(Foto: Paulo Whitaker/Reuters | ABr)
Infomoney - O Ibovespa fechou acima dos 80 mil pontos pela primeira vez desde 13 de março, impulsionado pelo bom humor externo e a disparada de mais de 20% do petróleo. Com isso, o índice deixou rapidamente para trás uma pressão do início do dia por conta da forte queda dos ADRs na véspera, quando a bolsa estava fechada.
O barril do petróleo tipo brent em Londres chegou a recuar para US$ 16, no menor nível em quase 21 anos, em meio ao excesso de oferta que levou futuros WTI da commodity abaixo de zero pela 1ª vez na história na última segunda-feira, enquanto o petróleo WTI para junho chegou a US$ 11.
O movimento, porém, foi revertido, com o contrato WTI com vencimento em junho subindo 19,1%, a US$ 13,78 o barril, após chegar a subir mais de 40% no intraday. Já o brent teve alta mais modesta, de 5,38%, mas voltando a superar o patamar dos US$ 20 o barril.
Entre os fatores que levaram às altas de hoje está uma reunião feita entre diversos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (o chamado grupo OPEP+), criando expectativas por novas medidas. De acordo com estimativas de Jim Burkhard, da IHS Markit, é possível que sejam retirados do mercado 17 milhões de barris por dia se forem levados em conta os cortes já anunciados e outras suspensões de produção – devido aos baixos preços, que não permitem margens operacionais viáveis.
Além disso, o cenário de tensão internacional também puxou os preços da commodity. Donald Trump, presidente dos EUA, afirmou pelo Twitter que ordenou a Marinha a bombardear e destruir embarcações iranianas que ameacem os navios americanos. O Irã é um dos maiores produtores de petróleo. Com a disparada da commodity, os índices da bolsa americana subiram mais de 2%.
Com isso, o benchmark da bolsa brasileira fechou com alta de 2,17%, aos 80.687 pontos, com volume financeiro de R$ 24,029 bilhões. Clique aqui e confira os principais destaques de ações desta sessão.
Enquanto isso, o dólar comercial subiu 1,89%, cotado a R$ 5,4089 na compra e R$ 5,4094 na venda, renovando sua máxima histórica nominal de fechamento. O dólar futuro para maio avança 1,70%, para R$ 5,412.
Já no mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 caiu 12 pontos-base a 3,20%, enquanto o DI para janeiro de 2023 recuou 14 pontos, a 4,22%. O contrato para janeiro de 2025 teve queda de 7 pontos-base a 5,89%.
Na segunda-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou após o fechamento da bolsa que o país está longe do momento de perda da potência da política monetária, quando movimentos como o desaperto quantitativo se fazem mais necessário.
Segundo ele, é importante que o BC tenha às mãos os mais diversos instrumentos para garantir liquidez nos mercados, ainda que não precise usar todos.
No exterior, o Senado dos Estados Unidos aprovou na terça-feira um pacote de US$ 484 bilhões em socorro às pequenas e médias empresas. Segundo a CNBC, o presidente Donald Trump sancionará o pacote até amanhã.
O número de pessoas atingidas pelo coronavírus nos EUA continua a crescer e ultrapassou 820 mil na manhã de hoje, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. O número de mortos pela doença nos EUA superou 43 mil. No mundo, foram confirmados até agora 2,5 milhões de casos da Covid-19, com 176 mil mortes.
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