quarta-feira, 7 de abril de 2021

Pesquisa XP comprova que Lula é o melhor nome para derrotar Bolsonaro

 

O ex presidente Luiz Inacio Lula da Silva no braço do povo depois da missa e discursos em frente ao sindicato dos metalurgicos no ABC. SP 07 04 2018 (Foto: Ricardo Stuckert)

O ex-presidente Lula é o melhor nome para vencer Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, segundo pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira, 5. Enquanto o petista subiu 4 pontos percentuais, indo de 25% para 29%, Bolsonaro foi de 27% para 28%, na simulação do 1º turno das eleições.

Já no segundo turno, Lula é o único que vence Bolsonaro, com 42% contra 38%. Ciro Gomes, que aparece como terceira via para um setor dos golpistas, aparece empatado com o líder da extrema-direita brasileira em 38%. O ex-juiz da Lava Jato de Curitiba, Sergio Moro, também empata em 30%, e Guilherme Boulos (PSOL) perde com 30% contra 38% de Bolsonaro.

Desta forma, Lula é o único que vence Bolsonaro e, assim, a pesquisa comprova que o ex-presidente é o melhor nome para barrar o bolsonarismo em 2022.

Esse fato já havia sido levantado pela pesquisa Fórum em parceria com a Offerwise. A pesquisa divulgada em 17 de março, mostrou que, se a eleição fosse hoje, o ex-presidente venceria Bolsonaro no segundo turno e ficaria à frente já no primeiro. Num eventual segundo turno, Lula teria 38% e Bolsonaro 33.8%.

Em levantamento, feito entre 15 e 17 de março, a pesquisa DataPoder mostrou que Lula também vence Bolsonaro no segundo turno, com 34% das intenções de votos contra 30%.

Não há terceira via: unificar em torno de Lula

As pesquisas confirmam que, para derrotar Bolsonaro em 2022, é preciso apostar na candidatura Lula. Desta forma, uma terceira via, cogitada por um setor da esquerda e por um setor da direita golpista, não é viável para derrotar o bolsonarismo.

Fica claro, então, que é preciso unificar a luta contra Bolsonaro em torno da candidatura de Lula e, através dela, defender um programa para reverter os ataques promovidos pelo golpe de 2016 - do qual Bolsonaro é o resultado e a continuação.

Entre outras coisas, a candidatura de Lula permite unificar a luta contra a extrema direita; contra o desmonte das empresas estatais, principalmente a Petrobras (motor econômico do Brasil); contra a carestia; pelo aumento real do salário mínimo; pela vacinação massiva contra Covid-19; pela reversão da PEC do Teto dos Gastos; e assim por diante.

A candidatura de Lula é o ponto central para reunir todas as reivindicações progressistas, democráticas e em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Bolsonaro tem 60% de rejeição

A pesquisa desta segunda, da XP Investimentos, também apontou que 60% da população brasileira disse não aprovar a forma como Bolsonaro governa o País. Também, avaliam como ruim ou péssimo o governo 48% da população, quase metade. Como ótimo ou bom avaliam 27% e como regular 24%.

Além disso, para 65% da população, a economia brasileira está no caminho errado e, dentre os nomes cotados para a disputa presidencial de 2022, Bolsonaro foi o que mais recebeu opiniões negativas: 46%. Já Lula, foi o que recebeu mais opiniões positivas, com 39% dos entrevistados.

A rejeição a Bolsonaro e o apoio a Lula indicam um terreno fértil para a campanha contra os golpistas. 

Lula pode ser eleito presidente do Brasil, se não houver um terceiro golpe de Estado para impedi-lo de se candidatar. A esquerda precisa garantir que o ex-presidente tenha seus direitos garantidos e que não haja uma nova farsa para condená-lo. (Juca Simonard, 247).

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Veja a pesquisa XP/Ipespe na íntegra:


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Cristina Kirchner abre mão de receber seu salário de 330 mil pesos de vice-presidente

 

Cristina Kirchner (Foto: José Cruz/Agência Brasil)


É oficial a decisão da vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner de renunciar aos salários do cargo para o qual foi eleita.

A resolução foi publicada nesta quarta-feira (7) no Diário Oficial da Argentina.

"De acordo com a comunicação de 5 de março de 2021, a vice-presidente pôs em conhecimento da Secretaria-Geral da Presidência a sua decisão de renunciar a receber os vencimentos correspondentes ao cargo para o qual foi eleita, a partir de 1º de abril do corrente ano", diz um trecho da publicação.

Cristina Kirchner, que foi eleita em 2019 ao lado do presidente Alberto Fernández, comunicou à Casa Rosada a sua renúncia ao salário por meio de uma carta, entregue na última segunda-feira (5).

"Desejo declarar expressamente que, de acordo com a regulamentação em vigor, eu tenho o direito legítimo de receber meus bens como vice-presidente da nação, é minha decisão renunciar", diz um trecho da cara, conforme publicada na íntegra pelo site argentino El Destape.

Como vice-presidente, Cristina Kirchner tem o direito de receber 330 mil pesos (R$ 20 mil) por mês. A renúncia acontece depois que Administração Nacional de Seguridade Social da Argentina restaurou a Kirchner o subsídio vitalício a que tem direito como ex-presidente do país, nos mandatos de 2007 a 2011 e 2011 a 2015.

O subsídio de Cristina Kirchner corresponde a 375 mil pesos (R$ 22.790). Ela também tem direito a receber a pensão de 280 mil pesos (R$ 17 mil) de seu ex-marido Néstor Kirchner, que também foi presidente da Argentina entre 2003 e 2007. Néstor Kirchner faleceu em 2010. (Sputnik Brasil).


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Governo Ibaneis retoma despejo de famílias em plena pandemia e tratores derrubam casas (vídeos)

 

Policiais fazem remoção de famílias a menos de 1km do Palácio do Planalto, em Brasília (DF) (Foto: Reprodução (Twitter)

A polícia do Distrito Federal, atualmente comandado pelo governo Ibaneis Rocha (MDB), fez uma ação de despejo e acordou 38 famílias nesta segunda-feira (5) com tratores derrubando suas casas, a menos de um quilômetro do Palácio do Planalto, em Brasília (DF). É o terceiro despejo da ocupação no terreno ao lado do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em meio à crise da covid-19. Há famílias vivendo no local desde os anos 70, a maioria composta por catadores de materiais recicláveis. 

As famílias teriam conseguido impedir a derrubada da Escola do Cerrado, espaço criado por voluntários durante a pandemia para garantir o acesso à educação das 20 crianças que vivem no local. 

A decisão contraria a liminar da 8ª Vara da Fazenda Pública do DF que proibiu de reintegração da ocupação do terreno ao lado do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) durante a crise sanitária. A decisão foi publicada em 25 de março e atendeu a um pedido da Defensoria Pública.

Advogada critica a ação

Na ação civil pública, a Defensoria disse a remoção aumentará a vulnerabilidade das famílias em meio à crise sanitária. De acordo com reportagem do Brasil de Fato, a advogada popular Nádia Nádila, presente no local, disse enxergar "um crime humanitário, se a gente for olhar o nosso contexto mundial". 

"Só no Brasil, são mais de 300 mil mortos, e aqui no DF nós temos centenas de pessoas a espera de um leito de UTI, e essas pessoas que estão morrendo tem até acesso a moradia, água, saneamento básico", continuou. "Essas famílias que estão aqui estão lutando por isso, estão lutando pelo seu direito de ter moradia, pelo direito à saúde, pelo direito à educação, pelo direito de uma vida digna", aponta.

PSOL entra com ação

O PSOL entrou, na segunda-feira (5), com uma ação no Supremo Tribunal Federal, contra derrubada de moradias. Segundo a legenda, "a permanência dessa decisão importará no agravamento exponencial da crise social e sanitária em que estamos inseridos".

"A decisão permite o despejo de famílias em situação de vulnerabilidade social em meio a um estado de calamidade pública", disse, de acordo com relato publicado pela revista Carta Capital

 

Outro lado

O Governo do Distrito Federal (GDF) afirma que a retirada das famílias se ampara na suspensão da liminar que proibia as remoções no local.

Afirma também que as 27 famílias da região do CCBB são acompanhadas pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), recebem o Bolsa Família, e já estão incluídas na lista de habitação da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab).

O GDF afirma também que deu às famílias a opção de serem realocadas para a unidade de acolhimento do bairro Guará, inaugurada neste domingo (4), mas que os ocupantes recusaram a proposta. 

 


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ESTUDO - Rede de universidades federais lança 21 variedades de cana-de-açúcar

 

Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil

A Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento Sucroenergético (Ridesa), formada por acordo de cooperação técnica entre dez universidades federais, está lançando neste ano 21 novas variedades de cana-de-açúcar, matéria-prima para a produção de açúcar, álcool combustível, melaço e biodiesel. Juntas, as dez instituições lideram o mercado e constituem os principais núcleos de pesquisa e desenvolvimento de variedades de cultivo de cana-de-açúcar no Brasil. Criada entre 1990 e 1991, a Ridesa é, atualmente, o núcleo central de pesquisa canavieira do governo federal, no âmbito do Ministério da Educação, desenvolvendo as cultivares denominadas República do Brasil (RB).


A Ridesa substituiu o Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-açúcar (Planalsucar), criado pela União na década de 70, cujo objetivo era promover a melhoria dos rendimentos da cultura, tanto no campo quanto na indústria. As dez universidades federais absorveram as pesquisas, os recursos humanos e técnicos e a infraestrutura do Planalsucar, disse hoje (6) à Agência Brasil o coordenador do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar na Universidade Federal do Paraná (UFPR), professor Ricardo Augusto de Oliveira.

Das 21 variedades que estão sendo lançadas este ano pela Rede, que comemora 30 anos de criação, quatro foram desenvolvidas na UFPR, cinco pela Federal de São Carlos (UFSCar), seis pela Federal de Alagoas (Ufal), uma pela Federal de Goiás (UFG), uma pela Federal de Viçosa (UFV), uma pela Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e três pela Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Evolução
Considerando os 50 anos de pesquisa de melhoramento genético, desde a criação do Planalsucar, foram desenvolvidas 114 variedades de cana-de-açúcar no Brasil. O principal volume, estimado em mais de 70 variedades liberadas para o setor agrícola, ocorreu nos últimos 30 anos, já com a Ridesa, salientou Oliveira. “Foi uma sequência de evolução de um trabalho feito a longo prazo.”

Oliveira explicou que, como se trata de uma grande malha de pesquisa espalhada por todo o país, são desenvolvidas variedades para todas as regiões, com as características específicas de manejo e clima. “São variedades desenvolvidas nessas realidades. Então, tem variedades que têm maior teor de sacarose, que são precoces para início de safra; e há variedades mais rústicas, recomendadas para ambientes de mais restrição ambiental, isto é, menor fertilidade do solo, menor disponibilidade hídrica”. Há também variedades de alto poder produtivo em vários locais.

Segundo Oliveira, todas as novas variedades representam algo que está sendo considerado o melhor para cultivo e atendem, em várias lacunas, a demanda dos agricultores, dos produtores de etanol e açúcar.

Quando a Ridesa foi criada, apenas 5% de toda a área com cana-de-açúcar eram cultivados com variedades da sigla RB. Depois de 30 anos de pesquisa, o território que apresenta tais cultivares elevou-se para 60%, incluindo a safra 2020, o que equivale a 8,5 milhões de hectares, conforme estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Isso significa uma contribuição de mais de 12% na matriz energética do Brasil.

Mais cultivadas
De acordo com o professor Ricardo Oliveira, a variedade mais cultivada no país é a RB867515, desenvolvida na Universidade Federal de Viçosa, que pode ser cultivada em vários ambientes rústicos, o que acabou favorecendo a expansão da cultura nos últimos 15 anos. “Passamos de 6 milhões de hectares para 8,5 milhões de hectares”. Segue-se a variedade RB966928, desenvolvida na UFPR, que foi liberada em 2010 e está presente em 14% da área nacional cultivada com cana-de-açúcar.

O processo de melhoramento genético desde o início das pesquisas até a descoberta de uma nova variedade de cana-de-açúcar leva 15 anos, em média. “Tem variedades que levam 18 anos, outras, 12 anos, mas o ciclo médio para fechar um processo de melhoramento genético leva 15 anos”, disse. A UFPR já iniciou a série de pesquisas de 2021, visando ao lançamento de variedades novas daqui a 15 anos. “Estamos no campo, com áreas de experimentação, com diversas séries e milhares de plantas [clones de cana-de-açúcar] sendo testadas para que gente possamos, naquela engrenagem, continuar a indicação de novas variedades.”

Nos últimos 15 anos, a Ridesa tem se programado para fazer liberações nacionais. Em 2010, houve uma grande liberação, com participação das dez universidades que integram a rede; em 2015, foi feita outra; e neste ano, ocorre a terceira liberação nacional que coincide com o período de comemoração dos 30 anos da Ridesa.

A Ridesa é conveniada com 298 usinas no país, o que representa 80% das empresas brasileiras produtoras de cana, açúcar, etanol e bioeletricidade. “A Rede ainda tem diversas ações de transferência de tecnologia para pequenos produtores que geram produtos como açúcar mascavo, aguardente artesanal e alimentação animal”, destacou o professor da UFPR.

Os reitores são conselheiros da Ridesa e, logo em seguida, aparece o supervisor geral, que é eleito a cada dois anos por indicação dos coordenadores das universidades, que atuam, cada uma, em uma área federativa. A UFPR, por exemplo, é responsável pela Região Sul, enquanto a UFSCar atua na região centro-sul, que engloba São Paulo e Mato Grosso do Sul. “E assim vai. Cada universidade tem uma área de abrangência para atuar e desenvolver o Programa de Melhoramento Genético”, concluiu Ricardo Augusto de Oliveira. (Por: Agência Brasil).


Estudo indica que CoronaVac é eficaz contra variante brasileira do coronavírus

 

(Foto: ABr)

Uma pesquisa realizada pelo grupo Vebra COVID-19 junto aos trabalhadores de saúde de Manaus (AM), onde a variante P.1 é predominante, indicou que a vacina CoronaVac tem 50% de efetividade em prevenir a COVID-19 após 14 dias da primeira dose.

O resultado do estudo foi divulgado nesta quarta-feira (7) pelo jornal Folha de São Paulo. Os pesquisadores analisaram 67.718 trabalhadores de saúde que receberam a primeira dose do imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac e vivem e trabalham em Manaus, justamente porque a nova cepa do SARS-CoV-2 se tornou predominante na capital amazonense.

A pesquisa agora está coletando os dados relativos à efetividade depois de 14 dias da segunda dose, e deverá divulgar os resultados nas próximas semanas. O infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda, que coordena o estudo, disse à Folha de São Paulo que os "resultados são encorajadores".

"Eles mostram que a CoronaVac segue sendo efetiva para a nova variante do Brasil e poderá ser usada no mundo todo para preveni-la”, disse Croda, que fez questão de ressaltar que o imunizante tem efetividade de 50% para prevenir casos sintomáticos da COVID-19.    

O estudo de efetividade vacinal avalia o impacto real da vacinação na redução de casos, mortalidade e hospitalizações por uma determinada doença, e é diferente de eficácia, que é a capacidade do imunizante prevenir a enfermidade.

De acordo com o pesquisador da Fiocruz, o Vebra COVID-19 agora vai avaliar a efetividade dos imunizantes CoronaVac e Oxford/AstraZeneca em idosos das cidades Manaus, Campo Grande (MS) e de todo o estado de São Paulo. 

O Vebra COVID-19 é integrado por pesquisadores de instituições do Brasil e do exterior, como Fiocruz, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade de Brasília (UnB), Barcelona Institute for Global Health (Espanha), Yale School of Public Health (EUA), Stanford Medicine (EUA)  e Universidade da Flórida (EUA), e por servidores das secretarias estaduais e municipais de saúde dos estados de Amazonas e São Paulo. Além disso, a pesquisa conta com o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).(Sputnik).


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SERTÃO DO SÃO FRANCISCO - Aeroporto de Petrolina é arrematado na sexta rodada do leilão de aeroportos

O certame atraiu interessados para todos os 3 blocos ofertados e gerou uma arrecadação inicial de R$ 3,302 bilhões

Aeroporto de Petrolina - Foto: Divulgação

O Aeroporto de Petrolina Senador Nilo Coelho, no Sertão do Médio São Francisco, em Pernambuco, foi arrematado no Bloco Central da sexta rodada do leilão de aeroportos realizada pelo Governo Federal nesta quarta-feira (7).

O bloco foi arrematado por R$ 754 milhões e dele também fazerm parte os aeroportos de Goiânia /GO, Palmas/TO, São Luís/MA, Imperatriz/MA e Teresina/PI. Segundo o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), o grupo vencedor do leilão tem expertise em concessões. "A empresa a Compania de Participações e Concessões, que faz parrte do grupo CCR, um grande grupo de investimentos do Brasil, trabalha com concessões de rodovias, entre outras, e agora no setor de aeroportos", detalhou em vídeo gravado após o leilão.

"Eles fizeram uma proposta extremamente agressiva. Um valor de mais de R$750 milhões para vencer o Bloco onde Petrolina está, superando mais de 9.000% do valor de referência. Isso noss anima, pois significa que eles estão com muito apetite e muita vontade de fazer esses investimentos. Agora é aguardar o trâmite burocrático para que a gente possa marcar uma reunião para conhecer os planos deles para Petrolina Mais investimento e mais emprego. Parabenizar também o Governo Federal por isso", disse o prefeito.

O certame atraiu interessados para todos os três blocos ofertados e gerou uma arrecadação inicial de R$ 3,302 bilhões [confira o detalhamento ao fim do texto]. Segundo o Ministério da Infraestrutura, o ágio médio foi de 3.822% acima do valor inicial mínimo fixado pelo edital, que era de R$ 186,2 milhões. 

Além do valor à vista, as regras do leilão preveem uma outorga variável a ser paga a partir do quinto ano de contrato.  Durante os 30 anos de concessão, o investimento total nos 22 aeroportos é estimado em R$ 6,1 bilhões, dos quais R$ 2,8 bilhões no Bloco Sul; R$ 1,8 bilhão no Bloco Central, e R$ 1,4 bilhão no Bloco Norte.

Ese foi o segundo leilão de aeroportos realizado pelo governo de Jair Bolsonaro. No primeiro,  em março de 2019, o governo arrecadou R$ 2,377 bilhões à vista com a transferência de 12 aeroportos para a iniciativa privada. 

Leilão
A 6ª Rodada de concessão de aeroportos inaugura a "Infra Week", semana qie ainda terá o leilão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na quinta-feira (8), e de cinco terminais portuários no Maranhão e no Rio Grande do Sul, na sexta-feira (9).

A expectativa do governo é conseguir R$ 10 bilhões em investimentos privados no Brasil.

Resultado dos leilões da 6ª rodada de concessões de aeroportos:

BLOCO SUL: Curitiba/PR, Foz do Iguaçu/PR, Londrina/PR, Bacacheri em Curitiba/PR, Navegantes/SC, Joinville/SC, Pelotas/RS, Uruguaiana/RS e Bagé/RS.
VENCEDOR: Companhia de Participações em Concessões
PROPOSTA FINAL: R$ 2.128.000.000,00
CONTRIBUIÇÃO INICIAL (LANCE MÍNIMO): R$ 130.203.558,76
ÁGIO: 1.534,36%

BLOCO CENTRAL: Goiânia /GO, Palmas/TO, São Luís/MA, Imperatriz/MA, Teresina/PI e Petrolina/PE.
VENCEDOR: Companhia de Participações em Concessões
PROPOSTA FINAL: R$ 754.000.000,00
LANCE MÍNIMO: R$ 8.146.055,39
ÁGIO: 9.156,01%

BLOCO NORTE: Manaus/AM, Tabatinga/AM, Tefé/AM, Porto Velho/RO, Rio Branco/AC, Cruzeiro do Sul/AC e Boa Vista/RR.
VENCEDOR: VINCI AIRPORTS
PROPOSTA FINAL: R$ 420.000.000,00
LANCE MÍNIMO: R$ 47.865.091,02
ÁGIO: 777,47%

ARRECADAÇÃO TOTAL: R$ 3.302.000.000,00 (Por Juliano Muta).


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TENSÃO - 22 ex-militares são condenados por participação no golpe de 2016 na Turquia

 

Foto: Twitter / Reprodução

Um tribunal de Ancara condenou nesta quarta-feira (7) à prisão perpétua 22 ex-militares por seu papel na tentativa de golpe de Estado de 2016 contra o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, o que motivou grandes expurgos nas Forças Armadas.


Os ex-militares condenados integram um grupo de 497 suspeitos que foram julgados por acusações relacionadas ao golpe frustrado.

Muitos serviram durante sua carreira na guarda presidencial.

A agência estatal Anadolu informou algumas horas antes sobre quatro condenações à prisão perpétua, mas um advogado da presidência turca afirmou à AFP que ao final da audiência 22 ex-militares receberam a mesma sentença.

Os suspeitos foram declarados culpados de várias acusações, incluindo tentativa de acabar com a ordem constitucional.

A Promotoria também os acusou de ocupar o canal público de televisão TRT e obrigar os jornalistas a lerem um comunicado.

Em novembro, 337 pessoas, incluindo oficiais e pilotos, foram condenados à prisão perpétua no final do principal julgamento relacionado à tentativa de golpe de Estado, que aconteceu em 15 de julho de 2016.

Entre os condenados estavam pilotos que bombardearam pontos emblemáticos da capital, como o Parlamento, e oficiais e civis que lideraram o golpe a partir da base militar de Akinci.

O golpe frustrado deixou oficialmente 251 mortos, sem contar os golpistas, e mais de 2 mil feridos.

O acontecimento, que traumatizou o país, provocou grandes expurgos nas Forças Armadas e permitiu a Erdogan ampliar seu poder.

O governo turco acusa o pregador Fethullah Gülen de ter orquestrado a tentativa de golpe.

Gülen, um ex-aliado do presidente turco que mora nos Estados Unidos, nega qualquer envolvimento.

Durante a madrugada de 15 para 16 de julho de 2016, Ancara foi cenário de ações particularmente violentas por parte dos golpistas.

Aviões F16 bombardearam a Assembleia Nacional em três ocasiões, assim como as estradas ao redor do palácio presidencial e o quartel-general das forças espaciais e da polícia.

Os bombardeios deixaram 68 mortos e mais de 200 feridos na capital. Nove civis morreram durante uma tentativa de resistir aos golpistas na entrada da base de Akinci.

Desde a tentativa de golpe de Estado, as autoridades perseguem sem trégua os partidários de Gülen e organizaram expurgos em uma escala sem precedentes na história moderna da Turquia.

Dezenas de milhares de pessoas foram detidas e mais de 140 mil foram demitidas ou suspensas de suas funções.

Pelo menos 290 julgamentos relacionados com a tentativa de golpe foram organizados e outros oito estão em curso.

Até o momento, os tribunais condenaram quase 4.500 pessoas, com penas de prisão perpétua para quase 3 mil delas, segundo os números oficiais. (Por: AFP).



Lira quer acelerar votação de projeto que altera Lei de Segurança Nacional

Presidente da Câmara afirmou que esta semana ainda vai ser totalmente dedicada para a apreciação de propostas relativas ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus

Presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL) - Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira (7) que vai pautar para a próxima semana a votação de urgência para o projeto de lei que altera a Lei de Segurança Nacional.

Lira participou na manhã desta quarta-feira de conferência virtual sobre a Lei de Segurança Nacional, evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Ciência Criminalística.

Também participaram o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso.

O presidente da Câmara afirmou que esta semana ainda vai ser totalmente dedicada para a apreciação de propostas relativas ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

No entanto, a próxima terá uma pauta "mista" e, nesse contexto, pretende trabalhar com a proposta de lei que altera a Lei de Segurança Nacional, que ele prefere chamar de nova lei do Estado democrático de direito.

"Nós devemos pautar já para a próxima semana a votação da urgência desta alteração deste projeto", afirmou Lira.

A votação de urgência é uma forma de agilizar a tramitação das propostas, porque permite que os projetos de lei não precisem passar pelas comissões, indo diretamente para o plenário.

"A Câmara estará à disposição, pronta, para que na próxima semana a gente possa começar a discutir esse assunto, com toda a altivez necessária, com um tempo mínimo para que o legislativo produza e acomode os efeitos da lei que será aprovada no Congresso Nacional. Não tenho absoluta dúvida", afirmou.

Lira evitou citar casos específicos, mas afirmou que existem algumas "desvirtuações" neste momento político atual, por isso é necessária a defesa da democracia e da liberdade de expressão

"Mais uma vez, dar esta visão de que estamos atentos. Estamos focados, [apesar de que] com uma dificuldade de pauta, de pandemia, social, econômica muito forte, mas essa [pauta] de conceitos, de defesa da democracia, de um estado amplo, em que as pessoas possam expressar sua opinião. Cada ato tem uma consequência, mas [que seja] uma consequência compatível com o Brasil do século 21, com o mundo atualizado, com o mundo globalizado, com um mundo socialmente correto", afirmou.

"Eu não tenho dúvida alguma que contará com quase que unanimidade de toda a Câmara dos Deputados. Os partidos estão entendendo a necessidade de que algumas desvirtuações para este momento atual não sejam mais concebidas no Brasil".

Recentemente, o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem usando trechos da Lei de Segurança Nacional como base para conter críticas e agir contra opositores.

Um dos primeiros alvos do governo Bolsonaro em relação à adoção da Lei de Segurança Nacional foi o colunista da Folha de S.Paulo Hélio Schwartsman.

A pedido do então ministro da Justiça, André Mendonça, a Polícia Federal abriu inquérito contra ele em julho do ano passado após ele escrever uma coluna intitulada "Por que torço para que Bolsonaro morra". O texto foi publicado depois da notícia de que o chefe do Executivo havia contraído Covid-19.

O ministro Jorge Mussi, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), deferiu habeas corpus protocolado pelo jornalista e suspendeu a tramitação do inquérito. Na decisão, o magistrado afirmou que, ainda que possam ser feitas críticas ao texto, não é possível concluir que tenha havido motivação política ou lesão aos bens protegidos pela Lei de Segurança Nacional.

O ex-governador e presidenciável Ciro Gomes (PDT) e o youtuber Felipe Neto, dois dos principais críticos de Bolsonaro nas redes sociais, também tornaram-se alvo de investigação pelos comentários feitos em relação ao chefe do Executivo.

A PF instaurou inquérito após o pedetista chamar Bolsonaro de ladrão em uma entrevista. Já Neto foi intimado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para depor de ter classificado o presidente como "genocida".

Segundo ele, a corporação agiu com base em denúncias apresentadas pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do chefe do Executivo.

Também presente na transmissão desta quarta-feira, o ministro do STF e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, afirmou que é preciso urgentemente buscar um equilíbrio entre a liberdade de expressão e os excessos que visam a destruir as instituições democráticas.

Afirmou que existe uma ação orquestrada e financiada para atingir a democracia.

"Um olhar que talvez precise lançar sobre essa lei é a questão da tensão que existe hoje no mundo entre as campanhas de ódio, de desinformação e de desestabilização das instituições, via a vis a liberdade de expressão. O mundo está em busca de um equilíbrio entre essa tensão que tem se colocado com o risco apresentado pela difusão de mentiras, ou de meias verdades, pelas teorias conspiratórias e pelos ataques concertados às instituições", afirmou.

"Não é uma crítica à Câmara, ao Senado ou ao Supremo, por mais dura e severa que seja. Isso faz parte da vida e da democracia. São campanhas orquestradas e financiadas para a destruição ou desmoralização das instituições. E isso que precisamos enfrentar, não é opinião que cada um tenha sobre cada um de nós", completou o ministro do Supremo.
Barroso também disse que a Lei de Segurança Nacional tem variadas inconstitucionalidades.

Pacheco, por sua vez, afirmou que o Estado democrático de direito foi um grande avanço, que não pode ser "mitigado" e que não pode haver "retrocessos".

Pacheco afirmou que a Lei de Segurança Nacional não se adequa aos momentos atuais, mas por outro lado afirmou que alguns dispositivos nela contida são necessários, principalmente enquanto não houver outra legislação para substituí-la.
"Desvalidá-la por completo pode ser um risco par ao estado democrático de direito", afirmou.

Pacheco lembrou que essa legislação voltou à tona justamente por causa do momento atual, com falas e ações antidemocráticas.

"E esse tema da Lei de Segurança Nacional, uma lei de 1983, a lei 7.170, uma lei que acaba vindo à tona a sua aplicação e a sua discussão em razão do momento em que nós vivemos, quando, a pretexto da livre manifestação do pensamento, direito de crítica, liberdade de imprensa, as liberdades públicas, se extrapola isso para pedir, por exemplo, um regime de exceção, a renovação da Constituição ou o fechamento do Congresso ou do Supremo Tribunal Federal", afirmou.

"Essas são situações, sejam de falas, sejam de ações, que precisam ser remediadas, que precisa haver algum tipo de reação, normativa, legislativa, judicial, às luz da Constituição, para que se contenha algum tipo de arroubo", completou.

A LEI DE SEGURANÇA NACIONAL

Entenda as origens, o seu uso atual e as propostas para modificá-la ou revogá-la

A LEI

Tendo sua última versão editada no estertores do regime militar (1964-1985), em 1983, é uma herança do período ditatorial, sendo um desdobramento de legislações anteriores, mais duras, usadas contra opositores políticos.

O QUE HÁ NELA

Com 35 artigos, estabelece, em suma, crimes contra a "a integridade territorial e a soberania nacional, o regime representativo e democrático, a federação e o Estado de Direito e a pessoa dos chefes dos Poderes da União".

Traz termos genéricos, como incitação à subversão da ordem política ou social" e artigos anacrônicos, como pena de até 4 anos de prisão para quem imputar fato ofensivo à reputação dos presidentes da República, do Supremo, da Câmara e do Senado.

EXEMPLOS DE APLICAÇÃO NOS DIAS DE HOJE

O procurador-geral da República, Augusto Aras, usou a lei para pedir ao STF a abertura de inquérito para apurar atos antidemocráticos promovidos por bolsonaristas, com o apoio do presidente da República.

O Ministério da Defesa usou a lei em representação contra o ministro do STF Gilmar Mendes, que havia declarado que o Exército estava "se associando a um genocídio" na gestão da pandemia.

O ministro da Justiça, André Mendonça, usou a lei para embasar pedidos de investigação contra jornalistas, entre eles, o colunista da Folha de S.Paulo Hélio Schwartsman, pelo texto "Por que torço para que Bolsonaro morra", publicado após o presidente anunciar que havia contraído a Covid-19.

O ministro Alexandre de Moraes (STF) usou a lei para embasar a prisão do bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ).

PROPOSTAS DE MUDANÇA OU REVOGAÇÃO

Há em tramitação na Câmara 37 projetos de lei que alteram ou revogam a lei, entre elas a de substituição por uma Lei de defesa do Estado democrático de Direito em que seria punido, entre outras ações, a apologia de fato criminoso ou de autor de crime perpetrado pelo regime militar (1964-1985).

AÇÕES QUESTIONANDO A CONSTITUCIONALIDADE DA LEI

ADPF 797 (PTB) pede que a lei em sua íntegra seja declarada não compatível com a Constituição
ADPF 815 (PSDB) pede que a lei seja suspensa na íntegra, e que o Supremo determine ao Congresso Nacional que edite uma lei de defesa do Estado Democrático de Direito em prazo a ser fixado, sob pena de suspensão da eficácia da atual legislação
ADFP 799 (PSB) e ADPF 816 (PT PSOL e PCdoB) pedem que apenas parte da lei seja declarada não compatível com a Constituição. (Por Folhapress).

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