quarta-feira, 3 de maio de 2023

Tratamento preventivo evita que enxaqueca se torne doença crônica

 

Maio é considerado Mês Nacional de Combate à Cefaleia

Arquivo/Agência Brasil

Mais de um bilhão de pessoas sofrem de enxaqueca em todo o mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo 30 milhões no Brasil. No próximo dia 19, comemora-se no país o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, ou enxaqueca crônica. A iniciativa é da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE). Maio é considerado ainda o Mês Nacional de Combate à Cefaleia.

A neurologista Tatiane Barros, membro da Academia Brasileira de Neurologia e da SBCE, informou, nesta quarta-feira (3), à Agência Brasil, que o paciente sofre de enxaqueca quando tem três ou mais dias de dor de cabeça por mês por, pelo menos, três meses consecutivos. A cefaleia é uma dor geralmente unilateral, latejante, acompanhada de náuseas, às vezes vômito, e incômodos com luz e barulho. “E é uma dor que não melhora com analgésicos comuns.”

Tatiane Barros afirmou que quando a dor se repete com frequência de 15 dias ao mês já pode ser considerada enxaqueca crônica. A recomendação é que a pessoa não espere chegar a essa situação para procurar um especialista e iniciar o tratamento. “Hoje já existem tratamentos preventivos para evitar que a dor fique crônica e que essas crises venham”. Reforçou que “não é normal ter esse tipo de dor”.

O tratamento preventivo inclui classes medicamentosas, como comprimidos e toxina botulínica, por exemplo, que visam evitar que a crise surja. “O medicamento preventivo é utilizado para diminuir a frequência, a intensidade e a duração das crises”.

Ela alertou, por outro lado, que a automedicação deve ser evitada, porque o uso indiscriminado de analgésicos, em médio e longo prazo, pode vir a ocasionar um efeito rebote, disparando episódios de enxaqueca.

Segundo Tatiane, a enxaqueca pode ocorrer em qualquer pessoa, em qualquer idade, mas é mais comum em mulheres a partir da adolescência, quando a menina menstrua. “A idade mais frequente é a partir dos 18 ou 20 anos, até por volta dos 45 a 50 anos, e tem relação com o período hormonal”.

Na infância, é igual para meninos e meninas. Depois, a incidência aumenta na mulher, chegando a acometer quatro mulheres para um homem. 

Incapacitação

A enxaqueca crônica é uma das doenças mais incapacitante no mundo entre a população em geral, gerando comprometimento da qualidade de vida e aumento do gasto financeiro. É também uma das principais causas de absenteísmo no trabalho, sendo também, nesse caso, mais prevalente em mulheres, conforme indica a OMS. “Eu costumo dizer que a enxaqueca é uma doença subdiagnosticada, subtratada e subestimada. Porque, além de causar o absenteísmo, a pessoa não consegue trabalhar por conta da dor de cabeça, ela também tem um fenômeno relacionado que é o chamado presenteísmo, porque a pessoa vai de corpo presente, mas não consegue produzir com uma crise de enxaqueca”.

Tatiane destacou que a doença tem ainda muito preconceito e julgamento associados. “Dizer ao chefe que não vai trabalhar porque está com dor de cabeça parece desculpa esfarrapada”, mencionou. A enxaqueca é a doença neurológica mais incapacitante do mundo, sustentou a especialista. Uma a cada seis pessoas têm dor de cabeça.

No Brasil, estima-se que, a cada ano, haja uma perda por volta de R$ 67 bilhões em gastos no sistema de saúde, devido à queda de produtividade relacionada à enxaqueca, ampliando a procura por consultas, exames, atendimento emergencial e internações hospitalares.

Gatilhos

A neurologista informou que há alimentos que mais comumente causam as dores de cabeça. “A gente não recomenda de cara para cortar isso ou aquilo.” O paciente deve observar o que desencadeia a dor para ele.

Entre os alimentos que podem ser gatilho para dores, Tatiane destacou açúcar, chocolate, álcool e, principalmente, vinho, alimentos ultraprocessados, como linguiça, salsicha, mortadela, temperos prontos, queijos amarelos e alimentos condimentados. As pessoas devem optar por uma alimentação rica em proteínas magras, frutas e vegetais, o que acaba por reduzir a inflamação no corpo. Além disso, a prática de exercício regularmente e técnicas de relaxamento, como ioga, meditação e respiração profunda, podem ajudar a aliviar estresse e tensão, que também são gatilhos para a doença, explicou. - (Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).

Edição: Maria Claudia



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Lula e comandante do Exército se reúnem em meio a pacificação

Foi a quarta vez que Lula se reúne com os comandantes das Forças Armadas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.) e o comandante do Exército, Tomás Paiva (Foto: Ricardo Stuckert)


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve nesta quarta-feira (3) um almoço com os comandantes das Forças Armadas. O general Tomás Ribeiro Paiva (Exército Brasileiro). Uma das pautas do encontro foram investimentos na área de defesa. Esta é a quarta vez que Lula se reúne com os comandantes das Forças Armadas. As outras reuniões aconteceram em 9 de janeiro de 2023, em 20 de janeiro de 2023 e em 20 de março de 2023.

A expectativa é de que o encontro mais recente seja uma forma de pacificar a relação de Lula com as Forças Armadas depois dos atos golpistas de 8 de janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes em Brasília (DF). 

Compareceram ao encontro desta terça o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Renato Rodrigues de Aguiar Freire, o provável novo comandante do GSI, general Marcos Antônio Amaro, o ministro da Defesa, José Múcio, o almirante Marcos Sampaio Olsen (Marinha do Brasil) e o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno (Força Aérea Brasileira), além de 16 generais de quatro estrelas. 247.


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Moraes retira sigilo de operação contra Bolsonaro por fraudar cartão de vacina e fala em 'organização criminosa'

 Ministro definiu como "plausível, lógica e robusta" a linha da PF que aborda a possibilidade de Jair buscar vantagens ao inserir dados falsos sobre cartões de vacinação no SUS

Alexandre de Moraes, Mauro Cid Barbosa e Jair Bolsonaro (Foto: ABR | Alan Santos/PR)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, retirou o sigilo de sua decisão que autorizou a busca e apreensão na casa de Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (3), informa o portal g1.

De acordo com o documento, o magistrado definiu como "plausível, lógica e robusta" a linha investigativa da Polícia Federal que aborda a possibilidade de Bolsonaro buscar vantagens para si mesmo e seus aliados ao inserir dados sobre cartões de vacinação fraudulentos nos sistemas do SUS. De acordo com a PF, a falsificação foi realizada para permitir que Bolsonaro e sua filha entrassem nos Estados Unidos sem restrições sanitárias.

Moraes ainda mencionou a postura negacionista de Bolsonaro na pandemia para reforçar suas suspeitas: "diante do exposto e do notório posicionamento público de Jair Messias Bolsonaro contra a vacinação, objeto da CPI da Pandemia e de investigações nesta Suprema Corte, é plausível, lógica e robusta a linha investigativa sobre a possibilidade de o ex-presidente da República, de maneira velada e mediante inserção de dados falsos nos sistemas do SUS, buscar para si e para terceiros eventuais vantagens advindas da efetiva imunização, especialmente considerado o fato de não ter conseguido a reeleição nas eleições gerais de 2022".

O ministro ainda apontou indícios "absolutamente relevantes da ocorrência efetiva dos crimes" e apontou a existência de uma organização criminosa articulada envolvida na fraude bolsonarista: "são absolutamente relevantes os indícios da ocorrência efetiva dos crimes, especialmente no contexto agora noticiado de inserção de dados falsos em sistema de informações, o que indicaria, nos termos dos indícios já colhidos, a efetiva existência de uma organização criminosa articulada, com divisão de tarefas e de múltiplos objetivos, tanto no âmbito particular dos investigados, como em aspectos relacionados ao interesse público, em detrimento da credibilidade interna e externa do exemplar controle de vacinação nacional em pleno período pandêmico". 247.

 Leia na íntegra a decisão de Alexandre de Moraes:




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COVID-19 - "Olhos rosas": conheça a conjuntivite que é o principal sintoma da Arcturus, nova cepa da Covid-19

 

Os sintomas incluem vermelhidão, coceira e lacrimejamento dos olhos. Também pode ocorrer secreções ou crostas ao redor do órgão


                      Por Agência O Globo 
"Olhos rosas": conheça a conjuntivite que é o principal sintoma da Arcturus, nova cepa da Covid-19 - Foto: Freepik


Classificada como uma "variante de interesse" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a subvariante XBB.1.16 da Ômicron, também conhecida como Arcturus, surgiu com um novo sintoma estranho que antes era extremamente raro no coronavírus: a conjuntivite.

A condição, também conhecida por “olhos rosas” é caracterizada pela inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. A conjuntivite pode ser extremamente contagiosa, sendo transmitida pelo contato com as secreções oculares da pessoa infectada.

Os sintomas incluem vermelhidão, coceira e lacrimejamento dos olhos. Também podem ocorrer secreções ou crostas ao redor dos olhos. Em geral, ataca os dois olhos, pode durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar sequelas. Autoridades americanas já começaram a alertar o público a praticar as precauções padrão do COVID-19 para retardar sua propagação.

Embora tenha havido apenas três casos confirmados no condado de Los Angeles, o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) prevê até 8% dos casos de COVID-19 na Califórnia e 10% dos casos nacionalmente devido ao XBB.1.16. Em São Paulo, a prefeitura já confirmou a identificação de um caso de Covid-19 provocado pela subvariante XBB.1.16 da Ômicron, o primeiro até agora divulgado no Brasil.

“O paciente é um homem de 75 anos de idade, acamado e com comorbidades, que apresentou os sintomas de síndrome gripal e febre persistente no dia 7 de abril, sendo encaminhado para atendimento em um hospital privado da capital, com alta médica na última quinta-feira (27)”, disse o município, em nota.

Embora não totalmente confirmado pelos cientistas, acredita-se que Arcturus aumente o risco de conjuntivite em pessoas infectadas com ele, com muitos relatos de coceira e olhos vermelhos em novos casos. Sintomas semelhantes foram relatados em pacientes indianos, onde as novas cepas estão se tornando dominante. Anteriormente, apenas 3% dos casos de Covid-19 relatavam esse sintoma.

Juntamente com a conjuntivite, Arcturus parece compartilhar os mesmos sintomas de febre, tosse e falta de ar, e não parece ser mais perigoso do que as variantes existentes. Como uma subvariante do Omicron, ainda se espera que as vacinas forneçam forte proteção contra ele, embora as pessoas vulneráveis devam ter mais cautela devido ao quão infecciosa é a variante.

A Arcturus é mais grave?
Em uma avaliação de risco inicial sobre a Arcturus, publicada no meio de abril, a OMS escreveu que, embora seja observada uma vantagem de crescimento e de escape imunológico, o que leva aos quadros de reinfecção, “nenhuma mudança na gravidade foi relatada em países onde a XBB.1.16 está circulando”.

Em nota, o Ministério da Saúde também afirma que, por enquanto, "evidências atuais relacionadas a esta linhagem da variante ômicron não indicam risco adicional à saúde pública se comparada a XBB.1.5 (principal linhagem em circulação no Brasil atualmente), bem como não há evidências de alteração na gravidade dos casos".

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Lula assina decreto para impulsionar bionegócios na Amazônia

 

Centro terá personalidade jurídica própria e captará recursos privados

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira (3), o decreto de qualificação da organização social que vai gerir o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA). O objetivo da medida é agregar valor e impulsionar novos negócios baseados nos recursos naturais da região.

Para o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a atuação mais ampla do CBA resultará em investimentos, produtos, empregos, renda e desenvolvimento local e regional. Durante a cerimônia de assinatura do decreto no Palácio do Planalto, Alckmin destacou o potencial da biodiversidade da Amazônia em áreas como farmacêutica, química, cosmética e alimentícia.

“Vamos trabalhar juntos com os ministérios de ciência e tecnologia, do meio ambiente, governos estaduais, governos municipais, universidades e, principalmente, a iniciativa privada para criar emprego, criar empresa, agregar valor, transformar a grande farmácia que é a biodiversidade amazônica em produtos, serviços, empregos e investimentos. É impressionante, na área de alimentos, por exemplo, 1 quilo de cacau de amêndoa custa R$ 10 e 1 quilo de chocolate, R$ 200. Nós temos muito potencial”, afirmou.

Com o decreto, o CBA, antes chamado Centro de Biotecnologia da Amazônia, deixa de ser vinculado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e passa a ser gerido pela organização social Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA), selecionada por meio de concorrência pública. Com personalidade jurídica própria, o centro terá mais autonomia para captar recursos públicos e privados e ampliar suas atividades.

De acordo com a Presidência da República, os recursos públicos previstos para o CBA nos próximos quatro anos chegam a R$ 47,6 milhões. Agora, também será possível ter acesso a recursos disponíveis na iniciativa privada para pesquisa, desenvolvimento e inovação.

“Ele [CBA] terá um centro de inteligência para novos negócios, que vai prospectar novos investimentos, trazer o setor privado e transformar pesquisa em patente e em negócios para o desenvolvimento da região”, ressaltou Alckmin.

Nos próximos dias, a FUEA assinará contrato com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que transferirá a gestão do CBA para a organização social, que atuará em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, a Fundação de Apoio ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas e a Universidade do Estado do Amazonas.

Atuação

O CBA passará a ter um núcleo de negócios com atuação em duas frentes. A primeira será na busca por pesquisas fora de seus próprios laboratórios, que resultem em produtos de “prateleira” que integrem o portfólio do centro e serão oferecidos a potenciais investidores.

Na segunda frente, em parcerias com a iniciativa privada, o centro garantirá o fornecimento de matéria-prima com regularidade e a preços competitivos, dando condições mínimas para que a indústria se estabeleça e haja sustentabilidade no trabalho das comunidades diretamente envolvidas, como ribeirinhos e povos originários.

O CBA foi criado em 2003, dentro da Suframa. De acordo com a Presidência da República, ao longo dos últimos anos, o centro tem trabalhado em projetos que buscam desenvolver novos produtos e processos usando insumos da biodiversidade amazônica em diversas áreas, como alimentos e bebidas, fitoterápicos, cosméticos, farmacêuticos, química, bioplásticos, agrícolas, têxtil, saúde, diagnóstica e de papéis.

O centro também atua na capacitação de recursos humanos para o desenvolvimento de atividades de base sustentável, por meio de apoio técnico às comunidades tradicionais, unidades de manejo, empreendedores agroflorestais; e para transformação de rejeitos orgânicos e inorgânicos em produtos economicamente viáveis.

Entre os exemplos práticos da atuação do CBA estão o desenvolvimento de catalisadores a partir do lodo para produção de biocombustíveis; o uso de insumos locais e resíduos fabris para obtenção de bioplásticos, celulose e membranas bacterianas que podem, inclusive, ser transformadas em bebidas probióticas, como o kombucha; processos avançados para obtenção de açaí liofilizado, manteiga de cupuaçu e óleos essenciais com a casca da laranja; e produção de corantes naturais a partir de mais de 2,6 mil espécies de microorganismos da região. - (Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Nádia Franco



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RECIFE - Advogado é preso em flagrante no Recife ao tentar fazer prova da OAB no lugar de outro candidato

 

Prisão aconteceu na Universidade Católica de Pernambuco, onde o teste estava sendo aplicado


Polícia Federal - Foto: Polícia Federal / Divulgação

Um advogado de 28 anos foi preso em flagrante no Recife suspeito de tentar fazer a prova da segunda fase da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no lugar de outra pessoa.

De acordo com a Polícia Federal, a prisão aconteceu no domingo (30), na Universidade Católica de Pernambuco, na área central da cidade, onde o teste estava sendo aplicado.

O homem, que não teve o nome divulgado, apresentou documentação falsa, se passando por outro candidato. 

Os agentes federais foram acionados e abordaram o advogado, que assumiu estar fazendo a prova no lugar de pessoa. Ele recebeu voz de prisão e foi conduzido até a sede da Polícia Federal no Recife.

Durante interrogatório, o advogado falou que cedeu a pressão de um comerciante que pagou alguns materiais de concurso e cursos online para ele. Também negou ter feito a primeira fase do concurso da OAB.

O homem disse, ainda, que ele mesmo enviou sua foto para confecção de toda a documentação falsa, que foi enviada para a sua residência, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana.

Documentos e um aparelho celular encontrados com o advogado foram apreendidos e passarão por perícia técnica que vai subsidiar as investigações em andamento.

O suspeito, que não possui antecedentes criminais, foi autuado pelo uso de documento falso, falsa identidade e fraude em certame de interesse público, cujas penas variam de dois a 10 anos de prisão.



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SEGURANÇA - Mais de 1.500 armas apreendidas em clube do tiro de Caruaru são entregues à Polícia Militar de Pernambuco

 

PF descobriu no clube um esquema envolvendo autorizações de CACs (Caçadores, atiradores e colecionadores) de forma ilegal


                       Por Vinícius Lucena
   
Cessão das armas foi feita pelo superintendente da PF em Pernambuco - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco


Um total de 1.549 armas de fogo apreendidas em um clube de tiro localizado em Caruaru, no Agreste pernambucano, durante a Operação Zona Cinza, da Polícia Federal (PF), foi entregue à Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) nesta terça-feira (2). Entre as armas apreendidas no estabelecimento e cedidas pela PF à PM, estão pistolas, fuzis, espingardas, rifles, entre outros equipamentos que serão utilizados pela corporação.

A entrega das armas aconteceu em cerimônia no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, no bairro do Derby, região central do Recife, nesta manhã. O evento contou com a presença do superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Antonio de Pádua Vieira Cavalcanti; da secretária de Defesa Social do Estado, Carla Patrícia Cunha; e do Comandante Geral da PMPE, Tibério César do Santos. Na cerimônia, as autoridades assinaram um termo registrando a doação das armas.

"É um momento significativo da operação Zona Cinza, que identificou criminosos que estavam por trás de um esquema envolvendo autorizações de CACs (Caçadores, atiradores e colecionadores) de forma ilegal. São armas de fogo que devem fazer a proteção da população e têm que estar nas mãos das forças de segurança”, comentou Antônio de Pádua.

Ao todo, a operação Zona Cinza, ocorrida em outubro do ano passado, resultou na apreensão de 2.555 armas, a maior entre as conduzidas pela corporação nos últimos dez anos. De acordo com o superintendente da PF em Pernambuco, as mais de mil armas que, em um primeiro momento, não foram destinadas à segurança pública, devem passar por um processo de avaliação antes de uma nova cessão. 

A entrega das armas de forma antecipada, antes do julgamento dos alvos da operação Zona Cinza, foi autorizada pela 37ª Vara da Justiça Federal, atendendo a pedido da Polícia Federal. “As armas cedidas à PM passaram por perícias e a pertinência do uso foi avaliada por nós [da PF] e pela Secretaria de Defesa Social. Esses equipamentos, portanto, serão muito mais bem empregados e utilizados pela segurança pública do Estado”, completou o superintendente Antônio de Pádua.

Segundo a secretária de Defesa Social de Pernambuco, Carla Patrícia Cunha, a doação dos equipamentos faz com que a gestão estadual se aproxime de uma meta: a atribuição de uma arma e um colete a cada policial militar do estado. “Essa cerimônia demonstra a importância de um trabalho integrado. Tivemos a participação irrepreensível da Polícia Federal, que resultou em uma apreensão recorde. Essas armas, que ficariam depositadas, foram disponibilizadas para uso da Polícia Militar; isso só foi possível pela sensibilização do Poder Judiciário, que as liberou”, comentou a titular da pasta. 

A Operação Zona Cinza
As investigações conduzidas pela PF durante a Zona Cinza identificaram a existência de um esquema ilegal de comércio de armas de fogo, por meio da “produção de documentos ideologicamente falsos”; segundo a corporação, a organização criminosamente utilizaria esses documentos para “viabilizar e dar aparência de legalidade” à venda e ao porte ilegal desses equipamentos.

O grupo também usava pessoas jurídicas como instrumentos para produzir entrevistas, vídeos e outros conteúdos para difundir publicidades ilegais para a venda, de forma a estimular o uso indiscriminado de armas de fogo e incitando a prática de crimes. Essas pessoas se diziam caçadores, colecionadores ou atiradores desportivos. 

A secretária de Defesa Social de Pernambuco, Carla Patrícia Cunha, se posicionou, ainda, sobre a situação do escrivão licenciado da Polícia Civil de Pernambuco Diego de Almeida Soares, dono do clube de tiro. Diego é apontado pelas investigações da PF como acusado de fraudar documentos para vender armas e conseguir porte ilegal para associados ao estabelecimento, que funcionava em Caruaru.

“A Secretaria de Defesa Social emitiu uma portaria dizendo que pessoas que compõem o efetivo da SDS e estejam envolvidas em práticas delituosas, sejam presas em flagrante ou investigadas terão os procedimentos priorizados pela corregedoria. A partir do momento que outra instituição – nesse caso, um juiz, em juízo – emitir um parecer sobre o assunto, a secretaria tem a obrigação de acelerar a investigação e, assim, passar, de forma muito clara, que não aceitaremos desvios de conduta”, comentou. 


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Alvo de operação, Bolsonaro depõe à PF nesta quarta-feira

Advogado Paulo Cunha Bueno, que defende Bolsonaro, afirmou que seu cliente “vai exercer o direito de ficar calado” durante a oitiva

(Foto: ABr)

O advogado Paulo Cunha Bueno, que defende Jair Bolsonaro (PL), afirmou que seu cliente “vai exercer o direito de ficar calado” no depoimento que deverá prestar à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (3). A previsão inicial era de que a oitiva fosse realizada às 10h, mas foi adiada em função dos mandados no âmbito da Operação Vanire ainda estarem sendo cumpridos pela PF.

Bolsonaro foi alvo de um mandado de busca e apreensão expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no âmbito da Operação Venire, que investiga a atuação de um grupo que teria inserido dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. De acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Cunha Bueno disse que o ex-mandatário “está sendo ‘coagido a ficar quieto’" pelo "absurdo" de a Polícia Federal executar uma ordem de busca e apreensão na casa dele às 7h e, na sequência, marcar um depoimento para horas depois, "sem que os advogados tenham tido acesso aos autos”.

"Eu sou um advogado que raramente orienta um cliente a fazer uso do direito que todos têm ao silêncio", disse. "Mas querer botar calor, não deixar que a defesa conheça os autos antes de a pessoa depor, não nos deixa outra opção", completou em seguida. Ainda segundo o advogado, os fatos investigados pela Operação Venire não seriam contemporâneos, como exige a lei para que uma ação de busca e apreensão seja realizada.

A Operação Venire cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão. Entre os presos estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças que atuaram durante o mandato de Bolsonaro e que também o acompanharam aos Estados Unidos, quando ele deixou o país dois dias antes do término do mandato. 247.


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OPERAÇÃO VENIRE - POLICIA FEDERAL faz buscas na casa de Bolsonaro e prende ex-ajudante Mauro Cid, por dados falsos de vacina

 

Mauro é suspeito de integrar um grupo que inseriu dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde


                            Por Agência O Globo
O ex-presidente Jair Bolsonaro e Mauro Cesar Barbosa Cid  - Foto: Reprodução

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (3) em Brasília. Ele é suspeito de integrar um grupo que inseriu dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro, além de análise do material apreendido durante as buscas e realização de oitivas de pessoas que detenham informações a respeito dos fatos. Um dos alvos de busca e apreensão é um endereço do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo a PF, o objetivo do grupo seria "manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas" e "sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19".

A Controladoria-Geral da União (CGU) vinha apurando a possibilidade de inserção de dados falsos no cartão de vacinação de Bolsonaro. Há suspeitas que dados dos familiares tambem foram fraudados.

Conforme o Globo mostrou, a investigação em questão foi aberto durante a gestão do ex-ministro da CGU Wagner Rosário, próximo ao fim do antigo governo. Em janeiro deste ano, um grupo de hackers divulgou um cartão de vacinação que supostamente seria de Bolsonaro. Nele constava o registro de uma dose da vacina contra a Covid-19, que teria sido aplicada em uma unidade de saúde em São Paulo, com data de 19 de julho de 2021.

O cartão de vacinação, no entanto, já era alvo de uma investigação da Controladoria-Geral da União para apurar a possibilidade de informações falsas no documento. A ação foi aberta durante a gestão do ex-ministro da CGU Wagner Rosário, próximo ao fim do antigo governo.

Como o Globo mostrou, as informações são apontadas como falsas pela administração anterior, tendo em vista que nesse dia Bolsonaro se encontrava em Brasília. Ainda segundo relatos feitos à reportagem, foi constatado a ocorrência de outras tentativas de inserção de dados no cartão. A investigação apura se isso ocorreu por ação de um hacker ou de um servidor público, e ainda não foi concluída. A base de dados do cartão de vacinação é de responsabilidade do Ministério da Saúde.


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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

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