sexta-feira, 31 de maio de 2024

PF prende dois acusados de ameaçar familiares de Alexandre de Moraes

 

Prisões foram feitas em São Paulo e no Rio de Janeiro

Rovena Rosa/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (31) duas pessoas acusadas de ameaçar familiares do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. As prisões ocorreram em São Paulo e no Rio de Janeiro. Cinco mandados de busca e apreensão também foram cumpridos.

De acordo com a corporação, a prisão de Raul Fonseca de Oliveira e Oliveirino Júnior foi determinada pelo próprio Supremo, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), e faz parte de uma nova investigação envolvendo ameaças contra o ministro e seus familiares. Em 2023, Moraes e seu filho foram alvo de hostilidades no Aeroporto de Roma, na Itália.

Segundo as reportagens divulgadas pela imprensa, o grupo teria chamado o ministro de "bandido e comunista". Ao questionar os insultos, o filho do ministro foi agredido por um dos acusados. Moraes estava na Itália para participar de uma palestra na Universidade de Siena.

Audiência de custódia

Os mandados de prisão foram expedidos pelo próprio Alexandre de Moraes, e a audiência de custódia dos acusados será realizada às 17h de hoje pelo juiz instrutor do gabinete do ministro.

Em nota, o gabinete informou que a prisão dos acusados Raul Fonseca de Oliveira e Oliveirino Júnior foi determinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, após a Secretaria de Segurança da Corte detectar ameaças contra familiares do ministro por meio do monitoramento de rotina. Além disso, foram enviadas mensagens ao ministro com os dizeres "comunismo" e "antipatriotismo".

Para a Procuradoria, os acusados tentam impedir a atuação de Moraes, que é relator da investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. No entendimento de Gonet, há indícios da prática do crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O crime é caracterizado pelo emprego de violência para impedir ou restringir o funcionamento dos poderes constitucionais.

"A gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas evidenciam, ainda, o perigo concreto de que a permanência dos investigados em liberdade põe em risco a garantia da ordem pública. A medida é, assim, proporcional, ante o risco concreto à integridade física e emocional das vítimas”, justificou o gabinete de Moraes.

A Agência Brasil busca contato com a defesa dos acusados. - (Por Agência Brasil* - Brasília Atualizado em 31/05/2024 - 14:19

*Texto ampliado às 14h19 e alterado às 15h09 para correção de informações


Edição: Nádia Franco



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Tragédias climáticas: 94% das cidades brasileiras pecam na prevenção

 Pesquisa revela situação preocupante no Rio Grande do Sul

Gustavo Vara/Prefeitura de Pelotas

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (29) pela organização social Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) mostra que 94% dos municípios brasileiros não estão preparadas de forma suficiente para a prevenção de tragédias climáticas. Fazem parte desse grupo todos aqueles que têm menos da metade de um total de 25 estratégias para o enfrentamento de eventos como enchentes, inundações e deslizamentos de encostas.

O levantamento investigou, por exemplo, se existem medidas preventivas no Plano Diretor e na Lei de Uso e Ocupação de Solo. Também foi observado se existe uma lei específica para medidas de combate às tragédias climáticas, um plano municipal de redução de riscos, um mapa das áreas vulneráveis, um programa habitacional para realocação da população que vive nesses locais e um plano de contingência, entre outros dispositivos.

A existência ou não de cada uma das 25 estratégias foi apurada na edição de 2020 da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic). Coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seus dados são públicos e decorrem de questionário respondido pelos próprios municípios.

Com base nas informações colhidas, o ICS elaborou um mapa. Em vermelho, foram destacadas as cidades que têm menos de 20% das estratégias. Nas faixas intermediárias, estão municípios em laranja, que possuem de 20% a 49%, e em amarelo os que têm de 50% a 79%. As cidades em verde são aquelas que têm mais de 80% das estratégias.

A pesquisa revela situação preocupante no Rio Grande do Sul, onde o grande volume de chuvas registrado desde o mês passado deixou diversas cidades submersas, forçando mais de 600 mil pessoas a saírem de suas casas e causando mais de 160 mortes. Das 497 cidades gaúchas, 304 têm menos de 20% das estratégias verificadas. O cenário é um pouco melhor no caso de Porto Alegre: a capital do estado detém 44% dos 25 dispositivos mapeados. Apenas uma cidade gaúcha aparece com mais de 80%: Itatiba do Sul.

O ICS também realizou, em parceria com o instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), uma avaliação da percepção dos brasileiros sobre os principais problemas ambientais de suas cidades e sobre as ações que podem ser adotadas pelo poder público municipal para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas. Foram realizadas entrevistadas em 130 municípios entre os dias 2 e 9 de maio deste ano.

Participaram 2 mil pessoas com 16 anos ou mais. De acordo com 79%, as prefeituras têm condições de contribuir no combate às mudanças climáticas. Para 41%, a principal medida a ser adotada pelos municípios envolve o aumento e a conservação das áreas verdes. Em segundo lugar, com 36%, foi citado o controle do desmatamento e da ocupação nas áreas de manancial. A redução na utilização de combustíveis fósseis foi mencionada por 26%.‌‏  ‏ 

Quando perguntados sobre os maiores problemas de sua cidade, 30% dos entrevistados responderam o calor e o aumento da temperatura, 29% a poluição do ar, 25% a poluição dos rios e dos mares e 24% as enchentes ou alagamentos. Considerando apenas as pessoas ouvidos nas capitais, enchentes e poluição do ar assumem o topo da lista, ambos com 37% das citações.

Entre os entrevistados das periferias metropolitanas, as enchentes também aparecem como o problema mais citado. Elas foram mencionadas por 37% desse grupo.

Os resultados da pesquisa também foram segmentados por região. No Sul e no Sudeste, a poluição do ar foi o problema mais citado. No Nordeste, Norte e Centro-Oeste do país, houve mais menções ao calor e ao aumento da temperatura. Além disso, nessas regiões, o sistema de coleta e tratamento de esgoto, o desmatamento e a falta de coleta de lixo apareceram acima da média nacional. - (Por Léo Rodrigues -Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).

Edição: Graça Adjuto



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Quase 2 milhões de pessoas receberam absorvente de graça este ano

 

Beneficiárias estão na faixa etária entre 10 e 49 anos

Rovena Rosa/Agência Brasil

Quase 2 milhões de pessoas retiraram absorventes de graça por meio do Programa Dignidade Menstrual, lançado neste ano, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Os produtos podem ser retirados em unidades da Farmácia Popular. Estima-se que o programa pode beneficiar cerca de 24 milhões de pessoas, com idades entre 10 e 49 anos, e que não têm acesso ao item durante o ciclo menstrual.

“Até a data de 24 de maio, 1.737.061 pessoas foram atendidas pelo Programa, retirando seus absorventes em estabelecimentos credenciados ao Programa Farmácia Popular”, informou o ministério à Agência Brasil, por meio da assessoria de imprensa.

Nesta terça-feira (28), é lembrado o Dia Internacional da Dignidade Menstrual.

A pasta destaca que a data é reconhecida em mais de 50 países e tem o intuito de discutir e enfrentar a pobreza menstrual, que afeta significativamente a vida de quem menstrua.

O ministério não manifestou-se sobre estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), segundo o qual menstruação segura ainda é um desafio no Brasil. O estudo concluiu que “o direito de menstruar de maneira digna, segura e com acesso a itens de higiene ainda é um desafio para adolescentes e jovens, o que inclui meninas, mulheres, homens e meninos trans e pessoas não binárias que menstruam”.

Dificuldades

A médica ginecologista Daniela Angerame Yela, membro da Comissão de Ginecologia Endócrina da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), concorda com o Unicef.

Segundo a médica, existem políticas públicas que estão tentando mudar esse cenário no país, mas ainda se vê bastantes dificuldades, em especial entre a população mais carente. Informou que teses feitas por alunos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) apontaram carências em termos de menstruação digna em populações ribeirinhas da Amazônia e em zonas de fronteiras que recebem muito imigrantes. “Essas pessoas têm muita dificuldade”. Explicou que também em grandes centros, como São Paulo, há muitas mulheres com dificuldade de se cadastrarem nos programas governamentais para terem acesso aos absorventes higiênicos. “Tem muitos programas públicos, mas nem todo mundo consegue ter acesso a tudo”.

Na avaliação da ginecologista, deveriam ser feitas campanhas de conscientização nas escolas, visando acessar meninas e adolescentes. “Acho que é onde a gente vai conseguir uma abrangência maior, além de divulgação, porque aí elas conseguem passar para as mães e para o restante da população”. Em relação aos programas públicos, Daniela Angerame Yela defendeu que sejam ampliados, porque, a seu ver, isso não representará um custo grande para os governos. A Unicamp realizou campanha de arrecadação de absorventes que foram doados a populações carentes de Campinas e Valinhos.

Ação permanente

A Central Única das Favelas (Cufa) mantém campanha permanente de combate à pobreza menstrual, arrecadando absorventes que são distribuídos para meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade social. Em entrevista à Agência Brasil, a presidente da Cufa Brasil, Kalyne Lima, destacou a vivência da organização nos trabalhos realizados há alguns anos que envolvem essa temática.

Kalyne destacou também o Programa Dignidade Menstrual, do governo federal. “A gente identifica, muitas vezes, um nível de vulnerabilidade tão grande que até mesmo com uma política como essa, que promove o acesso a absorventes, muitas mulheres sequer têm conhecimento ou conseguem fazer o trâmite burocrático para poder se cadastrar e ser contemplada com esse tipo de política. A gente está dentro de um contexto social de muitas camadas”.

Para ela, trata-se de uma política superimportante e necessária. “Reconhecemos, inclusive, que ela auxilia muito no direito da mulher mas, em contraponto, a gente percebe que existe um distanciamento, muitas vezes, de certas políticas ao seu público-alvo”. Isso ocorre, segundo Kalyne, porque há mulheres em situação de extrema vulnerabilidade a quem falta conhecimento e campanhas mais abrangentes e didáticas que as façam compreender aquilo que elas podem alcançar enquanto direito. Afirmou que, de certa forma, ainda ficam muitas mulheres e homens que menstruam à margem dessa política.

A campanha de arrecadação e distribuição de absorventes da CUFA é feita de forma descentralizada e se intensifica mediante algumas programações, como o Mês da Mulher, o Dia das Mulheres, ou algumas ações específicas. “Mas a campanha é permanente, porque a gente entende que é necessário esse tipo de subsídio e que, associado a essas campanhas, a gente tenta levar a informação sobre a política que o governo federal desenvolve e que as mulheres precisam ter acesso de toda forma”.

Escolas

O presidente da Comissão de Ginecologia Endócrina da Febrasgo, José Maria Soares, também supervisor do Setor de Ginecologia Endócrina e Climatério do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), lembrou que a pobreza menstrual acontece muitas vezes com adolescentes e mulheres de baixa renda, que não têm dinheiro para arcar com o custo dos absorventes no comércio durante o período menstrual. Soares disse à Agência Brasil que, com isso, elas são obrigadas a usar panos para fazer a higienização pessoal. “Algumas perdem dias de aula por causa disso”.

Como nem todas as adolescentes e mulheres têm acesso ao programa governamental, ele sugeriu que o ideal seria mandar um agente de saúde ou agente social às escolas para efetuar o cadastramento das estudantes. “Seria até uma forma de o programa ser mais efetivo. O governo faz um programa desse, algumas pessoas têm acesso, outras não. Já se você vai falar sobre menstruação na escola, além de prestar uma educação, você também dá orientação de que existe um programa do governo para isso”. Destacou, ainda, que a adolescente, nesse caso, funciona como multiplicadora porque pode falar com a mãe, amiga, tia, vizinhas que, se estiverem na mesma situação, poderão conseguir acesso à distribuição de absorventes e isso vai multiplicando as informações. (Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).

Edição: Valéria Aguiar


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Lula vence todos os postulantes da extrema-direita em 2026, aponta pesquisa

Levantamento do Paraná Pesquisas divulgou nesta sexta cenários de uma eventual disputa entre o presidente Lula, Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece como vitorioso nas eleições de 2026 se concorresse com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonar e o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ambos de extrema-direita. 

Segundo levantamento do Paraná Pesquisas, divulgado nesta sexta-feira (24), Lula aparece à frente de Michelle Bolsonaro com 36,6% das intenções de voto, ante 33% da ex-primeira-dama.

Contra Tarcísio, Lula venceria com 36,9% das intenções de voto, ante 25,6 pontos percentuais marcados pelo governador de SP.

O levantamento baseou-se em 2.020 entrevistas em 26 estados e Distrito Federal e em 160 municípios brasileiros. Os dados foram coletados entre os dias 27 de abril e 1º de maio. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. - 247.


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Lula envia carta à Marcha para Jesus em São Paulo e reforça laços com evangélicos

"Acredito que, juntos, podemos fazer muito mais pelo bem-estar, a paz e a harmonia de nosso povo", disse o presidente no documento

                   Por: 247

Lula (Foto: ABr | Reprodução)


Em um novo aceno à comunidade evangélica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou nesta quinta-feira (30) uma carta à Marcha para Jesus, evento que ocorre em São Paulo e reúne milhares de fiéis. Na carta, Lula destacou a "dimensão extraordinária" da marcha e o papel "vital" da Igreja nos compromissos do governo. Conforme Lula, os ensinamentos de Jesus "norteiam o trabalho do nosso governo, que tem um foco muito preciso: união e reconstrução".

Lula, que passa este feriado em Brasília sem compromissos públicos previstos, foi representado no evento pelo ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias, que é evangélico e atua no diálogo do governo com o segmento religioso.

No texto, Lula também expressou “respeito” e “reconhecimento” pelo evento, afirmando que, como cristão, se sente "regozijado de ver a dimensão extraordinária" e o "papel significativo" da Marcha para Jesus em "reunir fiéis de diferentes igrejas cristãs do Brasil e do mundo, sendo um evento aberto e de inclusão, que permite a participação de toda a população". 

No texto enviado à marcha, Lula também destacou que sancionou, em 2009, a lei que criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus e observou que a sua gestão possui “o compromisso profundo, com todos os brasileiros, de construir um país mais justo e inclusivo”. 

Confira a íntegra do documento enviado pelo presidente Lula à marcha para Jesus:

"Ao Ilustríssimo Senhor Apóstolo Estevam Hernandez,

Receba minhas cordiais saudações.

É sempre uma honra e uma alegria receber o seu convite para participar da Marcha para Jesus. Quero expressar meu respeito e meu reconhecimento pela realização de mais uma edição deste evento, que reúne milhares de fiéis em um momento de fé, unidade e oração.  

Como cristão, sinto-me regozijado de ver a dimensão extraordinária que este evento tomou e o papel significativo que ele desempenha na vida de muitos brasileiros, promovendo valores de paz, fé, amor ao próximo e solidariedade.

Ver esse resultado só aumenta o orgulho que sinto de ter sancionado a Lei que criou este Dia Nacional da Marcha para Jesus, em 2009, ainda no meu segundo mandato como Presidente da República.

Uma das características mais formidáveis da Marcha é a capacidade de reunir fiéis de diferentes igrejas cristãs do Brasil e do mundo, sendo um evento aberto e de inclusão, que permite a participação de toda a população. Isso é uma demonstração inequívoca da prática daquilo que nos ensinou Jesus: ‘a comunhão’, que promove e fortalece os vínculos entre as pessoas. Conforme nos mandou Jesus: “amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros. Se vocês tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos” (Jo 13,25-26).

Esse ensinamento é o que norteia o trabalho do nosso governo, que tem um foco muito preciso: união e reconstrução.

Temos o compromisso profundo, com todos os brasileiros, de construir um país mais justo e inclusivo. As ações do meu governo são desenvolvidas a partir dessa premissa e buscam promover uma vida digna à família brasileira.

E a Igreja desempenha um papel vital nesse compromisso, que se reflete na sua ação social e no suporte espiritual de seus fiéis. Por isso, acredito que, juntos, podemos fazer muito mais pelo bem-estar, a paz e a harmonia de nosso povo.

Tenho certeza de que a Marcha para Jesus de 2024 será, como nos anos anteriores, um evento abençoado, que renovará a esperança e a fé de todos os participantes.

Como, infelizmente, não consegui estar presente, pedi ao ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, que representasse a mim e ao governo.

Ele está honrado, como também estou.

Que Deus abençoe a todos."


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Gaúchos poderão ter conta de luz zerada até o fim do ano, anuncia diretor-geral brasileiro da Itaipu

"O recurso vai para as distribuidoras, que teriam que cobrar essa conta de energia. Afinal de contas, elas precisam receber", disse Enio Verri. Mais pobres serão priorizados

Lula e Enio Verri (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

As famílias do Rio Grande do Sul afetadas pelas recentes enchentes podem receber uma importante ajuda financeira. Em entrevista ao Metrópoles, Enio Verri, diretor-geral brasileiro da usina Itaipu Binacional, anunciou que a conta de energia elétrica dessas famílias poderá ser isenta até o final de 2024. A medida será financiada por um montante de R$ 1,2 bilhão proveniente da conta de comercialização de energia da própria usina.

"A ideia do Ministério de Minas e Energia, junto com a Casa Civil e coordenada pelo presidente Lula, é usar esse recurso para isentar a conta de energia das famílias mais pobres do Rio Grande do Sul até o final do ano", explicou Verri. Segundo ele, o recurso destinado às distribuidoras de energia tem origem pública, o que possibilita essa isenção sem prejudicar o funcionamento das empresas que fornecem eletricidade.

A proposta ainda está sendo elaborada pela Casa Civil da Presidência da República e deverá ser formalizada por meio de uma medida provisória (MP). "Ainda estamos finalizando os detalhes, mas acredito que o anúncio oficial será feito em breve, já que as contas começam a chegar às residências das famílias afetadas", disse o diretor-geral.

A isenção completa até o fim de 2024 dependerá de cálculos precisos que estão sendo finalizados. "Temos um valor disponível e, pelos cálculos iniciais, é possível que consigamos cobrir as contas de energia dos mais pobres até o final do ano", explicou Verri. Ele ressaltou que a prioridade será para as famílias de menor renda, visando atender as necessidades mais urgentes.

O anúncio formal desse auxílio deve ocorrer até o final do primeiro semestre de 2024. "Os estudos estão avançando bem, e o compromisso do presidente Lula e seus ministros, incluindo Paulo Pimenta, é firme nesse sentido", afirmou.

Além disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já tomou medidas para aliviar a situação emergencial no estado. Devido à calamidade pública, a Aneel flexibilizou regras e procedimentos de comercialização, concedendo um prazo de até 90 dias para o pagamento das tarifas de energia elétrica nos 336 municípios gaúchos em estado de calamidade. Durante esse período, as distribuidoras não poderão suspender o fornecimento de energia por falta de pagamento. Para as demais cidades do Rio Grande do Sul, o prazo extra será de 30 dias. - 247.


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Hamas vê como positivo cessar-fogo proposto por Biden

A posição do Hamas sinaliza uma mudança de atitude por parte do grupo, que nos últimos meses acusou os EUA de se aliarem a Israel e de obstruir as tentativas de cessar-fogo

Joe Biden e Gaza destruída por bombardeios de Israel (Foto: Reuters)

O grupo islâmico palestino Hamas disse na sexta-feira que tinha uma visão positiva do conteúdo de uma proposta de cessar-fogo em três fases anunciada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, para um cessar-fogo permanente em Gaza.

"O Hamas confirma a sua disponibilidade para lidar de forma positiva e construtiva com qualquer proposta que se baseie no cessar-fogo permanente e na retirada total [das forças israelitas] da Faixa de Gaza, na reconstrução [de Gaza] e no regresso dos deslocados para os seus lugares, juntamente com o cumprimento de um acordo genuíno de troca de prisioneiros se a ocupação anunciar claramente o compromisso com tal acordo", disse o grupo num comunicado.

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A posição do Hamas sinaliza uma mudança de atitude por parte do grupo, que nos últimos meses acusou os EUA de se aliarem a Israel e de obstruir as tentativas de cessar-fogo.

“O Hamas vê a posição de Biden agora mais focada em pressionar Israel a retornar às negociações com uma atitude diferente, ou eles (Israel) podem correr o risco de entrar em conflito com os americanos”, disse à Reuters uma autoridade palestina próxima aos esforços de mediação.

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As divergências entre Biden e Netanyahu sobre as linhas vermelhas em Gaza criaram um potencial confronto entre os dois líderes, levantando questões sobre se os EUA poderão restringir a ajuda militar se Israel continuar a sua ofensiva no enclave agora devastado.

O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que Israel autorizou os negociadores a apresentar um acordo de trégua em Gaza depois que Biden revelou detalhes do plano de cessar-fogo.

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As autoridades de saúde palestinas estimam que mais de 36.280 pessoas foram mortas em Gaza desde que Israel atacou o enclave em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro no sul de Israel. O ataque do Hamas matou cerca de 1.200 pessoas, segundo cálculos israelenses. - Reuters.

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Bandeiras do Hamas e de Israel. Foto: Reuters


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Suspeitos ameaçaram degolar um dos familiares de Alexandre de Moraes, indicam mensagens

Os criminosos acusaram o ministro querer 'entregar o Brasil ao comunismo'. Também afirmaram que seria fácil metralhar o carro dos filhos do magistrado

Alexandre de Moraes (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

Mensagens trocadas entre dois suspeitos presos pela Polícia Federaltinham ameaças de morte e tortura com requintes de crueldade contra familiares do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Em um dos e-mails, os ameaçaram degolar um dos familiares do magistrado. Os suspeitos detalharam cenas de tortura contra os familiares do juiz da Corte, "por estarem entregando o Brasil ao comunismo". Também afirmaram que seria fácil metralhar o carro dos seus filhos ou fechar o veículo e lançar uma granada.

Foram seis e-mails encaminhados à família do magistrado, entre os dias 25 de abril e 5 de maio. De acordo com informações publicadas nesta sexta-feira (31) na coluna de Bela Megale, também havia supostos detalhes da rotina e itinerários de Alexandre de Moraes e seus familiares.

As investigações apontaram que as mensagens foram enviadas por um e-mail criado por um dos suspeitos, o fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira. Ele está detido em uma unidade da Marinha, no Rio de Janeiro.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a prisão, que foi autorizada pelo Supremo. - 247.

 Assista:


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Apontado como culpado pela inundação de Porto Alegre, prefeito fala em 'autocrítica dos gestores e da própria sociedade'

"O orçamento participativo é um dos grandes instrumentos da cidade. A gente consulta as pessoas se preferem obras de drenagem ou de asfalto, e votam pelo asfalto", disparou

Sebastião Melo

Sebastião Melo (Foto: Alex Rocha/PMPA)

 

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), apontado como um dos principais responsáveis pela inundação da capital gaúcha diante das intensas chuvas no Rio Grande do Sul, que começaram há um mês, disse ao jornal O Globo que "não é a hora de buscar culpados", mas ponderou que "a autocrítica deve ser minha e dos presidentes, governadores e gestores que nos antecederam". Além disso, "acho que a autocrítica também tem que vir da própria sociedade", disse Melo.

"Um exemplo: o orçamento participativo hoje é um dos grandes instrumentos da cidade. A gente consulta as pessoas se preferem obras de drenagem ou de asfalto, e votam pelo asfalto. A tragédia que aconteceu no Rio Grande do Sul poderia ter acontecido no Rio de Janeiro, na Grande São Paulo ou em Belo Horizonte. O crescimento desordenado e uso inadequado do solo urbano está dentro desse processo", afirmou o prefeito.

Melo também cobrou uma autocrítica do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que há duas semanas apontou para falhas no sistema antienchentes de Porto Alegre. "Ele é governador de todos os municípios e com certeza deveria fazer uma autocrítica do sistema do Rio Grande do Sul como um todo. Porto Alegre não foi a única cidade atingida pelas chuvas. É importante dizer que não se protege a nossa cidade sem tratar de Canoas, São Leopoldo, Eldorado e da Lagoa dos Patos. De fato, o sistema da capital foi concebido na década de 60 e nunca havia chegado a essa gravidade climática. Testado, apresentou problemas nos diques e as casas de bombas que estavam funcionando deixaram de operar quando foram tomadas pelas águas. Além disso, no muro da Mauá, houve falhas em três portões de comportas. Então, sim, tudo precisa ser revisto no futuro". - 247.

 

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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

  Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...