A ideia por trás da radiocirurgia é tratar lesões e manter a parte cognitiva do paciente sem danos, segundo Ernesto Roesler. Foto: Mandy Oliver/Esp.DP foto
Um tipo de cirurgia que não requer realização de cortes no corpo e pode ser feita em ambulatório, sem necessidade de internamento. Por mais que pareça impossível, essa é uma realidade que a tecnologia já proporcionou à medicina. A radiocirurgia, técnica desenvolvida na década de 1950 pelo médico sueco Lars Leksell, vem evoluindo com a modernização dos equipamentos voltados à área de saúde. Pernambuco está prestes a receber, de forma pioneira na América Latina, o equipamento mais moderno que existe no mundo nessa área, que permitirá o aumento da precisão no uso da radiação a níveis milimétricos e reduzirá os efeitos colaterais.
A radiocirugia é uma técnica que utiliza feixes de radiação em dose única para tratar tumores e malformações arteriovenosas cerebrais. Por meio dela, é possível direcionar os feixes de radiação precisamente ao tumor, chegando a lugares que muitas vezes uma cirurgia convencional não conseguiria atingir. “É um tratamento extremamente preciso e localizado, que pode ser usado como tratamento principal ou adjuvante de casos de metástases, tumores benignos, doenças tumorais do cérebro, tumores de pulmão, fígado, entre outros”, explicou o chefe da radioterapia e coordenador do serviço de oncologia do Real Hospital Português, Ernesto Roesler.
Um tratamento convencional de radioterapia pode durar de duas a oito semanas. Já uma radiocirurgia varia de um a cinco dias. É uma técnica considerada segura, não invasiva, com custo mais baixo, já que não precisa de internação, e recuperação mais rápida para o paciente, de acordo com o neurocirurgião especialista em radioterapia do RHP João Gabriel Gomes. De maneira geral, a radiocirurgia é uma alternativa aos pacientes que, por questões de quadro ou biológicas, terão grandes comprometimentos com uma cirurgia tradicional.
A técnica, porém, não se aplica a todos os casos, necessita de indicação e avaliação de profissionais habilitados. No caso de tumores cerebrais, por exemplo, a radiocirurgia só deve ser utilizada naqueles tumores que têm, no máximo, 2,8 centímetros de diâmetro. “A ideia por trás da radiocirurgia é tratar lesões e manter a parte cognitiva do paciente sem danos”, afirmou Ernesto Roesler. Ao longo dos últimos três anos, o RHP realizou cerca de 200 radiocirurgias, das quais cerca de 150 delas de questões relacionadas ao sistema nervoso central.
Nova era
A partir deste ano, o Real Hospital Português entrará numa nova era do uso da radiocirurgia, pela incorporação de novas tecnologias ao tratamento. A primeira delas, cuja equipe começou a ser treinada para utilizar nesta semana, é uma espécie de bobina que é acoplada aos dois novos aparelhos de ressonância magnética da unidade.
Elas permitem a captura de imagens de alta qualidade capazes de serem fundidas com as imagens da tomografia. Na prática, isso permitirá aos médicos mapear com maior precisão ainda o local exato das lesões e assim direcionar o uso da radiação de forma a preservar os tecidos saudáveis do organismo.
A novidade é a aquisição do equipamento de radioterapia e radiocirurgia Truebeam STX mais moderno que existe no mercado mundial. A plataforma, que possui um sistema integrado guiado por imagem, virá com o sistema de monitoramento de superfície ótica (OSMS), que detecta qualquer movimento nas superfícies e faz a compensação desse movimento, de modo que o feixe de radiação seja direcionado ao local exato dos tumores.
Da mesma forma, a máquina virá com a tecnologia Hyperarc, uma automatização do processo que evita que os profissionais precisem entrar na sala de realização da radiocirurgia durante o tratamento. (DP)
A radiocirugia é uma técnica que utiliza feixes de radiação em dose única para tratar tumores e malformações arteriovenosas cerebrais. Por meio dela, é possível direcionar os feixes de radiação precisamente ao tumor, chegando a lugares que muitas vezes uma cirurgia convencional não conseguiria atingir. “É um tratamento extremamente preciso e localizado, que pode ser usado como tratamento principal ou adjuvante de casos de metástases, tumores benignos, doenças tumorais do cérebro, tumores de pulmão, fígado, entre outros”, explicou o chefe da radioterapia e coordenador do serviço de oncologia do Real Hospital Português, Ernesto Roesler.
Um tratamento convencional de radioterapia pode durar de duas a oito semanas. Já uma radiocirurgia varia de um a cinco dias. É uma técnica considerada segura, não invasiva, com custo mais baixo, já que não precisa de internação, e recuperação mais rápida para o paciente, de acordo com o neurocirurgião especialista em radioterapia do RHP João Gabriel Gomes. De maneira geral, a radiocirurgia é uma alternativa aos pacientes que, por questões de quadro ou biológicas, terão grandes comprometimentos com uma cirurgia tradicional.
A técnica, porém, não se aplica a todos os casos, necessita de indicação e avaliação de profissionais habilitados. No caso de tumores cerebrais, por exemplo, a radiocirurgia só deve ser utilizada naqueles tumores que têm, no máximo, 2,8 centímetros de diâmetro. “A ideia por trás da radiocirurgia é tratar lesões e manter a parte cognitiva do paciente sem danos”, afirmou Ernesto Roesler. Ao longo dos últimos três anos, o RHP realizou cerca de 200 radiocirurgias, das quais cerca de 150 delas de questões relacionadas ao sistema nervoso central.
Nova era
A partir deste ano, o Real Hospital Português entrará numa nova era do uso da radiocirurgia, pela incorporação de novas tecnologias ao tratamento. A primeira delas, cuja equipe começou a ser treinada para utilizar nesta semana, é uma espécie de bobina que é acoplada aos dois novos aparelhos de ressonância magnética da unidade.
Elas permitem a captura de imagens de alta qualidade capazes de serem fundidas com as imagens da tomografia. Na prática, isso permitirá aos médicos mapear com maior precisão ainda o local exato das lesões e assim direcionar o uso da radiação de forma a preservar os tecidos saudáveis do organismo.
A novidade é a aquisição do equipamento de radioterapia e radiocirurgia Truebeam STX mais moderno que existe no mercado mundial. A plataforma, que possui um sistema integrado guiado por imagem, virá com o sistema de monitoramento de superfície ótica (OSMS), que detecta qualquer movimento nas superfícies e faz a compensação desse movimento, de modo que o feixe de radiação seja direcionado ao local exato dos tumores.
Da mesma forma, a máquina virá com a tecnologia Hyperarc, uma automatização do processo que evita que os profissionais precisem entrar na sala de realização da radiocirurgia durante o tratamento. (DP)
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