domingo, 3 de novembro de 2019

BRASIL- Bolsonaro diz que quer acabar com estabilidade de servidor público

A medida seria uma das mudanças da reforma administrativa, que deve ser enviada 
nas próximas semanas ao Congresso

  Por: Talita Fernandes/ Folhapress
Presidente Jair Bolsonaro
Presidente Jair BolsonaroFoto: José Dias/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste sábado (2) que seu governo pretende propor um projeto para acabar com a estabilidade do servidor público.

A medida seria uma das mudanças da reforma administrativa, que deve ser enviada nas próximas semanas ao Congresso.

"Olha, a ideia é daqui pra frente. Daqui para frente não teria estabilidade, essa é que é a ideia", disse ao deixar o Palácio da Alvorada para comprar uma motocicleta em concessionária a 14 quilômetros da residência oficial da Presidência.

"Nós, para algumas carreiras de estado, temos que manter a estabilidade. Eu não posso formar, por exemplo, um sargento, um capitão de Forças Especiais e depois mandá-lo embora. Tem que ter formação específica para aquela atividade, bem como servidor civil que eu não quero entrar em detalhe aqui", disse.

Questionado sobre quando o texto será levado ao Congresso, não quis dar uma data, mas disse que está quase tudo pronto "para a criança nascer".

Logo depois, em uma visita ao Lago Sul, o presidente disse que está pré-agendado para que ele vá ao Congresso na terça (5) apresentar o projeto.

"Pretendo levar. Está pré-agendado na terça-feira, ideia é dar demonstração, como na reforma da Previdência, de que estamos juntos, o Parlamento, o Executivo, talvez o chefe do Judiciário também eu o convide para ir pra lá, ou o Rodrigo Maia, ou o presidente Alcolumbre. Para mostrar que os três poderes têm que estar em harmonia para atingir os objetivos", disse.

Ele não soube dizer se o governo vai priorizar a reforma tributária ou a administrativa como próximo passo, após a reforma da Previdência ser aprovada.

"O que for menos difícil tem que ir na frente. Qualquer uma dessas duas reformas é bem-vinda", disse ele.




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Muita tristeza. ‘Foi limpar arma e apontou para o peito?’, diz pai de mulher morta por PM

Família trata caso como feminicídio; professora de Educação Física faria aniversário 
neste sábado (2)

Agente penitenciário, Jorge Barbosa Andrade, 58 anos, demonstra ter conhecimento teórico sobre o manuseio de armas. Sob o argumento, não acredita que o tiro que acertou o peito da filha, a professora de Educação Física Gleise Santos Andrade, 30 anos, seja consequência de um acidente.
Autor dos disparos, o soldado da Polícia Militar Kleber Fernando dos Santos, 33, namorado da vítima, afirma que limpava a arma, na noite de quarta (30), quando houve o disparo. Tudo aconteceu por volta das 23h, na casa do PM, no bairro de Itapuã, em Salvador.
A personal chegou a ser socorrida pelo próprio namorado até o Hospital Aeroporto, em Lauro de Freitas, mas não resistiu ao ferimento.
Jorge argumenta que é “princípio básico de qualquer treinamento policial” que, ao fazer a manutenção da arma, é importante obedecer às regras: “A arma sempre apontada para baixo e travada”, diz. “Isso gera dúvidas porque ele era orientado. Acredito que foi um feminicídio”.
O pai foi chamado até o hospital por Kleber, que adiantou que havia acontecido “um acidente”, sem dar detalhes. “Ele estava lá desorientado. Vi nesse momento, mas não quero mais ver ele”.
O agente penitenciário disse ainda que o genro, que se apresentou espontaneamente no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no início da manhã desta quinta-feira (31), se relacionava com a filha havia cerca de um ano e meio. Ele foi ouvido e liberado. Em nota, a PM confirmou o disparo acidental [veja abaixo integra da nota]
Casal estava junto há cerca de um ano e meio, diz pai (Foto: Acervo Pessoal)

Em nota, a Polícia Civil informou que a arma foi submetida à perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT). Testemunhas ainda devem ser ouvidas por equipes da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), responsável por investigar a morte da professora.
‘Amigos de infância’
Fruto do único casamento de Jorge, Gleise deixa, além dos pais, um irmão mais velho, e duas filhas – de 6 e 8 anos de idade. As crianças, que não sabem da morte da mãe, não devem participar do sepultamento, no final da manhã desta sexta, no Cemitério Bosque da Paz.
“Elas vão precisar de tratar. Todos nós, minha esposa está dilacerada”, lamenta, ao salientar que não quer a presença do militar no enterro. “Eu não quero que ele vá, nenhum de nós quer. Ele não tem o que dizer”, afirma, ao lembrar que o relacionamento dos dois começou há um ano e meio, depois que Kleber ficou viúvo.
Amigos de infância, a personal e o PM se reaproximaram depois que a primeira esposa do soldado, Flávia Antunes, 34, foi assassinada durante uma tentativa de assalto, em 2017. Na ocasião, Kleber foi baleado na mão.
Flávia estava casada há apenas um mês; morta com tiro nas costas 
(Foto: Reprodução)
Gleise foi uma das amigas que, na época, prestaram apoio ao viúvo, recorda a tia da vítima, a aposentada Zélia Santos, 76. Segundo ela, meses depois os dois começaram a namorar e a sobrinha voltou a frequentar a casa do militar, na região da Avenida Dorival Caymmi, em Itapuã.
“Como as filhas dela têm um pai que gosta muito, quando as meninas iam ficar com ele, Gleise ia para casa de Kleber”. Zélia diz que aguarda as investigações da polícia mostrarem “a verdade”.
‘Cheia de vida’
Uma mulher feliz, e que “corria atrás dos sonhos”, relata a aposentada, ao lembrar que a sobrinha completaria 31 anos neste sábado (2), feriado do Dia de Finados. Já estava tudo pronto para a festa, que aconteceria durante a noite, em um bar da capital baiana.
A professora estava realizada, diz a tia. Há pouco mais de seis meses, havia aberto uma academia em Lauro de Freitas, onde também dava aulas de musculação. Esforçada, garante a tia, também trabalhou como bombeira e, atualmente, dividia a atenção entre o negócio e o cuidado com as filhas do primeiro casamento, que acabou há “alguns anos”.
Vitima faria aniversário neste sábado (2) (Foto: Acervo Pessoal)
“Ela não tinha medo de nada. Era guerreira, alegre e vaidosa. Tudo isso acabou conosco. Justo ela, que ajudou tanto quando ele [Kleber] precisou”.
Irmã da mãe da personal, Zélia afirma que o caso “precisa ser investigado”. Embora não tenha conhecimentos de brigas ou qualquer desentendimento entre o casal, reforça o que pensa o pai da vítima: “Mais uma, entre tantas mulheres assassinadas”.
Integra da nota da PM
“Por volta das 23h30 de quarta-feira (30), deu entrada no Hospital Aeroporto uma mulher, esposa de um policial militar, vítima de disparo de arma de fogo, que não resistiu aos ferimentos. Ela foi socorrida para unidade pelo marido, que informou a 15ª CIPM e foi apresentado a 12ª Delegacia e encaminhado para o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) para adoção das medidas cabíveis. Segundo relato do policial, ele fazia a manutenção da arma quando houve o disparo acidental e atingiu a esposa.
Para esclarecimento de uma ocorrência passada, que vem sendo utilizada de forma incorreta, a Polícia Militar esclarece que há dois anos, o mesmo policial militar estava em um ponto de ônibus, em Abrantes, Camaçari, acompanhado da esposa, à época, quando o casal foi vítima de assalto. Os dois foram atingidos por disparos de arma de fogo. A esposa não sobreviveu e o PM foi atingido na mão. O fato foi comprovado com base nas imagens de câmera de segurança em via pública”.(Correio da Bahia)

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Guajajara Polícia Federal vai apurar morte de líder indígena no Maranhão

  Por: Correio Braziliense
 (Foto: Reprodução/Twitter.)
Foto: Reprodução/Twitter.

A Polícia Federal vai investigar o assassinato do líder indígena Paulo Paulino Guajajara na Terra Indígena de Araribóia, no Maranhão. Paulino, também conhecido como Kwahu Tenetehar, foi morto com um tiro no rosto nessa sexta-feira (1º) em confronto com madeireiros na região de Bom Jesus das Selvas, dentro da reserva indígena.
 
"A Polícia federal irá apurar o assassinato do líder indígena Paulo Paulino Guajajara na terra indígena de Arariboia, no Maranhão. Não pouparemos esforços para levar os responsáveis por este crime grave à Justiça.", afirmou neste sábado (2) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

A morte do líder indígena provocou manifestações de organizações não governamentais como o Greenpeace e de lideranças como Sônia Guajajara, coordenadora da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil).

"Repudiamos toda a violência gerada pela incapacidade do Estado em cumprir seu dever de proteger este e todos os territórios indígenas do Brasil e exigimos que sejam tomadas imediatas ações para evitar a ocorrência de mais conflitos e mais morte na região", diz nota divulgada pelo Greenpeace.

A líder Sônia Guajajara, ex-candidata a vice-presidência da República pelo PSOL, comunicou a morte de Paulino no final da noite de sexta-feira e pediu um basta ao "genocídio institucionalizado". "Parem de autorizar o derramamento de sangue de nosso povo", escreveu Sônia nas redes sociais.




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Freixo: confissão de Bolsonaro é para federalizar investigações

Jair Bolsonaro falou a um grupo de jornalistas neste sábado e revelou que pode ter obstruído a investigação sobre a morte de Marielle Franco, ao pegar as gravações do condomínio onde mora. "Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica. A voz não é a minha", disse ele. O principal suspeito do assassinato é seu vizinho Ronnie Lessa


Jair Bolsonaro afirmou a um grupo de jornalistas que interferiu diretamente nas investigacões sobre a morte da ex-vereadora Marielle Franco, ao pegar a gravação na portaria de seu condomínio para que não fosse adulterada. Recentemente, um dos suspeitos de assassinar Marielle Franco, Élcio Queiroz, teve entrada liberada na casa de Jair Bolsonaro na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, depois de dizer que iria na casa 58 – a de Jair Bolsonaro – e não a de Ronnie Lessa, outro suspeito do assassinato.
"Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é a minha", declarou Bolsonaro, numa confissão que revela sua interferência direta no caso. (247)


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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

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