terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

CHUVAS - Inmet emite alertas de chuvas e ventos intensos para Sertão e Agreste de Pernambuco

 

Para parte do Estado, o aviso é de nível laranja, considerado intermediário


                              Por Portal Folha de Pernambuco

Nuvens carregadas de chuva em Araripina, no Sertão - Foto: Reprodução/Clima ao vivo

Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas de chuvas intensas para o Sertão e Agreste de Pernambuco, nesta terça-feira (20). Também são esperados ventos fortes, que podem chegar aos 100 km/h, segundo o instituto.

Para a maior parte do Sertão, o aviso é de nível laranja, considerado intermediário. Na região, são esperadas chuvas de 30 a 60 mm/h ou 50 a 100 mm/dia.

Para o Agreste e parte do Sertão, o aviso é de nível amarelo, o primeiro dos três, e as chuvas devem ser de 20 a 30 mm/h ou até 50 mm/dia

O alerta também indica a tendência de ventos intensos nas regiões — nas cidades cobertas pelo laranja a ventania pode ser de 60 a 100 km/h e nas do alerta amarelo, de 40 a 60 km/h.

Os dois alertas são válidos até a manhã da quarta-feira (21). 


 

 

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Brasil pede que Corte declare ilegal ocupação de Israel na Palestina

 

Para governo brasileiro, ocupação viola leis internacionais

Fream TV/ONU


O Brasil pediu nesta terça-feira (20) à Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, nos Países Baixos, que declare como ilegal a ocupação dos territórios palestinos por forças militares de Israel. Para o Brasil, a ocupação, que dura desde 1967, viola as leis internacionais e o direito à autodeterminação do povo palestino.  

“O Brasil espera que o tribunal reafirme que a ocupação israelense dos territórios palestinos é ilegal e viola obrigações internacionais por meio de uma série de ações e omissões de Israel”, afirmou a representante do Brasil em Haia, Maria Clara de Paula Tusco.

A diplomata brasileira acrescentou que práticas persistentes da ocupação de Israel nas terras palestinas “equivalem à anexação” daqueles territórios e pediu que a Corte leve em conta medidas tomadas por Israel, como o confisco de terras palestinas, a destruição de casas dos palestinos, a construção de colônias israelenses e do muro na Cisjordânia, além da adoção de medidas que alteram a composição demográfica dos territórios ocupados.

O governo brasileiro se manifestou em audiência pública na CIJ, principal órgão judicial das Nações Unidas (ONU). A Corte realiza audiências públicas até a próxima segunda-feira (26) para ouvir 52 países sobre a consulta que a Assembleia geral da ONU fez aos juízes do tribunal internacional.

Em resolução aprovada em dezembro de 2022, a Assembleia-Geral da ONU questionou a CIJ sobre as “Consequências Jurídicas decorrentes das Políticas e Práticas de Israel no Território Palestino Ocupado”. Os países querem saber, entre outras informações, o que Israel pode sofrer por supostamente violar o direito do povo palestino à autodeterminação.

Segundo a representante do Brasil na ONU, a decisão do país de participar dessa consulta é devido ao “compromisso histórico do país de respeitar o direito internacional, de fomentar o multilateralismo e de promover a solução pacífica de controvérsias”.

Ainda segundo o Brasil, a violação do direito dos palestinos à autodeterminação “não pode ser aceita, muito menos normalizada pela comunidade internacional”. Maria Clara lembrou ainda que a Resolução do Conselho de Segurança da ONU 242, de 1967, enfatizou a proibição da aquisição de território pela força e instruiu Israel a retirar as suas tropas das terras então recentemente ocupadas.

“No entanto, a ocupação persiste até hoje e foi agravada pela construção do muro de separação do território palestino, pela construção de colônias ilegais na Cisjordânia e pela anexação de Jerusalém Oriental”, acrescentou.

Discriminação

O governo brasileiro ainda destacou que o estabelecimento de dois sistemas jurídicos distintos, um para os colonos israelenses e outro para os palestinos na Cisjordânia ocupada, representa uma discriminação contra o povo palestino.

“Este tratamento diferenciado é evidente e bem documentado e também deve ser abordado pelo tribunal”, acrescentou a representante brasileira.

O regime político-jurídico na Cisjordânia ocupada tem sido denunciado como um regime de apartheid por organizações internacionais de direitos humanos, como a Anistia Internacional e o Human Rights Watch, e por relatores independentes da ONU. As autoridades israelenses rejeitam essa avaliação.

Medidas

Ao final da manifestação, o Brasil enumerou as medidas que espera que sejam tomadas para pôr fim a ocupação. Entre elas, estão o fim da ocupação de Israel e a reparação ao povo palestino pelas violações cometidas. Além disso, o Brasil pede que nenhum Estado reconheça a ocupação e que não adotem ações ou medidas que colaborem com a ocupação desses territórios.

Por fim, a diplomata Maria Clara de Paula Tusco reforçou que o Brasil defende a solução de dois Estados para o encerramento do conflito. “A criação de um Estado palestino independente, soberano e economicamente viável, coexistindo com Israel em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental como sua capital”.

Israel

O governo de Israel não vai participar das audiências públicas para discutir a ocupação dos territórios palestinos. Em documento de cinco páginas enviado à CIJ, Israel condenou a resolução que determinou a análise do caso, dizendo que a decisão representa uma “distorção da história e da realidade atual do conflito israelense-palestino” e que, por isso, prejudica a construção da paz.

“Ao apontar o dedo apenas para um lado, as questões ignoram milhares de israelenses mortos e feridos que foram vítimas de atos assassinos de ódio palestinos e do terrorismo - atos que continuam a pôr em perigo diariamente os civis e a segurança nacional de Israel”, afirma o documento.

Entenda

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha transferiu para as Nações Unidas a responsabilidade pelo território que hoje é ocupado por Israel e pela Palestina. Desde o final da Primeira Guerra Mundial, a chamada Palestina histórica era controlado pelos ingleses.

Com a Resolução 181, de 1947, a Assembleia-Geral da ONU recomendou a partilha da Palestina entre judeus e árabes. Porém, apenas o Estado de Israel foi criado. Em 1967, após mais uma guerra na região, Israel ocupou militarmente a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e a Jerusalém Oriental, que então estavam sob o controle do Egito e da Jordânia.

Após esse conflito, a Assembleia da ONU aprovou a Resolução 242, de 1967, que determinou “a retirada das forças armadas israelitas dos territórios que ocuparam”.

Apesar dessa resolução, a construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia continuou e hoje são 300 colônias consideradas ilegais, segundo a ONU, dentro da Cisjordânia, onde vivem cerca de 700 mil colonos israelenses.

Em 2005, Israel deixou a Faixa Gaza, apesar de manter um cerco ao enclave controlando a saída e a entrada de pessoas e mercadorias. - (Por Lucas Pordeus Leon - Repórter da Agência Brasil  - Brasília).

Edição: Lílian Beraldo



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"Quem ficou isolada foi a mídia brasileira, não Lula", diz Gleisi, após agressões dos jornais ao presidente

Posição do presidente Lula em favor da paz vem ganhando apoio inclusive dos países ocidentais, enquanto a mídia brasileira segue cúmplice de um genocídio

Gleisi Hoffmann e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Agência Câmara )


No X – Editoriais do Globo, da Folha e do Estadão atacam o presidente Lula com virulência, mas não trazem uma linha sobre os fatos realmente importantes: os países da União Europeia se posicionaram contra a invasão de Rafah e os Estados Unidos, maior aliado de Israel, foram ao Conselho de Segurança da ONU por um cessar-fogo. Exatamente o que Lula vem dizendo há meses.

Quem ficou isolada nesse episódio foi a grande mídia do Brasil, cega pelo preconceito contra a política externa soberana de Lula. Enxergou banalização do holocausto onde Lula criticou o governo de extrema-direita de Netanyahu e sua política de extermínio, condenada pelo mundo inteiro. Manipular a fala de Lula, isto sim, é banalizar o genocídio do povo palestino.

Que a oposição bolsonarista tente se aproveitar da confusão é típico de seu oportunismo. Que Lula seja acusado de armar os adversários por ter falado uma verdade, inconveniente para alguns, é típico de editorialistas obtusos. A história de Lula, que não vem de hoje, deixa bem claro seu respeito a judeus e palestinos. Sua política externa sempre foi pela paz e soberania de povos e países. - Por Gleisi Hoffmann.


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Brasil denuncia Israel em Haia e diz que ocupação viola direitos do povo palestino

Brasil foi representado por Maria Clara Paula de Tusco, chefe da divisão da ONU no Itamaraty, em audiência na Corte Internacional de Justiça nesta terça-feira

Corte Internacional de Justiça (Foto: Reprodução)

Chefe da divisão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Ministério das Relações Exteriores, Maria Clara Paula de Tusco representou o Brasil em audiência sobre o genocídio palestino promovido por Israel na Faixa de Gaza na Corte Internacional de Justiça (CIJ) nesta terça-feira (20).

Segundo a Al Jazeera, Maria Clara Paula de Tusco afirmou que Israel viola os direitos dos palestinos à autodeterminação e descumpre resolução da ONU que veta a aquisição de território pela força. "O direito à autodeterminação está consagrado no direito internacional e é reconhecido pela Assembleia Geral da ONU. O Brasil pede ao tribunal que destaque a posição de princípio de que a ocupação israelense viola o direito do povo palestino à autodeterminação. Ocupação, colonatos e anexação: em 1967, a resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU enfatizou a inadmissibilidade da aquisição de território pela força e orientou Israel a retirar-se do território que ocupava. No entanto, a ocupação persiste até hoje e foi agravada pela construção do muro, pela construção de colonatos ilegais e pela anexação de Jerusalém Oriental", destaca a reportagem sobre os argumentos apresentados pelo Brasil.

Maria Clara Paula de Tusco ainda enfatizou que o Brasil defende uma solução de dois Estados, ou seja, que seja criado um Estado palestino para conviver de forma independente, soberana e economicamente viável com Israel, em um ambiente de paz, segurança e com fronteiras mutuamente acordadas e reconhecidas internacionalmente.

Segundo a reportagem, ela ainda destacou que a prolongada ocupação, colonização e anexação de territórios palestinos, incluindo medidas destinadas a alterar a composição demográfica e o caráter destes territórios, incluindo Jerusalém, violam regras relevantes do direito internacional.

Maria Clara Paula de Tusco também acusou Israel de discriminação ao manter dois sistemas jurídicos distintos, um aplicado aos israelenses e outro imposto sob o regime militar aos palestinos. 

"O Brasil espera que o tribunal reafirme que a ocupação israelense dos territórios palestinos é ilegal e viola obrigações internacionais por meio de uma série de ações e omissões de Israel", relata o veículo com base no posicionamento da representante brasileira. - 247.


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Uma das maiores estudiosas de genocídios do mundo diz que Lula tem razão nas críticas a Israel

"Não há nada de errado com seu comentário", disse Arnesa Buljušmić-Kustura


Arnesa Buljušmić-Kustura (Foto: Reprodução Youtube)


A pesquisadora Arnesa Buljušmić-Kustura, uma das maiores estudiosas do mundo no tema do genocídio, afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez comentários corretos, ao comentar as ações genocidas de Israel na Faixa de Gaza. "A única questão que levo com os comentários é que Lula está claramente a esquecer-se de outros genocídios que ocorreram depois do Holocausto (Bósnia, Ruanda, Sudão, etc.). Fora isso, não há nada de errado com este comentário. É uma comparação justa baseada nas ações e atitudes de Israel", disse ela, em seu X. - 247

Confira:


TURISMO - Projeto quer que pernambucanos tenham desconto de 50% na taxa de acesso a Fernando de Noronha

 

Atualmente, todos os turistas, inclusive os pernambucanos, pagam o valor integral da TPA. Moradores da ilha não pagam


              Por Fabio Nóbrega
Por do sol em Fernando de Noronha - Foto: Fernanda Gama/Pixabay

Projeto de Lei que tramita na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) pretende fazer com que os moradores de Pernambuco tenham desconto de 50% no pagamento da Taxa de Preservação Ambiental (TPA) para acessar o Arquipélago de Fernando de Noronha. Atualmente, a taxa é cobrada a todos que acessam a ilha — moradores e pessoas a trabalho por entes públicos não pagam. 

A TPA custa a partir de R$ 97,16 o dia e é cobrada desde 1989, tendo sido instituída por lei que considera as peculiaridades ecológicas do arquipélago, bem como a necessidade de sua preservação. 

O texto do projeto foi publicado na edição desta terça-feira (20) do Diário Oficial do Poder Legislativo do Estado. Na justificativa, o autor do projeto, deputado Romero Albuquerque defende que "é inadmissível que moradores do próprio Estado paguem o mesmo valor de taxa de turista de outros estados".

"Tendo em vista que os mesmos fazem parte do mesmo Estado, sendo regidos por um mesmo governo. E ademais, a ilha pertence a todos os moradores do Estado de Pernambuco, não apenas aos residentes na ilha", completa o deputado.

A intenção do projeto, segundo Romero Albuquerque, é estimular os moradores de Pernambuco a conhecerem um arquipélago que pertence ao próprio Estado.

Para virar lei e ser colocado em prática, o projeto precisa ser votado e passar por cinco comissões da Alepe: Constituição, Legislação e Justiça; Finanças, Orçamento e Tributação; Administração Pública; Assuntos Municipais e Meio Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal. 

Desde agosto do ano passado, a TPA é paga exclusivamente pela internet, no site oficial da Administração de Fernando de Noronha. O último reajuste no valor da taxa foi feito no início de 2024.


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Satélite com quase 30 anos e duas toneladas vai cair na Terra; Saiba onde e quando

O ERS-2 era um dos primeiros aparelhos feitos para observar fenômenos na Terra

Foto de satélite mostra a Europa coberta por luzes de cidades


Um satélite com cerca de 2,3 toneladas está prestes a reentrar de forma não controlada na atmosfera terrestre. De acordo com apuração do G1, o chamado ERS-2, lançado há quase 30 anos como o mais sofisticado objeto de observação da Terra desenvolvido e lançado pela Europa na época, está previsto para se fragmentar durante o processo, com a maioria das suas partes esperadas para queimar na reentrada, informou a Agência Espacial Europeia (ESA).

De acordo com a reportagem, o que se sabe, segundo uma previsão da ESA (que inclusive pode mudar) desta última segunda (19) é que sua reentrada deve ocorrer perto das 12h da próxima quarta-feira (21), no horário de Brasília, e é provável que caia no oceano. - 247.


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Possibilidade de Lula pedir desculpas é zero, afirma Celso Amorim

Assessor para assuntos internacionais afirmou que presidente ‘só citou fatos históricos’ e que “nenhum povo tem o monopólio do sofrimento’

Celso Amorim (Foto: Agência Brasil )

Em mais uma afirmação de soberania nacional, completamente diferente do tom empregado pela extrema-direita, pelos sionistas e pelos editoriais e comentários da mídia empresarial, o assessor especial do Presidente Lula para Política Externa, Celso Amorim, disse que o líder brasileiro não pedirá desculpas a Israel pela declaração em que comparou o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, com o extermínio de judeus levado à cabo por Adolf Hitler.

Celso Amorim disse ao jornal O Estado de S.Paulo que não há chances de um pedido de desculpas. “Existe zero possibilidade de o presidente Lula pedir desculpas. Ele não fez nada de errado. Só citou fatos históricos”, afirmou Amorim, acrescentando que “nenhum povo tem o monopólio do sofrimento”.

Anteriormente, Amorim classificou como “absurda” a decisão de Israel que considerou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “persona non grata” devido a fala em que ele comparou a escalada dos ataques israelenses contra os palestinos em Gaza ao Holocausto nazista. “Isso é coisa absurda. Só aumenta o isolamento de Israel. Lula é procurado no mundo inteiro e no momento quem é [persona] non grata é Israel”, disse Amorim. - 247.


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Eliane Cantanhêde manda Lula se calar; judeus dizem que Lula está certo e Eliane errada

Jornalista agrediu o presidente da República, que tem se levantado contra o genocídio; rabinos judeus dão razão ao presidente

Eliane Cantanhêde e Lula (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)


A jornalista Eliane Cantanhêde, colunista do Estado de S. Paulo, exigiu o silêncio do presidente da República no artigo "Lula, por que não te calas?", publicado nesta terça-feira. Segundo ela, comparar a ação israelense com o Holocausto e os 6 milhões de judeus mortos pelo nazismo é inaceitável sob todos os pontos de vista.

O presidente Lula tem se destacado como a principal voz no mundo a se erguer contra o genocídio perpertrado pelo governo de Benjamin Netanyahu contra o povo palestino. Desde o 7 de outubro, Netanyahu já comandou o assassinato de 30 mil palestinos, sobretudo mulheres e crianças, feriu 70 mil, deslocou 1,5 milhão de pessoas e destruiu as residências e a infraestrutura de Gaza.

A despeito de Eliane Cantanhêde, rabinos judeus ortodoxos do grupo Torah Judaism dão razão ao presidente brasileiro e dizem que as ações de Netanyahu são ainda mais graves do que as práticas nazistas. - 247.

Confira:


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Coletivo “Vozes Judaicas por Libertação” sai em defesa de Lula: “externou o que está no imaginário de muitos de nós”

Coletivo saiu em defesa de Lula após retaliações apresentadas por Israel; Presidente comparou a escalada dos ataques israelenses contra os palestinos em Gaza ao Holocausto Nazista

Lula e Faixa de Gaza destruída após ataques israelenses (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Forças de Defesa de Israel/Divulgação via REUTERS)

O Coletivo Vozes Judaicas por Libertação, através de uma nota, saiu em defesa do presidente Lula devido às retaliações apresentadas por Israel após Lula comparar a escalada dos ataques israelenses contra os palestinos em Gaza ao Holocausto nazista. A nota ainda enfatiza que  Lula “ externou o que está no imaginário de muitos de nós”.

Leia a nota completa:

Dando um passo além nas contínuas denúncias dos crimes cometidos por Israel contra os palestinos, o presidente Lula causou furor ao fazer uma comparação entre o que ocorre hoje em Gaza e o que Hitler fez com os judeus durante o nazismo.

A comparação entre genocídios é sempre delicada pois a experiência vivenciada por cada povo afetado é inigualável. Cada um representa uma narrativa singular e dolorosa na história das comunidades vitimadas. Logo, não há como estabelecer qualquer hierarquia entre genocídios. É impossível estabelecer uma métrica objetiva para determinar o 'pior' genocídio da história. Categorizar historicamente vítimas maiores ou menores é uma perigosa armadilha de reprodução de racismo.

A contradição do povo judaico ser ora vítima e agora algoz é palpável, tenebrosa e desalentadora. Lula externou o que está no imaginário de muitos de nós. Uma comparação que causa muita dor a judias e judeus de todo mundo, que tiveram as suas vidas cindidas pelo genocídio dos judeus na Europa, e agora veem um crime similar sendo cometido, supostamente em seu nome. Enquanto coletivo de judias e judeus, temos antepassados que foram vítimas do Holocausto nazista, e entendemos que nosso imperativo ético é nos posicionarmos contra o genocídio do povo palestino e contra a utilização da nossa defesa como justificativa.

Se a criação e fundação de um Estado judaico foi uma medida de sobrevivência num mundo sitiado, ela logo se tornou um pesadelo. O Estado de Israel não trouxe emancipação verdadeira aos judeus pois a sua existência é mantida às custas da negação da autodeterminação dos palestinos. As lideranças israelenses seguem promovendo um massacre contra palestinos e ainda ameaçam a vida de judeus e judias em todo o mundo. Israel representa hoje a maior fonte de insegurança para todos os judeus do planeta ao usar nossa identidade como fachada e justificativa para sua campanha de terror.

Por isso, defendemos e acreditamos que as palavras de Lula são de grande importância pois levantam questões relacionadas à urgência da ação, como um chamado definitivo dirigido a todos para agir diante do que ocorre em Gaza neste momento. Frente à incapacidade da ONU e de várias organizações internacionais em conter a violência perpetrada por Israel em Gaza, destaca-se a importância vital da postura demonstrada por líderes internacionais como Lula, que levantam suas vozes contra o que é já considerado por incontáveis especialistas como um genocídio contra o povo palestino.

As palavras têm poder. Se a forma como Lula se expressou na ocasião foi pouco cuidadosa – tropeçando justamente neste ninho de comparações forçadas – sua fala tem o objetivo de atingir a imaginação e provocar uma crise moral sobre Israel. O pedido de impeachment protocolado pelos deputados bolsonaristas é uma medida descabida, assim como as acusações de antissemitismo – cujo real objetivo é deslegitimar o governo e a diplomacia brasileira. Não acreditamos que judeus brasileiros estão em risco por causa de sua declaração.

Apoiamos as colocações do presidente Lula e cobramos que a radicalidade de suas palavras seja colocada em prática. Seria um gesto diplomático de relevância gigantesca romper todas as relações entre o estado brasileiro e Israel, em especial as relações militares que também fortalecem a barbárie em terras brasileiras, com a compra de armas e tecnologias de controle social que são usadas para atingir a vida do povo negro nas favelas. Convocar o embaixador brasileiro em Tel Aviv foi um passo ainda insuficiente nessa direção.

Por fim, convidamos a todas e todos, mas principalmente ao governo brasileiro a atender as demandas do movimento internacional de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), liderado pelas bases da sociedade civil palestina. O povo palestino tem pressa e nossas ações têm poder." - 247.


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Israel bombardeia Gaza horas antes de votação no Conselho de Segurança da ONU por trégua

A ONU deverá votar uma resolução proposta pela Argélia exigindo um cessar-fogo e o fim do deslocamento forçado dos palestinos. No entanto, os EUA ameaçam vetar a resolução

Bombardeio em Gaza (Foto: Reuters/Mohammed Salem)


Em meio à intensificação do massacre na Faixa de Gaza, Israel lançou novos ataques nesta terça-feira (20), exacerbando a crise humanitária na região. Os ataques ocorreram pouco antes de uma votação crítica no Conselho de Segurança da ONU, onde a comunidade internacional busca aprovar uma resolução visando uma trégua no território palestino.

Testemunhas relataram bombardeios e combates noturnos nas áreas leste da cidade de Gaza e Khan Younis, no sul do território, informa o jornal O Globo. Os ataques agravam o sofrimento dos habitantes já submetidos a condições desumanas devido ao bloqueio israelense. Aiman Abu Shamali, residente de Zawaida, expressou a angústia vivida pela população: "os mísseis caem sobre nós. Quanto tempo mais um ser humano pode suportar?". Abu Shamali perdeu a esposa e a filha em um atentado recente. >>> Secretário de Estado dos EUA, Blinken desembarca em Brasília nesta terça para reunião com Lula

O conflito já forçou mais de um milhão e meio de refugiados palestinos a se abrigarem em Rafah, cidade fronteiriça ao sul. Israel anunciou planos para um ataque terrestre em grande escala contra a cidade, levantando preocupações globais sobre a escalada do conflito. >>> Maioria dos países da União Europeia pede "pausa humanitária imediata" em Gaza, diz principal diplomata da UE

O Conselho de Segurança da ONU está preparado para votar uma resolução proposta pela Argélia, exigindo um cessar-fogo imediato e o fim do deslocamento forçado de civis palestinos. No entanto, os Estados Unidos, aliado-chave de Israel, ameaçam vetar a resolução, argumentando que ela prejudica as negociações em andamento. Os Estados Unidos apresentaram uma proposta alternativa, apoiando um cessar-fogo temporário em Gaza e alertando sobre os riscos de uma ofensiva terrestre em Rafah.

A escalada do conflito já resultou em um número devastador de vítimas. O Ministério da Saúde em Gaza afirma que mais de 29 mil pessoas, a maioria mulheres, adolescentes e crianças, foram mortas devido à ofensiva israelense. - (247).


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Mensagens encontradas em celular de Cid revelam plano para beneficiar militares caso o plano golpista falhasse

Em mensagem enviada ao tenente-coronel Sério Cavaliere, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro disse que militares estavam "muito disciplinados"

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto. Edilson Rodrigues-Agência Senado


Mensagens obtidas pela Polícia Federal (PF) revelaram que os tenentes-coronéis Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e Sérgio Cavaliere conversaram para mudar o resultado das eleições e até mesmo conceder benefícios para os envolvidos na trama golpista, caso os planos dessem errado. Segundo a Folha de S. Paulo, no dia 19 de novembro de 2022, Cavaliere abordou Cid questionando a possibilidade de concessão especial para militares da ativa deixarem a carreira com aposentadorias proporcionais, caso os planos de intervenção falhassem.

“Irmao [sic], vou te pedir uma ultima [sic] parada, em meu nome e de outros amigos. Se tudo der errado, que seja concedido em caráter excepcional a saída compulsória (proporcional) àqueles que desejarem. Minha mulher é libanesa e quer que eu vá embora com ela", postou Cavaliere. "Sei que é possível fazer isso antes do apagar das luzes", ressaltou em seguida. 

Em resposta, Cid disse que já havia conversado com o vice-chefe de gabinete - sem informar quem seria ou qual o órgão a que ele estaria ligado - e dito que a "ideia é não conceder para ninguém". Em resposta, Cavaliere disse que a não concessão do benefício seria "uma bela de uma sacanagem". 

"Se tudo descambar, nós e nossas famílias sofreremos por decisões totalmente em desacordo com o que pensamos. Temos nos mantido confiantes e disciplinados até agora. Espero que estejam preparados para lidar com o racha interno, que virá", pontuou Cavaliere. "Estamos muito disciplinados", respondeu Cid, de acordo com a reportagem. 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou que o diálogo revela uma “tática de investir contra militares não alinhados às iniciativas de golpe, [...] tudo com o objetivo de incitar os integrantes do meio militar a se voltarem contra os comandantes que se posicionam contra o intento criminoso”. 

Também no dia 19 de novembro, Cavaliere lamentou o fato do PL não conseguir levar adiante o questionamento sobre a integridade das urnas eletrônicas e que o plano seria uma forma de dar uma "saída para o inimigo [Moraes, de acordo com a PF] que está encurralado". 

"Mas não vai dar certo, não! Ele deve tá [sic] muito pressionado aí pro [sic]… pelos mandantes aí dessa coisa toda, sendo chantageado e ele não vai aceitar", ressaltou o militar, conforme a reportagem. "Então a gente vai ter que ir pro [sic] pau mesmo. Infelizmente", prosseguiu o militar. "Se pouparem o lobo podem ter problemas mais graves à frente, vc [sic] sabe disso. Voce [sic] e sua família inclusive", complementou. - 247.


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Ausente no ato bolsonarista, Musk comenta nas redes e volta a atacar Moraes

O bilionário disse que não existia uma manifestação pró Alexandre de Moraes “porque ele é contra a vontade do povo" Elon Musk e Alexand...