quinta-feira, 15 de junho de 2023

SAÚDE - Entenda o que é tromboembolismo pulmonar, que causou morte de estudante de 22 anos

 

Doença é causada por coágulo que viaja até o pulmão e obstrui a passagem de sangue


                       Por Agência O Globo
Samya Bucar - Foto: reprodução

Samya Bucar, uma estudante de medicina de 22 anos, morreu nessa quarta-feira (14) após passar um mês internada por conta de um tromboembolismo pulmonar. Ela chegou a ter sete paradas cardíacas no dia em que foi internada e não tinha nenhuma doença ou fator de risco pré-existente.

O que é tromboembolismo pulmonar?
O tromboembolismo pulmonar (TEP), ou embolia pulmonar, é quando um trombo (o mesmo que um coágulo) obstrui os vasos pulmonares e faz com que o sangue não chegue a uma das partes do pulmão.

Geralmente, o coágulo não é formado nas vias respiratórias, mas em outra veia do corpo – especialmente nos membros inferiores – e se desprende, seguindo pela circulação sanguínea até os pulmões.

O médico Danilo Klein, do Hospital Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), contou ao Globo que, quando o trombo ainda está na perna, é possível dissolver o coágulo apenas com remédios anticoagulantes, mas no pulmão o quadro clínico se torna grave.

Quais são os sintomas?
Falta de ar, taquicardia, insuficiência respiratória e insuficiência cardíaca são alguns dos sintomas da tromboembolia pulmonar.

Fatores de risco
Como a principal causa do tromboembolismo pulmonar é a trombose, os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença estão relacionados a condições que podem levar a distúrbios de coagulação do sangue, como o tabagismo, uso de anticoncepcionais orais, estar tratando um câncer, obesidade, ficar parado por muito tempo na mesma posição e a presença de varizes. Segundo médicos, a doença costuma ser incomum em jovens.

Como é o tratamento?
O tratamento precisa ser feito em ambiente hospitalar, e envolve a administração de oxigênio, analgésicos para controlar a dor e anticoagulantes para evitar o desenvolvimento de coágulos existentes e impedir a formação de novos. Em casos muito graves, pode ser necessária uma cirurgia de emergência para remover o trombo.

Como evitar a doença?
Médicos recomendam manter um estilo de vida saudável e, caso seja necessário ficar de cama por algum tempo (devido a uma cirurgia ou incapacidade física), é preciso tomar cuidado redobrado, tentando mover os membros inferiores, para que não haja imobilidade dos órgãos.

 

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Autorizada por Moraes, PF faz busca e apreensão em endereços do senador Marcos do Val

Além das buscas, também foi feita uma ordem para bloqueio das redes sociais do senador

Marcos do Val e Alexandre de Moraes (Foto: ABR)

Agentes da Polícia Federal cumprem, na tarde desta quinta-feira (15), mandados de busca e apreensão contra o senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES), após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além das buscas, também foi feita uma ordem para bloqueio das redes sociais do senador, informa a Folha de S. Paulo. Do Val é alvo de investigação a pedido de Moraes desde fevereiro, suspeito dos crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação.

O senador foi destaque na mídia no início deste ano, por ter afirmado que se reuniu com Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira em 2022 para arquitetar um plano de grampear Moraes, a fim de incriminá-lo e abrir uma brecha para o fechamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e um posterior golpe de Estado para a manutenção de Bolsonaro no poder. Após fazer tal confissão, o senador passou a criar diversas novas versões da mesma história, o que motivou Moraes a abrir uma investigação contra o parlamentar.

Os endereços em que a PF cumpre os mandados hoje são os do apartamento funcional ocupado pelo senador em Brasília, no gabinete dele no Senado e em outro local no Espírito Santo. - 247.


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AGRESTE - Advogado é preso suspeito de chamar mulher negra de "macaca" no Pátio de Eventos de Caruaru

 

Caso foi registrado como injúria, difamação, abuso de poder e ameaça


                                   Por Portal Folha de Pernambuco
Um inquérito policial foi instaurado para esclarer os fatos - Foto: Reprodução/Twitter

Um advogado de 37 anos foi preso em flagrante após xingar uma mulher negra de "macaca" durante os festejos juninos no Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O caso aconteceu no domingo (11).  

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que o suspeito, que não teve o nome divulgado, é levado por policiais militares até uma delegacia móvel instalada no local.

Uma mulher, não identificada, narra a situação: "Disse que ia bater na gente, só não bateu em mim porque eu era mulher. Você falou assim e chamou ela de macaca".

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Caruaru divulgou uma nota de repúdio sobre o caso, "onde uma mulher negra foi vítima de um crime de racismo".

No documento, a pasta diz que a equipe do Núcleo de Apoio e Fortalecimento em Direitos Humanos Luiz Gama atuou de forma conjunta com as forças operativas de segurança e prestou apoio jurídico e psicológico a vítima.

"Repudiamos todo e qualquer ato de violação aos Direitos Humanos na cidade de Caruaru, e estaremos acompanhando todos os desdobramentos que estão sob a responsabilidade do Poder Judiciário", afirma a nota.

A Polícia Civil de Pernambuco informou que a mulher, de 47 anos, alegou que o suspeito forçou a entrada por uma porta de emergência e passou a desferir xingamentos e menosprezá-la por ser mulher.

O caso foi registrado como injúria, difamação, abuso de poder e ameaça. Um inquérito policial foi instaurado para esclarer os fatos.

Nas redes sociais, o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, também se manifestou sobre o episódio: "Deixo registrado o meu total repúdio contra falta de respeito e a intolerância, ocorridos recentemente no Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga".

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção Caruaru, emitiu uma nota informando que o advogado envolvido não estava no exercício profissional e que qualquer ação praticada por ele se restringe ao campo pessoal.

"É de conhecimento de todos que constitui infração disciplinar prevista no Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei 8.906/1994) praticar crime infamante e condutas incompatíveis com a advocacia, a exemplo de atos racistas. No entanto, é de suma importância haver a conclusão das investigações pelas autoridades competentes, garantindo o devido processo legal, com contraditório e ampla defesa às partes na apuração de todos os fatos. Por fim, informamos ainda que a OAB Caruaru instaurou procedimento de ofício para a apuração do caso", afirmou a OAB.

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UNIBRA - Polícia investiga suposto caso de importunação sexual em universidade no Recife

 

Homem de 28 anos teria ameaçado divulgar imagens íntimas de uma mulher de 22


                            Por Portal Folha de Pernambuco
Homem foi detido em frente ao campus da Unibra - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) instaurou inquérito para investigar um suposto caso de importunação sexual na Unibra, universidade privada localizada no Recife. Segundo a corporação, um homem de 28 anos teria ameaçado divulgar imagens íntimas de uma mulher de 22 anos nas redes sociais. Aluna da universidade, a mulher acusa ainda o homem, que já estudou no local, de ter tocado seu corpo sem consentimento

ocorrência foi registrada nesta quinta-feira (15), e o suspeito chegou a ser detido após uma confusão motivada pela reação de outros estudantes à denúncia. “Durante uma discussão entre os dois, pessoas que estavam próximas o seguraram e o agrediram. Foi instaurado inquérito policial para apurar todos os fatos”, diz a nota da PCPE.

O homem, cuja identidade não foi identificada, foi detido por policiais militares nas imediações do campus da universidade, no bairro da Boa Vista, região central da capital pernambucana. 

A Unibra, em nota, disse não ter recebido "qualquer denúncia oficial de assédio ou estupro". "Devido à gravidade das acusações e à falta de consistência nas informações, a Unibra decidiu acionar a polícia para esclarecer o ocorrido", segue a nota. 

No mesmo comunicado, a universidade manifesta "repúdio a toda e qualquer forma de assédio". 

Antes das buscas realizadas pela PF, Marcos do Val disparou mensagens contra Moraes

O último registro que foi enviado é intitulado: “Do Val diz que Moraes sabia dos atos de 8/1 e que brasileiros sabem que o governo prevaricou”

Marcos do Val e Alexandre de Moraes (Foto: Agência Senado | ABr)

Alvo de operação de busca e apreensão da PF nesta quinta-feira (15) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, o senador Marcos do Val iniciou a tarde de hoje disparando mensagens no WhatsApp com críticas ao ministro do STF.

Às 13h22m, o senador enviou a seus contatos três vídeos em que a rádio Jovem Pan, por meio do Youtube, repercutiu falas suas sobre a CPI mista do Golpe e o terrorismo bolsonarista de 8 de janeiro. O último registro que foi enviado é intitulado: “Do Val diz que Moraes sabia dos atos de 8/1 e que brasileiros sabem que o governo prevaricou”.

Nas imagens, registradas na manhã de hoje, diz Do Val:

— Ele foi informado do evento pela Abin tanto pelo STF, como relator (do inquérito dos atos antidemocráticos de 2020), como presidente do TSE. Não tem como dizer que ele não soube. Se ele não soube de uma fonte, soube da outra. A convocação dele, ou convite, é para que ele também veja que não estamos com receio ou recuando com medo do Alexandre de Moraes.

O trecho foi visualizado por 23 mil pessoas na plataforma de vídeos. Os outros dois envios de Do Val foram intitulados “Do Val pede calma para brasileiros sobre CPMI de 8/1: Ainda não desistimos” (4 mil visualizações) e “STF, TSE e outros foram avisados previamente sobre 8/1: Por que ninguém agiu? Do Val responde” (2,5 mil visualizações). (*Com informações da coluna de Lauro Jardim, em O Globo.)  -  Agenda do Poder.


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Indicado por Lula ao STF, Zanin já conta com 33 dos 41 votos necessários para ser aprovado pelo Senado

 Cristiano Zanin já conta com o apoio das bancadas do PSD, MDB e PT e ampliou contatos com senadores da oposição e do Centrão

Advogado Cristiano Zanin se reúne com senadores (Foto: Alessandro Dantas/Fotos Públicas)

O advogado Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF), já conta com 33 dos 41 votos necessários para ter o seu nome aprovado pelo plenário do Senado. Desde o início da semana, Zanin tem circulado pelos corredores do Senado em busca de apoio, além de ter se reunido com senadores fora do Congresso na semana passada, com o mesmo objetivo.

Segundo o Metrópoles, três grandes bancadas do Senado já anunciaram oficialmente o apoio unânime ao advogado. O PSD, com 15 senadores, declarou na terça-feira (13) que apoiará a indicação. O MDB, que possui 10 senadores e ocupa o terceiro lugar na lista, também afirmou que dará seu voto favorável a Zanin. Além disso, espera-se que a bancada do PT, partido do presidente Lula, também apoie a indicação, visto que possui oito parlamentares.

Se essas três bancadas votarem de acordo com as orientações de seus líderes, Zanin já terá garantidos 33 votos. Entretanto, ao longo da semana, o advogado buscará conquistar o apoio de partidos de centro e oposição. O PL, segunda maior bancada da Casa com 12 senadores, e o União Brasil, com nove integrantes, são duas legendas que poderiam ter um peso significativo na votação.

Na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], o relator da sabatina de Zanin, Veneziano Vital do Rego (MDB-PI), deve apresentar o parecer final sobre a indicação na manhã desta quinta-feira (15). Na quarta-feira, Veneziano afirmou que Zanin possui as habilidades técnicas e jurídicas necessárias para assumir o cargo, e que o relatório será redigido de forma objetiva. O texto será debatido e votado na CCJ na próxima quarta-feira (21). 

O colegiado, presidido por Davi Alcolumbre, é composto por seis senadores do MDB, seis do União Brasil, três do Podemos, dois do PDT e um do PSDB. Partidos que integram a base aliada do governo também têm uma presença expressiva na CCJ, com 10 senadores do PSD, seis do PT e dois do PSB. Já a oposição conta com seis senadores do PL na comissão, além de um do Novo, um do Podemos, quatro do PP e dois do Republicanos. - (247).


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Prestes a ser declarado inelegível pelo TSE, Bolsonaro faz discurso de derrotado a aliados do PL

Sem citar diretamente o julgamento, marcado para o próximo dia 22, Bolsonaro disse que buscará alternativas "aconteça o que acontecer"

Fachada do TSE e Jair Bolsonaro (Foto: ABr | Reprodução)

Jair Bolsonaro (PL) foi intensamente aconselhado por seus aliados e advogados a evitar os holofotes e adotar um período de silêncio até o dia 22, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dará início ao julgamento que poderá resultar em sua inelegibilidade, relata Bela Megale, do jornal O Globo.

O discurso proferido por ele nesta quarta-feira (14) durante a filiação do ex-ministro Marcelo Queiroga ao PL foi interpretado por seus aliados como um reconhecimento antecipado de sua possível derrota perante a Corte Eleitoral. "A vida de candidato ao Executivo não é fácil [...] Tenho mais de 500 processos, mais como gestor, bem mais para lá do que para cá, acho que contribuí bastante para o futuro do meu país, juntamente com muitos de vocês, e posso contribuir ainda, aconteça o que acontecer", afirmou Bolsonaro, evitando mencionar diretamente o julgamento.

Bolsonaro recebeu a ordem de não se pronunciar sobre questões judiciais e de não provocar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial Alexandre de Moraes, atual presidente do TSE. No entanto, Bolsonaro não seguiu à risca as orientações, embora tenha evitado confrontos diretos com os magistrados.

"A gente sabe como é a política brasileira e já sabemos como é a Justiça no Brasil. A gente se prepara para que, aconteça o que acontecer, com muita altivez, para buscar alternativas", afirmou, sem fazer referências diretas ao julgamento.

Atualmente, uma das maiores preocupações dentro do partido é a possibilidade de Bolsonaro ser derrotado por unanimidade no TSE, ou seja, que os sete ministros votem a favor de sua inelegibilidade. - 247.


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Após mais de 35 anos, Ferrovia Norte-Sul tem obras concluídas

 

Lula participa de inauguração de terminal ferroviário em Rio Verde

Beth Santos/Secretaria Geral da PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da inauguração, nesta sexta-feira (16), do terminal em Rio Verde (GO) da empresa Rumo, concessionária da Ferrovia Norte-Sul. O evento marca a conclusão das obras da ligação ferroviária que é considerada a espinha dorsal do sistema brasileiro de transporte sobre trilhos, pois conecta os portos de Itaqui, no Maranhão, ao de Santos, em São Paulo. A construção começou ainda na segunda metade da década de 1980. Ao todo, a ferrovia completa tem 2.257 quilômetros (km) e atravessa quatro regiões.

"A conclusão permite que três estados com forte produção de commodities – como soja, milho e algodão – tenham saída para seus produtos pelo mar. Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais ganham competitividade no momento de exportar seus produtos, seja pelo litoral da Região Sudeste ou pelo Norte do país. Como resultado prático, desenvolvimento e geração de emprego para todo o novo corredor logístico", disse o governo federal, em nota.

O evento em Rio Verde está marcado para as 10h30, com a presença do presidente Lula, do ministro dos Transportes, Renan Filho, e representantes da empresa responsável pela entrega do terminal e de autoridades federais, estaduais e municipais.

Iniciada em 1986, a Ferrovia Norte Sul evoluiu pouco nas primeiras décadas e só ganhou impulso a partir de 2007, quando passou a receber investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no segundo mandato de Lula. Nessa época, o trecho de Açailândia (MA) a Porto Nacional (TO) foi concedido para operação pela VLI Logística. Já a empresa Rumo passou a gerir o tramo centro-sul da ferrovia, entre Porto Nacional (TO) e Estrela D'Oeste (SP), em um trecho de 1.537 km. No interior de São Paulo, a ferrovia se conecta com a Malha Paulista, que vai até o litoral.

Nos últimos quatro anos, a Rumo construiu três novos terminais em São Simão (GO), Rio Verde (GO) e Iturama (MG). Segundo o governo, a empresa investiu R$ 4 bilhões em obras de infraestrutura, terminais e material rodante. Além dos terminais, outras obras de infraestrutura foram necessárias para concluir a ferrovia, como a construção de quatro pontes entre Goiás, São Paulo e Minas Gerais, centenas de quilômetros de trilhos e inúmeros pátios, como o que faz a ligação entre as Malhas Central e Paulista na cidade de Estrela D’Oeste (SP).

Potencial

Apesar do modal ferroviário ter recebido investimentos ao longo das últimas décadas, que somam mais de R$ 141,9 bilhões, segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), o segmento ainda representa cerca de 21,5% do transporte de carga no país, inferior a países continentais como Rússia (81%), Canadá (34%), Estados Unidos (27%) e Austrália (55%).

De acordo com a ANTF, em 2021 mais de 93% do minério de ferro exportado chegou aos portos brasileiros por trilhos. O modo ferroviário responde pelo transporte de mais de 49% dos granéis sólidos agrícolas exportados e, no caso do açúcar, esse índice é de quase 53%. No transporte de milho, a ferrovia escoa 58% da produção, e no complexo de soja (soja e farelo) as ferrovias transportaram mais de 46% do volume exportado. (Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Fernando Fraga



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SENADOR Marcos do Val é investigado por tentativa de golpe e organização criminosa; entenda a operação da PF

 

Endereços do senador, no Espírito Santo e em Brasília, foram alvos de busca e apreensão nessa tarde


                             Por Agência O Globo

O senador Marcos do Val (Podemos-ES), alvo de mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira, é investigado por pelo menos quatro crimes dentro inquérito sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

A Polícia Federal (PF) apura o suposto envolvimento do parlamentar na divulgação de documentos sigilosos; na tentativa, com emprego de violência ou grave ameaça, de abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais; na tentativa de golpe de estado; e ainda por eventualmente integrar uma organização criminosa.

PF cumpriu mandados no gabinete de Do Val, no Senado Federal, e em seu apartamento funcional, em Brasília, e também em endereços do parlamentar, em Vitória, no Espírito Santo. Nos locais, foram apreendidos celulares, computadores, além de documentos. A conta dele no Twitter também foi bloqueada.

As medidas cautelares foram deferidas, por Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal, em razão da suposta tentativa de obstrução do inquérito sobre o 8 de janeiro. O ministro já havia determinado, no início de fevereiro, a abertura de uma investigação sobre o relato de Do Val a respeito de uma suposta articulação de um golpe, com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).

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Petrobras reduz preço da gasolina em 4,66% para distribuidoras

 

Litro passará a custar R$ 2,66 a partir desta sexta-feira

Fernando Frazão/Agência Brasil

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (15) a redução de R$ 0,13 no litro da gasolina vendida a distribuidoras de combustíveis. Com a queda do preço, de 4,66%, o litro passará a custar R$ 2,66 a partir desta sexta-feira (16). 

Como a gasolina vendida nas bombas tem adição de 27% de etanol anidro, a parcela do preço da Petrobras no preço do combustível vendido nos postos de gasolina será de R$ 1,94 por litro. 

Segundo a Petrobras, caso os demais agentes da cadeia do combustível (distribuidoras e postos) mantenham os valores de suas parcelas, o preço médio ao consumidor final poderá atingir R$ 5,33 por litro, com base na última pesquisa feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 

“Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda”, diz a empresa em nota. 

De acordo com o comunicado, “a redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional”. (Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).

Edição: Graça Adjuto



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Caixa libera abono salarial para nascidos em setembro e outubro

 

Calendário de liberação segue mês de nascimento ou fim do Pasep


Marcelo Camargo/Agência Brasil


Os trabalhadores da iniciativa privada nascidos em setembro e outubro recebem nesta quinta-feira (15) o abono salarial ano-base 2021. A Caixa Econômica Federal iniciou o pagamento em 15 de fevereiro e prosseguirá com a liberação até 17 de julho, baseada no mês de nascimento do beneficiário.

O abono de até um salário mínimo é pago aos trabalhadores inscritos no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há pelo menos cinco anos. Recebe o abono agora quem trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias em 2021, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos.

Para servidores públicos, militares e empregados de estatais, inscritos no Pasep, a liberação ocorre pelo Banco do Brasil, nas mesmas datas do PIS. Nos dois casos, no PIS e no Pasep, o dinheiro estará disponível até 28 de dezembro. Após esse prazo, os recursos voltam para o caixa do governo.

Neste lote, 4.275.568 trabalhadores receberão R$ 4,34 bilhões. Desse total, 3.737.150 têm direito ao PIS; e 538.418, ao Pasep.

Até 6 de junho, 15.746.761 de trabalhadores haviam sacado o benefício, no total de R$ 15,82 bilhões. Em 2023, 278.729 trabalhadores que tiveram o benefício liberado entre fevereiro e maio ainda não sacaram o abono, num valor de R$ 283,87 milhões.

Arte abono salarial PIS/Pasep

 

Os valores pagos a cada trabalhador variam de acordo com a quantidade de dias trabalhados durante o ano-base 2021.

Devem receber o benefício cerca de 22 milhões de trabalhadores, com valor total de mais de R$ 20 bilhões. Os recursos vêm do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

A Caixa informou que o crédito será depositado automaticamente para quem tem conta no banco. Os demais beneficiários receberão os valores por meio da Poupança Social Digital, podendo ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem.

Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, sempre de acordo com o calendário de pagamento.

Abonos esquecidos

Desde 15 de fevereiro, cerca de 400 mil trabalhadores que esqueceram de retirar o abono do PIS/Pasep referente a 2020 podem pedir o dinheiro ao Ministério do Trabalho. Os valores ficaram disponíveis até 29 de dezembro do ano passado, mas quem perdeu o prazo tem até cinco anos para retirar os recursos, desde que entre com recurso administrativo

A abertura do recurso administrativo ao Ministério do Trabalho pode ser feita de três formas: presencialmente, por telefone ou pela internet. O pedido presencial pode ser feito em qualquer unidade do Ministério do Trabalho, o que inclui Superintendências Regionais de Trabalho e Emprego, Gerências Regionais do Trabalho e Emprego, agências regionais, agências do Sistema Nacional do Emprego (Sine) e unidades móveis do trabalhador.

O endereço mais próximo pode ser encontrado na internet.

Os pedidos por telefone devem ser feitos por meio da Central Alô Trabalhador, no número 158. As ligações podem ser feitas das 7h às 19h e são gratuitas para telefones fixos e cobradas para celulares. Pela internet, o trabalhador pode fazer o pedido no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital ou por e-mail. Os e-mails devem ser endereçados para trabalho.uf@mte.gov.br, trocando "uf" pela sigla da unidade da Federação onde o trabalhador mora. - (Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Lílian Beraldo



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Observatório identifica 42 políticos com fazendas em terras indígenas

Mato Grosso do Sul lidera lista de áreas invadidas

EBC/TV BRASIL

Família Apurinã navega pelo rio Seruiní (Foto: Acervo Pessoal (no Brasil de Fato))

No Brasil, 42 políticos e seus familiares de primeiro grau são titulares de fazendas que ficam dentro de terras indígenas, o que constitui uma irregularidade do ponto de vista legal, e ameaça os direitos constitucionais de povos originários que ali vivem.

É o que denuncia a segunda parte do dossiê Os invasores, elaborado pelo observatório De Olho nos Ruralistas. O documento está sendo lançado hoje (14) à noite, no Cine Petra Belas Artes, em São Paulo, acompanhado de debate sobre a temática e de exibição do premiado documentário Vento na fronteira, que retrata um conflito entre fazendeiros e indígenas guarani kaiowá na fronteira entre Brasil e Paraguai.

A primeira parte do relatório foi divulgada durante o Abril Indígena, mês em que se procura dar maior projeção para as inúmeras lutas da causa indígena em todo o país. No documento já se havia informado a identificação de 1.692 sobreposições, das quais se destaca agora a porção pelas quais respondem clãs políticos. 

O observatório detectou terras com sobreposição a partir da análise de dados fundiários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), mais especificamente, das bases do Sistema de Gestão Fundiária (Sigef), do Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) e do Sistema Nacional de Certificação de Imóveis (SNCI). Os políticos e sua rede têm em suas mãos 96 mil hectares, o equivalente à soma das áreas urbanas de Rio de Janeiro e Belo Horizonte. 

Com 17 casos, Mato Grosso do Sul lidera a lista. Em seguida, aparecem Mato Grosso e Maranhão, com sete, cada.

Poder aquisitivo

De acordo com o coordenador de projetos do observatório, pesquisador Bruno Bassi, os atores que protagonizam a prática ilegal e que ameaçam os povos indígenas são tanto políticos como pessoas com poder aquisitivo, que financiam tais ações e se mantêm em determinada teia de relações.

"Apesar de a gente ter um número relativamente reduzido de políticos identificados com sobreposição direta, é interessante observar que, na verdade, não é um número tão pequeno quando a gente pensa que é, um [total] que corresponde a uma porcentagem relativamente alta desse número, pensando que se esperaria que a imagem que se tem, normalmente, dos fazendeiros que disputam áreas em terras indígenas, e isso é um discurso bastante reforçado pela mídia corporativa, é que são pessoas desconhecidas, que o promotor desses conflitos é o pequeno grileiro, um cara que ninguém conhece, que está lá no interior do Brasil, promovendo esse tipo de ação", diz Bruno.

"O avanço do território, sobretudo do agronegócio, sobre territórios indígenas ou reivindicados pelos povos indígenas é promovido, de um lado, pelo capital, pelas grandes empresas e corporações, por multinacionais, grandes empresários, e tem uma interface política, que abarca desde a posse direta por pessoas que se envolvem nesse universo político. A gente tem governador, deputados federais, um senador, cinco prefeitos e vice-prefeitos com mandato atual e 23 ex-prefeitos, o que demonstra o tamanho dessa esfera municipal, do poder local, na posse de terras. A gente tem deputados estaduais", acrescenta. 

O coordenador faz outra observação sobre as sobreposições: "A gente tem desde casos declarados de invasão, ou seja, são em áreas [indígenas] homologadas, que são tentativas de grilagem, como o caso do senador Jaime Bagattoli, feita pelo antigo proprietário da área e que foi mantida nos registros fundiários do SNCI, e há casos em que essa sobreposição impede, muitas vezes, a própria demarcação do território", acentua Bruno.

Subvertendo a lógica

Ele diz que "vários dos processos de Mato Grosso do Sul se desenrolam por mais de uma década até que se chegue a uma decisão. E esses prazos têm sido ainda maiores em função do avanço político, na Câmara [dos Deputados], especialmente, em se aprovar o marco temporal para a demarcação de terras indígenas, que é a base de contestação de vários desses processos, uma tese que ignora que esses indígenas foram expulsos continuamente dessas áreas, principalmente durante os anos 40, 50 e 60, atrás das frentes de colonização, em que o próprio Estado brasileiro, através do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), expulsava essas comunidades e realocava em áreas extremamente diminutas, em relação ao território anteriormente ocupado pelos indígenas".

"Quem são os reais invasores de terras no Brasil? Os movimentos populares que lutam pela reforma agrária e pela demarcação de terras indígenas, direitos consagrados na Constituição de 1988? Ou os grileiros que invadem milhões de hectares na Amazônia, no cerrado e nos demais biomas?" Essas são algumas das pontuações que constam do relatório.

Nessa linha, que critica a criminalização dos movimentos sociais, Bruno Biassi finaliza dizendo que o que o observatório propõe, com o documento, é a inversão da lógica sempre disseminada. "Vamos também pautar a invasão de terras pelo agronegócio", argumenta. 

Guarani kaiowá e indígenas isolados

Entre os nomes que aparecem em destaque com a divulgação do relatório estão o senador Jaime Bagattoli (PL-RO) e o deputado federal Dilceu Sperafico (PP-PR). Bagattoli integra, atualmente, a Comissão de Meio Ambiente, a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária e a Comissão Parlamentar de Inquérito das Organizações Não Governamentais - ONGs.

Sperafico é membro da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, na Câmara dos Deputados, e publicou um vídeo, em sua conta no Instagram, comemorando a aprovação do Projeto de Lei 490/2007 na Câmara, que contou com seu voto favorável.

No vídeo, ele justificou o voto, dizendo que proprietários rurais têm tido suas fazendas ameaçadas por processos de demarcação "indevida" de terras indígenas, em Mato Grosso do Sul e no Paraná.

E é justamente em Mato Grosso do Sul - estado com fama de violência no campo e assassinatos de indígenas, documentados por entidades como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) - onde Sperafico tem uma fazenda, a Maracay, no município de Amambai. A propriedade de que é dono tem mais de quatro mil hectares, de acordo com o observatório De Olho nos Ruralistas, e fica sobre a Terra Indígena Iguatemipeguá, dos guarani kaiowá.

No caso de Bagattoli, a fazenda em situação irregular é a São José, que fica no município de Corumbiara, em Rondônia. A porção que está sobreposta é de 2,5 mil hectares em relação à Terra Indígena Rio Omerê, local habitado pelos povos akuntsu e kanoê, que vivem em isolamento voluntário. 

O patrimônio declarado por Jaime Bagattoli ao Tribunal Superior Eleitoral, que inclui diversos lotes rurais, ultrapassa R$ 55 milhões. O de Sperafico supera R$ 46 milhões.

Invasores de territórios de povos originários também foram os responsáveis por bancar 29 campanhas de candidatos à eleição ou reeleição à Presidência da República, ao Congresso Nacional, a governos estaduais e assembleias legislativas. O montante de doações ultrapassou R$ 5,3 milhões.

Considerando somente pessoas ligadas à Frente Parlamentar da Agropecuária, o que se observa é que 18 integrantes receberam R$ 3,6 milhões em doações de campanha, desembolsados por fazendeiros ligados a sobreposições. 

Agência Brasil tentou contato com o deputado federal Dilceu Sperafico e o senador Jaime Bagattoli, mas nenhum deles respondeu os questionamentos da reportagem. - (Por Letycia Bond - Agência Brasil - São Paulo).

Edição: Kleber Sampaio



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