo Gleisi, é preciso um mecanismo que obrigue o presidente da Câmara dos Deputados a pautar o afastamento do presidente quando há “objetivamente os crimes descritos, fundamentados, públicos“.

“Hoje, no Congresso Nacional, a base do Bolsonaro tem um tratamento por parte do governo muito VIP, com recursos do Orçamento sem limites, cargos no governo. Então temos que ter um mecanismo para que o país não fique refém, como está ficando de um governo que destrói o país", afirmou a deputada.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já afirmou que não irá analisar pedidos de impeachment. Para Gleisi, Lira “chega ao nível da irresponsabilidade” ao continuar “do lado de Bolsonaro“.

Gleisi afirma que o superpedido de impeachment mostrou “que há um movimento grande, que vem se formando na sociedade brasileira, para enfrentar essa descontração que Bolsonaro traz para o Brasil“. (247).

Ausente no ato bolsonarista, Musk comenta nas redes e volta a atacar Moraes

O bilionário disse que não existia uma manifestação pró Alexandre de Moraes “porque ele é contra a vontade do povo" Elon Musk e Alexand...