quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Lula defende Dilma e pede que Congresso revise regulamentação da mídia

"É preciso avançar", disse Lula sobre o funcionamento das mídias. Questionado sobre Dilma, o ex-presidente voltou a elogiá-la: "tenho orgulho"

(Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

ex-presidente Lula (PT), em entrevista nesta terça-feira (1) à Super Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, voltou a falar sobre a regulação da mídia, tema rotineiramente utilizado por seus adversários políticos para dizer que o petista quer censurar a imprensa.

Lula defendeu que o modelo de funcionamento das mídias seja revisto para que as regras e leis possam ser atualizadas. As mudanças, destacou o ex-presidente, devem passar por um debate pela sociedade e Congresso Nacional. "Nós precisamos fazer uma regulamentação da mídia, atualizá-la aos tempos atuais. Não é o presidente da República que faz, é o Congresso Nacional e a sociedade brasileira. Nós temos a internet, é uma coisa extraordinária para a sociedade, para a humanidade, mas ela não pode ser um antro de mentiras, como nós temos visto pelas mãos do próprio presidente da República". 

"Então nós vamos precisar discutir isso com muita tranquilidade, a sociedade brasileira tem que participar, o Congresso tem que participar para saber se a gente atualiza a regulação da mídia brasileira, copiando modelos como Inglaterra, Alemanha, França, Estados Unidos e tantos outros países. O que a gente não pode continuar é com uma regulação da mídia eletrônica de 1962. É preciso avançar", declarou.

Novamente perguntado sobre a ex-presidente Dilma Rousseff, que tem sido atacada pela grande imprensa ao dizer que Lula quer escondê-la de sua campanha, o petista reafirmou seus elogios a ex-mandatária. "Tenho orgulho da presidenta Dilma. É importante que as pessoas saibam disso. A Dilma é uma mulher extraordinária, de muita competência. Ela não conseguiu fazer um segundo mandato com a qualidade que a gente esperava porque o MDB elegeu Eduardo Cunha a presidente da Câmara para não permitir que a Dilma fizesse as coisas que tinha que fazer. Em dezembro de 2014, no fim do primeiro mandato da Dilma, o Brasil só tinha 4% de desemprego, o menor desemprego da história do Brasil. A Dilma todo ano, como eu fazia, aumentou o salário mínimo nesse país. Agora, como é que nós estamos vivendo? No meu tempo, 90% dos acordos salariais eram feitos com ganhos acima da inflação. Hoje, quase que 80% são feitos com os trabalhadores não ganhando sequer a inflação. Então a Dilma é motivo de orgulho, eu acho que ela foi vítima do Congresso Nacional, de uma conspiração para dar um golpe e não permitir que o Lula voltasse a ser presidente da República. Ninguém vai me encrencar com a Dilma porque eu reconheço na Dilma uma mulher extraordinária, de qualidade, de muito caráter, de muita competência ética e técnica para governar qualquer país".

Provocado pelo entrevistador, que sugeriu um convite para que Dilma fosse convidada a ser sua vice como forma de "homenagem", Lula disse que é preciso fazer uma campanha pluripartidária. "Uma campanha política não se dá assim, não é tão simples assim. Em uma campanha política você precisa saber que a solução para os problemas do Brasil hoje não passa por um único partido político, passa pelo conjunto das forças políticas que existem no país. Eu não tenho interesse em ser candidato apenas do PT, tenho interesse em ser candidato do movimento da sociedade que busca melhorar a vida do povo brasileiro".



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Barroso admite que Dilma foi vítima de um golpe de estado

Presidente do TSE escreveu, em artigo, que as 'pedaladas' foram apenas a justificativa formal para a sua derrubada

Ministro Luis Roberto Barroso e Dilma Rousseff (Foto: Roberto Stuckert Filho-PR / STF)

O fato histórico de que a ex-presidente Dilma Rousseff foi derrubada por um golpe de estado foi admitido pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, que hoje preside o Tribunal Superior Eleitoral, em artigo para a edição de estreia da revista do Centro Brasileiro de Relações Internacionais. "A justificativa formal foram as denominadas 'pedaladas fiscais' —violação de normas orçamentárias—, embora o motivo real tenha sido a perda de sustentação política", afirmou Barroso, segundo relata a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna.

Como o Brasil não é um regime parlamentarista, ocorreu, portanto, um golpe parlamentar, por meio de um processo de impeachment sem crime de responsabilidade – ilegalidade que deveria ter sido contida pelo Supremo Tribunal Federal, que preferiu lavar as mãos. Como disse o ex-senador Romero Jucá, o que ocorreu no Brasil foi "um golpe com Supremo, com tudo". 

Mônica Bergamo lembra ainda que Barroso já havia expressado esse raciocínio em julho de 2021, durante um simpósio em que afirmou: "Creio que não deve haver dúvida razoável de que ela [Dilma] não foi afastada por crimes de responsabilidade ou corrupção, mas, sim, foi afastada por perda de sustentação política. Até porque afastá-la por corrupção depois do que se seguiu seria uma ironia da história".

Depois do golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, o Brasil retrocedeu em todos os indicadores econômicos e sociais, trabalhadores perderam direitos, a renda do pré-sal foi transferida da sociedade para acionistas privados (sobretudo internacionais) da Petrobrás e o Brasil passou a ser um país pária na cena internacional, porque poucos líderes quiseram se aproximar de um usurpador, como Michel Temer, ou de uma figura tosca como Jair Bolsonaro.



Anistia Internacional pede investigação transparente para apurar morte de congolês

 CASO MOÏSE

A família da vítima informou que Moïse teria ido até o local cobrar uma dívida de R$ 200 referentes a duas diárias de trabalho


                        Por Agência O Globo
Quiosque Tropicália, local do crime - Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

A arquidiocese de Rio de Janeiro, por meio da Caritas Arquidiocesana, lamentou, nesta quarta-feira,  a morte do congolês Moise Kabamgabe, de 24 anos, espancando e assassinado por um grupo de homens,  em um quiosque da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, no último da 24. Em um nota, a Arquidiocese disse rechaçar todo o tipo de violência que fere a dignidade humana e rompe a vida. Segundo o documento, o congolês e sua família  eram auxiliados pela Carita Arquidiocesana desde a data em que haviam chegado ao Brasil.

Já a Anistia Internacional pediu uma investigação transparente para o caso.— É com revolta, tristeza, e o compromisso de lutar ao lado da família, ao lado da comunidade congolesa, e ao lado de todas e todos que se negam a aceitar que o Brasil seja o país da xenofobia, que o Brasil seja este país racista que tem sido, é com isso que a Anistia Internacional do Brasil se compromete. É Preciso que a polícia Civil do Rio de Janeiro faça uma investigação célere, correta e transparente. É preciso prestar contas à família de  Moise, à comunidade congolesa e à sociedade do Rio de Janeiro e do Brasil de que tudo que deve ser feito está sendo realizado. Estaremos acompanhando— disse Jurema Werneck, diretora da Anistia Internacional Brasil, em entrevista ao RJ TV.  

Também em entrevista ao RJ TV, o delegado Henrique Damasceno, da Delegacia de Homicídios da Capital, responsável pela investigação do caso, disse que o congolês foi assassinado de forma brutal e cruel.

— Foram inúemras agressões ( sofridas pela vítima), numa brutalidade absolutamente desproporcioal. E mesmo se verificando que em um dado momento, no final das agressões, se busca uma tentativa de reanimar a vítima ( suspeitos tentaram reanimar), isso não apaga a brutalidade das ações realizadas anteriomente. A vítima sendo agredida com pedaços de pau por diversos minutos, demonstra com bastante clareza, que houve uma ação bastante cruel — disse o delegado.

Gravações de uma câmera de segurança do quiosque Tropicália, na altura do posto 8 da Barra da Tijuca, mostram pelo menos quatro homens espancando o congolês até a morte, na noite do dia 24 de janeiro. A família da vítima informou que Moïse teria ido até o local cobrar uma dívida de R$ 200 referentes a duas diárias de trabalho.

Já três suspeitos alegaram, ao prestar depoimento, que teriam agredido Moïse, que, segundo eles, já estaria embriagado, após o congolês tentar pegar cervejas da geladeira do Tropicalia.

As imagens flagram os agressores dando socos, chutes e golpes com pedaços de pau no estrangeiro. Mãe de Moïse, a comerciante Lotsove Lolo Lavy Ivone, afirmou que assitir ao vídeo foi como "uma sensação de morte" e "uma facada no coração".

A Justiça decretou as prisões temporárias de três suspeitos. São eles: Fábio Pirineus da Silva, o Belo, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove, e Brendon Alexander Luz da Silva, conhecido como Tota. Nenhum deles era funcionário do quiosque Tropicália.

Eles foram presos  e levados da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), onde prestaram depoimento. De lá, acabaram sendo transferidos, nesta quarta-feira, para o sistema penitenciário do Rio de Janeiro.

O trio de agressores foi identificado pelo proprietário do Tropicalia por meio de apelidos.

O proprietário, que não estava no local no momento das agressões, cedeu as imagens de câmeras de segurança para a polícia e não teve participação no crime, de acordo com os investigadores.

Ele prestou depoimento e também negou que houvesse qualquer dívida do quiosque com Moise.


Pesquisa PoderData: com cenário estável, Lula oscila ao redor de 40% e Bolsonaro, de 30%

Todas as candidaturas tiveram oscilação na margem de erro, exceto Ciro, que subiu de 3% para 7% e empatou com Moro na pesquisa telefônica

Bolsonaro e Lula (Foto: Reuters | Ricardo Stuckert)

Pesquisa telefônica do instituto PoderData realizada na 2ª e na 3ª feira desta semana (de 31 de janeiro a 1º de fevereiro), indica um cenário de estabilidade na disputa presidencial.  O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na liderança isolada, com 41% das intenções de voto contra 30% de Jair Bolsonaro (PL). Os demais candidatos ficaram estacionados em relação à rodada anterior, de 16-28 de janeiro, exceto Ciro Gomes, que saltou de 3% para 7% e empatou com o ex-juiz suspeito Sergio Moro.

Em relação ao levantamento passado, Lula e Bolsonaro tiveram variações na margem de erro: Lula estava com 42% e agora tem 41% e Bolsonaro tinha 28% e agora, 30%.

Desde o lançamento da sua pré-candidatura, Moro aparecia nas pesquisad do PoderData com vantagem sobre Ciro Gomes. Agora, perdeu a frente.

Na sequência, embolados, aparecem João Doria (PSDB), com 2%; André Janones (Avante), também com 2%; e Alessandro Vieira (Cidadania), Simone Tebet (MDB) e Rodrigo Pacheco (PSD) com 1% cada um -Pacheco tinha zero nas outras duas rodadas. Luiz Felipe d’Avila (Novo) não chega sequer a 1%.

Lula tem agora 41%, contra 51% da soma dos outros candidatos. Há 15 dias, esses números eram de 42% contra  45% de todos os demais. 

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, com recursos próprios, por meio de ligações para telefones celulares e fixos. Foram 3.000 entrevistas em 245 cidades nas 27 unidades da Federação de 31 de janeiro a 1º de fevereiro de 2022. O registro no TSE é BR-09445/2022. O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. 247


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Vereador mostra arma e pede para apanhar com cinto (vídeo)

O vereador de Goiânia Sargento Novandir afirmou que se sentia "um palhaço" na votação sobre reforma no Código Tributário, que incluía reajuste do IPTU

Vereador de Goiânia Sargento Novandir (Foto: Reprodução)


O vereador de Goiânia Sargento Novandir (sem partido) tirou uma arma do bolso e pediu para apanhar nas costas com um cinto, em discurso feito nessa terça-feira (1) na Câmara Municipal. Antes de se dirigir ao microfone, o parlamentar pediu para tocar um áudio imitando um circo. Depois afirmou que se sentia humilhado e "um palhaço" na votação sobre reforma no Código Tributário, que incluía reajuste do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano).

Novandir, que é policial militar, disse ter sido enganado pelo secretário de finanças de Goiânia, Geraldo Lourenço. "Secretário, volte para seu distrito, que é Brasília. Não fique mais em Goiânia. Você está dando um prejuízo em Goiânia", disse. 

"Teve uma vez que eu tirei um cinto aqui e disse que um vereador merecia levar um couro de cinto. Ele merecia um couro de cinto. E o senhor também", complementou. 247


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Instagram pune Bia Kicis por disseminar conteúdo negacionista em seu perfil

Mensagem exibida no perfil da deputada bolsonarista aponta que ela violou as diretrizes do instagram em postagens que foram removidas

(Foto: ABr)


A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), uma das mais fiéis apoiadoras do presidente Jair Bolsonaro (PL) e presidenta da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, foi punida pelo Instagram nesta quarta-feira (2) em razão da publicação de conteúdos negacionistas.

A punição foi divulgada pela deputada em suas redes sociais. Segundo Kicis, o Instagram a impediu de realizar transmissão ao vivo na Câmara dos Deputados por ter violado diretrizes da rede.

“As publicações da sua conta foram removidas recentemente por irem contra nossas Diretrizes da Comunidade, portanto, o compartilhamento de vídeos ao vivo foi temporariamente bloqueado”, diz alerta exibido à deputada. Fórum

Leia a íntegra na Fórum.


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Brasil tem 172 mil novos casos e 893 mortes por covid-19, em 24 horas

 

Desde o início da pandemia, são 25 milhões de casos e 628 mil óbitos

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil registrou 172.903 novos diagnósticos positivos de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado hoje (2) pelo Ministério da Saúde. O número de pessoas infectadas desde o início da pandemia chegou a 25.793.112. Já o número acumulado de mortes, segundo os dados oficiais, é de 628.960, sendo 893 apenas nas últimas 24 horas.

No total, 22.464.029 pessoas (87,1% do total) se recuperaram da doença. Há 2.700.123 casos em acompanhamento por equipes de saúde. Ainda há 3.195 mortes em investigação, em casos que demandam exames e procedimentos posteriores para saber se a causa foi a covid-19.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde mostra a evolução dos números da pandemia no Brasil.
Ministério da Saúde

Estados

São Paulo é o estado que concentra o maior número de casos (4,6 milhões) e de mortes (158,5 mil). No número de casos, o estado é seguido por Minas Gerais (2,7 milhões) e Paraná (2 milhões). No número de mortes, o segundo estado com mais óbitos é o Rio de Janeiro (69.970), seguido por com Minas Gerais (57.440).

O menor número de casos está no Acre (102,8 mil), em Roraima (143,5 mil) e no Amapá (154,3 mil). Os três estados também têm o menor número de mortes: Acre (1.877), Amapá (2.054) e Roraima (2.099).

Vacinação

A última atualização do Ministério da Saúde, de 28 de janeiro, mostra que 407,4 milhões de doses de vacinas foram distribuída a todo país, com 352 milhões de doses aplicadas.

O número de brasileiros vacinados apenas com a primeira dose é de 164 milhões. Já os brasileiros que receberam duas doses, ou a dose única, no caso da vacina Janssen, totalizam 151,2 milhões. A dose de reforço já foi aplicada em 37 milhões de brasileiros. (Por Agência Brasil - Brasília).

Matéria ampliada às 21h42 para inclusão de dados relativos à vacinação

Edição: Denise Griesinger


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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

  Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...