sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Prefeitura de cidade italiana é pichada em ato contra visita de Bolsonaro

 
Sede da Prefeitura de Anguillara Veneta (Foto: Reprodução/Facebook)

Manifestantes picharam a sede da Prefeitura de Anguillara Veneta, no norte da Itália, em protesto contra a concessão de cidadania honorária para o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro

O prédio amanheceu com a frase "Fora Bolsonaro" em sua fachada, que também teve diversas partes manchadas com tintas coloridas.

A ação foi reivindicada pelo grupo ambientalista "Rise Up 4 Climate Justice", que afirmou que a figura de Bolsonaro "representa perfeitamente o modelo capitalista, predatório, destrutivo e colonialista contra o qual lutamos".

"Um dos grandes poderosos da Terra, negacionista da crise climática e responsável por ter destruído 8,5 mil quilômetros quadrados de Floresta Amazônica para dar espaço a cultivos intensivos e ao modelo de exploração do qual se faz promotor", afirmou o grupo.

Segundo o "Rise Up 4 Climate Justice", o presidente também se demonstrou negacionista da pandemia e levou adiante "políticas sanitárias que negaram tratamentos e saúde à população brasileira, que está pagando um preço pesadíssimo em termos de vidas humanas".

"Bolsonaro encarna o inimigo principal do clima, da vida e dos territórios. 'Fora, Bolsonaro', nos oporemos aos destruidores do nosso planeta aqui e em qualquer lugar", acrescentou o grupo.

O presidente do Brasil deve visitar Anguillara na próxima segunda-feira (1º) para receber o título de cidadão honorário, homenagem que é alvo de protestos de partidos progressistas, sindicatos e organizações antimáfia e antifascistas.

A homenagem foi proposta pela prefeita de Anguillara Veneta, Alessandra Buoso, com o argumento de que um bisavô de Bolsonaro nasceu nessa pequena cidade de pouco mais de 4 mil habitantes.

"A cidadania é conferida de fato ao presidente, como delegado de um povo e eleito democraticamente pelo povo que ele representa, mas é conferida simbolicamente a toda uma nação", justificou Buoso por meio de comunicado.

Segundo a prefeita, o reconhecimento vale como um "gesto simbólico de esperança para todos os povos que, todos os dias, são obrigados a migrar para outros países em busca de uma nova vida".

"Não queremos entrar nos aspectos políticos porque não é nosso papel nem nossa vontade, queremos apenas recordar que os laços entre essas duas nações são extremamente fortes", acrescentou. ANSA.




PELA PAZ - Presidente sul-coreano dá ao papa cruz feita de arame da fronteira entre Coreias

                      Por: AFP 

Foto: Handout / AFP / VATICAN MEDIA

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que foi recebido pelo Papa Francisco no Vaticano nesta sexta-feira (29), presenteou-o com uma cruz feita de arame farpado usado para demarcar a fronteira entre as duas Coreias - informaram fontes do Vaticano.

Plantada sobre uma base de madeira, a cruz foi feita a partir do derretimento do arame farpado corroído da Zona Desmilitarizada e representa uma mensagem de paz e reconciliação entre as duas Coreias. A península está dividida desde 1953 entre o norte e o sul, ao longo do paralelo 38.

"Assim como os espinhos e as lâminas eriçados do arame farpado derretem no fogo para se tornar uma bela cruz, tenho esperança de que possamos derreter para sempre essa dura barreira que separa nossos corações", escreveu Moon Jae-in em um texto entregue ao pontífice em espanhol.

A chamada Zona Desmilitarizada, que divide a península coreana ao longo de 250 quilômetros, é um dos lugares mais fortificados do planeta. O arame farpado e os campos minados tornam sua travessia extremamente perigosa.

"A República da Coreia [Coreia do Sul] é o último território dividido do mundo", lamentou Moon.

"A função do arame farpado na península coreana é evitar que os do lado oposto cruzem a fronteira", explicou o presidente coreano, que questiona, no texto, se é possível conviver em paz, "apesar das nossas diferenças ideológicas e modos de viver".

Moon convidou o papa a viajar para a Coreia do Norte, se o líder Kim Jong-un enviar-lhe um convite formal. Esta foi a segunda vez que o papa recebeu o presidente coreano em uma audiência privada.

"Compartilham a esperança de que o esforço comum e a boa vontade possam promover a paz e o desenvolvimento na península da Coreia, apoiados pela solidariedade e pela fraternidade", escreveu a Santa Sé, no final do encontro.

Francisco visitou a Coreia do Sul em 2014 e pediu a reconciliação na península. O país tem 5,9 milhões de católicos, o correspondente a 11,2% de sua população, segundo dados da Conferência Episcopal.


Biden fala com papa Francisco sobre mudança climática, pandemia e migração

 

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e primeira-dama dos EUA, Jill Biden, durante encontro com o papa Francisco no Vaticano29/10/2021 (Foto: Vatican Media/­Divulgação via REUTERS)

O presidente Joe Biden teve uma reunião extraordinariamente longa com o Papa Francisco no Vaticano na sexta-feira. O Vaticano disse que a reunião privada durou uma hora e 15 minutos e depois outros 15 minutos foram gastos para tirar fotos e trocar presentes na presença de outros membros da delegação, como a esposa de Biden, Jill.

O encontro com o ex-presidente Donald Trump em 2017 durou cerca de 30 minutos e um com Barack Obama em 2014 durou cerca de 50 minutos.

A Casa Branca disse que Biden agradeceu ao papa por "sua defesa dos pobres do mundo e daqueles que sofrem de fome, conflito e perseguição". Biden também elogiou a "liderança do papa na luta contra a crise climática, bem como sua defesa de garantir o fim da pandemia para todos por meio do compartilhamento de vacinas e de uma recuperação econômica global eqüitativa".

O Vaticano disse que os dois discutiram "cuidado com o planeta", saúde, pandemia, refugiados, migrantes e "proteção dos direitos humanos, incluindo liberdade de religião e consciência".

Biden deu ao papa uma "moeda de comando" às vezes concedida a soldados e líderes e disse a ele: "Você é o guerreiro pela paz mais importante que já conheci".

Citando o que ele disse ser uma tradição ligada à moeda, ele brincou com o papa, dizendo: "Da próxima vez que eu te ver, se você não tem, você tem que comprar as bebidas (mas) eu sou o único irlandês você já conheceu quem nunca bebeu ... "

A visita foi cercada por uma segurança excepcionalmente rígida porque a capital italiana está simultaneamente se preparando para sediar a cúpula do G20 de líderes mundiais neste fim de semana.

Os guardas suíços em seus tradicionais uniformes vermelho, amarelo e azul e segurando alabardas deram a Biden e sua esposa uma saudação de honra quando eles e a delegação dos EUA chegaram ao pátio de San Damaso do Palácio Apostólico. A bandeira dos EUA tremulou na varanda central. (Reuters).


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Ex-presidente do Senado nega corrupção e fala em campanha difamatória

 

Reportagem da Veja associa Davi Alcolumbre a um esquema de rachadinhas

Pedro França/Agência Senado

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) divulgou nota nesta sexta-feira (29) em que diz ser vítima de “uma campanha difamatória sem precedentes”. No texto, ele lembrou que há algumas semanas, por meio de outro comunicado à imprensa, disse que “não aceitaria ser ameaçado, intimidado e tampouco chantageado”. Ao reafirmar o posicionamento, o senador relatou que tem recebido “todo tipo de aviso, enviado por pessoas desconhecidas, que dizem ter informações sobre uma orquestração de denúncias mentirosas” contra ele.

Alcolumbre disse que foi “surpreendido com uma denúncia que aponta supostas contratações de funcionários fantasmas e até mesmo o repudiável confisco de salários”. “Nunca, em hipótese alguma, em tempo algum, tratei, procurei, sugeri ou me envolvi nos fatos mencionados, que somente tomei conhecimento agora”, disse acrescentando que tomará providências necessárias para que as autoridades competentes investiguem os fatos.

A nota é uma resposta a uma reportagem publicada na mais recente edição da revista Veja. Nela, o parlamentar, que atualmente é presidente da principal comissão do Senado, a de Constituição e Justiça ( CCJ), é acusado de um esquema de rachadinhas, avaliado em R$ 2 milhões. A prática foi denunciada por seis ex-funcionárias do senador e teria acontecido entre janeiro de 2016 e março deste ano, inclusive durante o período em que Alcolumbre ocupou a presidência do Senado.

Ainda segundo a reportagem, seis mulheres foram contratadas nesse esquema como assessoras do parlamentar em Brasília com salários entre R$ 4mil e R$ 14 mil, além de benefícios e verbas rescisórias. Elas teriam sido orientadas a abrir uma conta e entregar os cartões e as senhas. O saque integral dos valores acontecia logo após o pagamento em um caixa eletrônico localizado a 200 metros do gabinete do senador.

“Continuarei exercendo meu mandato sem temor e sem me curvar a ameaças, intimidações, chantagens ou tentativas espúrias de associar meu nome a qualquer irregularidade. É nítido e evidente que se trata de uma orquestração por uma questão política e institucional da CCJ e do Senado Federal”, diz Davi Alcolumbre em outro trecho da nota. Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Juliana Andrade


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QUANTA VIOLÊNCIA - Assassinatos de indígenas aumentaram mais de 60% na pandemia, aponta relatório

                             Por: Correio Braziliense 
crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

Enquanto o governo Bolsonaro conseguiu escapar de uma possível acusação de genocídio indígena por parte da CPI da Covid, dados de um relatório publicado nesta quinta-feira (28) apontam que assassinatos de indígenas tiveram um aumento de 61% no primeiro ano da pandemia. O relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil – dados de 2020, publicado anualmente pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), também aponta que nos dois primeiros anos do governo Bolsonaro houve aumento de 137% nas invasões possessórias, exploração ilegal de recursos e danos ao patrimônio em terras indígenas.

O relatório destaca que a pandemia não foi impedimento para que grileiros invadissem as terras dos povos originários, o que também contribuiu para a proliferação da Covid-19. Pelo menos, 60 mil indígenas foram infectados pelo novo coronavírus e 1227 deles morreram em decorrência da doença. "O segundo ano do governo de Jair Bolsonaro representou, para os povos originários, a continuidade e o aprofundamento de um cenário extremamente preocupante em relação aos seus direitos, territórios e vidas, particularmente afetadas pela pandemia da Covid-19 – e pela omissão do governo federal em estabelecer um plano coordenado de proteção às comunidades indígenas", destaca o documento.

Ao todo, foram registrados 182 assassinatos de indígenas pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) em 2020. Esse é o maior número em 25 anos. A violência também se reflete no número de invasões de territórios indígenas. Em 2020, os conflitos territoriais atingiram 145 povos. Quanto aos conflitos relativos a direitos territoriais o aumento em relação a 2019 chegou a 174%.

Segundo o Cimi, tudo isso é condizente com o discurso do presidente Jair Bolsonaro. Por diversas vezes, o chefe do Executivo tem sinalizado o interesse na exploração de terras indígenas e na diminuição das demarcações. Em 2020, o governo federal apresentou ao Congresso o Projeto de Lei (PL) 191 que prevê a abertura das terras indígenas para a mineração, a exploração de gás e petróleo e a construção de hidrelétrica. Além da instrução normativa nº 9, da Fundação Nacional do Índio, que permite a certificação de terras indígenas por parte de invasores.

Em agosto, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) denunciou o presidente Bolsonaro por genocídio contra os povos indígenas no Tribunal Penal Internacional. A denúncia está sob análise da Corte.

O relatório final da CPI da Covid também responsabilizou o governo por omissão com os povos indígenas. O texto final retirou a acusação de genocídio e substituiu a acusação por crime contra a humanidade por falta de consenso entre os senadores. Porém, o relatório aponta que ficou provado que o governo agiu de forma "deliberadamente voltada contra os direitos dos indígenas".

As denúncias contra o governo também devem ser apresentadas durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 26, que começa nesta domingo (31) no Reino Unido.


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