quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Bolsonaro diz que foi obrigado a barrar distribuição de absorventes e oposição promete derrubar o veto

 

Jair Bolsonaro (Foto: ABr | Freepik)

Jair Bolsonaro falou, nesta quinta-feira, 7, sobre a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes, mulheres em situação de vulnerabilidade e presidiárias, projeto de lei da deputada Marília Arraes (PT) que ele vetou. O projeto beneficiaria 5,6 milhões de brasileiras.

Segundo ele, “é irresponsabilidade apresentar um projeto sem apontar a fonte de custeio. Isso é feito proposital, para desgastar. Por que o PT não fez isso quando estava no poder?”

“Quando qualquer projeto cria despesa, o parlamentar sabe que tem que apresentar a fonte de custeio. Se eu sanciono, é crime de responsabilidade. Eu não tenho alternativa, sou obrigado a vetar”, disse.

Mais cedo, Marília Arraes se manifestou nas redes sociais contestando o argumento de Bolsonaro sobre a fonte de custeio. "Fizemos vários estudos de impacto orçamentário financeiro, de onde sairia o recurso. Apontamos no substitutivo com a relatora Jaqueline Cassol (PP-RO), de onde viria o dinheiro, tudo acordado com as lideranças inclusive do governo", explicou em vídeo (assista abaixo).

O PL havia sido aprovado no Congresso, mas foi vetado nesta quinta, conforme anunciou o Diário Oficial da União. No DOU, Bolsonaro argumentou que o projeto contraria o interesse público, “uma vez que não há compatibilidade com a autonomia das redes e estabelecimentos de ensino. Ademais, não indica a fonte de custeio ou medida compensatória”.

Oposição quer derrubar veto

A coordenadora da bancada feminina da Câmara, a deputada Celina Leão (PP), falou contra o veto e disse que o Congresso precisa derrubar a decisão, informa reportagem do Uol. Segundo ela, o argumento do governo de que não haveria recursos para o projeto não é verdadeiro.

"Se R$ 84 milhões é muito dinheiro para dar a mínima condição para meninas e mulheres, então o governo tem que repensar a forma de tratar as meninas e mulheres deste Brasil. Nós definimos os valores no Orçamento. Se pode comprar papel higiênico para as escolas, por que não pode comprar absorvente?", questionou.

Diante do veto, a bancada do PSOL na Câmara dos Deputados apresentou uma denúncia à Organização das Nações Unidas (ONU) contra Bolsonaro. A carta classificou os vetos de “desumanos” e “ultrajantes”.

“Os vetos de Bolsonaro são desumanos. A falta de absorventes higiênicos leva garotas a perder aulas e a alternativas precárias e insalubres, que incluem o uso de papelão, sacolas plásticas e até pedaços de pão”, disse a carta assinada pela líder do PSOL na Casa, Talíria Petrone, com apoio do partido e de outras deputadas. “Até para os padrões mais baixos, é ultrajante”, seguiu o texto, que acusou Bolsonaro de violar compromissos internacionais e desmantelar políticas públicas para mulheres no Brasil. (247).



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Brasil é o quinto maior produtor de lixo eletrônico

 

Pesquisa Resíduos Eletrônicos no Brasil foi divulgada hoje

Marcello Casal

Fones de ouvido, pilhas, celulares, eletrodomésticos. Todos esses utensílios, quando deixam de funcionar e não são mais aproveitados, viram lixo eletrônico. O Brasil é o quinto maior gerador desse lixo no mundo. Mesmo assim, muita gente ainda não sabe o que é esse tipo de resíduo e como ele deve ser descartado para evitar danos ao meio ambiente e à saúde humana. 

As informações são da pesquisa Resíduos eletrônicos no Brasil - 2021, divulgada hoje (7) pela Green Eletron, gestora sem fins lucrativos de logística reversa de eletroeletrônicos e pilhas. O estudo foi conduzido pela Radar Pesquisas. 

A maior parte dos brasileiros (87%) já ouviu falar em lixo eletrônico, mas um terço (33%) acredita que esse lixo está relacionado ao meio digital, como spame-mails, fotos ou arquivos. Para outros 42% dos brasileiros lixo eletrônico são aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos quebrados e 3% acreditam que são todos os aparelhos que já viraram lixo, ou seja, apenas os que foram descartados, inclusive aqueles que acabam incorretamente em aterros ou na natureza.

A pesquisa também especificou alguns produtos para saber se as pessoas os reconheciam como lixo eletrônico. Mais de 90% acreditam que celulares, smartphonestabletsnotebooks, pilhas e baterias são lixo eletrônico e estão corretos. 

Houve, no entanto, muitas respostas erradas: 51% não acham que lâmpadas comuns, incandescentes e fluorescentes são lixo eletrônico; 34% acreditam que lanternas não são lixo eletrônico; e 37% acreditam que balanças não são lixo eletrônico. Na verdade, todos esses objetos são lixo eletrônico. 

O conceito de Resíduo de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) é todo produto elétrico ou eletrônico que descartado por não ter mais utilidade. Inclui grandes equipamentos como geladeiras, freezers, máquinas de lavar; pequenos equipamentos como torradeiras, batedeiras, aspiradores de pó, ventiladores; equipamentos de informática como computadores e celulares; e pilhas e baterias. 

Descarte 

O descarte incorreto de lixo eletrônico é considerado um problema, pois os componentes químicos podem ser prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana. 

Anualmente, mais de 53 milhões de toneladas de equipamentos eletroeletrônicos e pilhas são descartadas em todo o mundo, segundo o The Global E-waste Monitor 2020. Na outra ponta, o número de dispositivos, no mundo, cresce cerca de 4% por ano. Apenas o Brasil descartou, em 2019, mais de 2 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos, sendo que menos de 3% foram reciclados, de acordo com o relatório desenvolvido pela Universidade das Nações Unidas. 

A pesquisa mostrou que, no Brasil, 16% descartam com certa frequência algum eletroeletrônico no lixo comum. Esse tipo de descarte não permite a reciclagem das matérias-primas presentes nos aparelhos. Um terço dos entrevistados (33%) nunca ouviu falar em pontos ou locais de descarte correto para lixo eletrônico. 

A maioria (87%) disse guardar algum tipo de eletroeletrônico sem utilidade em casa. Mais de 30% fica com eles por mais de um ano.

Ao todo, foram entrevistadas para o estudo 2.075 pessoas de 18 a 65 anos, entre os dias 14 e 24 de maio de 2021. A pesquisa foi feita no Distrito Federal e em 13 estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Pará, Goiás e Mato Grosso do Sul. 

O que diz a lei 

No Brasil, a destinação correta do lixo eletrônico está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e é regulamentada pelo Decreto Federal 10.240/2020. Este dispositivo define metas para os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes sobre a quantidade de pontos de Entrega Voluntária (PEV) que devem ser instalados, o número de cidades atendidas e o percentual de aparelhos eletroeletrônicos a serem coletados e destinados corretamente. 

Pelo decreto, as empresas devem, gradualmente, até 2025, instalar PEVs nas 400 maiores cidades do Brasil e coletar e destinar o equivalente em peso a 17% dos produtos colocados no mercado em 2018, ano definido como base. (Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).

Edição: Denise Griesinger




ACIDENTE - Ex-cantor de banda de forró morre após ser arremessado para fora de Hilux na BR-232

 

Cláudio Francisco Espíndola, o Claudinho, perdeu controle do carro e capotou diversas vezes


                     Por Portal Folha de Pernambuco
Acidente ocorreu na BR-232, em Pesqueira - Foto: Reprodução/WhatsApp

O cantor Cláudio Francisco de Espíndola, ex-integrante da banda de forró Noda de Caju, morreu, na noite dessa terça-feira (5), em um grave acidente de carro na BR-232, em Pesqueira, no Agreste de Pernambuco.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), por volta das 19h30 no quilômetro 201 da rodovia federal, o cantor de 50 anos perdeu o controle da caminhonete Hilux que dirigia, saiu da pista e capotou diversas vezes. 

Claudinho, como era conhecido, estava sozinho no carro. No acidente, o cantor foi arremessado para fora do veículo e faleceu no local, segundo a polícia.

O corpo de Claudinho foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Caruaru, no Agreste. 

A PRF informou que não pode afirmar que o cantor estava sem o cinto de segurança no momento do acidente, mas, que é "fisicamente muito provável que estivesse sem". A perícia poderá certificar e emitir o resultado em laudo.

Por meio de nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que registrou o caso na Delegacia de Belo Jardim, no Agreste, como acidente de trânsito com vítima fatal.

"As investigações foram iniciadas e seguem até esclarecimento do fato", de acordo com a polícia.

Ainda não há informações sobre hora e local de velório e enterro do cantor.

Cantor tinha 50 anos e estava sozinho no carro (Foto: Reprodução)

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Mais de 200 entidades protocolam pedido de impeachment de Guedes no STF por conduta durante a pandemia

 

(Brasília - DF, 10/06/2020 O presidente Jair Bolsonaro , Paulo Guedes durante videoconferência. Foto: Isac Nóbrega/PR (Foto: Isac Nobrega)

Uma coalizão denominada Direitos Valem Mais, formada por mais de 200 entidades da sociedade civil e consórcios de gestores públicos, protocolou um pedido de impeachment do ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quinta-feira (7), no Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda que o documento tenha sido apresentado ao Judiciário dias após o surgimento do escândalo Pandora Papers, que revelou que o “Posto Ipiranga” de Jair Bolsonaro mantém uma conta offshore com US$ 9.550.000 num paraíso fiscal, faturando milhões com a disparada do dólar, a razão apresentada para pleitear o afastamento de Guedes é a conduta tomada pelo ministro durante a pandemia da Covid-19.

Para as entidades que compõem o Direitos Valem Mais, o então “superministro” cometeu crime de responsabilidade ao não incluir no orçamento de 2021 recursos para combater a pandemia, o que resultou na piorar considerável da situação já calamitosa enfrentada pelo país. (Revista Fórum).

Leia a íntegra na Fórum.




POLÍTICA PÚBLICA - Governo de Pernambuco lança ação de combate à pobreza menstrual nas escolas da Rede Estadual

               Por: Diario de Pernambuco

Foto: Reprodução

O Governo de Pernambuco lançou, nesta quinta-feira (7), o Programa de Educação em Saúde Menstrual para todas as escolas da Rede Estadual. Coordenada pela Secretaria de Educação e Esportes (SEE), a iniciativa visa promover a distribuição de absorventes, formação e orientação sobre as questões sociais, biológicas e emocionais que afetam a vida da mulher durante o período menstrual, bem como diminuir as ausências escolares durante o ciclo. Segundo dados da Organização das Nações Unidas, uma em cada dez meninas, no mundo, falta às aulas durante o período menstrual. No Brasil, uma entre quatro estudantes já deixou de ir à escola por não ter absorventes.

“A conscientização dos nossos jovens sobre a saúde da mulher começa nas escolas. Educação sempre foi nossa prioridade. Debater o assunto e apoiar as meninas, para que possam dar continuidade à formação delas é, sim, essencial. É inaceitável qualquer movimento que estimule a desigualdade de gênero e classe”, pontuou Paulo Câmara.


Por meio de parcerias institucionais com as secretarias de Saúde e da Mulher, o programa prevê – além da distribuição gratuita e contínua de absorventes para as estudantes em idade menstrual – a realização de rodas de diálogos e palestras virtuais e presenciais com as 16 Gerências Regionais de Educação (GRE), voltadas para os docentes e discentes de todo o Estado.

Também serão promovidos eventos online e presenciais com a participação dos diferentes segmentos envolvidos, para discutir o cuidado da saúde menstrual e o uso adequado dos absorventes, entre outras questões. “Nossa preocupação não é apenas com a distribuição dos absorventes. Queremos trabalhar também o ambiente escolar para cuidar da saúde das estudantes e ampliar o debate acerca do tema”, afirmou o secretário de Educação e Esportes, Marcelo Barros.


Alexandre de Moraes dá 30 dias para PF colher depoimento de Bolsonaro

 
(Foto: STF | Isac Nóbrega/PR)

Diante da manifestação do governo federal de que Jair Bolsonaro quer depor presencialmente à Polícia Federal no inquérito que apura uma suposta interferência política dele na instituição, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu nesta quinta-feira (7) 30 dias para que a oitiva aconteça.

Bolsonaro, dentro do prazo, pode marcar dia e hora para ser interrogado.

"Determino, ainda, à Polícia Federal que proceda, mediante comparecimento pessoal e prévio ajuste de local, dia e hora, a oitiva do presidente Jair Messias Bolsonaro, no prazo máximo de 30 (trinta) dias", escreveu Moraes na decisão. (247).


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CPI: médico confirma denúncias contra Prevent Senior

 

Walter Souza Neto diz que autonomia nas prescrições não era respeitada

Edilson Rodrigues/Agência Senado

Em um depoimento cheio de denúncias contra condutas da Prevent Senior, o ex-médico da operadora de Saúde Walter Souza Neto confirmou, nesta quinta-feira (7), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, que a operadora determinou a entrega do chamado “kit covid”, conjunto de medicamentos sem eficácia comprovada para tratamento da covid-19.

Segundo o médico, quem se recusasse a prescrever os medicamentos sofria represálias. “Com a pandemia, eu acabei me recusando a prescrever o kit covid e fui repreendido por isso.” Ele acrescentou que a Prevent Senior começou a prescrever o kit em março de 2020 e que outros profissionais que tiveram a mesma conduta dele também foram advertidos pela empresa.

“De fato, era obrigatório. Não havia autonomia médica. Nem em instituição havia uma hierarquia tão rígida como na Prevent. No ambiente, todos tinham medo de contrariar os superiores”, disse.

Segundo o médico, no início da pandemia a pressão pela prescrição dos medicamentos não era explícita. “Era algo velado. Falavam para prescrevemos, para manter nosso emprego”. O médico afirmou que chegou a receitar os medicamentos, mas advertia os pacientes. “Eu fazia isso na Prevent, e avisava aos pacientes que aquilo era um protocolo institucional. E que não tinha evidência científica. Depois de um tempo com mais evidências falávamos inclusive para não utilizarem todos os medicamentos do kit, só as vitaminas”, relatou.

O médico relatou que a falta de autonomia dos profissionais era tanta que, em certa ocasião, no início da pandemia, chegou a ser obrigado a retirar a máscara para não assustar os pacientes. Segundo o médico, a ordem partiu da médica conhecida como Drª. Paola, a mesma que havia dito "prescreve cloroquina pra quem espirrar. Espirrou, dá cloroquina nele". A troca de mensagem entre o médico e a gestora foi apresentada à CPI pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) na reunião de ontem.

Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva de beneficiário e de ex-médico da Prevent Senior. A operadora de saúde é acusada de ocultar mortes de pacientes por Covid-19 e de pressionar médicos a prescreverem
 A operadora de saúde é acusada de ocultar mortes de pacientes por covid-19 e de pressionar médicos a prescreverem - Edilson Rodrigues/Agência Senado

Wong

O ex-médico também lembrou o caso do pediatra, toxicologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Anthony Wong, que morreu por complicações da covid-19 em janeiro deste ano. “Essa questão do prontuário [de Anthony Wong] é um caso interessante. Não tem dúvida. Dez entre dez médicos que avaliarem aquele prontuário [vão atestar]: ‘morreu de covid’, não tem outro jeito. Isso está muito claro”, destacou o depoente.

Walter Souza Neto admitiu que não atendeu Wong, mas teve acesso ao prontuário. “A declaração de óbito de Anthony Wong foi fraudada. Não tem a covid lá. Ele morreu de covid fazendo o tratamento precoce duas vezes e seria muito feio isso ficar claro, aí tentaram sustentar essa tese”, disse. Essas supostas fraudes em documentos aconteciam para “sustentar a desinformação” sobre a covid-19.

No dia em que prestou depoimento à CPI, o diretor da Prevent Senior Pedro Batista Júnior não comentou casos de óbitos de pacientes em hospitais da rede, sob o argumento de que não tinha autorização das famílias.

Questionado pelo relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), se as declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre o "kit covid” podem ter influenciado pacientes, Souza Neto disse que sim. “Pode induzir as pessoas ao erro. É uma desinformação que pode fazer com que as pessoas deixem de tomar outras medidas”, avaliou o médico.

Redução de Custos

Ao falar sobre as condutas da Prevent Senior, Souza Neto destacou que, mesmo antes da pandemia, a empresa buscava a redução de custos no tratamento. O profissional disse que além de cercear a autonomia médica, a operadora restringia a realização de exames. “Era um modelo basicamente voltado para os custos, e não para o bem-estar que o paciente precisava. Algumas situações não são exclusivas da pandemia. São coisas que acontecem na Prevent de forma crônica e estão inseridas na cultura da empresa. Existe um pequeno número de médicos, muitas vezes envolvidos com a direção, que acaba até induzindo outros médicos ao erro”, disse.

Segundo o especialista, às vezes, o médico tinha que negociar com quem era seu superior para fazer determinada coisa e aquilo não era autorizado. “Às vezes, o paciente evoluía com gravidade ao óbito. Isso era uma política antiga da empresa”, denunciou Walter Correa.

Sobre o ambiente de trabalho na Prevent Senior, o médico classificou como hostil, com clima de "lealdade e obediência". O termo, que já foi lema da empresa e não era mais utilizado, mas a cultura permaneceu. “Fui bombeiro militar e policial civil e não havia hierarquia tão rígida como o que acontecia na Prevent Senior. Era muitas vezes uma hierarquia baseada em assédio moral. Você se voltar contra qualquer orientação do seu superior, significaria em represálias importantes, talvez perder seu trabalho”, destacou o depoente.

Fraude

Aos senadores, Souza Neto disse que os médicos da Prevent Senior sabiam que o tratamento de pacientes da covid-19 com hidroxicloroquina não trazia os resultados prometidos e divulgados pela direção da operadora. Ele classificou como “fraude” o estudo desenvolvido pela empresa para justificar a prescrição da droga.

“Essa coisa de que ninguém vai a óbito e ninguém intuba, isso já era muito claro: a gente sabia que era fraude. Além de o estudo ser muito ruim, já quando foi publicado, em abril, eu internava paciente que havia tomado o kit. Eu acompanhava esse paciente depois pelo prontuário durante a internação e via esses pacientes irem a óbito”, afirmou.

Outro lado

Em nota enviada à Agência Brasil, a Prevent Senior negou as práticas denunciadas por Souza Neto que classificou como “ infundadas” e disse que o depoimento não trouxe fatos, “apenas narrativas que faltam com a verdade”.

“A denúncia mais grave é sugerir que os médicos da empresa optem pela adoção de cuidados paliativos para matar pacientes e economizar recursos, o que tanto os médicos quanto a direção da empresa veementemente contestam”, diz a nota.

A operadora destaca que está colaborando para que órgãos técnicos, como o Ministério Público e Polícia Civil, investiguem todas estas acusações para restabelecer a verdade dos fatos. (Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Bruna Saniele



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Justiça manda Dallagnol pagar indenização de R$ 40 mil a Renan Calheiros

 

Deltan Dallagnol e Renan Calheiros (Foto: ABr | Pedro França/Agência Senado)

O juiz Ivan Vasconcelos Brito Junior, do Tribunal de Justiça de Alagoas, determinou que o procurador da República Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato em Curitiba, pague R$ 40 mil ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) por danos morais.

O senador alegou que Deltan usou as redes sociais para atacá-lo e tentar interferir na eleição da Presidência do Senado em 2019. Na ação, Renan diz que Dallagnol publicava conteúdo em seu perfil no Twitter “em desfavor da referida candidatura”, agindo como “militante político e buscando descredibilização de sua imagem”.

Na decisão, o juiz argumentou que é possível ver através das redes sociais do procurador que ele tinha a intenção de ferir a honra de Renan Calheiros e que pretendia atrapalhar a eleição dele à Presidência do Senado.

“Conforme se pode verificar pelas provas documentais colacionadas aos autos, as publicações realizadas através das redes sociais desde o ano de 2018 apresentam caráter pessoal, atingindo o autor em sua honra objetiva, no que diz respeito à sua reputação perante terceiros, notadamente seus eleitores. Além disso, pretendia obstacularizar a eleição do autor à presidência do Senado Federal. Tudo isso converge para a reparação do dano moral pleiteado”, diz o documento. Ainda cabe recurso da decisão. Do Metrópoles.

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OPORTUNIDADE - Prefeitura do Recife lança portal que reúne serviços, cursos e vagas de emprego disponíveis na cidade

                    Por: Danielle Santana /DP
De acordo com a gestão municipal, o objetivo é aliar modernidade e inovação à tecnologia para promover oportunidades (Arnaldo Sete/ Esp. DP Foto)

A Prefeitura do Recife lançou nesta quarta-feira (7), o portal GO Recife, que funcionará como um acelerador de oportunidades de emprego e renda da cidade. Na plataforma, que deverá operar como uma agência de empregos virtual, também estão disponíveis, de forma gratuita, serviços voltados para o empreendedorismo e qualificação profissional. De acordo com a gestão municipal, o objetivo é aliar modernidade e inovação à tecnologia para promover oportunidades. 

Para viabilizar o GO Recife, a prefeitura realizou uma série de parcerias com empresas como o WhatsApp, Facebook, Google, Grau Técnico e Uninassau. Também participam do projeto: Associação Comercial de Pernambuco (ACP), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Aliança Empreendedora e Fecomércio-PE. 

"Trazemos as vagas disponíveis no Google Jobs e tudo que está disponível nas agências de emprego da cidade. No lugar de exigir que os recifenses passem de agência por agência, reunimos todas as vagas em um único portal. Ainda abrimos espaço para as empresas que queiram ofertar [oportunidades] direto com a prefeitura. Já lançamos o GO Recife com mais de 1.500 vagas de trabalho abertas", afirmou o prefeito João Campos. 

Além de promover o match entre trabalhadores e empregadores, a plataforma também servirá como vitrine para autônomos do município que desejam alcançar uma maior visibilidade para os seus serviços. Para tal, o portal disponibilizará um espaço onde o trabalhador autônomo poderá criar um perfil e informar suas habilidades.
 
"Só precisamos linkar as pessoas. Não dá para imaginar que vamos avançar somente com um processo formal de contratação, precisamos entender que se alguém tem um talento para a música, para a cultura, para a dança, para a arte, ela tem que ter um espaço onde a prefeitura apoie ela e gere uma vitrine para que ela possa ter o serviço contratado", destacou o prefeito.

Além disso, o portal também disponibilizará oportunidades para a qualificação profissional gratuita por meio da oferta de assessoria, cursos e orientação profissional em conjunto com secretarias da prefeitura e outros parceiros. Atualmente, já estão disponíveis mais de 1.400 vagas de formação, todas gratuitas. 

Com um modelo 'fi-digital', que alia o físico ao digital, o GO Recife também contará com a Arena GO, uma unidade itinerante que oferecerá os serviços da plataforma para a população do município. "Ela vai passar nas seis regiões da cidade e oferecer uma gama de serviços. Você pode cortar o cabelo, tirar uma foto, preparar um currículo ou treinar para uma entrevista de emprego, além de conhecer o crédito popular e ter acesso a ele. São mais de 10 áreas diferentes que podem ser acessadas", comentou João Campos.

De acordo com o prefeito, a primeira ação acontecerá nesta sexta-feira (8), no Compaz Dom Helder Câmara. "Nossa tarefa é juntar as pessoas. Temos mais de 10 parceiros privados, o Google, Facebook e WhatsApp, empresas que são as maiores do mundo, estão apoiando essa iniciativa de maneira gratuita, doando serviços. Sempre com muita humildade, conseguimos firmar parcerias e fazer com que a vida do recifense melhore", finalizou o gestor municipal.



Ex-estagiária de Lewandowski que era espiã de Allan dos Santos no STF é alvo de operação da PF

 

Allan dos Santos e Ministro Ricardo Lewandowski (Foto: Roque de Sá/Agência Senado | Rosinei Coutinho/SCO/STF)

A Polícia Federal realiza na tarde desta quinta-feira (7), segundo Daniela Lima, da CNN Brasil, uma operação de busca e apreensão na casa de Tatiana Garcia Bressan, ex-estagiária do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski.

De acordo com a emissora, o marido da ex-estagiária acompanha a ação dos agentes. Ela está na superintendência da PF em Brasília para prestar depoimento.

Tatiana é apontada como espiã do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos dentro da Corte. Ele é investigado pelo STF. 

A PF já teve acesso a uma série de diálogos entre o blogueiro e sua informante, resultado da quebra de sigilo telefônico de Allan dos Santos. (247).


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Liberação do uso de máscaras em Pernambuco só será possível com 80% da população vacinada

A confirmação foi dada em coletiva de imprensa pelo secretário estadual de Saúde, André Longo

                   Por Fabio Nóbrega

Secretário estadual de Saúde, André Longo - Foto: Miva Filho/SES-PE

O secretário estadual de Saúde, André Longo, afirmou, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (7), que Pernambuco só poderá ter condições epidemiológicas para flexibilizar a obrigatoriedade do uso de máscaras quando a vacinação completa atingir a marca de 80% da população elegível, aqueles com mais de 12 anos - o Estado irá alcançar o índice de 50% nesta quinta segundo cálculos do governo. 

“Só poderemos pensar em abdicar de algum tipo de cuidado quando atingirmos ao menos 80% da população totalmente vacinada. Antes, qualquer medida nesse sentido significa correr riscos desnecessários. Nosso compromisso é primeiro com a vida. Por isso, vamos seguir trabalhando com as recomendações científicas”, disse Longo.

Nos últimos dias, o tema entrou em voga no debate público. Duque de Caxias (RJ) anunciou, esta semana, a suspensão da obrigatoriedade do uso do equipamento e se tornou a primeira cidade do país a tomar essa decisão.

Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro planejam realizar grandes eventos nos próximos meses, como o Carnaval, também sem o uso das máscaras.

Representante da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) no Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação, o pediatra Eduardo Jorge da Fonseca classificou o debate da flexibilização das máscaras como “extremamente precoce e inadequado”.

“Não temos uma situação epidemiológica persistente que indique sequer a discussão da retirada da máscara. Esse é um debate que não vai caminhar bem. Estamos no caminho certo, é longo, mas está sendo trilhado da melhor forma possível”, pontuou.

André Longo reforçou que existem 3,8 milhões no Estado com mais de 12 anos completamente vacinados, mas outros 3,8 milhões com apenas uma dose.

“Todo mundo acima dos 18 anos deverá atingir o prazo para tomar a sua segunda dose em outubro. Em novembro, deveremos estar em condições de vacinar também todos os jovens e podemos atingir o patamar de 80% a 90% da população vacinada”, disse o secretário, lembrando que somente com esses números o Estado poderá “dar mais passos na flexibilização das atividades”.

Dados epidemiológicos
Reflexo do avanço da vacinação no Estado, o cenário epidemiológico da Covid-19 em Pernambuco apresenta uma tendência sustentada de redução em todos os indicadores, de acordo com os dados apresentados na coletiva.

Na Semana Epidemiológica (SE) 39, que compreende o período entre 26 de setembro e 2 de outubro, foram registrados 426 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), o que representa uma queda de 13% em relação à SE 38 (19 a 25/09) e de 17% em comparação à SE 37 (12 a 18/09).

Além disso, a taxa de positividade geral (número de testes positivos em relação ao total de exames realizados) permanece baixa, oscilando entre 7 e 6% há 6 semanas seguidas.

Já em relação às solicitações de vagas de UTI, a Central Estadual de Regulação Hospitalar voltou a registrar queda expressiva no indicador.

No total, foram 247 solicitações na Semana Epidemiológica 39 – uma redução de 12% em relação à semana 38.

“Reforço que, para evitarmos um novo repique na doença, e para mantermos esta tendência de queda, só há um caminho possível: o engajamento de todos para o avanço da vacinação, e da vacinação com ciclo completo”, salientou Longo.


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Marília se articula com Congresso para derrubar veto de PL que oferta absorventes

               Por: Diario de Pernambuco

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou nesta quinta-feira (7) cinco trechos do projeto de lei 4968/2019, de autoria da deputada federal Marília Arraes (PT-PE), que previa a criação do Programa de Fornecimento de Absorventes Higiênicos. A decisão foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU). 


Marília criticou os vetos presidenciais. “É um absurdo sem tamanho, porque em um momento difícil como esse a gente trabalhou incansavelmente para haver uma conciliação, uma negociação em toda a Câmara, junto com o Senado também, unindo deputados e deputadas, principalmente, de diversas colorações partidárias. A bancada feminina inteira se mobilizou muito, mulheres de todos os partidos se mobilizaram", afirmou a deputada.

A pernambucana prometeu mobilizar o Congresso para derrubar os vetos. “Estamos tratando da vida, da dignidade de milhares de mulheres. Esse veto é um atentado contra todas nós e por isso não perdemos nenhum minuto. Já iniciamos as articulações e contamos com o valioso apoio da bancada feminina, independentemente de partidos. Vamos derrubar esse veto absurdo”, garantiu a deputada, que também já iniciou uma campanha nas redes sociais contra a medida. 

Outras parlamentares se pronunciaram sobre o assunto. “Bolsonaro vetou o projeto de distribuição de absorventes! Com isso, ele mostra seu desprezo pela dignidade das mulheres vulneráveis e pela luta da sociedade contra a pobreza menstrual. Vamos derrubar o veto e mostrar que o Brasil é muito melhor que Bolsonaro”, declarou a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP).

A coordenadora da bancada feminina, deputada Celina Leão (PP-DF), também destacou que o projeto foi aprovado com apoio de todas as bancadas na Câmara e no Senado. “Conseguimos votar um projeto com impacto orçamentário mínimo para gente começar do mínimo. Nós tínhamos que dar acesso a essas mulheres a esse material que não é só kit de higiene; é kit de saúde. Muitas mulheres pegam infecção porque não conseguem fazer uso adequado dos absorventes”, lamentou.

“Ao vetar a distribuição gratuita de absorventes para mulheres em situação de extrema vulnerabilidade, o presidente Bolsonaro demonstra sua enorme insensibilidade e desprezo com milhares de mulheres. O veto demonstra o atraso do governo em avançar em ações que realmente importam”, apontou a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

Os artigos suprimidos previam a distribuição gratuita de absorventes higiênicos, além da oferta de cuidados básicos de saúde menstrual em escolas públicas de ensino médio e de anos finais do ensino fundamental. O texto também contemplava mulheres em situação de rua, em vulnerabilidade social extrema, presidiárias e menores em cumprimento de medida socioeducativa. No total, 5,6 milhões de pessoas seriam beneficiadas. (Com informações do Estado de Minas e Agência Câmara) 


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