Os novos agentes serão um importante reforço para a segurança pública, principalmente durante o carnaval. (Foto: Leandro de Santana/Esp. DP)
O governo do estado de Pernambuco realizou, nesta segunda-feira (03), a formatura da 38ª turma de agentes civis da polícia. Ao todo, 299 homens e 108 mulheres se formaram policiais. Um escrivão e uma escrivã também receberam seus certificados no Teatro Gurarapes, localizado no Centro de Pernambuco, em Olinda. Durante a solenidade, Paulo Câmara, governador do estado, entregou botons e distintivos as três melhores notas do curso, todas conquistadas por mulheres.
“É gratificante estar aqui hoje e ocupar este local que é tão masculino. É uma prova da força da mulher. Prova de que lugar da mulher é onde ela desejar”, disse Jessyka Karollyne, dona do primeiro lugar no curso e próxima policial a figurar no quadro de funcionários da delegacia de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife.
Foto: Leandro de Santana/Esp. DP
Christiane Barbosa e Aline Oliveira também ocupam o pódio, respectivamente o segundo e terceiro lugar. Ambas trabalharão juntas na delegacia de Peixinhos, localizada em Olinda. “Não só para mim, mas para todos os formandos, este é um dia muito importante. Todos esperaram e lutaram com muito afinco”, comenta Aline. “Tomamos posse amanhã. A expectativa é poder contribuir para uma segurança mais efetiva”, concluiu a graduada.
De acordo com o secretário estadual de Defesa Social, Antônio de Pádua, estes novos agentes serão um importante reforço para a segurança pública, principalmente durante o carnaval. “Somente dos últimos 5 anos até agora, 2020, contratamos mais de 7 mil policiais militares e civis que encorpam a segurança do estado. Sem dúvidas serão de grande ajuda para o carnaval, já que precisamos aumentar os efetivos nas delegacias para melhorar a qualidade das investigações e atender, cada vez melhor, a nossa população.”
Para Paulo Câmara, os novos profissionais deverão acobertar todas as regiões do estado. “Esperamos que deste modo possamos diminuir o número de homicídios e de roubos. Ao mesmo tempo que toda polícia esteja presente nos municípios pernambucanos. Sabemos que temos que melhorar, que há muito a fazer, mas o governo está cuidando para que todas as ações necessárias sejam colocadas em prática.”
Foto: Leandro de Santana/Esp. DP
Além do governador do estado, estavam presentes na solenidade o chefe da Polícia Civil Joselito Kehrle, o defensor público Michel Nakamura; os deputados Joel da Harpa, Dulcicleide Amorim e Gleide Ângelo; o desembargador Fausto Freitas, o subchefe da Polícia Civil Neemias Falcão; delegada Carla Patrícia; o comandante geral da Polícia Militar de Pernambuco Vanildo Maranhão; além de Eriberto Medeiros, presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco.
Era clara a emoção daqueles que conseguiram terminar o curso e agora tem como objetivo garantir direitos à população pernambucana. “Esse é só o começo. Sempre gostei dessa área, meu pai é policial militar, quando abriu o concurso me inscrevi. Estes cinco meses de curso me deram aprendizados que irei levar para toda vida. Eu pretendo me especializar na área policial, penal e criminal. Galgar caminhos dentro da instituição” disse Jessyka, com seu novo distintivo em volta do pescoço.
Defasagem na polícia
Perguntado sobre o déficit de policiais civis e militares em Pernambuco, Paulo Câmara respondeu que a meta foi batida. “Chamamos uma turma de mais de 400 agentes, para este ano cumprimos nosso planejamento, agora devemos aguardar o próximo semestre para saber como estará o cenário. Trabalho de polícia também se faz com inteligência, com sistemas de informação, tudo isto está sendo colocado na mesa para que possamos cumprir nossa missão de reduzir a violência.”
Durante a formatura dos novos agentes, na porta do Teatro Guararapes um grupo segurava faixas e pediam por menos demora para o preenchimento de vagas. “Sou um excedente do concurso de agente penitenciário de 2017, na época do meu concurso o governo só nomeou 167 profissionais, enquanto tinha, mais ou menos, 500 vagas em aberto. Agora construíram o presídio de Itaquitinga, a unidade Ursa II, com 916 vagas que estão lá paradas. Estamos aqui aprovados, com nosso nome publicado no Diário Oficial, mas o governo não nos chama” afirma Diego Leandro, um dos protestantes.
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