segunda-feira, 26 de junho de 2023

Maioria dos combatentes do grupo Wagner são patriotas da Rússia, diz Putin

O presidente destacou que os organizadores do motim na Rússia traíram o país e seus seguidores

                              Por:247.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin (Foto: Sputnik/Mikhail Klimentyev)

A maioria dos combatentes da empresa militar privada Wagner são patriotas da Rússia e foram simplesmente usados, disse o presidente russo, Vladimir Putin, nesta segunda-feira (26), em um discurso aos cidadãos russos. As declarações vêm após o motim do grupo Wagner, encerrado no sábado (24), em um acordo mediado pelo presidente da Bielorrúsia, Alexander Lukashenko. Amorim também expressou o interesse do Brasil em que a situação na Rússia volte à normalidade.

“Sabíamos que a grande maioria dos combatentes e comandantes do grupo Wagner também são patriotas russos, dedicados ao seu povo e ao seu Estado. Eles provaram isso com sua coragem no campo de batalha, libertando Donbas e Novorossiya, eles tentaram usá-los sem seu conhecimento contra seus irmãos de armas, com quem lutaram juntos pelo bem do País e de seu futuro”, disse Putin em seu discurso.

O motim teria sido reprimido em qualquer caso, disse o presidente russo.
"Enfatizo que, desde o início dos acontecimentos, foram imediatamente tomadas todas as decisões necessárias para neutralizar a ameaça que surgiu, para proteger a ordem constitucional, a vida e a segurança de nossos cidadãos. Uma rebelião armada teria sido reprimida de qualquer maneira", disse Putin.

O presidente destacou que os organizadores do motim na Rússia traíram o país e seus seguidores. Agradeceu todos os militares russos, policiais e serviços especiais que impediram o motim. 

"Agradeço a todos os nossos militares, policiais, serviços especiais que se colocaram no caminho dos rebeldes. Vocês permaneceram fiéis ao seu dever e ao povo", disse Putin.

A coragem e o auto-sacrifício dos pilotos heróis mortos salvaram a Rússia de consequências terríveis, acrescentou Putin. Putin também agradeceu aos soldados de Wagner que não participaram do motim. O presidente enfatizou que os participantes do motim queriam que os soldados matassem uns aos outros, que é o mesmo resultado desejado em Kiev.

Putin também agradeceu ao presidente Lukashenko por sua contribuição para resolver a situação com a tentativa de motim. "Agradeço ao Presidente da Bielorrússia Alexander Grigoryevich Lukashenko por seus esforços e contribuição para a resolução pacífica da situação. Mas repito, foi a atitude patriótica dos cidadãos, a consolidação de toda a sociedade russa que desempenhou um papel decisivo. Este apoio nos permitiu superar os desafios mais difíceis... Obrigado por isso. Obrigado", disse Putin.

A organização paramilitar grupo Wagner ocupou um quartel-general do exército russo na cidade de Rostov-on-Don, no sul, na noite de sexta-feira (23). Antes disso, Prigozhin acusou o Ministério da Defesa da Rússia de atacar os acampamentos do grupo militar. O Ministério da Defesa da Rússia rejeitou a acusação, enquanto o Serviço Federal de Segurança da Rússia abriu um processo criminal contra Prigozhin por organizar um motim armado. Prigozhin disse que as forças do grupo Wagner estavam indo para a capital russa, Moscou. (Com informações da Sputnik). 


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Governo Lula anuncia na ONU confisco de R$ 138 milhões de invasores de terras indígenas

Em 120 dias de operações foram desmontados 42 pontos de garimpo ilegal e destruídos 323 acampamentos, 71 balsas, 9 aeronaves e 12 embarcações. Também foram feitas 44 prisões

Ibama faz operação na Amazônia (Foto: Divulgação (Ibama))

As ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o garimpo ilegal em terras indígenas do povo ianomâmi já resultaram na prisão de mais de 40 pessoas e no confisco de R$ 138 milhões. Segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, no UOL, os dados foram divulgados nesta segunda-feira (26) durante uma sabatina do Brasil pelo Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). 

O processo em Genebra tem como objetivo avaliar se o estado brasileiro tem cumprido suas obrigações internacionais em relação aos direitos humanos. Durante a apresentação, o governo do presidente Lula deixou claro que as ações contra o povo ianomâmi foram "criminosas" e atribuiu a responsabilidade ao desmonte das políticas públicas feitas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

Ainda de acordo com a reportagem, Eloy Terena, secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, afirmou que, no que diz respeito ao Território Índigena Ianomâmi, os 120 dias de operações contra o garimpo ilegal, a degradação ambiental e a crise climática, inciadas em fevereiro de 2023, mobilizaream entre 190 e 230 agentes da Força Nacional de Segurança Pública em Roraima, além de agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Funai e da Polícia Federal (PF). 

Durante esse período, foram desmantelados 42 pontos de garimpo e destruídos 323 acampamentos, 71 balsas, 9 aeronaves e 12 embarcações. Foram realizadas 44 prisões e bloqueados R$ 138 milhões em bens. Segundo Terena, o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal foi retomado, contemplando ações relacionadas às atividades produtivas sustentáveis, monitoramento e controle ambiental, ordenamento territorial e fundiário, além de instrumentos normativos e econômicos.

Ele também destacou que houve um aumento de 8% no orçamento da Funai no atual governo, com um valor adicional de R$ 640 milhões destinado à abertura de concurso público para o preenchimento de 502 cargos, além da nomeação de Joênia Wapichana como presidente da Funai, sendo esta a primeira vez que uma mulher indígena assumiu o comando da instituição. -   247.


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Com Lula, dólar cai quase 10% em seis meses

Até a sexta-feira, o dólar já havia recuado 9,59% em relação ao real e nesta segunda-feira a tendência de queda persistia. O Ibovespa acumula alta de 8,38% neste ano

Lula (Foto: Reuters/Rodrigo Antunes | Reuters/Lisa Marie David)

Nas últimas semanas, o desempenho do governo Lula (PT) no cenário econômico interno levou a bolsa de valores a atingir suas maiores máximas nas últimas semanas e o valor do dólar alcançou as menores cotações em mais de um ano. Até a última sexta-feira (23), a moeda estadunidense já havia recuado 9,59% em relação ao real e nesta segunda-feira (26) a tendência de queda persistia, com o dólar sendo negociado a até R$ 4,7584 nas mínimas do dia, segundo o jornal O Globo. Já o Ibovespa, principal índice da B3, acumula um aumento de 8,38% neste ano. 

Por trás do desempenho positivo há uma combinação de fatores internos e externos que têm beneficiado os ativos de risco como a proximidade do início do ciclo de redução da taxa de juros no cenário nacional, a estabilização das taxas no exterior, as perspectivas de melhora para a economia doméstica e a perspectiva de aprovação do arcabouço fiscal.

Entenda os motivos que levaram ao otimismo do mercado financeiro:

Redução da taxa de juros mais próxima - Há algumas semanas, as curvas de juros indicam que os investidores estão precificando a possibilidade de uma redução da taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 13,75%. Esse movimento já está refletido no boletim Focus, um relatório semanal divulgado pelo Banco Central (BC) com as expectativas dos agentes do mercado. Parte do mercado prevê cortes a partir de agosto, mesmo após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter adotado um tom mais rígido em seu último comunicado. A possibilidade de redução nas taxas é impulsionada pela leitura mais favorável sobre a inflação atual nas últimas medições. 

Visão interna mais otimista - Contribuindo para o movimento, há uma visão mais positiva em relação à economia local. Desde a divulgação do PIB do primeiro trimestre, que superou as expectativas, várias instituições financeiras revisaram suas projeções de crescimento, indicando que a desaceleração esperada da economia, devido às altas taxas de juros, pode ser menos intensa do que a prevista inicialmente. Bancos como J.P. Morgan, Goldman Sachs e Citi revisaram suas projeções para o Ibovespa e preveem uma desvalorização do dólar em relação ao real até o final do ano e , colocando o Brasil em uma posição de destaque em relação a outros países. Na semana passada, a agência de classificação de risco S&P elevou a perspectiva do rating do Brasil de 'estável' para 'positiva', impulsionando ainda mais o otimismo visto na Bolsa de Valores e no câmbio.

Arcabouço fiscal em discussão - O otimismo do mercado financeiro também tem aumentado desde a apresentação do arcabouço fiscal pelo governo. Após ter sido aprovado pela Câmara, as discussões sobre essa regra estão avançando no Senado e caminham para a reta final de tramitação. Embora não seja considerado suficiente para controlar a trajetória da dívida pública no longo prazo, o conjunto de medidas exclui cenários de instabilidade extrema da dívida e demonstra a preocupação do governo em relação aos gastos públicos.

Ativos subavaliados e bom desempenho das estatais - Durante a recente alta da Bolsa, várias ações que haviam ficado para trás durante o período de aumento da taxa de juros, especialmente aquelas mais sensíveis à economia local, apresentaram melhor desempenho. As ações de estatais importantes, como Petrobras e Banco do Brasil, também tiveram um desempenho bastante positivo neste ano, à medida que os receios em relação à governança dessas empresas diminuíram. - Por: 247.


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Bolsonaro inelegível é "resultado esperado" e lição contra o extremismo, diz Flávio Dino

"Que sirva de lição para possíveis aventureiros e extremistas, pois, no final, a cobrança chega", disse Flávio Dino sobre o julgamento que poderá tornar Bolsonaro inelegível

Flávio Dino e Jair Bolsonaro (Foto: Tom Costa/MJSP | Reuters/Marco Bello)

 O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino 9, expressou  psb0nesta segunda-feira (26) em Lisboa, durante participação no Fórum Jurídico, esperança de que Jair Bolsonaro (PL) será declarado inelegível após o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo Dino, os acontecimentos pelos quais Bolsonaro é julgado são de extrema gravidade, e embora não seja de sua competência como autoridade do poder Executivo antecipar o veredito do Judiciário, como profissional do Direito há mais de três décadas ele considera que as provas de interferências indevidas na democracia têm se tornado cada vez mais evidentes, tornando o resultado bastante razoável e esperado.

>>> TSE retoma nesta terça-feira julgamento que pode tornar Bolsonaro inelegível

"É crucial que essa inelegibilidade seja concretizada. Isso é fundamental para garantirmos um futuro eleitoral mais saudável, tanto em relação ao próprio ex-presidente quanto aos eventuais seguidores que queiram se posicionar de forma contrária à Constituição e à Democracia", disse Dino, de acordo com o jornal O Globo

Ao abordar a atuação de Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19, Dino mencionou as restrições impostas por outras instituições a quem ele considerou um "negacionista fanático e extremista". 

"Tivemos que lidar com um negacionista fanático, extremista e irresponsável no enfrentamento da pandemia, mas conseguimos conter sua influência por meio do funcionamento das demais instituições. Agora, é o momento de responsabilização, que ocorre posteriormente ao exercício do governo. Dizíamos que esse momento chegaria, e é bom que chegue para que possamos aprender com a prevenção. Que sirva de lição para possíveis aventureiros e extremistas, pois, no final, a cobrança chega", destacou o ministro. - (247).


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Governo Lula denuncia na ONU ódio disseminado por Bolsonaro e cita os atos golpistas do 8/1

"Felizmente, mais uma vez, as instituições brasileiras resistiram", disse a secretária-executiva do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania, Rita de Oliveira

Jair Bolsonaro e terroristas bolsonaristas em Brasília - 08.01.2023 (Foto: Reuters | Marcelo Camargo/ABr)

A disseminação do ódio pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) contribuiu para o aumento da violência política no Brasil, e os eventos golpistas de 8 de janeiro devem ser entendidos dentro desse contexto criado pelas autoridades no poder até o final de 2022. Segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, no UOL, essa foi uma das mensagens transmitidas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a avaliação do Brasil pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU, realizada nesta segunda-feira (26) em Genebra. Nos próximos dias, as autoridades nacionais terão que fornecer respostas aos especialistas da organização sobre como pretendem lidar com os desafios e violações estruturais dos direitos humanos no país.

A sabatina já estava agendada antes mesmo de Lula vencer as eleições e, ao longo do último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), o Brasil foi obrigado a apresentar um relatório sobre a situação dos direitos humanos no país. No entanto, chamou a atenção dos especialistas do comitê o fato de o governo Bolsonaro afirmar nos documentos oficiais apresentados que não houve disseminação de ódio no país pelas autoridades entre 2019 e 2022.

Ainda segundo a reportagem, em seu discurso perante o comitê, a secretária-executiva do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania do governo Lula, Rita de Oliveira, declarou que "ao contrário do que foi respondido pelo governo anterior a este Comitê, nos últimos anos, manifestações de ódio e de incitação ao ódio foram amplamente verificadas em declarações públicas de altas autoridades que então governavam nosso país".

De acordo com ela, o governo Lula tomou medidas para enfrentar as raízes do ódio. "Felizmente, mais uma vez, as instituições brasileiras resistiram", afirmou. Rita de Oliveira relacionou a tentativa de golpe ocorrida no início de janeiro com a atitude dos aliados de Bolsonaro em disseminar o ódio. "No dia 8 de janeiro de 2023, poucos dias após a posse do novo Presidente da República, testemunhamos um ataque aberto e extremamente violento, não apenas ao patrimônio histórico brasileiro, mas principalmente à democracia do nosso país. Com serenidade, as instituições democráticas agiram e seguimos em frente", afirmou.

Ela informou que o governo criou um Grupo de Trabalho para desenvolver estratégias de combate ao discurso de ódio e ao extremismo, além de propor políticas públicas de direitos humanos sobre o tema. "O grupo apresentará seu relatório final nos próximos dias, resultado do trabalho de diversas áreas governamentais, pesquisadores, líderes religiosos, comunicadores, entre outros", acrescentou.

Durante a sabatina, o governo aproveitou a oportunidade para agradecer ao Comitê "por se posicionar ao lado da democracia brasileira em um dos momentos mais dramáticos de nossa história recente, felizmente superado, mas não sem custos para nossa população e instituições".

A reportagem destaca, ainda, que Rita de Oliveira enfatizou que os últimos anos foram marcados pela desarticulação das políticas de direitos humanos e se comprometeu com a reconstrução dos direitos fundamentais. "Hoje, o Brasil passa por uma profunda reconstrução de suas políticas de direitos humanos, que foram duramente afetadas pela implementação, nos últimos anos, de uma agenda perversa de desmantelamento operacional e subversão conceitual", completou.

Durante o discurso, a secretária-executiva destacou que nos relatórios apresentados pelo governo Bolsonaro existiam "lacunas de informação". Ela prometeu "corrigir as inúmeras distorções identificadas e apresentar ao Comitê novos elementos e iniciativas para apreciação".

A atitude do Brasil representa uma ruptura em relação ao comportamento do governo Bolsonaro, que durante quatro anos negou as dificuldades enfrentadas pelo país e apresentou documentos que omitiam crimes e violência estatal. - 247.


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Estão matando a tradição no São João do Nordeste

                      Por Dimas Roque do www.atualizabahia.com.br 
Foto: Paulo Galvão Filho

A tradição das festas de São João no Nordeste está enfrentando um desafio significativo este ano, com a invasão de ritmos diferentes durante os festejos juninos. A reclamação inicial veio do cantor Flávio José, no dia 02 de junho, e desde então a discussão tem ganhado destaque na imprensa. Essa mudança tem levantado questionamentos sobre a preservação da cultura regional e o impacto negativo que ela pode causar nas festividades.

Segundo informações da imprensa local, os produtores do evento solicitaram a Flávio José que diminuísse o tempo de sua apresentação para privilegiar o show de Gusttavo Lima, um renomado cantor sertanejo do Villa Mix. Durante sua própria apresentação, Flávio José expressou sua insatisfação, afirmando que nunca havia recebido um pedido para reduzir sua performance, especialmente em 30 minutos, como ocorreu nesse caso.

Vídeos que circulam na internet mostram o esvaziamento do show de Gusttavo Lima na cidade de Caruaru, em 22 de junho. Com um cachê de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), o valor pago a esse artista supera o de qualquer outro renomado no cenário do Forró. Esses altos cachês pagos a artistas que não fazem parte da tradição forrozeira têm sido contestados pela população. Em muitas das cidades que recebem esses shows, a infraestrutura é precária, com sistemas educacionais deficientes e dificuldades até mesmo no recolhimento do lixo, contrastam os montantes astronômicos pagos para atrair essas “grandes atrações”.

Nos últimos anos, as festas de São João têm sido marcadas pela interferência de ritmos antes desconhecidos para o período, resultando da saída do forró autêntico e a entrada do chamado “forró de plastificado”. Atualmente, o cantor Wesley Safadão é um dos principais representantes desse novo estilo. Embora a mudança de estilo e som agrade às massas, ela acaba descaracterizando a cultura regional, prejudicando a identidade das festividades juninas.

Além da substituição de gêneros musicais tradicionais, prefeitos nordestinos estão buscando atrair artistas com grande apelo popular, mesmo que suas músicas não tenham qualquer relação com o período junino. Artistas de Axé Music, Arrocha, Pop Rock e Pagode têm ajustado seus repertórios e invadido a maior festa popular do Brasil, sem que medidas sejam tomadas para preservar a tradição do forró.

É possível que continuemos a testemunhar reclamações por parte de forrozeiros nos próximos anos, diante dessa invasão de outros ritmos. Prefeitos ainda contratarão artistas sem nenhuma relação com o forró, a fim de atrair grandes multidões às praças públicas, com pessoas em busca de uma satisfação momentânea. No entanto, é essencial discutir seriamente se devemos assistir em silêncio a essa invasão e destruição de um patrimônio nacional, como as festas de São João no Nordeste. Certamente, o velho Luiz Gonzaga, grande ícone do forró, não ficaria nada satisfeito ao ver o que estão fazendo com essa tradição regional.

Destacar a preocupação com a preservação da tradição do forró nas festas de São João do Nordeste não é uma defesa de mercado, é mais para enfatizar a descaracterização cultural causada pela invasão de outros gêneros musicais. Além disso, ressaltar o impacto financeiro e social dessa mudança, é para questionar mesmo o uso de altos cachês para atrações que não fazem parte da identidade junina. É fundamental refletirmos sobre as consequências a longo prazo e buscarmos soluções que preservem o patrimônio cultural e musical da região nordestina.


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Pesquisa revela que 52% dos brasileiros não fazem atividades físicas

 

Pesquisa revela que 52% dos brasileiros não fazem atividades físicas

Arquivo/José Cruz/Agência Brasil

A Pesquisa Saúde e Trabalho, feita pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), divulgada nesta segunda-feira (26), em Brasília, conclui que 52% dos brasileiros raramente ou nunca praticam atividades físicas. Entre os que fazem atividades físicas, 22% se exercitam diariamente, 13% pelo menos três vezes por semana e 8% pelo menos duas vezes semanais.   

O levantamento foi realizado entre 10 e 14 de março de 2023. Em todos os estados, foram entrevistadas 2.021 pessoas com mais de 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.  

A prática regular de atividades físicas é considerada por especialistas como um dos principais meios de promoção e cuidado com a saúde. A professora de Educação Física do Rio de Janeiro, Alessandra Almeida, concordou.

“O corpo humano foi feito para estar em movimento. Diante dessa realidade, minha aposta é que cada vez mais as pessoas precisarão trocar medicamentos por treinos. Tenho certeza que a atividade física é a mais eficaz prescrição médica, uma vez que tem como benefícios, não só tratar, mas prevenir muitas doenças”, enfatizou.  

Atividades físicas e saúde  

Além da frequência da prática de atividades físicas, o estudo fez a associação entre a prática delas e o adoecimento. Segundo o levantamento do Sesi, 72% das pessoas que praticam exercícios com frequência não tiveram problemas de saúde nos últimos 12 meses. Porém, entre os que nunca praticam atividades físicas, 42% sofreram problemas de saúde em 2022.   

O diretor superintendente do Sesi, Rafael Lucches, destacou que “a promoção da saúde e de comportamentos preventivos é fundamental para a redução de problemas na vida das pessoas. Com a prática de atividades físicas, temos pessoas mais saudáveis e dispostas para encarar os desafios do dia a dia”.  

personal trainer de Minas Gerais, Fernando Carlos de Oliveira, o Nando ENoix, viralizou na internet com o vídeo de uma aluna de 100 anos de idade que faz atividades físicas com cargas adaptadas que possibilitaram ganho de força muscular e equilíbrio.

O professor, que trabalha com o público da terceira idade, defende a prática regular de exercícios físicos, principalmente, a musculação com orientação de um profissional da área. “A musculação pode ajudar a manter a massa muscular, aumentar a força, melhorar a flexibilidade e a coordenação, além de contribuir para a saúde óssea”, declarou. 

A funcionária pública de Recife, Ivete Souza, de 50 anos, conhece bem essa realidade. Ela convivia, desde os 21 anos, com a depressão ferrenha, como ela mesma define. Estava sem disposição para brincar com os três filhos, sobrepeso e déficit de cálcio que poderiam lhe causar problemas no futuro.

Pesquisa revela que 52% dos brasileiros não fazem atividades físicas, estudo indica que problemas de saúde quase dobram entre sedentários, na foto Ivete Souza
Foto: Ivete Souza/Instagram
Ivete Souza perdeu 27 quilos desde que incorporou atividades físicas ao cotidiano  - Ivete Souza/Instagram

Há cinco anos, ela levantou do sofá, calçou o tênis e assumiu um estilo de vida mais saudável, com reeducação alimentar e rotina de treinos, que começaram em casa e seguiram para a academia.  

Como resultado, a vida dela mudou: Ivete perdeu 27 quilos, diminuiu estresse, ansiedade e a depressão e tem outra relação com os filhos Miguel, de 14 anos, Jordana, 13, e Letícia, 6. Colocou até o marido Denilson para se exercitar. Os dois vão juntos para musculação pelo menos três vezes por semana. “Minhas prioridades de vida são ter qualidade de vida física e mental, não depender de ninguém e ter autonomia”,  preconizou.  

Há dois anos, ela ainda encarou o tratamento de um câncer de mama considerado agressivo. A funcionária pública percebeu que a nova vida mais saudável a ajudou a passar pelas sessões de quimioterapia do tratamento.

“Quando eu me deparei o diagnóstico [do câncer] já estava no ritmo de uma pessoa saudável e isso me ajudou muito mesmo no tratamento”, recordou.  Mas, Ivete não parou por aí. Escreveu dois livros com histórias de superação de mulheres e dela própria. Ivete ainda criou - em uma rede social - uma conta voltada ao público de 40 e 50 anos, mostrando os resultados das mudanças de hábito. Agora, no mundo digital, Ivete é a Iva Fit 40/50 Mais e divulga os benefícios de ter largado o sedentarismo.

Outro caso de superação é do contador Felippe Ornellas, de 39 anos, morador de São Paulo. Ele chegou a pesar 176 kg. Em 2016, fez cirurgia bariátrica para enfrentar a obesidade mórbida e perdeu 72 quilos. E hoje, mantém a saúde e peso com musculação.

“A prioridade do meu dia é a minha atividade física. Eu levanto, tomo o meu café e vou treinar para começar o meu dia. Quando eu vou treinar à noite, parece até que está faltando alguma coisa. A musculação me trouxe de volta à vida. Não foi só uma vez. Mas, toda a semana”, confessou. 

O Ministério da Saúde também disponibiliza o Guia de Atividade Física. Ele tem orientações para públicos de todas as idades, além de gestantes e pessoas com deficiência.

Para estimular mais pessoas a terem o hábito se exercitar, o Ministério da Saúde tem, desde 2011, o Programa Academia da Saúde (PAS), que desenvolve ações em polos construídos com recursos federais e mantidos com repasses mensais. Atualmente, o PAS atende 1.829 estabelecimentos e os recursos somam R$ 51 milhões, informou o ministério. 

Saúde no trabalho   

A relação entre trabalho e qualidade de vida também foi abordada pela pesquisa do Sesi. Nesse aspecto, 94% concordaram que um profissional com a saúde física e mental em dia é mais produtivo no seu trabalho. A pesquisa também apontou que 12% dos entrevistados têm hábito de realizar consultas regulares com psicólogo.  

O professor de Educação Física, Welson Araújo, entende que a prática frequente está diretamente relacionada à saúde mental. “Dentre os benefícios para a mente, estão a diminuição dos sintomas de depressão e ansiedade e a melhoria da memória.”  

E para a grande maioria ouvida pelo Sesi, saúde não é somente a ausência de doenças ou enfermidades. Para 88% dos entrevistados, a saúde é um estado completo de bem-estar físico, mental e social.  

Sobre ambientes saudáveis para o trabalho, 66% dos trabalhadores disseram que as empresas em que trabalham estabelecem limites de horas de trabalho ou número de turnos e 55% permitem flexibilidade e pausas para descanso ou prática de exercícios. E mais: 49% têm estrutura para prevenir violência, assédio e discriminação, ambiente livre do fumo e política de jornada de trabalho flexível, como home office. - (Por Daniela Almeida - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Kleber Sampaio



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Lula recebe Alberto Fernández no Palácio do Planalto no marco do 200° aniversário das relações diplomáticas bilaterais (vídeo)

O Itamaraty explicou que o governo Lula "atribui caráter estratégico e prioritário" às relações com a Argentina

Alberto Fernández e Lula 26/6/23 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na tarde desta segunda-feira (26), o homólogo argentino, Alberto Fernández, no Palácio do Planalto, no marco do 200° aniversário das relações diplomáticas bilaterais. A primeira-dama brasileira, Janja da Silva, e a homóloga argentina, Fabiola Yáñez, também compareceram. 

Em nota, o Itamaraty explicou que o governo Lula "atribui caráter estratégico e prioritário" às relações com a Argentina, "eixo fundamental do Mercosul e do processo de integração sul-americana". Após o encontro, Lula oferecerá um almoço em homenagem ao homólogo argentino.

Segundo o jornalista brasileiro Valdo Cruz, do portal G1, um dos itens da pauta deve ser o apoio do Brasil à eventual entrada da Argentina no Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do BRICS, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. - 247.

Buenos Aires já conta com o aval da maior parte do órgão, mas a decisão exige o apoio de todos os integrantes do banco, com sede em Xangai. Seu presidente é a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, que está em boa sintonia com o governo Fernández. Lula quer receber garantias financeiras do NDB e assim apoiar suas exportações para a Argentina, terceiro maior parceiro comercial do Brasil. Em 2022, as exportações brasileiras para o país vizinho chegaram a 15,3 bilhões de dólares

A visita de Fernández ocorre no contexto da tentativa de Lula de articular iniciativas de ajuda aos países vizinhos, principalmente para evitar queda nas exportações brasileiras. Desde janeiro, o chefe do Executivo do Brasil e Fernández encontraram-se quatro vezes. Além da posse de Lula, em janeiro, o petista fez uma visita oficial à Argentina na sua primeira viagem internacional. Já Fernández veio outras duas vezes a Brasília – uma para se reunir diretamente com o presidente da República, em maio, e outra para participar da cúpula de presidentes sul-americanos. 

Confira o discurso do presidente Lula na íntegra: Que alegria poder celebrar essa data tão importante, ao lado do meu amigo Alberto Fernández, sua esposa Fabíola Yañez e comitiva.  

Ao condecorá-los com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul e a Ordem de Rio Branco, prestamos justas homenagens a um casal de amigos do Brasil.

Ambos são representantes de uma nação pela qual nós brasileiros temos respeito e afeto e que nos honram nesta data tão especial.

Este não é apenas mais um encontro.

Completamos 200 anos de relações diplomáticas.

As então Províncias Unidas do Prata foram, na prática, o primeiro estado a reconhecer o Brasil.

Em 25 de junho de 1823, o líder argentino Bernardino Rivadavia celebrou a independência do Brasil e credenciou um enviado oficial para tratar pessoalmente com o Imperador Pedro I.

A construção de laços de confiança e da integração entre nossos países foi tarefa de gerações.

Homenageio aqui o Presidente José Sarney e a memória do Presidente Raúl Alfonsín.

Estávamos acordando depois de uma longa noite autoritária e, ao mesmo tempo, enfrentávamos uma das mais severas crises econômicas de nossas histórias.

Sarney e Alfonsín tiveram, então, a visão e a coragem de sepultar desconfianças históricas e plantar as sementes de nossa Aliança Estratégica.

Juntos provamos que é possível cooperar até mesmo em um dos setores mais sensíveis, o nuclear.

Construímos um patrimônio de confiança, ao abrigo da Agência de Cooperação e de Controle de Materiais Nucleares (ABACC) que é exemplo para o mundo.

Lideramos o processo de criação do Mercosul, que uniu os destinos dos países do Cone Sul e que criou as bases para lançarmos um projeto ambicioso de integração da América do Sul.

Ao retomar esse projeto de integração com os demais presidentes sul-americanos em maio passado, honramos também a memória de outro grande nome da nossa história compartilhada: o querido presidente Néstor Kirchner, que foi o primeiro secretário-geral da UNASUL.

Caro Alberto,

Reafirmamos hoje que a integração é uma política de Estado e que nossa parceria deve ser cultivada no mais alto nível. 

Minha primeira viagem internacional no presente mandato foi a Buenos Aires e nossos frequentes encontros deixam evidente a importância que damos à Aliança Estratégica entre nossos países.  

Compartilhamos valores indispensáveis no mundo de hoje. Temos compromisso com a democracia e os direitos humanos, com a erradicação da fome e da pobreza e com o desenvolvimento sustentável. 

No plano internacional, somos parceiros na criação de uma ordem multipolar e de um multilateralismo mais representativo e eficaz.

Defendemos o Atlântico Sul como zona de paz e cooperação, sem disputas de natureza geopolítica.

Nossa integração econômica significa interdependência.

A Argentina é o terceiro destino de nossas exportações, enquanto o Brasil é o principal mercado para os produtos argentinos.

Nosso intercâmbio comercial pode superar a cifra de 40 bilhões de dólares que atingimos em 2011.

Construímos uma relação baseada na troca de bens de alto valor agregado e na integração produtiva de nossas economias.

Nossos investimentos recíprocos são responsáveis por quase cem mil empregos.

Precisamos avançar nessa direção, com novas e criativas soluções que permitam maior integração financeira e facilitem nossas trocas. Entre as opções está a adoção de uma moeda de referência específica para o comércio regional que não eliminará as respectivas moedas nacionais.

Hoje adotamos um ambicioso Plano de Ação para o Relançamento da Aliança Estratégica.

São quase 100 ações que dão concretude ao nosso projeto conjunto de desenvolvimento.

Fico muito satisfeito com as perspectivas positivas de financiamento do BNDES à exportação de produtos para a construção do Gasoduto Presidente Néstor Kirchner.

Estamos trabalhando na criação de uma linha de financiamento abrangente das exportações brasileiras para a Argentina.

Não faz sentido que o Brasil perca espaço no mercado argentino para outros países porque esses oferecem crédito e nós não.

Todo mundo tem a ganhar: as empresas e os trabalhadores brasileiros e os consumidores argentinos.

Companheiro Alberto,

Nossas jovens democracias conseguiram, através da luta de militantes políticos, movimentos sociais, estudantis e sindicais, superar um passado de autoritarismo.

Recordo a querida Hebe de Bonafini, que nos deixou no último ano. Que seu exemplo siga nos inspirando a promover e proteger os direitos humanos.

Diante do muito que nossos países alcançaram juntos, não tenho dúvida de que os próximos anos serão de muita prosperidade.

Muito obrigado. (Com informações do RT). 


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O bilionário disse que não existia uma manifestação pró Alexandre de Moraes “porque ele é contra a vontade do povo" Elon Musk e Alexand...