sexta-feira, 19 de abril de 2019

REQUIÃO: SÓ LULA PODE SER O INSTRUMENTO DA PACIFICAÇÃO DO BRASIL


O ex-governador e ex-senador pelo Paraná Roberto Requião afirmou que a liberdade do ex-presidente Lula começa a dar sinais de que se aproxima. Para ele, o ex-presidente é a alavanca necessária para a mobilização e pacificação nacional.
"O Guedes declara com todas as letras que, examinando o patrimônio do Lula, chega-se a conclusão e que o Lula não é corrupto. Então nós estamos provavelmente diante de um jogo diferente, ele liberam o Lula porque o Lula é a alavanca que pode mobilizar o Brasil contra a entrega da soberania e a retirada dos direitos dos trabalhadores. O Lula preso para eles é pior do que o Lula solto. Eles querem acabar de uma vez por todas com a nossa Previdência. O Lula seria o instrumento da pacificação do Brasil".
Requião também opinou sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) da última quinta-feira (18) de liberar as entrevistas com Lula na prisão. "É inexplicável que o Lula não tenha podido falar até agora. Na Itália quando Gramsci estava na cadeia ele escrevia e publicava livros, autorizado pelo Mussolini. Aqui prendem o Lula e tiram a voz do ex-presidente da República que tinha muita coisa para dizer em relação ao que conheceu do governo, as pressões internacionais, privatização da Petrobrás e isso tudo que está acontecendo".
Sobre o julgamento do STF sobre Lula no próximo dia 23, o ex-senador afirmou que "tem um sinal que acena para a libertação do Lula no julgamento do dia 23".
O ex-governador ainda comentou sobre a oscilação do diesel durante o governo do presidente Jair Bolsonaro. "Se nós tivéssemos em um momento de crescimento da economia e as cargas fossem abundantes no Brasil, a tarifa iria acompanhar o preço do diesel e de outros insumos e os caminhoneiros poderiam trabalhar. Mas nós estamos vendo, somada a uma recessão, não há carga para transportar e, ao mesmo tempo, esses facínoras da Petrobrás vinculam o preço do combustível ao dólar e aos preços internacionais. É mais ou menos como vincular o preço da água tratada das cidades brasileiras ao preço do litro de água no deserto do Saara. É uma coisa absolutamente inexplicável".
Para Requião, a greve dos caminhoneiros irá acontecer, porém, não vê grandes chances de um apoio dos sindicalistas. "Eu acho que essa greve vai acabar saindo, agora se os sindicatos apoiam ou não eu não sei. Eu lembro, na questão da prisão do Lula, que estava na sede dos sindicatos e nós achávamos que ele não deveria se entregar, que se quisessem ir buscá-lo lá deveriam ir para enfrentarem a insatisfação daquela população e isso não aconteceu. Alguns sindicalistas e advogados acharam que o Lula deveria se entregar".
O ex-senador afirmou que uma greve geral poderia abalar questões como a reforma da Previdência. "Eu acho que uma greve geral hoje chacoalhava, no mínimo, o Congresso Nacional e essas medidas de nova Previdência e de Banco Central independente desapareceriam por um passe de mágica, seria muito importante".(247)


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Mais um morto pelos 80 tiros de Guadalupe. E aí?

Por Gilvandro Filho, para os Jornalistas pela Democracia
Não é mais uma vítima, apenas. Agora são duas. A morte do catador de lixo reciclável Luciano Macedo, na rebarba do fuzilamento do músico Evaldo Rosa dos Santos, aumenta a contabilidade dos crimes cometidos pelos militares do Exército Brasileiro no dia 7 de abril, em Guadalupe, Rio de Janeiro. A frase "O Exército não mata ninguém", da lavra do presidente Jair Bolsonaro, se desgasta ainda mais.
O Exército prometeu "apurar tudo e cortar na própria carne". Mas, a demora em se divulgar alguma coisa poderá abrir um fosso entre a transparência real da corporação e a sociedade que exige ver o crime brutal ser esclarecido e seus autores punidos na forma da lei.
Nove militares envolvidos naquele "incidente" – como o governo, o presidente e o Exército classificaram o fuzilamento - estão presos (um deles solto por não ter atirado), "taoquêi". Mas, e aí? Já era hora de o Brasil inteiro saber o que se apurou a respeito do que ocorreu naquele dia fatídico em que uma singela ida a um chá de bebê acabou numa tragédia que destruiu uma família. Agora, duas.
Luciano Macedo não estava sendo perseguido nem contra ele os militares tinham qualquer tipo de pretexto. Ele passava pelo local e, impactado com a cena do fuzilamento, tentou socorrer as pessoas que estavam no carro do músico Evaldo. A sua inciativa de paz não comoveu a turma da guerra e os tiros não pararam. O catador de lixo foi atingido e hospitalizado em estado grave. Veio a óbito nas primeiras horas dessa quinta-feira (18), 11 dias depois do crime. Tinha 46 anos, era casado e sua mulher está grávida de cinco meses.
A execução de Guadalupe chocou o País. Mas, Bolsonaro guardou um silêncio obsequioso de seis dias até divulgar, através do seu porta-voz e pelo canal de comunicação favorito, o twitter, que tudo não passara de "um incidente". "O Exército é do povo, e não se pode acusar o povo de ser assassino, não", "tuitou" o presidente, reverberando a opinião de outros oficiais do Exército. O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, por exemplo, ainda adjetivou o fato como "um lamentável incidente".
Para o filho número 2 do presidente, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), o Exército não tinha obrigação de saber quem era Evaldo Rosa dos Santos, muito menos o que ele fazia dirigindo aquele carro branco. Mesmo defendendo a apuração do fato, não perdeu a oportunidade de sair com uma de suas pérolas: "Ninguém tem escrito na testa que é criminoso". Ou seja, se tivesse com a marca na testa, estaria justificada a saraivada de 80 balas contra ele, mesmo estando desarmado como estava.
Por uma dessas estranhas coincidências, no próximo dia 5 de maio, o presidente Jair Bolsonaro, através do seu Ministério da Defesa, condecorará com a Medalha da Vitória o advogado Paulo Henrique Pinto de Mello. O agraciado é ninguém menos que o advogado que defende o grupo de militares acusado pelo assassinato de Evaldo Rosa dos Santos. A medalha é dada a heróis de guerra e autores de feitos relevantes para o Exército. Pinto de Mello, além de advogado, é militar da reserva.
O Ministério da Defesa esclarece: a concessão da honraria já estava decidida antes do crime acontecer.


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PM-SP TEM 1º POLICIAL TRANSEXUAL EM QUASE 200 ANOS DE HISTÓRIA

Reprodução/G1

Pela primeira vez nos seus quase 200 anos de história, a Polícia Militar de São Paulo conta com um policial transexual. Emanoel Henrique Lunardi Ferreira, o soldado Henrique, trabalha em Ituverava, na região de Ribeirão Preto, a 420 km da capital paulista. Em 2018, a corporação reconhece ele como homem depois de ter entrado na PM como mulher dois anos antes.
"Eu entrei como mulher. Eu não sabia das questões transgênero. Eu não sabia sobre transição, nada a respeito. Então eu não sabia que era trans", afirma o policial Henrique ao G1.
Em 2016, procurou ajuda psicológica, porque ficava incomodado com o corpo de mulher. Durante a terapia acabou se descobrindo transexual.
No ano seguinte, o soldado passou a exigir ser tratado pelo gênero masculino. Depois pediu à PM para mudar o nome. O psicólogo militar ouviu Henrique e concordou em mudar os registros, o que demorou quase um ano para acontecer.
A capitã Cláudia Lança, chefe de comunicação social da PM em Franca, se pronunciou. "A PM, com isso, deseja mostrar que está aberta sim a acolher e a receber pessoas com identidades de gêneros diferente, com opções sexuais diversas", disse. "A Polícia Militar tem 188 anos e este é o primeiro caso de transexual. Temos casos de homossexuais na PM, mas de transexual é o primeiro caso".(247)


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APÓS MORTE DE CATADOR, MARGARIDA PROTESTA CONTRA A “IDIOTIA QUE GOVERNA O PAÍS”

Alex Ferreira - Câmara dos Deputados


A deputada federal Margarida Salomão (PT-MG) lamentou a morte do catador Luciano Macedo, atingido  ao tentar ajudar a família de Evaldo Rosa, músico morto por militares no último dia 7, em Guadalupe, Zona Norte do município do Rio. A parlamentar também repudiou a declaração do presidente Jair Bolsonaro, do último dia 12 - para o chefe do Planalto, o Exército "não matou ninguém".
"Nossa solidariedade a família de Luciano Macedo. E nosso renovado protesto à idiotia que governa o país, que segue acreditando que o 'Exército não matou ninguém'", escreveu a parlamentar no Twitter.
O músico Evaldo Rosa foi morto após ser confundido com assaltantes. Agentes do Exército efetuaram 80 tiros contra o carro dele.(247)




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ASSASSINATO - Catador correu para salvar criança de carro fuzilado, diz viúva

  Por: AE
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O catador de papel Luciano Macedo, de 27 anos, morreu no início da manhã desta quinta-feira, 18, no Hospital Carlos Chagas, na zona norte, onde estava internado desde o último dia 7. Macedo foi atingido por três tiros nas costas por militares do Exército que mataram também, na mesma ação, o músico Evaldo Rosa, de 46 anos.

O carro de Evaldo, que levava o sogro, a mulher, o filho e uma amiga da família para um chá de bebê, foi atingido pelo Exército com 80 tiros. Supostamente, os militares confundiram o carro com o de um bandido. Ao tentar socorrer a família, Macedo acabou também sendo ferido. Nove militares estão presos. 

A viúva de Macedo, Daiane Horrara, de 27 anos, que está grávida de cinco meses e estava no local no dia do crime, contou que, quando o marido viu que havia uma criança no banco de trás do carro, correu para salvá-la e conseguiu tirá-la de dentro do veículo.

Na tarde do domingo, dia 7, a família seguia para um chá de bebê. Ao passar por uma patrulha de militares do Exército, em Guadalupe, na zona norte, o carro - supostamente confundido com o de bandidos - foi alvejado por mais de 80 tiros sem qualquer tentativa prévia de identificação dos passageiros.

Atingido, Evaldo caiu sobre o volante. Seu sogro, que estava no banco do carona e também foi ferido, conseguiu parar o carro. Foi então que a mulher de Evaldo, Luciana, que viajava no banco de trás com a amiga e a criança, saiu do carro correndo e gritando por socorro. Luciano e a mulher Daiana estavam na beira da via recolhendo pedaços de madeira para construir uma casa na comunidade vizinha. 

"Quando ele viu a mulher correndo e a criança no banco de trás do carro, ele saiu correndo e tirou a criança lá de dentro", contou Antonio Carlos Costa, da ONG Rio da Paz, que está dando apoio à família do catador e conversou com Daiana. "Ela (Daiana) me contou que ele era muito ligado em criança, por isso correu para salvá-la."

Ainda segundo o relato de Daiana, depois de deixar a criança a salvo, Luciano voltou ao carro para tentar socorrer Evaldo. Foi então atingido pelas costas com três tiros. Ele caiu no chão, agonizando, e chamou pela mulher. Daiana conta que o tirou do sol, arrastando-o para uma área de sombra. Um soldado do Exército se aproximou, fuzil em punho, e, em vez de socorrê-lo, ordenou a Daina que se afastasse do marido. 

"Foi como se tivessem me quebrado os dois braços e as duas pernas", comparou Daiane em seu depoimento a Antônio. "Ele era meu companheiro, meu amigo, fazia todas as minhas vontades, vivia beijando a minha barriga. Seu maior sonho era ver o rosto do filho."

Para Antonio Carlos, o Estado errou seguidas vezes no caso. "O tratamento que o Exército deu ao caso é lastimável", afirmou. "O Exército errou ao atirar em alguém que tentava ajudar uma família, errou ao ver a vítima em agonia no chão e não prestar socorro, e errou ainda ao ignorar o sofrimento da família", resumiu.

Atendimento
Naquele mesmo domingo, Luciano foi afinal levado para o Hospital Estadual Carlos Chagas, onde morreu na manhã desta quinta-feira, depois de ter sido submetido a uma cirurgia que, segundo o advogado João Tancredo, que está atendendo à família, não foi autorizada pelos parentes e acabou contribuindo para a sua morte. 

Havia ainda uma determinação judicial para transferir Luciano a um hospital com maiores condições de atendimento que não foi cumprida. "Os médicos fizeram uma cirurgia que não foi autorizada, quando já havia essa determinação de transferência que não foi cumprida pelo hospital", contou o advogado. "Isso não é só descaso, é assassinato. É lamentável que se trate pessoas assim porque são mais pobres, mais modestas. Não sei qual é a intenção dessas pessoas de fazer tanta maldade."

O advogado afirmou que pretende entrar na Justiça pedindo a execução imediata das multas fixadas pelo não cumprimento da determinação judicial. Além disso, vai representar contra o hospital que não acatou a decisão e contra os médicos que fizeram a cirurgia não autorizada. Posteriormente, Tancredo pretende pedir uma indenização para a família de Luciano e reparação por danos morais.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde informou que "o paciente apresentava estado de saúde gravíssimo desde a entrada na unidade, o que impossibilitava sua transferência". A nota sustenta ainda que "a secretaria reitera a confiança nos profissionais da unidade durante o caso e acredita que o atendimento precoce prestado ao paciente foi fator decisivo na busca para salvar a vida de Luciano, apesar da gravidade da lesão".

Antônio Carlos Costa e João Tancredo contaram também que em nenhum momento o Exército ofereceu ajuda para o tratamento de Luciano Macedo e ainda que militares teriam estado no hospital na última quarta-feira supostamente para colher um depoimento da vítima. Tanto a mulher de Luciano quanto a mãe dele, Aparecida Macedo, de 59 anos, teriam ficado assustadas com a presença dos militares.

"É uma vergonha que ninguém tenha procurado a família para oferecer o melhor atendimento hospitalar", assinala Costa. "Soldados do Exército entraram ontem no hospital sem expressarem nenhum interesse pela vida de Luciano e de sua família; estão todos muito decepcionados, machucados, sem saber o que fazer; a esposa e a mãe estão na casa de amigos, sem lugar para morar."

Segundo informações do Comando Militar do Leste (CML), a informação de que militares teriam ido ao hospital para colher um depoimento de Luciano não procede. "Conforme ofício encaminhado ao referido Hospital, foi solicitada apenas, por orientação do Ministério Público Militar, cópia do Boletim de Atendimento Médico do Sr. Luciano. Esse documento é necessário para consubstanciar as diligências ora em andamento, solicitadas pela Justiça Militar da União", informou o CML. 

A instituição informou ainda que um militar do CML já estaria em contato com representantes das famílias de Evaldo Rosa e Luciano Macedo para dar início a tratativas sobre eventual apoio material.




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FROTA É CONDENADO A INDENIZAR GIL POR INJÚRIA


Segundo o colunista Ancelmo Gois, do O Globo, a 9ª Câmara Cível do Rio condenou o ator pornô Alexandre Frota, hoje deputado federal pelo PSL de Jair Bolsonaro, a indenizar o cantor Gilberto Gil por injúria e ofensas raciais.
De acordo com o colunista, o relator da ação, o desembargador Luis Felipe Francisco, determinou que Frota pague uma indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil. 
"É que o atual deputado da bancada do ódio fez insinuações de racismo e comentários injuriosos contra Gil no Twitter, acusando o músico de 'não poder mais roubar os cofres públicos'", escreveu Anselmo.(247)


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RIO DE JANEIRO - Catador baleado por militares do Exército morre no Rio

  Por: Agência Brasil
Foto: Reprodução/Youtube
Foto: Reprodução/Youtube

O catador de material reciclável Luciano Macedo, baleado durante ação de militares em Guadalupe, na zona oeste do Rio de Janeiro, morreu na madrugada de hoje (18) depois de 11 dias internado. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, ele faleceu às 4h20, no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes.
 
Luciano foi baleado no dia 7 de abril, quando tentava ajudar o músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, que estava dentro de seu carro e havia sido atingido por diversos tiros disparados por militares do Exército. O músico morreu no local. Os militares também atingiram o sogro de Evaldo, Sérgio Araújo, que foi atingido nas costas, mas já recebeu alta hospitalar.
 
Em uma nota divulgada à imprensa, no dia da ocorrência, o Comando Militar do Leste disse apenas que um pedestre tinha sido atingido em um tiroteio, mas não assumiu a autoria dos tiros que atingiram o catador, apesar de ter assumido a responsabilidade pelos disparos que mataram Evaldo e feriram Sérgio.
 
Nove militares foram presos preventivamente por decisão da Justiça Militar depois que o Exército abriu investigação sobre o tiroteio, devido a inconsistências na versão dos militares envolvidos.

Transferência
Uma decisão judicial de 16 de abril determinou a transferência de Luciano Macedo para um hospital que tivesse mais estrutura para atender o caso.

Apesar disso, ele não foi transferido e, no dia seguinte, foi submetido a uma cirurgia. Uma nova decisão, de ontem (17), tinha reforçado a necessidade de transferência.




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GOVERNO BOLSONARO - Governo exonera general Marco Vieira do cargo de secretário especial do Esporte

  Por: AE
Foto: Breno Barros/Ministério da Cidadania
Foto: Breno Barros/Ministério da Cidadania

O Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 18, publica a exoneração do general Marco Aurélio Costa Vieira do cargo de secretário especial do Esporte, área agora vinculada ao Ministério da Cidadania, comandado pelo ministro Osmar Terra. O nome do novo titular não foi publicado no DOU. 

Nos bastidores, há especulações de que a saída do general Vieira seria necessária para dar lugar ao MDB, com a nomeação de João Manoel Santos Souza, do Maranhão, que seria ligado ao ex-presidente José Sarney. Santos Souza é filho do ex-senador João Alberto, que hoje preside o MDB maranhense. Osmar Terra também é do MDB.

Na semana passada, o ministro Osmar Terra tentou minimizar as especulações e disse que "por enquanto" não haveria mudança. "Precisamos botar o bloco na rua. Nossa dificuldade é juntar três ministérios em um e fazer funcionar lá na ponta. Não tem de ficar mudando secretários. Tem é de fazer eles trabalharem e todos estão", afirmou, reconhecendo, no entanto, que "há um jogo de interesses, de bastidores", sem especificá-los. 

O general Marco Aurélio Vieira esteve reunido com o presidente Jair Bolsonaro no último dia 8, sem a presença do ministro. Osmar Terra, por sua vez, esteve com Bolsonaro no final da tarde do mesmo dia. "Ele tinha uns assuntos dele, específicos, para tratar com o presidente", desconversou o ministro na ocasião. 

As mudanças na pasta começaram a ser discutidas no contexto da ampliação da base partidária do governo no Congresso, no momento em que o Palácio do Planalto tenta conseguir os votos necessários para a aprovação da proposta de reforma da Previdência.




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TOFFOLI DIZ QUE SOCIEDADE IRÁ RECONHECER ACERTO DO STF NO FIM DO INQUÉRITO

Nelson Jr./SCO/STF

Embora tenha caído a censura imposta a um site de direita, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, afirma que a sociedade lhe dará razão no fim do inquérito sobre fake news. "Às vezes, é necessário ser um cordeiro imolado para fazer o bem", disse ele à coluna da jornalista Mônica Bergamo. "Estou me expondo, do ponto de vista da minha imagem pessoal. As pessoas, lá na frente, e inclusive a imprensa, vão reconhecer que estamos certos."
Abaixo, reportagem da Reuters sobre o caso:
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recuou e revogou nesta quinta-feira decisão anterior que havia retirado dos sites O Antagonista e da revista Crusoé uma reportagem, publicada na sexta-feira da semana passada, que faz uma suposta ligação do presidente da corte, Dias Toffoli, com a empreiteira Odebrecht.
Na decisão mais recente, Moraes disse que houve “flagrante incongruência” entre a afirmação da reportagem e o esclarecimento público feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Em nota, a PGR disse que não tinha recebido o material referente a Toffoli da primeira instância.
A reportagem mencionava um pedido de esclarecimento da Polícia Federal ao empreiteiro Marcelo Odebrecht, que firmou acordo de delação premiada, para saber quem seria a identidade de um personagem que ele cita em um e-mail como “amigo do amigo do meu pai”. Marcelo disse se tratar de Dias Toffoli, segundo a reportagem.
Moraes disse só ter recebido nesta quinta a documentação sobre a menção ao atual presidente do Supremo em seu gabinete. Por essa razão, liberou a publicação da reportagem nos ambientes virtuais. 
“A existência desses fatos supervenientes —envio do documento à PGR e integralidade dos autos ao STF— torna, porém, desnecessária a manutenção da medida determinada cautelarmente, pois inexistente qualquer apontamento no documento sigiloso obtido mediante suposta colaboração premiada, cuja eventual manipulação de conteúdo pudesse gerar irreversível dano a dignidade e honra do envolvido e da própria corte, pela clareza de seus termos”, disse.
REAÇÃO
A mais recente decisão de Moraes foi tomada no âmbito de um inquérito sigiloso, aberto no mês passado por portaria do presidente do Supremo, que tem por objetivo apurar a existência de notícias fraudulentas e outros crimes de honra contra ministros do STF, que tem sido alvo de críticas públicas e até questionamentos dentro e fora da corte.
Pouco antes de ter sido tornada pública a posição de Moraes, o decano do STF, ministro Celso de Mello, havia afirmado em mensagem que a censura do conteúdo de uma publicação jornalística, mesmo aquela ordenada pela Justiça, é ilegítima, autocrática e incompatível com a Constituição e destacou que eventuais abusos da imprensa devem ser objetos de responsabilização posteriormente.
“A censura, qualquer tipo de censura, mesmo aquela ordenada pelo Poder Judiciário, mostra-se prática ilegítima, autocrática e essencialmente incompatível com o regime das liberdades fundamentais consagrado pela Constituição da República!”, disse Celso de Mello, ministro mais antigo em atividade na corte, em mensagem obtida pela Reuters.
Na sua decisão, Moraes rechaçou alegações de ter havido “censura prévia” da reportagem porque não havia a comprovação da existência do documento e que tinha potencial de atingir a honra do presidente do Supremo.(247)


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Caminhoneiros: Greve só virá se houver mais altas no diesel, diz CNT

  Por: AE
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Apesar da insatisfação entre os caminhoneiros com a alta no valor do óleo diesel anunciada na quarta-feira pela Petrobras, o líder do Comando Nacional do Transporte (CNT), Ivar Schmidt, acredita que é cedo para uma paralisação. "Obviamente, nós não gostamos de mais despesas, mas existe a percepção de que o governo atual é muito recente e ainda não teve tempo de trazer uma solução. Mas se tiver mais dois reajustes já seria motivo para uma nova greve", afirma o representante. 

Na noite de quarta, a Petrobras informou ao mercado a decisão de aumentar o preço do diesel em R$ 0,10 por litro, o que implica uma variação mínima de 4,518% e máxima de 5,147%, nos seus 35 pontos de venda no Brasil. Este aumento passou a vigorar a partir de hoje. 

Segundo Schmidt, novos ajustes no valor do combustível têm potencial para desencadear uma paralisação nacional, na mesma dimensão que a ocorrida no fim de maio de 2018 e, novamente, com potencial para prejudicar o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do País. "Não tenho a menor dúvida de que pode vir um novo efeito negativo para o agronegócio e para o PIB", enfatiza. 

Com base nessas possíveis consequências, o líder da CNT alerta que o governo federal precisa trazer uma solução no menor tempo possível. "Até agora, não recebemos uma receita certa para conter o problema", diz. A interlocução entre a categoria e o poder público está sendo feita por meio do Fórum Permanente do Transporte Rodoviário de Cargas. 

Uma das alternativas defendidas pelo comando para minimizar o problema com os fretes rodoviários é a redução e a fiscalização das jornadas de trabalho dos caminhoneiros, que, de acordo com Schmidt, hoje chegam a trabalhar 16 horas corridas. Ele conta que desde 2012 há uma lei que reduz a carga horária para oito horas de expediente. No entanto, "grandes corporações de setores como o agronegócio fazem lobby para que essa lei não seja cumprida e que se adote apenas a estratégia da oferta e da demanda". 

Na visão da CNT, a redução na jornada de trabalho aumentaria o número de caminhões nas estradas, mas regularia a oferta de transporte e ajudaria a equalizar o valor dos fretes o que, por outro lado, poderia elevar os custos de logística para as empresas. "Em vez de terem um único caminhão rodando por muito tempo, as companhias precisariam de mais um caminhão para transportar a mesma quantidade de produto e eles não querem isso", explica. Também para o cumprimento dessa medida o governo precisaria construir pontos de parada para os caminhoneiros, algo que, desde 2012, "foi prometido e nunca aconteceu".




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BRASIL JÁ É A NOVA ECONOMIA MAIS MISERÁVEL DO MUNDO

sputinik

No ranking de 62 países que mistura inflação e taxa de desemprego, o Brasil é a 9ª pior economia do mundo. O levantamento é da agência Bloomberg e a Sputnik Brasil ouviu dois economistas para analisar as perspectivas econômicas do Brasil.
A pior economia do mundo no ranking da Bloomberg é a Venezuela, envolta em caos político e social. O segundo lugar também é da América do Sul, com a Argentina. O ranking foi realizado com dados de 2018, mas previsão com os primeiros números de 2019 prevê que os dois primeiros colocados permanecerão em suas posições — e o Brasil irá saltar para a 8° posição.
Dados do IBGE mostram que o Brasil registrou, em dezembro de 2018, 12,2 milhões de desempregados, ou 12,4% da população economicamente ativa. Já a inflação em 2018 ficou em 3,75%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O economista e professor da Faculdade Getúlio Vargas (FGV) Istvan Kasznar acredita que o índice da Bloomberg é pobre por ser composto de dois indicadores. Ele ressalta que existem outros números que podem mostrar a miséria da população, como a concentração de renda.
"No Brasil os 10% mais ricos, no ano 2017, detinham 44% da renda. Já os 10% mais pobres, apenas 1,4% da renda", disse à Sputnik Brasil o professor da FGV.
Para melhorar a economia brasileira, que não registra alta no PIB superior a 3% desde 2011, Kasznar avalia que é necessário resgatar a parcela da população brasileira que vive na pobreza e na miséria.
"Temos que criar um país que insere o brasileiro que está atuando loucamente, lutando muito como microempresário."

Segundo o IBGE, existem 54,8 milhões de pessoas em situação de pobreza no país. A estimativa considera pobre quem tem renda inferior a US$ 5,5 por dia, cerca de R$ 650 por mês.
Levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), também do IBGE, mostra que o 1% mais rico da população nacional recebe, em média, R$ 27.085 por mês.
A economista e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Maria Beatriz de Albuquerque David também têm críticas ao ranking da Bloomberg e diz que apesar das dificuldades, o Brasil tem reservas consideráveis e a inflação sob controle.
Ela indica como problemas da economia brasileira a "péssima distribuição de renda e desemprego muito elevado".
A professora da UERJ ressalta que a reforma da Previdência está sendo vendida como a "solução de tudo", o que seria uma expectativa irreal. Para a mudança deste quadro, avalia David, é necessário uma melhora da economia nacional e do cenário internacional. Antes disso, avalia, o curto prazo deverá ser crescimento econômico pequeno e desemprego persistente.(Sputinik)


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GUEDES DIZ QUE BOLSONARO PODE PRIVATIZAR PETROBRÁS

Fotos: Reuters

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Presidente Jair Bolsonaro sinalizou de forma positiva que pode privatizar a  Petrobrás. Segundo ele, durante uma reunião, Bolsonaro teria "levantado a sobrancelha" sobre o tema num indicativo de menor resistência a essa ideia. Questionado se o presidente Bolsonaro está mais próximo de concordar com a privatização da Petrobras, Guedes respondeu "isso seria um salto muito grande", mas admitiu que ele considera essa possibilidade para uma "estatal em particular". A afirmação foi feita em entrevista à GloboNews na noite desta quarta-feira (17). 
Na entrevista, Guedes também disse que não teve sua autonomia "atingida" no episódio em que Bolsonaro agiu para evitar alta do preço do diesel pela Petrobras, o que resultou na perda de R$ 32,4 bilhões no valor de mercado da estatal. 
Leia mais sobre o assunto na reportagem da agência Reuters.
José de Castro, Reuters - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que não foi "atingido" em sua autonomia no episódio em que o presidente Jair Bolsonaro agiu para evitar alta do preço do diesel pela Petrobras, acrescentando que Bolsonaro "levantou a sobrancelha" sobre o tema de privatizar a petrolífera, num indicativo de menor resistência a essa ideia.
Segundo o ministro, em entrevista à GloboNews na noite de quarta-feira, caminhoneiros dos Estados Unidos e da Europa não pressionam os respectivos governos por causa de aumentos de preços de combustíveis na esteira da valorização do barril do petróleo.
Guedes afirmou ainda que, no meio desse debate, Bolsonaro lhe enviou mensagem destacando maior concorrência no mercado de combustíveis nessas regiões, enquanto no Brasil aparece apenas "uma bandeirinha, a da Petrobras".
"Acho que ele (Bolsonaro) quis dizer alguma coisa com aquilo ali (a mensagem)", disse o ministro, citando que há "cinco bancos, seis empreiteiras, uma produtora de petróleo e refinaria, três distribuidoras de gás. E tem 200 milhões de patos".
Perguntado se o presidente Bolsonaro está mais próximo de concordar com a privatização da Petrobras, Guedes respondeu que não. "Isso seria um salto muito grande." Porém, o ministro admitiu que o presidente considerou essa possibilidade para uma "estatal em particular", sem dar detalhes.
"ESTAMOS PREPARADOS PARA CEDER"
O ministro da Economia reconheceu que o texto da reforma da Previdência "realmente" não deveria tratar de idade de aposentadoria compulsória de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que o governo "está preparado para ceder em algumas coisas e em outras, não".
Ao mesmo tempo, Guedes admitiu ser "evidente" que recuar em vários pontos —como BPC, regime de capitalização e idade de aposentadoria das mulheres— "enfraquece" a estratégia da equipe econômica em relação à reforma previdenciária.
Guedes disse que o mercado está "errado" em calcular que a reforma a ser aprovada implicará economia entre 600 bilhões e 700 bilhões de reais, bem abaixo do valor de cerca de 1 trilhão de reais defendido por ele. "Acho que vai ser substancialmente maior que 600 bilhões, 700 bilhões de reais."
O ministro se disse "absolutamente tranquilo" em relação a riscos de desidratação da matéria.
Para Guedes, o presidente Jair Bolsonaro vai entrar "com mais peso" na articulação pela reforma à medida que "a coisa ganhar velocidade". "Acho que a coordenação política está melhorando."
O ministro foi questionado sobre o que seria dependência excessiva da reforma da Previdência como catalisador de crescimento para o país e disse que há uma série de medidas "extraordinariamente fortes e positivas", como choque de energia barata e pacto federativo, que estão prontas.
Guedes foi questionado sobre a autonomia do governo para antecipar a Estados e municípios a distribuição de recursos que entrarão no caixa da União após leilão do excedente do pré-sal, já que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem dito que a decisão passa pelo Congresso. Na resposta, o ministro foi enfático: "O presidente Rodrigo Maia pode fazer o que ele quiser, porque ele é o presidente da Câmara. Estou dizendo que juridicamente não tem Congresso no contrato."
O ministro disse ainda que acabaria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) se a entidade deixasse o Itamaraty e passasse para o guarda-chuva da Economia. "A Apex é redundante", afirmou.
Por fim, Guedes disse o governo vai criar uma superintendência de controle para rever a governança de fundos de pensão, alguns dos quais afetados por perda de recursos devido à má gestão. Guedes afirmou que a candidata para chefiar a agência é a economista Solange Paiva Vieira, atual superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), vinculada ao ministério. (247)


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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

  Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...