quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Delgatti reafirma ter recebido R$ 40 mil de Carla Zambelli

 

Dinheiro teria sido entregue por assessor da deputada bolsonarista


Marcelo Camargo/Agência Brasil


O hacker Walter Delgatti voltou a afirmar à Polícia Federal que recebeu R$ 40 mil da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para invadir sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir falsos documentos e alvarás de soltura. A informação foi divulgada pelo advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira, após depoimento do hacker à Polícia Federal, em Brasília, nesta quarta-feira (16).

De acordo com o advogado, Delgatti confirmou o que havia dito no primeiro depoimento à PF, em São Paulo, no mês passado. No depoimento de hoje, o hacker citou uma conversa e indicou pessoas próximas a Carla Zambelli envolvidas na invasão, conforme Moreira.

“Além de confirmar, ele produziu mais provas no sentido de que ele está falando a verdade”, disse o advogado à imprensa. Os R$ 40 mil, conforme a defesa, foram pagos em depósitos bancários e dinheiro vivo, entregue por um assessor de Zambelli.

Com as novas provas, Moreira espera que Delgatti seja colocado em liberdade. O hacker estava preso em Araraquara (SP) desde o último dia 2, foi transferido hoje para Brasília e conduzido à sede da PF, na região central da capital federal.

Em nota, a defesa da deputada Carla Zambelli informa que irá se manifestar somente após conhecimento dos autos e do depoimento. “A defesa da deputada Carla Zambelli reitera que somente se manifestará após integral conhecimento do conteúdo dos autos - o que ainda não aconteceu, inclusive de referido depoimento, porém reforça e rechaça qualquer acusação de prática de conduta ilícita e imoral pela parlamentar, inclusive, negando qualquer tipo de pagamento ao mencionado hacker”.

CPMI do 8 de janeiro

O advogado confirmou que Delgatti irá comparecer à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, nesta quinta-feira (17). A defesa pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele possa ficar em silêncio no depoimento na comissão.

Entenda o caso

Walter Delgatti é suspeito de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir falsos documentos e alvarás de soltura no Banco Nacional de Mandados de Prisão em janeiro deste ano, como um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo.

Delgatti afirma ter agido a pedido da deputada Carla Zambelli, com o intuito de desacreditar o Poder Judiciário. A deputada, por sua vez, nega ter pedido ou pago o hacker para que fizesse isso.

Zambelli diz ter pago R$ 3 mil para que o hacker fizesse melhorias no site e redes sociais dela. Ela contou ainda que apresentou Delgatti ao presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, e ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro. Segundo Zambelli, o hacker queria oferecer os serviços dele ao PL, participando de uma eventual auditoria nas urnas eleitorais eletrônicas. Porém, Zambelli disse que o negócio não foi fechado.

O inquérito policial que apura os supostos crimes de invasão do sistema do CNJ tramita no STF.

Delgatti ficou conhecido por ter extraído ilegalmente troca de mensagens entre Sergio Moro, então juiz da Operação Lava Jato, e o ex-procurador da República e o então coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, o que deu origem à chamada Vaza Jato, expondo os bastidores da Operação Lava Jato e reforçando os argumentos dos críticos que acusavam o Poder Judiciário de vazar informações sigilosas de forma seletiva, com objetivos políticos.

Em razão do vazamento, Delgatti responde também a processo, no âmbito da Operação Spoofing, que investiga a invasão dos celulares do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e hoje senador, Sergio Moro (União Brasil - PR), e de outras autoridades. A ação levou o hacker pela primeira vez à prisão, em 2019. - (Por Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Marcelo Brandão



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Manifestantes exigem demissão do secretário de Educação do governo Tarcísio em SP: 'Renato Feder precisa cair' (vídeo)

Participantes do ato na capital paulista criticaram o fim dos livros impressos nas escolas do estado de São Paulo

     Tarcísio de Freitas (à esq.), Renato Feder e manifestantes na cidade de SP (Foto: Divulgação I Reprodução)


Educadores do estado de São Paulo fizeram tarde desta quarta-feira (16) um protesto na praça da República, na região central da capital paulista, pedindo que o secretário da Educação no governo paulista, Renato Feder, deixe o cargo após ele confirmar, no começo do mês, o fim do livros impressos nas escolas públicas do estado. "O Feder tem que cair", afirmou a primeira-secretária do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Zenaide Honório. "É preciso ter mais compromisso com a escola e menos com interesses econômicos". 

Membros da Apeoesp organizaram os atos. Outros manifestantes como trabalhadores de ensino técnico e estudantes também compareceram aos atos. De acordo com informações publicadas nesta quarta-feira (16) pelo jornal Folha de S.Paulo, participantes dos protestos mostravam placas de "livros, sim, Feder, não". Algumas pessoas exibiam livros como "Salvar o Fogo", obra mais recente de Itamar Vieira Junior, e "Sobrevivendo no inferno", dos Racionais MCs, além de livros didáticos.

Em 1 de agosto, o titular da pasta afirmou que a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não usará os 10 milhões de exemplares para os alunos do ensino fundamental 2 (6º ao 9º ano) no próximo ano para usar apenas material digital. Pela primeira vez, as escolas estaduais paulistas não receberão os livros didáticos do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), administrado pelo Ministério da Educação (MEC). -  247.




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Secretaria de Educação e Esportes realiza Pactuação de Metas no Sertão

Encontro destacou as principais metas a serem alcançadas ainda este ano, além de comemorar junto aos gestores os bons indicadores e as principais conquistas de 2023

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE) realizou, nesta quinta-feira (10), a última reunião de Pactuação de Metas para o ano de 2023. O evento aconteceu em Petrolina e reuniu as Gerências Regionais de Educação (GREs) Sertão do Araripe; Sertão do Médio São Francisco; Sertão Central e Sertão do Submédio São Francisco. 

A comitiva da SEE visitou todas as GREs do Estado a fim de pactuar metas para a melhoria da qualidade do ensino, visando garantir os meios para efetivação da Proposta Pedagógica com foco na aprendizagem do estudante através do desenvolvimento integral do currículo. 

O primeiro encontro aconteceu no dia 03 de agosto, no município de Arcoverde, e reuniu integrantes das GREs Agreste Centro Norte; Agreste Meridional; Sertão Moxotó Ipanema e Sertão do Alto do Pajeú. No dia 04 de agosto, a comitiva estadual seguiu para o município de Vitória de Santo Antão para se reunir com as GREs Mata Norte; Mata Centro; Mata Sul e Vale do Capibaribe.

Logo em seguida, foi a vez da Região Metropolitana do Recife receber a Pactuação de Metas. O encontro aconteceu no dia 08 de agosto e reuniu as GREs Recife Norte; Recife Sul; Metropolitana Norte e Metropolitana Sul. 

Participaram do evento a secretária executiva de Planejamento e Coordenação (SECO), Mônica Andrade, o Gerente de Avaliação e Monitoramento das Políticas Educacionais, Dionísio Junior, o gerente geral de Gestão para Resultados, Eduardo Nascimento, além de gerentes regionais e gestores escolares. 

Durante os encontros, foram destacadas as principais metas a serem alcançadas ainda este ano, além da comemoração dos bons indicadores e as principais conquistas já alcançadas em 2023. Além disso, o encontro teve a intenção de subsidiar decisões sobre a implementação de políticas educacionais voltadas para elevação da qualidade, equidade e eficiência do ensino, viabilizando ações para atingir as metas estabelecidas nos termos de pactuações e, consequentemente, contribuir para a melhoria dos índices de desenvolvimentos da educação, bem como estabelecer as regras para a bonificação, no ano seguinte, dos servidores, através do Bônus de Desempenho Educacional (BDE). 

Ao final do evento, os gestores escolares presentes assinaram o Termo de Compromisso e Responsabilidade com as metas individuais das suas escolas para o ano de 2023. As metas pactuadas para as unidades escolares são calculadas com base nos seus respectivos IDEB´s (em anos ímpares) e IDEPE´s, de dois anos atrás, (para projeção das metas), e nas realizações das avaliações nos últimos dois anos, almejando-se a elevação progressiva da qualidade da educação oferecida por cada unidade de ensino, de modo que se realizem no futuro próximo as metas educacionais do Estado de Pernambuco. - (portal.educacao.pe.gov.br/).

 


  
















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Com 94 anos, estudante da EJA em Petrolina supera recorde atual do Guinness Book como a aluna mais idosa do mundo

 Maria Edelzuita de Souza ingressou nos estudos para realizar sonho de aprender a ler e escrever

Foto: Josimar Oliveira

A turma do 3º módulo do Centro de Educação de Jovens e Adultos João Barracão, em Petrolina, Sertão de Pernambuco, conta com uma estudante ilustre. É Maria Edelzuita de Souza, a Dona Edelzuita, que esbanja vontade de aprender e mantém uma frequência escolar exemplar. Aos 94 anos, ela pode ser considerada a aluna da educação básica mais idosa do mundo. A estudante supera em 10 anos o queniano Kimani Maruge Ng’ang’a, que, segundo o livro dos recordes, o Guinness Book, conseguiu a façanha aos 84 anos. 



Foto: Josimar Oliveira


Dona Edelzuita iniciou os estudos em 2022, aos 93 anos, para realizar o sonho de ler e escrever, que lhe foi privado durante a infância. Seu pai, lavrador, não a permitia frequentar a escola. Achava perigoso que meninas estudassem porque, alfabetizadas, saberiam escrever “cartas para os namorados”. Sua mãe, dona de casa letrada, ensinou-lhe as letras, as sílabas e como juntá-las para formar pequenas palavras. Por muitos anos, isso foi tudo o que lhe foi legado. 

Segura do poder transformador da educação, Edelzuita priorizou os estudos dos nove filhos que teve com o marido José Rufino. Todos concluíram o 2º grau, atual Ensino Médio, e escolheram suas profissões. Foi só após perder o companheiro, com quem compartilhou 60 anos da sua vida, que ela decidiu resgatar seu sonho de menina e se matriculou na escola. “Estudem, no estudo é que se aprende tudo. Na escola se aprende o que é bom. Eu queria ser menina de novo pra começar agora e terminar só na faculdade”, diz a estudante, que agora sonha em escrever um livro para contar sua história. - (portal.educacao.pe.gov.br/).

Autor: Igor Ruann.

Fotos em Destaque:


 Foto: Josimar Oliveira
 

Foto: Josimar Oliveira


Foto: Josimar Oliveira


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Aprovação a Lula sobe quatro pontos e vai a 60%, aponta pesquisa Quaest

Crescimento da aprovação do presidente ocorreu até mesmo em setores em que o antipetismo costuma se manifestar com mais força

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Sete meses após tomar posse para seu terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vive o melhor momento em sua nova gestão aos olhos da opinião pública, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (15).

O levantamento, realizado entre os dias 10 e 14 de agosto, mostra que 60% dos eleitores brasileiros aprovam o trabalho que Lula está fazendo ‒ uma alta de 4 pontos percentuais em relação ao número registrado dois meses antes.

Já os que desaprovam a atual administração recuaram de 40% para 35% no período. Outros 5% preferiram não responder.

O crescimento da aprovação do presidente ocorreu até mesmo em setores em que o antipetismo costuma se manifestar com mais força. Na região Sul, o indicador subiu 11 pontos percentuais em dois meses, para 59%, enquanto a reprovação recuou de 49% para 38%. Já no Sudeste, a aprovação saltou de 51% para 55% no período, contra uma oscilação descendente de 3 p.p. da reprovação, para 39%.

No eleitorado evangélico, que majoritariamente votou em Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022, pela primeira vez na série histórica da pesquisa, a aprovação superou a desaprovação, por 50% a 46%.

Entre os que têm Ensino Superior incompleto ou mais, a aprovação voltou ao patamar de fevereiro, de 53%, e superou a desaprovação. Entre os que votaram em Bolsonaro, 25% aprovam o trabalho de Lula, enquanto 70% reprovam.

O levantamento também mostra que, quando os eleitores são convidados a avaliar o governo, 42% dizem que ele é positivo, enquanto 24% classificam como negativo. Um mês atrás, esses dois grupos somavam 37% e 27%, respectivamente.

O bom momento de Lula na pesquisa coincide com uma melhora na percepção do eleitorado sobre a economia. O levantamento mostra que 34% dos entrevistados avaliam que a economia brasileira melhorou nos últimos 12 meses. O mesmo grupo somou 32% em junho e 23% em abril.

Já os que veem piora saíram de 34% em abril, passaram a 26% no último levantamento e agora somam 23%. Enquanto os que não veem grandes mudanças se manteve na banda entre 37% e 39% (atual patamar) ao longo dos últimos seis meses.

Para 59% dos entrevistados, nos próximos 12 meses, a economia vai melhorar ‒ eram 62% em fevereiro, 51% em abril e 56% em junho. Já os que esperam piora somaram 22%, um recuo de 3 pontos percentuais em relação a dois meses atrás e de 7 p.p. ante abril.

Mesmo assim, o levantamento mostra que a economia lidera as avaliações como maior problema do país, com 31% das menções, superando questões sociais (21%), saúde (12%) e violência (10%). Tal percepção se reproduz em todos os recortes por renda da amostra pesquisada.

Questionados sobre três políticas públicas do novo governo, lideraram as avaliações positivas o Plano Safra (79%), destinado ao financiamento à agricultura, e o Desenrola Brasil (70%), para a renegociação de dívidas de cidadãos. Já a reforma tributária agradou 37% dos entrevistados e desagradou outros 26%.

A pesquisa mostra, ainda, mudança de percepção também em relação às notícias sobre o governo. Na comparação com junho, o percentual dos que dizem ter ouvido mais notícias positivas do que negativas subiu de 32% para 38%.

As duas notícias positivas destacadas pelos entrevistados, em menção espontânea, foram a Bolsa Família de R$ 600, mais R$ 150 para cada criança (9%) e a diminuição dos preços (8%). Já as negativas destacadas dizem que o presidente não cumpre promessas e é corrupto (7%).

No momento em que Lula negocia com lideranças partidárias uma reforma ministerial em busca de maior apoio no Congresso Nacional, os eleitores passaram a ver o atual governo com mais facilidade para conseguir maioria parlamentar do que a gestão anterior. Agora, o placar está em 43% a 38% a favor do petista, enquanto dois meses atrás a diferença era de 20 pontos a favor do adversário (51% a 31%).

A pesquisa Genial/Quaest realizou 2.029 entrevistas face a face em municípios de todas as regiões do país, entre os dias 10 e 14 de agosto. A margem máxima de erro é de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

O nível de confiança é de 95%, o que significa que, se o levantamento tivesse sido feito mais de uma vez sob as mesmas condições, esta seria a probabilidade de os resultados se repetirem dentro do limite da margem de erro. - Infomoney.



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PF apreende no Rio equipamentos de falso policial federal

 

Investigado tinha várias fotos em seu celular

Policia Federal/RJ


A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta-feira (16), mandado de busca e apreensão expedido pela 2ª Vara Federal de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, a partir de uma investigação sobre um homem que se passava por policial federal.

De acordo com a PF, o falso policial tinha várias fotos em seu celular, nas quais usava uniforme e distintivo da corporação, além de colete tático e arma de fogo. Para reforçar o seu argumento, o homem se utilizava de fotos tiradas em frente à Superintendência da PF no Rio de Janeiro.

“Com o uso indevido dos símbolos da Polícia Federal, o criminoso aproveitou-se de terceiros para subtrair dinheiro e até veículo de uma vítima”, informou a PF por meio de nota.

No cumprimento do mandado, os agentes federais apreenderam vários equipamentos. “Um celular, algemas, calça tática, coturno, colete tático com símbolo da PF e inscrição “POLÍCIA FEDERAL”, duas camisas com símbolos da PF, coldres, simulacro de arma de fogo, dois rádios comunicadores, além de outros acessórios”, informou a PF.

Ainda conforme a PF, o investigado responderá pelo crime de Falsificação do Selo ou Sinal Público, e a pena, neste caso, pode chegar a 6 anos de prisão, e pode ser aumentada por outros crimes que possam surgir no decorrer das investigações. - ( Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).

Edição: Fernando Fraga



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Educação pública me permitiu chegar aqui, diz novo diretor do BC

 

Primeiro negro na direção do banco, Ailton Aquino defende diversidade

Lula Marques/Agência Brasil


Um reencontro de gerações despertou a emoção no segundo dia da semana de integração para os alunos que acabaram de ingressar na Universidade Estadual da Bahia (Uneb). Prestes a aposentar-se no fim do ano, o professor do Departamento de Ciências Contábeis Valdir dos Santos Miranda agradeceu ao ex-aluno mais ilustre da instituição, o recém-empossado diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino Santos, primeiro dirigente negro da autarquia.

“Parabéns pela posição. Você é um exemplo. Obrigado por representar bem nossa universidade. Estou emocionado desde o momento em que vi sua indicação [para o Banco Central]. Ano que vem, me aposento da universidade com dever cumprido”, diz Valdir emocionado a Aquino, que adiou uma reunião com representantes de bancos para falar por videoconferência direto de São Paulo nessa terça-feira (15).

“Foi você que me deu aula de contabilidade das instituições financeiras. Sabe o que aconteceu? Vim trabalhar exatamente com sua matéria. Que questão do destino! Aquilo que você me ensinava no dia a dia, que eu questionava muito bem. Hoje, quando olho as operações com balanço de instituições financeiras, quando a gente está estudando derivativos, operação a termo, operação de crédito, como contabiliza instrumentos financeiros, só consigo me lembrar do senhor”, responde Aquino, também emocionado.

Inclusão social

O novo diretor do BC participou da mesa-redonda “Fiz Uneb: narrativas de lutas e conquista profissional”, em que ex-alunos ilustres lembram as experiências na instituição. Entre conferencistas, alunos e mediadores, uma conclusão: a de que a universidade pública representa um instrumento imprescindível de inclusão social e de reparação histórica contra camadas excluídas da população.

“Sou do vestibular de 1994, como qualquer menino do interior da Bahia. Por isso, ressalto a importância de uma universidade estadual, pública e gratuita. Um menino de Jequié [no sudoeste baiano], que tinha o sonho de fazer o ensino superior. Acho algo fundamental na vida de todos nós, e a Uneb me propiciou isso”, diz Aquino, que confessa certo desconforto em ser chamado de “doutor” e de “diretor”. “É da liturgia do cargo ser chamado de diretor, mas gosto mais de ser chamado de Ailton”, ressalta.

Responsável por fiscalizar as instituições financeiras e acompanhar o cumprimento das normas, o diretor do BC lembra que saiu do interior da Bahia, aos 17 anos, para estudar ciências contábeis no campus da Uneb em Salvador, num passado de dificuldades. “Vim de uma família pobre e sempre estudei numa escola pública. À noite, como qualquer aluno negro e pobre do interior da Bahia. A caminhada na Uneb foi muito importante na minha vida”, recorda.

Professores

Na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de que participou, no início do mês, Aquino fez questão de mencionar aos demais diretores do BC a trajetória na Uneb. Mesmo com outra graduação em direito por uma universidade particular em Brasília, especializações em contabilidade, economia, finanças, engenharia de negócios e uma pós-graduação em direito público por outras instituições privadas brasileiras, ele atribui o sucesso aos professores da universidade estadual, citando uma professora que fazia os alunos trazerem recortes de jornais com temas econômicos para serem debatidos às sextas-feiras.

“Ao sentar-me pela primeira vez no Copom, para decidir a taxa de juros no Brasil, sempre perguntei o que meus professores, que são craques em economia, estariam pensando. Todos os que estão sentados, sem demérito, no Banco Central, estudaram em Harvard, em Yale, fizeram PUC [Pontifícia Universidade Católica], fizeram doutorado e viajaram o mundo inteiro. Eu fiz Uneb. Isso me deixa muito orgulhoso e deixei muito claro para todos”, diz Aquino. Além do cargo no BC, ele integra o Conselho Curador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Conselho Fiscal do fundo de pensão dos funcionários do BC.

Aquino conta ter tomado posse no BC no mesmo dia da formatura na graduação e diz que a formação em contabilidade lhe trouxe vantagens ao assumir o cargo de auditor da autarquia. “Quando ingressei no Banco Central, fui alocado na área de supervisão bancária, de auditoria. O curso de ciências contábeis tem uma ênfase muito forte na parte de auditoria. Vocês não têm ideia do impacto disso na minha vida. A tranquilidade em ter saído da universidade e começar a fazer auditorias em bancos de primeira linha em São Paulo”, destaca.

Diversidade

O diretor do BC reconhece o papel histórico ao ser a primeira pessoa negra a ocupar um cargo de direção no órgão e defende mais programas afirmativos, que ampliem o acesso da população negra ao ensino superior e a órgãos públicos. Ele lembrou que, entre 1998 e 2006, a Uneb teve a primeira reitora negra do país, Ivete Sacramento. A instituição foi a primeira a adotar cotas para estudantes negros no Brasil, em 2002.

“Lembro que, quando fui escolhido auditor, me diziam que não havia nenhum negro chefe de departamento no Banco Central. Eu sempre me pergunto: sou um negro competente ou um competente negro? Tenho certeza que o que a Uneb me entregou com muita competência, consegui avançar. E, acima de tudo, sendo negro como grande parte da população brasileira e mais de 70% da população de Salvador”, diz.

Ao longo dos anos no BC, primeiro como auditor, depois como chefe da auditoria interna e como contador-geral, Aquino reconhece sentir falta da diversidade em cargos de decisão no Brasil. “Ontem [segunda-feira], saí de uma reunião do Fundo Garantidor de Crédito. É impressionante como você não consegue se enxergar nesses espaços de poder. Nessa terça, estive em diversos bancos, e você vê a população negra completamente alijada, sem espaço nas questões de poder. Em bancos com trilhões de ativos, vocês percebem que não tem aquilo que representa a população brasileira”, constata.

Em uma de muitas viagens ao exterior pelo BC, o diretor diz ter sido confundido com um representante angolano numa reunião do Banco de Compensações Internacionais, em Basileia, na Suíça. “A surpresa do corpo técnico [do BIS] quando falei que vinha pelo Brasil, porque nunca tinham visto um negro num cargo estratégico do Banco Central brasileiro”.

Otimismo

Para os atuais estudantes, o diretor recomendou a educação contínua, nunca deixar de estudar formação teórica. Ele também aconselha aos estudantes negros dedicarem-se a línguas estrangeiras se quiserem ocupar cargos de decisão. “Outro ponto que eu deixaria claro é que, em função das nossas origens, de a gente não ter tido as mesmas oportunidades que outros executivos do Banco Central, é necessário estudar línguas estrangeiras. Isso é muito importante na nossa vida como servidores, funcionários do Estado, em bancos de ponta ou em qualquer organização”, comenta.

Apesar das dificuldades, o diretor se diz otimista em relação à ampliação da importância do negro na sociedade e, com orgulho, conta que a própria filha escolheu formar-se em direito pela Uneb. “Falei na minha posse que sou o primeiro, mas com certeza não serei o único negro na diretoria colegiada do Banco Central. Tenho uma conexão muito grande com a Uneb. Tenho uma filha apenas e, por incrível que pareça, mesmo a gente morando em Brasília, terminou direito na Uneb. Até minha filha quis seguir os caminhos na própria universidade”, afirma. - (Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Graça Adjuto



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Governo Lula prevê R$ 40 milhões do PAC para construção de Museu da Democracia

Projeto visa narrar a trajetória democrática do Brasil, com foco na participação social, e aguarda aprovação no Congresso Nacional

Atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

O governo Lula propôs a inclusão de um projeto de construção do Museu da Democracia, em Brasília, no âmbito do Novo PAC. Com um investimento estimado em R$ 40 milhões, o museu tem como objetivo narrar a história da construção da democracia no Brasil, incluindo o evento de 8 de janeiro, quando manifestantes bolsonaristas invadiram prédios públicos em Brasília, destaca a Folha.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, anunciou a intenção de criar um memorial logo após os ataques ocorridos em janeiro. O museu pretende abordar a evolução da democracia no país, com ênfase em seus significados dinâmicos e na participação social na sua formação, defesa e fortalecimento. A proposta não visa centrar-se no evento de 8 de janeiro, mas sim contextualizá-lo como parte do conteúdo abordado.

"A proposta do museu parte do ocorrido em 8 de janeiro, mas não é sobre o 8 de janeiro. Após o aprofundamento da discussão dentro do ministério, percebeu-se a necessidade de um olhar abrangente sobre a história da democracia, para entender seus significados dinâmicos e a potência da participação social na sua construção, defesa e fortalecimento, e seus caminhos futuros", afirmou o Ministério da Cultura em nota.

Embora já faça parte da lista de obras previstas no programa, o projeto do museu ainda está em discussão. Equipes técnicas da Subsecretaria de Espaços e Equipamentos Culturais do Minc, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) estão envolvidas nas análises detalhadas do projeto.

A construção do Museu da Democracia dependerá da aprovação pelo Congresso Nacional, uma vez que o projeto está incluído no Novo PAC e utiliza recursos do Tesouro Nacional. O programa, recém-lançado pelo governo Lula, prevê investimentos públicos de R$ 371 bilhões até o final de seu mandato em 2026.

Embora a localização exata do museu ainda não tenha sido definida, a pasta da Cultura informou que haverá um concurso para a criação do projeto arquitetônico. A discussão técnica e a aprovação institucional são processos necessários para dar início à construção do museu. A pasta também ressalta que o conteúdo do museu será decidido coletivamente e com consulta popular. - 247.


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Análise do celular do pai de Mauro Cid provoca apreensão nas Forças Armadas

Há o temor de que sejam encontradas mensagens de teor golpista do general Lourena Cid com pessoas de dentro e de fora das Forças Armadas.

Mauro Cesar Lourena Cid (Foto: Roberto Oliveira/Alesp/Divulgação)

Apreendido na operação que investiga a negociação de joias que Jair Bolsonaro (PL) ganhou como chefe de Estado, o celular do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid, é hoje o centro das atenções na caserna, relata Bela Megale, do jornal O Globo. Na Polícia Federal é alta a expectativa pelo que pode ser encontrado no dispositivo do militar.

Para as Forças Armadas, são motivo de preocupação eventuais mensagens golpistas que o general possa ter trocado com interlocutores, sejam militares ou não. “A leitura de membros da cúpula das Forças é que, se mensagens não republicanas vierem à tona no celular do general quatro estrelas, a imagem do Exército, mais uma vez, será contaminada e o processo de pacificação, dificultado”. >>> General Cid se afasta de Bolsonaro, agravando tensão e complicando situação do ex-presidente no escândalo das joias

Desde que o pai de Mauro Cid foi implicado na apuração sobre os esquemas criminosos do entorno de Bolsonaro, o clima para a família dentro das Forças Armadas só piorou. “Integrantes das Forças afirmam que a defesa e o apoio que a cúpula militar vinha dando à família deve arrefecer”, diz a reportagem.

Lourena Cid, por sua vez, se afastou de Bolsonaro depois que o filho foi preso e o clima entre o general e o grupo próximo do ex-mandatário é de tensão. Ele não se conforma com o fato de apenas seu filho estar preso enquanto outros auxiliares de Bolsonaro seguem soltos. >>> Esposa de Mauro Cid integrava rede de fake news sobre vacinas e falava em fraudar certificado de imunização

Para piorar ainda mais a situação da família, a condição da esposa de Mauro Cid, Gabriela Cid, também não é boa. No telefone celular dela, também apreendido pela Polícia Federal, foram encontradas mensagens com notícias falsas sobre a Covid-19 e sobre o esquema de falsificação de certificados de vacinação, do qual Cid é acusado de fazer parte. - 247.


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Piloto da Latam morre após passar mal durante voo entre Miami e Santiago

O voo LA505 precisou pousar no Panamá, onde o piloto, que era comandante do avião e tinha 25 anos de experiência, recebeu assistência médica antes de morrer

Latam Airlines

Um piloto da companhia aérea Latam morreu nesta terça-feira após passar mal no dia anterior durante um voo entre Miami e Santiago, o que obrigou a aeronave a realizar um pouso de emergência no meio do trajeto, de acordo com a empresa.

O voo LA505 precisou pousar na aeroporto internacional do Panamá, onde o piloto, que era comandante do avião e tinha 25 anos de experiência, recebeu assistência médica antes de morrer. Sua identidade não foi revelada pela companhia.

"Durante o voo, realizamos todos os protocolos de segurança necessários para salvar a vida do piloto afetado, contudo, depois do pouso e de receber assistência em terra, o piloto lamentavelmente faleceu", disse a Latam em nota.

"Como Grupo Latam, estamos profundamente comovidos pelo ocorrido", acrescentou a nota da empresa, com condolências à família do piloto.

O trajeto para a capital chilena seria retomado nesta terça-feira, conforme informado pela empresa. - SANTIAGO (Reuters).


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Trump é aguardado para se entregar na prisão

Ex-presidente dos EUA é acusado de interferência ilegal para mudar resultado das eleições de 2020

Donald Trump. REUTERS/Jonathan Drake (Foto: JONATHAN DRAKE)

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, é aguardado para se entregar na prisão do condado de Fulton, conforme anunciado pelo xerife local em um comunicado divulgado na terça-feira (15). Juntamente com outros 18 co-réus acusados na segunda-feira de tentar subverter o resultado das eleições de 2020 na Geórgia, Trump, acusado de 13 crimes, incluindo associação criminosa, ainda não indicou publicamente quando pretende se entregar antes do prazo de 25 de agosto estabelecido pela procuradora do condado de Fulton, Fani Willis.

A declaração do gabinete do xerife do condado de Fulton abordou a questão fundamental de onde o ex-presidente seria detido e processado como réu criminal. "Neste ponto, com base nas orientações recebidas do gabinete do procurador do distrito e do juiz presidente, espera-se que todos os 19 réus mencionados na acusação sejam detidos na Penitenciária Rice Street", diz a declaração. "Lembre-se de que os réus podem se apresentar a qualquer momento. A prisão está aberta 24 horas por dia", afirma o comunicado à imprensa. "Além disso, devido à natureza sem precedentes deste caso, algumas circunstâncias podem mudar com pouco ou nenhum aviso."

A maioria dos réus acusados no condado de Fulton geralmente é detida na prisão do condado. O xerife do condado de Fulton, Pat Labat, sugeriu anteriormente que deseja tratar os réus acusados no caso de subversão das eleições de Trump da mesma forma que qualquer outro réu seria tratado. "A menos que alguém me diga o contrário, seguiremos práticas normais. Não importa o seu status, teremos fotos de ficha prontas para você", disse Labat no início deste mês à CNN. O xerife agora terá que negociar com o Serviço Secreto e os advogados de Trump sobre a logística da entrega de Trump. 

Réus que não são imediatamente presos após a acusação - como foi o caso de Trump e seus associados - geralmente negociam uma fiança, se aplicável, e outros termos de liberação com o escritório do procurador do distrito. Rudy Giuliani, ex-advogado de Trump, que também está acusado no caso, disse na terça-feira no programa de rádio WABC que escolherá um dia na próxima semana para se entregar às autoridades, acrescentando: "Deve haver uma fiança, imagino. Meio bobagem eu ter fiança, eu quero dizer, apareci lá voluntariamente e prestei depoimento." 

A acusação de 41 crimes revelada na noite de segunda-feira apresenta uma ampla investigação liderada por Willis sobre os esforços mais graves dos aliados de Trump para interferir nas eleições presidenciais de 2020. Ela acusa o ex-presidente de ser o chefe de uma "empresa criminosa" que fez parte de uma conspiração ampla para reverter sua derrota eleitoral na Geórgia. As acusações na acusação incluem: declarações falsas e solicitação a legislaturas estaduais; declarações falsas e solicitação a autoridades estaduais de alto escalão; a criação e distribuição de documentos falsos do Colégio Eleitoral; o assédio a trabalhadores eleitorais; a solicitação de autoridades do Departamento de Justiça; a solicitação do então vice-presidente Mike Pence; a violação ilegal de equipamentos eleitorais; e atos de obstrução. 

Ex-advogados de Trump, John Eastman e Giuliani, assim como o ex-chefe de gabinete da Casa Branca Mark Meadows, estão entre os réus. A acusação também incluiu outros 30 co-conspiradores não acusados, além dos réus acusados. Trump agora enfrenta 91 acusações em quatro acusações separadas ao mesmo tempo em que concorre à presidência em 2024. Ele nega qualquer irregularidade e criticou os casos como politicamente motivados. As informações são da CNN. - 247.


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