vice-presidente afirmou, nos EUA, que o Brasil não deve se meter na situação de imigrantes ilegais
Por: Folhapress
Vice-presidente Hamilton MourãoFoto: Pedro Ladeira/Folhapress
Em visita aos Estados Unidos, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou neste sábado (6) que o governo brasileiro não deve se meter na situação de imigrantes ilegais naquele país.
Segundo o general, que se reuniu com brasileiros que estão nos EUA legalmente, as pessoas saem do país porque "oportunidades não se apresentam", mas a competência de legalizá-las ou não é das autoridades americanas. Ao contrário do presidente Jair Bolsonaro e de seu filho mais novo, Eduardo, Mourão evitou criticar os imigrantes brasileiros, a quem classificou como "pessoas batalhadoras".
"Se está ilegal, a pessoa não está respeitando a lei, mas está aqui buscando obter alguma legalização e isso compete ao governo americano. Ogoverno brasileiro não tem que se meter nisso", afirmou o vice a jornalistas em Boston após participar de uma série de reuniões durante conferência sobre o Brasil em Harvard.
Segundo o general, que se reuniu com brasileiros que estão nos EUA legalmente, as pessoas saem do país porque "oportunidades não se apresentam", mas a competência de legalizá-las ou não é das autoridades americanas. Ao contrário do presidente Jair Bolsonaro e de seu filho mais novo, Eduardo, Mourão evitou criticar os imigrantes brasileiros, a quem classificou como "pessoas batalhadoras".
"Se está ilegal, a pessoa não está respeitando a lei, mas está aqui buscando obter alguma legalização e isso compete ao governo americano. Ogoverno brasileiro não tem que se meter nisso", afirmou o vice a jornalistas em Boston após participar de uma série de reuniões durante conferência sobre o Brasil em Harvard.
Durante sua visita a Washington, em março, Bolsonaro afirmou à emissora de TV americana Fox News que "a maioria dos imigrantes não tem boas intenções", mas em seguida recuou, afirmando que sua fala havia sido um erro. Dias antes, Eduardo afirmara que imigrantes brasileiros eram "uma vergonha nossa". Questionado sobre o teor das declarações do presidente sobre o tema, Mourão afirmou que não comentaria. "Não é ético comentar o que meu comandante declarou".
Mourão foi também perguntado se apoiava ou não a construção de um muro na fronteira entre EUA e México, principal promessa de campanha do presidente americano, Donald Trump. O vice foi informado pelos repórteres de que Bolsonaro havia dito que via "com bons olhos" a construção da barreira quando passou por Washington, no mês passado. "É isso mesmo?", perguntou Mourão. Diante da confirmação dos jornalistas, afirmou:
"Se o presidente apoia, eu também apoio". O esforço do vice em se mostrar alinhado ao presidente se dá no momento em que diversos aliados de Bolsonaro têm se incomodado com a postura de Mourão, muitas vezes antagônica à do governo.
Durante sua visita a Boston, o vice afirmou mais de uma vez que seu papel era complementar ao do presidente e que estava ali autorizado por Bolsonaro. Como mostrou a Folha de S.Paulo, o roteiro de Mourão nos EUA –inclusive a reunião com imigrantes– incomodou auxiliares de Bolsonaro, que avaliam os compromissos como reforço da tese de que o vice está tentando se firmar como figura plural e dissonante do presidente.
Mourão segue neste domingo (7) para Washington, onde se reúne com parlamentares, empresários e com o vice-presidente americano, Mike Pence. "Em Washington, encontro com o vice-presidente. É importante que tenhamos canal aberto. Também vou me reunir com parlamentares americanos, outra oportunidade de mostrar o que o governo brasileiro está vivendo". Para ele, essa será uma oportunidade de "show the flag" [mostrar a bandeira, na tradução em português]. Bolsonaro, porém, esteve na cidade há pouco mais de 20 dias.
Na ocasião, o presidente brasileiro não conseguiu encontro com deputados ou senadores –o Congresso americano estava de recesso no período– e fez encontros somente com pessoas de seu espectro ideológico conservador. Em entrevista, o ex-estrategista de Donald Trump Steve Bannon deu voz às críticas a Mourão e disse que o vice tenta se mostrar preparado para assumir o Planalto caso Bolsonaro não dê certo no comando do governo.
Mourão foi também perguntado se apoiava ou não a construção de um muro na fronteira entre EUA e México, principal promessa de campanha do presidente americano, Donald Trump. O vice foi informado pelos repórteres de que Bolsonaro havia dito que via "com bons olhos" a construção da barreira quando passou por Washington, no mês passado. "É isso mesmo?", perguntou Mourão. Diante da confirmação dos jornalistas, afirmou:
"Se o presidente apoia, eu também apoio". O esforço do vice em se mostrar alinhado ao presidente se dá no momento em que diversos aliados de Bolsonaro têm se incomodado com a postura de Mourão, muitas vezes antagônica à do governo.
Durante sua visita a Boston, o vice afirmou mais de uma vez que seu papel era complementar ao do presidente e que estava ali autorizado por Bolsonaro. Como mostrou a Folha de S.Paulo, o roteiro de Mourão nos EUA –inclusive a reunião com imigrantes– incomodou auxiliares de Bolsonaro, que avaliam os compromissos como reforço da tese de que o vice está tentando se firmar como figura plural e dissonante do presidente.
Mourão segue neste domingo (7) para Washington, onde se reúne com parlamentares, empresários e com o vice-presidente americano, Mike Pence. "Em Washington, encontro com o vice-presidente. É importante que tenhamos canal aberto. Também vou me reunir com parlamentares americanos, outra oportunidade de mostrar o que o governo brasileiro está vivendo". Para ele, essa será uma oportunidade de "show the flag" [mostrar a bandeira, na tradução em português]. Bolsonaro, porém, esteve na cidade há pouco mais de 20 dias.
Na ocasião, o presidente brasileiro não conseguiu encontro com deputados ou senadores –o Congresso americano estava de recesso no período– e fez encontros somente com pessoas de seu espectro ideológico conservador. Em entrevista, o ex-estrategista de Donald Trump Steve Bannon deu voz às críticas a Mourão e disse que o vice tenta se mostrar preparado para assumir o Planalto caso Bolsonaro não dê certo no comando do governo.
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