terça-feira, 9 de outubro de 2018

PSB decide apoiar Haddad no segundo turno

 

 Do G1
A Executiva Nacional do PSB decidiu, hoje, que o partido irá apoiar o candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno das eleições presidenciais.
A cúpula da legenda também resolveu liberar os diretórios regionais de São Paulo e do Distrito Federal, onde os candidatos do PSB, Márcio França e Rodrigo Rollemberg, respectivamente, disputarão o segundo turno ao governo estadual.
“O PSB acaba de aprovar uma resolução em que define o seu apoio no segundo turno da eleição presidencial ao candidato Fernando Haddad, propondo que se forme uma frente democrática contra uma candidatura que representa o extremo oposto da candidatura das forças democráticas”, afirmou o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira.
Ele disse ainda ter “confiança absoluta” na decisão que os diretórios em SP e no DF tomarão. “No estado de São Paulo e no Distrito Federal, os diretórios poderão examinar as suas coligações e decidir o que devem fazer, tendo em consideração que temos confiança absoluta no Márcio França e no Rodrigo Rollemberg em que eles precisam ter a liberdade para conduzir as suas campanhas e conquistar uma vitória nessas duas unidades importantíssimas da federação do nosso país”, declarou.
Questionado se França e Rollemberg poderão apoiar o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, o presidente da sigla disse que confia “plenamente” nos dois e que eles tomarão “a decisão mais correta, que tenha consonância com a história do partido”.
“Nós asseguramos a liberdade e sabemos que eles vão tomar a decisão correta em relação ao seu estado”, afirmou o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira.
Durante o primeiro turno, Rollemberg chegou a fazer ato de campanha ao lado de Ciro Gomes, que disputava a Presidência da República pelo PDT.
O PSB também está no segundo turno em Sergipe, com Valadares Filho, e no Amapá, com João Capiberibe. No caso do Amapá, o PSB já está em uma aliança com o PT. O partido já elegeu no primeiro turno Paulo Câmara em Pernambuco, João Azevedo na Paraíba e Renato Casagrande no Espírito Santo.
Siqueira defendeu que Haddad procure “todos os democratas” e “pessoas de bem para que a sua candidatura represente uma frente democrática.
“No momento difícil em que vive o país, com essa polarização, e tendo em vista a necessidade de unidade nacional e das forças democráticas, [propomos] que a candidatura [de Haddad] se transforme em uma candidatura da frente democrática, que agregue personalidades e instituições que defendam a democracia e que o programa não seja apenas de um partido”, disse.




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Eleições 2018: Haddad e Bolsonaro poderão se enfrentar em seis debates, começando já nesta quinta

 
  Por:Carlos Britto 
 
Antes de voltar às urnas para decidir o futuro presidente, os eleitores poderão acompanhar Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) debater seus projetos para o país seis vezes na televisão.
Como no primeiro turno, o encontro de estreia será transmitido pela Band e está marcado para esta quinta-feira (11). Se confirmada a participação dos dois candidatos — Bolsonaro diz que ainda depende de liberação médica —, será a primeira vez que se enfrentarão frente a frente. Nos sete debates realizados no primeiro turno, eles não se encontraram nenhuma vez.
Quando Bolsonaro foi aos debates, Haddad ainda era vice-candidato do PT — o cabeça da chapa era Lula, que está preso. Já quando o ex-prefeito de São Paulo foi oficializado na disputa, o capitão da reserva sofreu um atentado a faca e ficou hospitalizado.
O último debate do segundo ocorrerá na TV Globo, em 26 de outubro, e marca o encerramento da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV, dois dias antes da votação.
O calendário dos debates na televisão é o seguinte:
Quinta-feira, 11 de outubro
Às 22h, na TV Band
O primeiro debate do segundo turno ocorre quatro dias após a votação do primeiro turno. Com mediação do jornalista Ricardo Boechat, a transmissão será feita simultaneamente pela Rede Bandeirantes de Televisão, BandNews, Terraviva, rádios Bandeirantes e BandNews FM, portal da Band e redes sociais.
Domingo, 14 de outubro
Às 18h, na TV Gazeta/Estadão
Além de debaterem entre si, os candidatos responderão a perguntas de jornalistas da Gazeta e do Estadão. Haverá também participação por meio das mídias sociais.
Segunda-feira, 15 de outubro
Às 22h, na RedeTV!/IstoÉ
No dia seguinte ao debate da TV Gazeta/Estadão, acontecerá outro encontro na RedeTV, com transmissão simultânea pela emissora e pelo portal UOL, além de redes sociais. Um grupo de jornalistas deverá fazer perguntas aos dois presidenciáveis.
Quarta-feira, 17 de outubro
Às 17h45min, no SBT/Folha
Bolsonaro e Haddad se encontram novamente no evento organizado em parceria pelo SBT e pelo jornal Folha de S.Paulo. A transmissão acontecerá simultaneamente pelo SBT, UOL, Folha e redes sociais. O horário do debate ainda será confirmado.
Domingo, 21 de outubro
Às 22h, na Record
Uma semana antes da votação do segundo turno, os candidatos voltam a discutir suas ideias. A transmissão será simultânea pela Record TV e portal R7.
Sexta-feira, 26 de outubro
Às 21h30min, na Rede Globo
Como ocorre tradicionalmente, a TV Globo encerra a série de debates entre os postulantes ao Palácio do Planalto. O debate, que ocorre após a novela das 21h, marca o encerramento da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV. (Fonte: GaúchaZH)



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O FASCISMO JÁ ESTÁ NO PODER


 Episódios gravíssimos de violência perpetrados por apoiadores de Jair Bolsonaro contra cidadãos brasileiros nos últimos dias mostra que o fascismo já se sente empoderado no Brasil insuflado pelo ódio. Querendo impor-se pelo medo e pelo terror, partidários do candidato da extrema-direita sentem-se legitimados pelo capitão da reserva, não coíbe tais crimes, pelo contrário, estimula-os. 
Na madrugada desta segunda-feira, 8, horas após o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, o mestre de capoeira Moa do Katende foi morto com 12 facadas nas costas em um bar em Salvador, após dizer que tinha votado em Fernando Haddad para a presidente. O autor do crime, que começou a discussão, manifestou aos gritos seu apoio a Jair Bolsonaro, de acordo com informação oficial a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) (leia mais).
No Recife, uma jornalista do Jornal do Commercio foi agredida e ameaçada de estupro por dois homens na tarde da eleição. De acordo com a jornalista, cujo nome não foi revelado, dois homens atacaram-na e a ameaçaram de estupro no momento em que saía do local de votação, no bairro de Campo Grande, na zona norte do Recife. Segundo ela relatou à Polícia, um deles vestia camisa do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL). O motivo da agressão seria o fato de ela ser jornalista (leia mais).
O discurso de ódio propagado por Jair Bolsonaro também se volta contra a memória e familiares da vereadora Marielle Franco, brutalmente assassinada no dia 14 de março deste ano, cujos autores até hoje não foram identificados. Também nesta segunda-feira, 8, no Rio de Janeiro, a irmã de Marielle, Anielle Franco, relatou em sua página no Facebook ter recebido gritos no rosto enquanto andava na rua com sua filha de dois anos no colo, sem qualquer roupa de político, partido ou bandeira. "Por conta de um antipetismo vocês preferem propagar o ódio e a violência?! O seu candidato, em suma, defende esse tipo de postura, e outras coisa bem piores! Pensem bem", escreve Anielle (leia mais).
Já em Teresina, um jovem foi espancado por simpatizantes do Bolsonaro simplesmente por estar vestindo uma camiseta vermelha. O pai do arquiteto postou as imagens em seu Facebook no sábado (6). De acordo com o depoimento de Paulo Bezerra, eles agrediram o rapaz enquanto gritavam palavras de ordem. No vídeo é possível ouvir alguns falando “é comunista”, como justificativa para as agressões. Os homens que espancam o jovem vestem camisas com o rosto e nome do ex-capitão (leia mais).
Em nenhum dos casos, Jair Bolsonaro se pronunciou, deixando implícito o seu apoio à escalada dos atos fascistas. As instituições também parecem fazer vistas grossas ao que ocorre no País. O candidato da frente democrática a presidente, Fernando Haddad, condenou o assassinato do mestre de capoeira Moa do Katende. "Um dia amargo para a democracia. A cultura do ódio precisa ser interrompida urgentemente", disse Haddad pelo Twitter. 247


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SENADOR ASSUMIDAMENTE GAY TOMA O LUGAR DE MAGNO MALTA


Pela primeira vez o Brasil elegeu um candidato homossexual assumido ao Senado: com 1.117.039 votos (31,15%), Fabiano Contarato (Rede) foi o postulante a senador mais votado do Espírito Santo. Contarato é professor e delegado de polícia da Academia de Polícia Civil do Espírito Santo. Tem graduação em direito pela Universidade Vila Velha, é especializado em direito e processual penal.
O estado capixaba vai renovar suas duas cadeiras no Senado Federal. Marcos do Val (PPS) conquistou o 2º lugar, com 863.359 votos (24,08%). Eles derrotaram os atuais senadores Magno Malta (PR), que teve 17,04% dos votos, e Ricardo Ferraço (PSDB), com 13,39%.
Malta é um dos mais reacionários parlamentares do Congresso Nacional, lidera campanhas homofóbicas e era considerado por Bolsonaro como seu "vice dos sonhos" -ele acabou declinando do convite por considerar que sua reeleição ao Senado era certa. Acusado de inúmeros casos de corrupção, Malta acusou falsamente um pai de estuprar a filha de apenas dois anos de idade em 2010, quando presidia a CPI da Pedofilia no Congresso Nacional (aqui). O cobrador de ônibus Luiz Alves de Lima passou nove meses preso e agora foi inocentado. Perdeu um olho, foi torturado pela polícia e está desempregado. A perícia concluiu que sua filha é virgem.
Depois que Jair Bolsonaro (PSL) foi esfaqueado, Magno Malta publicou no Twitter uma montagem fotográfica falsa em que mostra num ato do ex-presidente Lula o esfaqueador de Jair Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira, que já foi preso. O Diretório Nacional do PT entrou com ação penal contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF) pro calúnia e difamação.247


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NOVO ATAQUE BOLSONARISTA: JORNALISTA AGREDIDA E AMEAÇADA DE ESTUPRO

Sérgio Bernardo /JC Imagem | Reuters

 Depois da notícia do assassinato do mestre de capoeira Moa do Katende por um bolsonarista em Salvador (leia aqui) na madrugada desta segunda, vem à luz outro ataque do fascismo bolsonarista. A vítima foi uma jornalista do Jornal do Commercio de Pernambuco. Ela foi agredida e ameaçada de estupro por dois homens na tarde da eleição, em Recife. A Polícia Civil está investigando.
De acordo com a jornalista, cujo nome não foi revelado, dois homens atacaram-na e a ameaçaram de estupro no momento em que saía do local de votação, no bairro de Campo Grande, na zona norte do Recife. Segundo ela relatou à Polícia, um deles vestia camisa do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL). O motivo da agressão, de acordo com a profissional, seria o fato de ela ser jornalista.
Ela diz que o fato aconteceu por volta das 14h na Rua Franklin Távora. Depois de ter votado, ela se dirigiu ao carro, que estava estacionado na via. Dois homens portando um pedaço de ferro abordaram-na na rua. "Tinham um ferro, tipo um canivete. Viram meu crachá e disseram que eu era 'riquinha' e 'de esquerda' e também ameaçaram um estupro", conta. Neste momento, relatou os dois a cortaram no braço e no queixo.
Segundo a repórter, um dos homens era branco, usava uma calça jeans e uma camisa preta que tinha a foto do presidenciável com os dizeres “Bolsonaro Presidente”; e o outro também branco, vestia uma camisa verde e calça jeans. 
Minutos depois, segundo a repórter, um carro que passava na rua buzinou e os agressores se assustaram, saindo correndo na direção de um bar de esquina onde estaria um grupo bebendo.
Com hematomas no rosto e cortes nos braços, a jornalista prestou queixa à polícia, às 15h30 deste domingo (7). “Todas as providências necessárias já foram tomadas pela Polícia Civil. Foi feito registro do Boletim de Ocorrência, ela foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) e a polícia foi ao local para tentar identificar os suspeitos”, explicou o delegado Rômulo Aires, titular da Delegacia do Espinheiro, na Zona Norte do Recife.
Os investigadores vão solicitar as imagens das câmeras de segurança da área onde ocorreu a agressão. O resultado do exame de corpo de delito feito pela jornalista no IML será divulgado em 20 dias.247


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No 2º turno, Haddad lidera a luta democrática de uma geração

Ricardo Stuckert

O segundo turno da campanha de 2018 começa com uma constatação desoladora. Na sete eleições realizadas pelo sistema de dois turnos, que passou a funcionar em 1989, após a democratização, as viradas nunca ocorreram. Ainda assim, é possível pensar numa vitória de Fernando Haddad, vencido no primeiro turno por Jair Bolsonaro por uma diferença de 46,7% dos votos contra 28,3%.  
Em pelo menos duas ocasiões, o segundo classificado na primeira fase esteve próximo de mudar o jogo. Uma dessas ocasiões tem pouco a ensinar para a campanha de 2018, pois não guarda a menor semelhança com o imenso esforço de resistência democrática que o país irá realizar a partir desta segunda-feira para impedir a vitória de uma candidatura ruinosa como Jair Bolsonaro.
Em 2014, Dilma terminou o primeiro turno com uma vantagem relativamente folgada, de quase oito pontos, sobre o segundo colocado Aécio Neves:  de 41,5% a 33%.  Na segunda fase, Dilma enfrentou uma articulação política pesada e, numa situação-limite,  confirmou a vitória por uma diferença que se reduzia a pouco mais do que três pontos: 51,6% contra 48,3%.
Sabemos hoje que a quase-virada de Aécio em outubro de 2014 não teve a ver, apenas, com uma disputa nos marcos legítimos de uma campanha eleitoral. Verdade que ele ganhou musculatura graças ao apoio da candidata que chegou em terceiro lugar, Marina Silva, que lhe deu um reforço indispensável de 21, 3% dos votos --ou 22,1 milhões de eleitores. Aécio não ficou nisso, porém.
Fez da campanha um ensaio geral do golpe efetivado em abril de 2016, apenas um ano e meio depois. Retomou o jogo sujo da mídia do pensamento único e a divulgação de fake news, como a lorota de última hora sobre um delator da Lava Jata teria tomado um tiro para não revelar segredos conta o PT. Tudo falso, naturalmente.
Contando com a mobilização de fatias inteiras do Judiciário -- a primeira operação da Lava Jato ocorrera no mesmo ano -- e do setor da Polícia Federal abertamente anti-petista, sem falar  de grande parte do empresariado, o deslocamento de votos a favor de Aécio  produziu um crescimento de 15 pontos em três semanas. No início da apuração, até parecia que a vitória tucana estava assegurada. Dilma venceu, por uma diferença de 3,5 milhões. Mas desde o primeiro dia Aécio deixou claro que iria prosseguir a campanha por outros meios, produzindo o golpe contra a presidente eleita um ano e meio depois. 
Com uma diferença de sete pontos, a campanha de 1989 é mais instrutiva a respeito. O final de 53% a 46%dos votos em 1989, quando Fernando Collor confirmou a vitória sobre Lula no primeiro turno, está longe de contar toda a história daquele pleito. Na véspera da  votação do segundo turno, a diferença entre os dois finalistas chegou a  apenas 1% no Ibope, placar que representava uma mudança colossal na disputa.
Após a contagem dos votos do primeiro turno, Collor apresentava quase o dobro dos votos de Lula -- 30% contra 17%.
O novo equilíbrio eleitoral começou com uma mudança  fundamental -- a adesão integral de Leonel Brizola à campanha contra Collor.
Alijado da disputa por uma diferença inferior a meio milhão de votos nas urnas do primeiro turno, inicialmente Brizola chegou a imaginar que Lula seria capaz de renunciar ao segundo lugar e lhe passar a incumbência de disputar o segundo turno. Quando compreendeu que a hipótese estava fora de cogitação, Brizola assumiu uma postura de humildade e grandeza, engajando-se na candidatura de Lula de forma integral, numa decisão que, por si só, invertia o panorama da disputa. Contabilizando-se o voto dos três concorrentes, que somavam 64% do eleitorado total, a derrota por 30% a 17% do primeiro turno transformou-se num placar matemático de 30% contra 33% no início do segundo turno -- a favor de Lula-Brizola.
Essa nova situação, de uma força política que conquistara perspectiva de poder, explica o crescimento geométrico de Lula.  A disputa  polarizava o debate político, a ponto de atrair forças democráticas tradicionais, a começar por dois honrados recém-derrotados no primeiro turno,  Ulysses Guimarães, Sr. Diretas e Sr.  Constituinte  (4,7% dos votos) e Mário Covas (11,5%) que teve a candidatura presidencial abençoada pela Globo na reta final, em função de um eixo que pregava um certo "Choque de Capitalismo".
A lado das adesões, que tiveram o efeito de ajudar a diminuir o tratamento preconceituoso que Lula recebia, numa época em que o adjetivo "despreparado" parecia lhe fazer companhia como uma segunda pele, a aliança com Brizola possuía a força magnética essencial. Ali se fez a diferença entre as duas fases da campanha.  
A aliança atraia  uma massa de eleitores desencantados com a Nova República de Sarney,  num padrão muito semelhante a raiva despertada pelo governo Temer nos dias de hoje. A resistência histórica de Brizola contra a ditadura -- desde os primeiros dias -- combinava com a atuação de Lula na organização das greves sob o regime militar, deixava claro que a eleição apresentava uma disputa entre dois lados opostos, cada um representando uma parcela da sociedade e uma herança política clara. 
Sob risco real de uma derrota, a campanha de Collor foi alimentada pelo jogo sujo da campanha, que incluiu fatos graves como:
a)  a exibição, no horário político de Collor, do depoimento comprado de uma antiga namorada que tentava destruir a imagem positiva de Lula, como cidadão, lider popular e pai;
b) a edição manipulada do debate final entre os dois candidatos, numa época em que o monopólio da Globo era infinitamente mais acachapante do que hoje;
c)  a escandalosa mobilização anti-Lula do empresariado paulista, cujo principal líder anunciou que 800 000 homens de negócio deixariam o país caso a vitória do PT fosse confirmada.
d) o vazamentos de informações fabricadas procurando vincular o PT ao sequestro do empresário Abilio Diniz e desmobilizar uma militância pronta para garantir a vitória eleitoral;
Imobilizado diante de um  comportamento que merecia uma intervenção dura do Judiciário, após a contagem dos votos o presidente do TSE, Antônio Rezek, foi convidado por Fernando Collor a integrar seu ministério. Aceitou sem maiores conflitos.
Em 1989, o ambiente ideológico do país e do mundo era outro. A Constituição completava um ano e a democracia era um valor prezado universalmente -- pelo menos da boca para fora. O muro do Berlim, símbolo do colapso dos regimes comunistas, veio abaixo em plena campanha, mas o episódio não produziu danos visíveis contra uma chapa que tinha uma identidade forte com ideias de esquerda.  
Discursos de origem fascista, como aqueles que podem ser ouvidos na boca de Bolsonaro, não falavam com ninguém.  A pregação de resgate da ditadura, ponto essencial de sua retórica em 2018, era impensável. Identificado como representante típico da ditadura, associado a diversas denúncias de corrupção, Paulo Maluf ficou com 8,8%. Com um discurso de extrema-direita e 15 segundos na propaganda política, Eneas Carneiro ficou em 12o. lugar e 0, 53% dos votos. 
Em 2018, o ambiente é outro. Aquela vitória que parecia assegurada com o fim da ditadura encontra-se sob novas ameaças. Numa evolução perversa que culminou na deposição de Dilma sem crime de responsabilidade, o Judiciário tornou-se protagonista da eleição, com incontáveis decisões que prejudicaram o Partido dos Trabalhadores desde o início, a começar pelo voto à candidatura de Lula, completado pela proibição de suas entrevistas, um escândalo que contraria o inciso IX do artigo 5 da Constituição ("é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença").
Nesta situação, a passagem de Haddad para o segundo turno representa uma primeira vitoria numa guerra que se tornará mais dura nas próximas semanas, com traços semelhanças às grandes lutas democráticas da história de cada país. É a principal luta democrática da geração que veio ao mundo no início da década de 1980 -- quando o Brasil derrubou a ditadura através da campanha diretas-já. Haddad estava lá, como presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da USP.  
Em sua forma, a campanha de 2018 será um conflito casa a casa, rua a rua, bairro a bairro -- no país inteiro, pela disputa de votos. No conteúdo, terá um impacto duradouro na definição do perfil no qual iremos viver nas próximas décadas. Também irá repercutir além das fronteiras,  num continente no qual a vitória de Lopez Obrador, no México, representa um raro episódio de alivio e esperança numa conjuntura mundial de grandes riscos e ameaças.
Em sua irracionalidade absoluta, Bolsonaro representa um projeto cuja única meta é contrariar as leis da evolução e fazer a história humana andar para trás. Por este motivo, sua campanha  não tem outro método de ação política fora da violência mais infame, da barbárie mais selvagem. Seu programa deve ser discutido com método e detalhe, para deixar claro que Fernando Haddad tornou-se o único candidato comprometido com a recuperação do bem-estar e a defesa do padrão de vida dos trabalhadores e da população explorada, ameaçados pela política econômica de Paulo Guedes-Bolsonaro, que a mídia amiga fez e fará o possível para esconder do eleitor. 
A experiência de 1989 mostra que as chances de uma virada são reais, desde que a campanha de Haddad demonstre maturidade para empenhar-se na construção de uma unidade para enfrentar e vencer o inimigo principal. Na noite em que assegurou a passagem ao segundo turno, Haddad já iniciou contatos para uma aliança indispensável no segundo turno, a começar com Ciro Gomes.
O apoio dos aliados será essencial, mas não pode ser confundido com balcão de negócios. É exatamente isso que o adversário aguarda, para acusar Fernando Haddad de vender a alma para conseguir votos de qualquer maneira, vestindo-o com a fantasia de um oportunista igual a todos os outros. A disputa não se limita, portanto, a boas ideias para o país. Também envolverá uma comparação de caráter e firmeza para defender os valores e reivindicações do povo. Acima de tudo, uma população desiludida com políticos em geral, cada vez mais desconfiada, só pode acreditar num candidato a presidente que lhe pareça digno de confiança.
Um  dos maiores desafios em nossas lutas democráticas, a derrota de Bolsonaro depende, mais do que nunca, da capacidade de Fernando Haddad liderar o esforço dos brasileiros e brasileiras para recuperar os votos que guardam a memória de Lula. Ele saiu do primeiro turno com 28,3 % dos votos, cesto equivalente a 2/3 das intenções de voto que Lula obteve no DataFolha de 22 de agosto, um dos últimos levantamentos antes que fosse retirado da disputa.
Primeira etapa da nova fase da campanha, a recuperação desse eleitorado vai decidir a disputa final de 27, quando a sorte de várias gerações pode ser resolvida em cada grito de esperança.247

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HADDAD GANHA APOIO DE EVANGÉLICOS: PROJETO IDENTIFICADO COM O EVANGELHO DE JESUS


Um vídeo publicado no site da campanha do presidenciável Fernando Haddad (PT) trouxe o apoio de lideranças evangélicas, das mais diversas denominações religiosas e de várias regiões do Brasil.
“Estarei e estou com Haddad porque acredito que tem dois projetos em disputa nessas eleições, e só um deles se identifica com o Evangelho de Jesus, o evangelho de amor”, disse a ´pastora Odja Barros.
Já o pastor Júlio Borges desmentiu que o petista tenha planos de derrubar igrejas e que ele foi um grande ministro da Educação e prefeito de São Paulo.
“Pelas causas sociais, pelas politicas publicas, onde o órfao, a viúva, o necessitado, o menos favorecido é alcançado. O índio, o negro são respeitados, e as mulheres. Que nessa eleição a gente vá votar em paz, contra o ódio e a tortura.” Vote 13, que Deus abençoe essa nação", complementou o Pastor João Batista, também participando da campanha.247

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HADDAD DIZ QUE, AGORA, O DEBATE É 'OLHO NO OLHO'


Em seu pronunciamento para a nação, após o resultado do primeiro turno das eleições, Fernando Haddad, na qualidade de candidato da frente democrática no segundo turno conclamou todos aqueles que zelam pela democracia no país a se unirem em torno da sua candidatura, que renova seus votos de progressista, democrática e popular. Haddad ressaltou que seu governo olhará para o povo, para os mais fragilizados e que é preciso urgentemente derrotar o fascismo. Ele ainda destacou que o que está em jogo é a defesa da constituição e do direito do povo brasileiro voltar a ser feliz. Haddad acenou para Ciro Gomes e deixou sua candidatura aberta para aqueles que prezam a democracia.
Em uma fala de pouco mais de dez minutos, o candidato foi direto nas palavras tradicionais de pronunciamento pós eleição ainda não concluída: pediu união em torno da reconstrução do país e conclamou a todos para o debate nacional inadiável do re-estabelecimento da soberania nacional e do curso progressista da história.
Ele alertou para o momento perigoso que o país passa, com a ameaça iminente do fascismo, mas demonstrou otimismo e segurança de que o debate será feito e que a sociedade brasileira será bem informada sobre todos os cenários no segundo turno. 
Haddad ressaltou os pontos principais de seu programa de governo e afirmou que a luta pela inclusão social irá recomeçar no Brasil através de uma grande aliança entre os segmentos democráticos. 
O mote da campanha no segundo turno, conforme ficou explícito em sua fala, será a 'união' do povo brasileiro em torno de um projeto que preserve os direitos do trabalhador e que reinaugure a vocação democrática da sociedade brasileira, sem ódio e sem medo. 
Confira o relato do site do PT sobre o pronunciamento de Fernando Haddad:
Fernando Haddad está no segundo turno! A confirmação do embate já esperado entre o ex-prefeito de São Paulo e o candidato do PSL foi recebida com gritos e muita festa no local onde estava o candidato do PT, em um hotel em São Paulo.
Sob forte aplauso, Haddad agradeceu o esforço do PT, do ex-presidente Lula e dos demais partidos da coligação (PCdoB e PROS). "Quero dizer que me sinto desafiado pelos resultados, a oportunidade do segundo turno é uma chance inestimável que o povo nos deu" disse.
Ele também reforçou o compromisso do PT com um projeto democrático e popular, numa convocação ao campo progressista do país. "Queremos unir os democratas, as pessoas que têm atenção aos mais pobres. Vamos fazer um governo que una o país, há muita coisa em jogo".
O candidato do PT disse ainda que já está em contato com Guilherme Boulos (PSOL), Marina Silva (Rede) e o pedetista Ciro Gomes, discutindo apoio daqui em diante. A manifestação de Ciro contrária ao candidato do PSL, anunciada logo após o resultado oficial do primeiro turno, foi recebida com entusiasmo.
Em entrevista em frente à sua casa em Fortaleza (CE), o candidato do PDT afirmou que, na próxima etapa da eleição presidencial, ficará "ao lado da democracia e contra o fascismo". "Minha história de vida é uma história de vida de defesa da democracia e contra o fascismo", falou. "Ah, ele, não, sem dúvida", completou o pedetista, referindo-se ao candidato do PSL.
Acompanharam o discurso de Haddad a candidata a vice-presidente, Manuela D'Ávila (PCdoB), Ana Estela Haddad, Eduardo Suplicy, o coordenador de campanha José Sérgio Gabrielli e a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, entre outros políticos e personalidades.
Filiados, lideranças, apoiadores e representantes de movimentos sociais comemoram o avanço da candidatura. Depois de uma contagem voto a voto, o povo mantém acesa a vontade de fazer o Brasil feliz de novo. Serão pouco mais de duas semanas para conhecer melhor o projeto de Haddad para o país e unir o campo democrático em torno de sua candidatura. O Brasil vai ser feliz de novo! 247


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Maior parte do Senado será ocupada por representantes do MDB, Rede e PP

  Foto: EBC/AgBr


MDB, Rede e PP são os partidos que mais elegeram senadores nas eleições deste ano. Os eleitores definiram neste domingo (7) os 54 senadores que vão compor a Casa junto aos demais 27, eleitos em 2014. A partir de 2019, o Senado Federal será composto por 81 senadores de 21 partidos diferentes.
O eleitor votou duas vezes para senador. O mandato de senador é de 8 anos e cada senador eleito representa uma chapa, que é formada por três nomes: titular, 1º suplente e 2º suplente. Os suplentes assumem o mandato apenas em caso de afastamento do titular. Em 2010, última eleição na qual 2/3 da Casa também foram renovados, os senadores eleitos eram principalmente de MDB (14), PT (11) e PSDB (6). Em seguida, três partidos elegeram quatro senadores naquele ano: PR, PP e PSB.
Neste ano, a sigla que mais ganhou cadeiras no Senado ainda foi o MDB, com 7 senadores eleitos. A Rede Sustentabilidade, partido criado pela ex-senadora e candidata a presidente Marina Silva, elegeu cinco senadores. Rede e PP têm cinco senadores cada um.
Depois, cinco siglas conseguiram quatro senadores cada um: DEM, PSD, PT, PSDB e PSL. Nas eleições anteriores, o PSL, que abriga o candidato a presidente Jair Bolsonaro, nunca tinha eleito um senador. O PTC é o único partido que já tinha representação na Casa e, com o resultado deste domingo, não aumentou a bancada.
Ausentes
Já o PMN, PSOL e PCdoB tinham elegido um senador cada um nas eleições de 2010, mas não emplacaram nenhum nome neste ano. Atualmente há 35 partidos políticos no Brasil. Em 2010, eram 27. Os seguintes partidos foram registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a partir de 2010 e, por isso, não participaram das eleições daquele ano: PSD, PPL, PATRI, PROS, SD, Novo, Rede e PMB. (Fonte: G1)

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Mestre de capoeira é assassinado em Salvador por apoiador de Bolsonaro

O crime aconteceu logo após o capoeirista ter uma discussão sobre política com, segundo postagem de amigos e alunos nas redes sociais, “um eleitor do fascista ‘coiso’”
  revistaforum

O mestre de capoeira e militante da cultura negra Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, conhecido como Moa do Katendê, foi esfaqueado e morto em um bar, na madrugada desta segunda-feira (8), na região do Dique do Tororó, em Salvador.
O crime aconteceu logo após o capoeirista ter uma discussão sobre política com, segundo postagem de amigos e alunos nas redes sociais, “um eleitor do fascista ‘coiso’”, se referindo ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
“Com muito pesar informo que assassinaram o Mestre Moa Do Katende ontem a noite no Dique, no bar do João, Salvador, por causa de política, em eleitor do fascista ‘coiso’ esfaqueou ele”, diz uma publicação em que acusa um eleitor de Bolsonaro de cometer o crime, que ainda não foi identificado pela polícia.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o crime foi registrado por volta das 0h41, na Avenida Vasco da Gama. A assessoria de imprensa da Secretaria informou que o autor do crime, que teria começado a discussão, manifestou aos gritos seu apoio a Jair Bolsonaro (PSL). Ao se irritar com o comentário da vítima, de que ali as pessoas preferiam o Partido dos Trabalhadores, ele o matou.
“Mestre Moa aguerrido defensor da cultura e do povo negro, sempre a frente pela qualidade de vida da população mais pobre e desfavorecida fará muita falta”, completa a postagem, que recebeu diversos comentários de pesar. “Asé meu guerreiro Moa…gratidão por sua sabedoria”, comentou um internauta. “Meu deus! Que tristeza. Salve o Mestre. Que seja um caminho de luz!!!”, escreveu outra.
Com informações do Bocão News


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IRMÃ DE MARIELLE É AGREDIDA, COM A FILHA, POR ELEITORES DE BOLSONARO

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RIo 247 - O discurso de ódio propagado pelo candidato de extrema-direita, Jair Bolsonaro, já fez vítimas e tem espalhado cada vez mais comportamentos agressivos por parte de seus eleitores. Uma jornalista foi agredida no Recife, em Pernambuco, e um mestre de capoeira morreu com 12 facadas em Salvador, na Bahia, após dizer que votou no PT.
Nesta segunda-feira 8, a irmã de Marielle Franco, a vereadora assassinada no Rio de Janeiro, relatou em sua página no Facebook ter recebido gritos no rosto enquanto andava na rua com sua filha de dois anos no colo, sem qualquer roupa de político, partido ou bandeira. Leia abaixo o relato assustador de Anielle Franco:
Medo!!!!
Desde o dia 14 de Março eu assumi um outro lugar de fala. Lugar esse que me foi imposto. Eu preferia ela viva do que ter que passar e aturar o que tô passando. Digo isso de pessoas até fatos!
Comecei a falar pela família da vereadora morta/assassinada cruelmente, e com isso algumas pessoas passaram a me reconhecer na rua.
Uns reconhecem pra dizer apenas meus sentimentos.. outros.. isso👇🏾👇🏾👇🏾👇🏾👇🏾👇🏾
Hoje, com minha filha de dois anos no colo, andando na rua, próximo a um shopping, sem nenhum adesivo, nenhum broche, nenhuma camisa, nenhuma bandeira (era só eu e Mariah, ela com roupa de creche e eu com roupa de trabalho) recebi gritos na minha cara - Repito: Gritos na minha cara - e consequentemente na dela (que ficou assustada claro) Gritos de que eu era "da esquerda de merda" "Sai dai feminista" "Bolsonaro... Piranhaaa" de homens devidamente uniformizados com a camisa do tal candidato.
Hoje eu tive medo! Medo mesmo. Não deveria, mas tive. Foi assustador. Ainda mais com minha filha no colo. Eu sozinha teria sido outra história (quem me conhece sabe)!
Bom, não estou escrevendo pra que ninguém tenha pena. Mas para que repensem a sua maneira de fazer política. Por conta de um antipetismo vcs preferem propagar o ódio e a violência?! O seu candidato, em suma, defende esse tipo de postura, e outras coisa bem piores! Pensem bem!
Por fim..Seguimos na luta! Por aqui vai ter luta sim! Hoje e sempre. Na verdade sempre teve. Nossa luta vem de muito antes disso tudo. Essa luta não acaba dia 27. Nem hj, nem ano que vem, nem muito menos em 2020. Ela vai muito além. Ela se intensifica. Ela vira pública. Ela ganha força, apoio e forma!
É só pararem de nos matar!!!!!

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Juntos, Jarbas e Humberto são eleitos senadores por Pernambuco

Eles somaram mais de 2 milhões de votos. Os dois pertencem à mesma coligação no estado, Frente Popular de Pernambuco
Humberto e Jarbas apoiaram o governador reeleito, Paulo Câmara (PSB) - Foto: Nando Chiappetta/DP



As duas vagas ocupadas por Pernambuco no senado serão ocupadas pelo deputado Jarbas Vasconcelos 9MDB) e pelo senador Humberto Costa (PT), que se reelegeu com 25,74% dos votos válidos. Jarbas ficou em segundo lugar com 21,49%. Juntos, eles somaram mais de 2 milhões de votos. Os dois pertencem à mesma coligação no estado, Frente Popular de Pernambuco, apoiando o governador reeleito, Paulo Câmara (PSB), e o candidato à presidência da República, Fernando Haddad (PT).

Humberto e Jarbas até o início da campanha das eleições de 2018, ocupavam lados opostos. Em 2016, quando a então presidente Dilma Rouseff (PT) sofreu o processo de impeachment, que culminou na sua queda em agosto do mesmo ano, Jarbas votou favorável ao seu impedimento. O PSB, partido de Paulo Câmara, também fez oposição ao governo Rousseff e apoiou o impeachment em todas as esferas, tanto legislativas quanto executivas.(DP)



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Renovação da Câmara dos Deputados foi a maior em 20 anos

  Por:Vinicius de Santana
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Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) indicou que a taxa de renovação na Câmara Federal superou as expectativas e alcançou 52% nas eleições deste domingo (7). Com isso, 267 novos deputados federais vão assumir o mandato no próximo ano. É o maior índice de renovação dos últimos 20 anos, informa a pesquisa.
Desde 1990, este percentual só foi ultrapassado na eleição de 1990, quando o índice foi de 62%, e em 1994, quando a renovação foi de 54%. De acordo com o Diap, os deputados eleitos efetivamente novos – o que exclui os que vieram de outros cargos ou que estavam sem mandato, mas já foram deputados federais – são lideranças evangélicas, policiais “linha dura”, celebridades e parentes de políticos tradicionais.
O instituto constatou que, dos 513 deputados federais atualmente em exercício, 79% disputaram a reeleição, sendo que 60% destes conseguiram novo mandato neste domingo. Portanto, dos 407 deputados que concorreram à reeleição, 246 foram reconduzidos ao cargo. Em agosto, projeção da entidade previa que 75% deles deveriam se reeleger.
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Renovação relativa

A pesquisa de renovação incluiu os que estavam em outros cargos ou que já tiveram mandato na Casa em outra legislatura e retornaram neste pleito. “Na realidade, o que houve foi uma circulação no poder, com o deslocamento de deputados estaduais, ex-deputados federais, ex-ministros, senadores e ex-senadores, ex-prefeitos e ex-governadores, além de secretários estaduais, para a Câmara Federal”, diz o Diap.
Neste caso estão dois senadores adversários, ambos envolvidos na Lava Jato, que optaram por tentar a Câmara, e estão na relação dos que foram bem-sucedidos: Aécio Neves (PSDB-MG), que recebeu mais de 50 milhões de votos para a Presidência em 2014, contabilizou agora modestos 106 mil votos. Já Gleisi Hoffmann (PT-PR) conquistou o dobro de Aécio, cerca de 212 mil ao conquistar uma vaga na Câmara pelo seu estado.
Para o analista político do Diap, André Santos, a renovação existe formalmente, mas deve ser relativizada pois não implica efetiva reestruturação política da Casa. “Houve por parte da própria sociedade uma espécie de ansiedade em mudar as características do Congresso. A sociedade quis, em tese, modificar o sistema político no Parlamento. Porém, isso não foi alcançado efetivamente quando a gente vê essa circulação de poder, pois muitos não são estreantes”.

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Pernambuco e o Nordeste conseguiram blindar o PT

O petista saiu na frente em 175 municípios dos 184, mas Bolsonaro venceu no Recife, em Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Camaragibe

  Por: Aline Moura - Diario de Pernambuco
  Publicado em: 08/10/2018 09:45 Atualizado em:

Fernando Haddad venceu as eleições em Pernambuco, terra natal de Lula, seu padrinho político. Ele teve 48,8% dos votos contra 30,5% de Bolsonaro. O petista saiu na frente em 175 municípios dos 184, mas Bolsonaro venceu no Recife, governada pelo PSB, e em cidades importantes da Região Metropolitana, como Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Camaragibe. O postulante do PSL conquistou a preferência dos eleitores na maior cidade do interior, Caruaru. Por outro lado, Haddad teve vantagem em Petrolina, reduto da família Coelho, onde Paulo Câmara também ficou em primeiro lugar.  

Em Caetés, que fazia parte de Garanhuns até se tornar município, no Agreste pernambucano, onde Lula nasceu, Haddad venceu com 82,73% dos votos, uma das maiores vantagens contra seu principal adversário. Nesse município agrestino, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) ficou em segundo lugar com 7,9%, e Bolsonaro teve 7,1%. Já em Garanhuns, a diferença entre o petista e o militar reformado foi menor, respectivamente 52,09% contra 25,6% de Bolsonaro.  Em outras três cidades do interior, além de Caruaru, Bolsonaro venceu Haddad em Santa Cruz do Capibaribe, Taquaritinga do Norte e Carpina. 

Pernambuco, entretanto, está entre os nove estados do Nordeste que garantiram o segundo turno das eleições presidenciais, a única região a resistir à onda bolsonarista. O estado ficou em 5º lugar no ranking nordestino que levou o petista. Haddad venceu em oito deles, ficou em segundo lugar apenas no Ceará, reduto eleitoral de Ciro Gomes. O Piauí, onde o governador petista Wellington Dias ganhou no primeiro turno, Haddad teve sua maior vantagem eleitoral no país, 63,26% contra seu oponente, que registrou a preferência de 18,86% do eleitorado. 

O Nordeste conseguiu blindar o PT em mais uma eleição e foi um dos principais assuntos das redes sociais, seja com comentários preconceituosos ou com elogios. “Agora vocês entenderam por que mando chuva pra todo mundo menos pro Nordeste?”, ironizou um internauta, usando uma foto de Jesus Cristo. Outro escreveu: “Amigos nordestinos, devemos a vocês ainda a esperança de vencermos o fascismo. Obrigada mais uma vez".



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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

  Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...